sexta-feira, 30 de maio de 2014

A Trilha



O meu caminho faço com minhas escolhas, isso é fato.
A luz que segue pela trilha, é a que em meu coração brilha.
Há cantinhos mais reservados,  entre um e outro espaço...
A luz é um pouco menor ali.
Mas são verdes arvoredos, cheios de vida, que encobrem o caminho do sol.
A trilha permanece intocada.
Ar puro, no passeio.
De um lado a luz solar.
Do outro, o cinza das sombras das árvores.
Vou pelo meio.

Sou humana.

Caio e levanto.
Erro e acerto.
E quem não é assim?
Se conhecer, diga para mim...

Fátima Abreu

 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Novidade Prometida


Ontem tive pelo menos uma boa notícia:
Meu livro : "Um Conto de Areia & Mar", finalmente tem sua edição em inglês.
A America Star Books, que está produzindo meu livro para ser vendido nos EUA, e em outros países, enviou o pdf pronto da versão/tradução para que eu aprovasse e também a nova capa. Eu adorei. 
Vejam como ficou:






Queridos amigos e leitores:
Mesmo gripada novamente (segunda vez nesse mês), e com as dores dos ossos, estou fazendo meu novo livro de ficção científica. Vou parando quando aumentam a dores no pescoço e ombro. Mas, como quero fazer, vou persistir. Um beijo.

terça-feira, 27 de maio de 2014

LER


Ler é aprender.
Chorar e sorrir com as páginas do livro, aberto em suas mãos.
Imaginar até onde der...


 Ler é o 'saber':
Conhecer, descobrir.
Sentir...
Leia mais.
Faça do livro seu companheiro,
'Ele' é capaz. 

Se puder ajudar quem ainda não sabe ler,
Não pense duas vezes: Ensine! 
A sensação de fazer algo bom é deliciosa!
E o sorriso de quem conseguiu aprender é impagável...


Fátima Abreu


sábado, 24 de maio de 2014

Mundo dos Rótulos e Preconceitos

Mundo dos Rótulos e Preconceitos



Mundo dos Rótulos e Preconceitos

Estou cansada de ouvir tanta coisa rotulada.
O preconceito faz os rótulos a nível mundial.
Doença grave de uma sociedade decadente.

Definir alguém, de forma preconceituosa é rotular:
" Vê aquela gorda baixinha ali?"
"Não, vejo uma senhora de baixa estatura que talvez esteja um pouco acima do peso..."
Percebe a diferença entre uma pessoa preconceituosa, e outra que não é?

E os nomes feios para designar as preferências sexuais das pessoas?
Terríveis! Beiram o palavrão.
No mundo atual, o que mais vemos é esse tipo de coisa. Degradante...
Presente no futebol, nas ruas, escolas ( pior ainda, porque existe o bullying), numa entrevista de emprego...

Se está abaixo do peso, é a magricela anoréxica.
Se é gorda é saco de batatas, baleia, botijão, etc.
Quando se tem cabelos brancos, é velha, sem importar sua verdadeira idade.
Se você passa um pouco da pele branca (no exterior), então é da raça negra ou mestiço.
E o que tem demais pertencer a outra cor? Isso é apenas uma questão de mais ou menos melanina na pele. Nosso sangue é da mesma cor, gente!
Detesto racismo!

Detesto preconceitos de qualquer tipo.
Sou simpática aos GLBTs. Errada é a rotulação, preferia dizer: Aqueles que escolhem o que realmente querem.

Outros rótulos que detesto: relativo à crença. Por que?
Porque simplesmente o preconceito religioso até os dias de hoje, gera guerras! Sem sombra de dúvidas, é o mais perigoso de todos os preconceitos:

Irlanda já viveu isso, outras nações foram atacadas por rivais religiosas, tudo em nome do preconceito.
O seres humanos não aceitam que outros possam ter ideias diferentes das suas.
Esquecem que Deus criou o Universo, e não as religiões.
Elas são produto do Homem, da cultura correspondente à sua área do Globo.
E cada época desenvolveu sua religião.


Hoje evangélicos, católicos, judeus, muçulmanos, budistas e espíritas, estão no nosso país inteiro e no resto do mundo.
Mas há intolerância. Radicais preconceituosos atacam pela internet, nas ruas e templos, as religiões afro brasileiras principalmente.

Conheci pessoas que diziam-se evangélicas e faziam orgias nos fins de semana em um sítio. Padres cometendo pedofilia. Religiões radicais, cometendo terrorismo...
E ainda criticam a religião dos outros!

Deus é um só.
Mesmo as religiões politeístas, tem um Deus Supremo.
Esse é o maior de todos e que representa o Deus único para todos. Quer um exemplo?
No Egito Antigo, também politeísta, existia o Deus Maior: Rá
Na Mitologia greco romana: Zeus/ Júpiter.
Para os hindus é Brahma.
Nas religiões afro brasileiras é Oxalá (Deus)
Se um tal senhor no governo, lesse mais a respeito, saberia isso.

Não pertenço a nenhuma religião oficialmente. Sou espiritualista: Acredito na vida após a morte, na reencarnação e na evolução do espírito.

Mas em termos gerais, fui criada entre o catolicismo e o espiritismo.
Com a fase adulta optei por fazer o meu próprio entendimento de religião, estudando algumas. Tenho um pouco de cada uma das que estudei na minha concepção de vida e princípios:
Um pouco de catolicismo, um pouco de kardecismo, um pouco de budismo e gosto de esoterismo.

Se vivemos num mundo de rótulos, então poderá achar que sou uma SRD: Sem Religião Definida.

Desde o início dos tempos até hoje, o Homem muda o nome, muda a religião, mas a essência é a mesma.
Falta de tolerância move o preconceito e consequentemente, cria rótulos.
Adolf Hitler quase dizimou um povo inteiro (judeus) por causa disso.
Deus quer isso? Absolutamente NÃO! Ele não quer que haja matança em seu nome.


Os rótulos são os nomes dados unicamente pelo preconceito, embutido na ideia principal de quem o cria.

Aqui adjetivos servem como rótulos:
Feio, bonito ( dragão; avião)
Pobre, rico ( pé de chinelo; marajá)
Alto, baixo ( vara pau; pintor de rodapé)
Gordo, magro ( balofo; pau de virar tripa ou tábua, entre outros)

Rotulações causadas pela sociedade:
"Loira Burra" ou "Morena BBG"( Boa, Bonita e Gostosa)
Gay ou hetero
CDF ou "burraldo"

Outras, abomináveis relativas à raça, religião e saúde.
Branco, negro, índio, amarelo: branquelo, carvão, peninha, japinha (apenas alguns mais amenos)
Evangélico e espírita (crente, macumbeiro)
Doente mental (mongol, retardado)

Todos somos iguais perante Deus.
Ele criou a todos que nascem. Ninguém é melhor do que ninguém!
Parem com os rótulos, por favor!

Fátima Abreu

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Não Me Contem o Que Já Sei

 Painting by Andrei Belichenko & Maria Boohtiyarova


Não tenho muito mais a dizer.
As palavras faltam, no momento.
Certa dor, um real lamento.

Não me digam, o que fazer.
Coisas nossas, só nós mesmos podemos resolver.
Embora, uma  ajuda fosse bem vinda.
Bastava boa vontade.
Fico então, com o olhar preso no horizonte... Distante...
Concluo que há quem passe piores instantes.

Maiores e mais problemáticos que os nossos!
Para isso, só há a explicação espiritual:
Ação e Reação, essa é a Lei.
Não me contem o que já sei.

Fátima Abreu




quinta-feira, 22 de maio de 2014

Livro Aberto

Essa semana reeditei meu livro infanto juvenil, e criei o livro de receitas, que lancei hoje. Se Deus me ajudar para que eu venda alguns exemplares em e-book  pelo FB, começarei o novo romance de ficção científica que eu já havia citado aqui. 
Sem as vendas, não posso comprar os remédios para aguentar as dores no pescoço, ombro e cóccix, então... Nada de romance novo.
Tem gente que acha errado se expor no FB.

Eu não ligo, minha vida é um livro aberto; desde que haja resultados positivos e imediatos, é o que me importa!
Sou pobre mesmo, para que fingir que tudo está lindo, cor de rosa ou azul?
Há dias nublados para todos. Hoje pode ser para mim, amanhã para outros...
Quem quiser comprar algum dos meus e-books para me ajudar, veja a estante virtual e depois de escolher, entre em contato comigo pelo e-mail: 


fatuquinha@bol.com.br

ou

fatuquinha@gmail.com



LINK PARA VISITAÇÃO:

http://www.bookess.com/profile/fatuquinha/books/

terça-feira, 20 de maio de 2014

Mensagens Reflexivas



A Rosa
 
Foi posta ao lado dos travesseiros, uma rosa singela.
Vermelha e bela.
Única!
A rosa era só um lembrete:
De que existe esperança à sua frente...
Dê essa rosa.
Mostre a sua boa vontade.
Para fazer o Bem, pode ser em qualquer idade.


Fátima Abreu Fatuquinha autora





Existem momentos em nossas vidas, que temos que ser como uma flor que nasce no meio do nada:
Resistindo às intempéries... 

Comigo já aconteceu e muito! 
Fátima Abreu

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 Simplesmente faça o BEM. Essa será sua maior recompensa:
A simpatia de Deus para com você... E sua evolução espiritual.
Fátima Abreu

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Muito fácil "gostar" de quem está no topo ou auge: Basta ser  hipócrita, bajulador e mentiroso. 
Difícil para muitos, entretanto, é ajudar quem está na "base".
Pois eles dependem do olhar de misericórdia, que possa estar escondido dentro da sua alma.

Fátima Abreu

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Ainda Eu...





A crise da 'meia idade' chegou.
Ela vinha se  arrastando lentamente desde os 45 anos...
Mas, com alguns elogios que faziam a minha pessoa, eu levava "numa boa".

Sempre tinha alguém a dizer:
_ Nossa, você parece irmã de seus filhos!
Eu ficava contente. 
Querendo ou não, temos um Ego latente que gosta de ouvir esse tipo de coisa.
A jovialidade me acompanhou por esses 50 anos, porque mesmo com todos os obstáculos que a vida me deu, eu tinha uma forte vontade de sobreviver a tudo.
Acho que isso ajudou a não envelhecer tanto.
                                                                                                                         
             


Não pensem que sou egocêntrica porque ando escrevendo muito sobre mim, principalmente nesse maio de 2014.
Como eu disse antes: A tal da crise da "meia idade" me pegou.
Quando isso acontece, revivemos tudo que passamos até então.
Um balanço geral.

Meu objetivo principal nesse mundo, sempre foi cumprir as missões que nosso Pai Celestial havia me dado, assim como cada um tem a sua.
As minhas tempestades foram muitas, de vez em quando, vinha uma brisa e acalmava...

Continuo dessa forma.
Altos e baixos. Na verdade, de quatro anos para cá, só baixos...
Mas, essa tempestade há de passar como as outras!
Assim espero.
Como disse em um texto meu:
Essa é a espera da Esperança.

Agora, vejo finalmente umas rugas no pescoço, e os cabelos são tingidos, pois tenho muitos brancos.
Não quero que apareçam, pelo menos até eu lidar bem, com isso... Se eu puder aceitar melhor a meia idade, eu deixarei os cabelos grisalhos.  Quem sabe eu nunca aceite?
Sou jovem por dentro!
Mais 'jovem' que meus 3 filhos, Felipe, Izabel e Catarina!
Embora na saúde, seja quase uma pessoa da "terceira idade"...
Esses prós e contras da vida!

Enfim... Meu aniversário de 50 anos é isso:
Uma data para que eu pense e repense tudo novamente, mas, agradecendo sempre ao Criador, a chance de todos os dias, eu acordar.

Fátima Abreu





sexta-feira, 16 de maio de 2014

MENSAGEM PARA OS LEITORES

 Livros que são a continuação  dos contos que comecei aqui no meu Blog Lar:

*O PODER FEMININO  

*UM BAILE, UMA VIDA

*FIOS DO DESTINO 

*MARIBEL NÃO TINHA OLHOS COR DO CÉU

*UM CONTO DE AREIA & MAR 

*ENCONTRO CASUAL?


Romances que muitos acompanharam não somente aqui, como nos sites literários onde publico meus textos: Luso Poemas, Recanto das Letras, Liberarti, etc...
ESPERO QUE SE INTERESSEM E PEÇAM PELOS E-MAILs:

fatuquinha@bol.com.br 
fatuquinha@gmail.com

 DAREI OS DETALHES. COMO SEMPRE, MEUS E-BOOKS SÃO BARATINHOS: APENAS 10 REAIS (!), LEVANDO OUTRO DE BRINDE, À ESCOLHA ENTRE OS LIVROS ANTERIORES.

1001 Beijinhos para todos. Saibam que ao comprar um de meus livros, estarão me ajudando bastante, obrigada de verdade!

FÁTIMA ABREU

























                                   

 





                                    

Eu II






Meus 50 anos, não vão ser comemorados com festinha. Não tenho dinheiro para fazer isso.
Vou apenas jantar na casa da minha filhota do meio, Izabel, que me convidou.
Pretendia fazer um passeio em algum lugar que ainda não fui, como Sta Teresa, por exemplo...
Mas nem isso vou fazer.
Imaginem: Sou carioca e não conheço um dos bairros mais artísticos do RJ !
 

Ah, são tantas coisas que queria ter feito nesses 50 anos e não fiz...
 Sabe aquele show (até de graça) que todo adolescente  ou jovem adulto, vai? Eu nunca fui.
Sabe aquele grupinho que sai junto ao shopping? Eu não tive.
Sabe aquela viagem para o lugar que você escolheu para passar um feriadão? Eu nunca escolhi. Sempre foram " os outros". 
Sabe aquela "melhor amiga(o)" que toda pessoa teve durante a vida? Eu nem suspeito quem seja.

A vida da gente, toma rumos que muitas vezes nos levam a isso.
Nunca tive uma festa surpresa também...  Bem, só aquele bolinho com refrigerante que um dia meu companheiro e minha filha Catarina, combinaram escondido de mim. E olha que foi uma alegria só!


Tem gente que teve festinha surpresa em um curso que estava fazendo, no trabalho, vizinhança, ou mesmo organizada por parentes. 
Eu não tenho isso para contar, até porque, minha vida atual, não tem atividade social.

A minha festinha de 15 anos, foi feita contra minha vontade: 
Eu estava muito doente no dia, com muita febre e atacada da sinusite, mas... só por conveniência social ela foi realizada. Eu nada aproveitei.
Depois veio o casamento, quase dois anos depois disso: 
Parecia uma quadrilha de São João: As pessoas que organizavam a igreja, inventaram de entrar todos os casais de braços dados...
Não foi um casamento como uma noiva sonharia, mas, devido às circunstâncias, tinha que ser assim.
 


Vivo quase reclusa dentro de casa, não tenho amizades para sair, (caso tivesse, onde estaria o dinheiro?) então, minha companhia são vocês: 
Leitores, amigos do facebook e dos meus dois blogs.  Quando saio de casa, é para o mercado, farmácia, clínica, banco ou a casa de minha filha do meio, Izabel.

No final do ano,  passo com a minha filha Catarina, uns 10 dias no Rio, na casa dos meus pais e dou uma passadinha rápida em Itaguaí, onde também tenho pessoas da família.
 

Revejo então pessoas do meu passado, parentes, converso, saio um pouco com meu paizão quando estou no Rio (geralmente para supermercados, para ajudá-lo e fazer companhia também) e mais nada.

Não como fora, nem faço passeios, cinema ou qualquer outra diversão... Por alguns motivos, entre eles o principal: Financeiro.

Entretanto, só recebendo o carinho dos amigos, de alguma forma, nesse  19/05/2014, eu ficarei extremamente feliz.

Beijos. 

Fátima Abreu Fatuquinha

Fios Do Destino -SINOPSE



https://www.agbook.com.br/book/148095--FIOS_DO_DESTINO

Sinopse:

Contos reais que começam na década de 50 e vão até 2008.
A história da família de Adilson: que tinha a marca do "sobrenatural" em suas vidas.
A paranormalidade é tratada de forma fácil de ser entendida.
Os eventos de alguns dos contos são comprovados por algumas pessoas que estão vivas e os presenciaram.
Outras mencionadas nos capítulos inicias do " Um conto do Irajá" , já estão em outro plano.
O livro traz alguns detalhes da minha vida  também e de pessoas que conheci no decorrer desses anos.
O místico está presente na figura de uma cigana.
Quem quiser acreditar nos fatos retratados no livro, muito bem.
Quem não acreditar, deixo pelo menos a dúvida 'plantada' , em sua mente...

Um trecho do livro:


Certo dia, Pedro e seus amigos de trabalho, 'sortearam' quem iria atravessar um pequeno rio da região, para buscar uma penca de bananas na outra margem.
Ele foi o sorteado, atravessou devagar com cautela, porque havia muitas pedras ali.
Ao chegar à outra margem retirou uma banana e comeu tratando logo de cortar o resto da penca e colocar nas costas para levar para os companheiros...
Logo em seguida, começou a ter dores de cabeça fortes, por dois dias.

Duas noites seguidas, sonhou com uma linda morena que estava dentro das águas do rio, e chamava pelo seu nome com insistência, depois disse que ele havia sido escolhido por ela, para ser seu companheiro. E que dentro de poucos dias viria buscá-lo...
Ele acordava assustado, dizendo que não iria, porque não queria!

Contou os sonhos para seus amigos e pediu-lhes que pelo sim ou não, o amarrassem naquela noite na cama bem fortemente. Um deles era marinheiro e sabia fazer aqueles nós, que só eles mesmos sabem desatar...
Assim, ele amarrou Pedro à cama, dizendo que no dia seguinte pela manhã viria soltá-lo. Todos foram dormir, o silêncio era total...

Ao raiar do dia, o companheiro de trabalho Ramiro, foi até o andar de cima do alojamento para desatar Pedro. Mas deparou-se com as cordas soltas e a cama desfeita, objetos pelo chão indicando luta...
Os amigos deram parte na empresa e na polícia local que enviou para a floresta helicópteros de busca, cães farejadores, etc.
Nada foi encontrado...
Eles já temiam pela vida de Pedro.
Foi quando Ramiro teve um sonho revelador:
Vinha um índio imponente na sua direção e lhe dizia que sabia onde estava seu amigo Pedro, dando-lhe todas as coordenadas para que o encontrasse.
Assim ele e uma equipe de resgate saíram à procura mais uma vez, e o acharam no meio da floresta, coberto por folhas de bananeira, visivelmente apático, desidratado e desnutrido.

O socorro aéreo, o levou a um hospital de Manaus, onde ficou até se recuperar totalmente.

Quando Pedro retornou ao alojamento quase tudo já havia acabado, do trabalho ali...
Lembrou-se de que dias antes de acontecer tudo aquilo com ele, havia achado umas pedras preciosas no mesmo rio que vira a linda mulher e colocara em um copo, e dado para o geólogo da equipe, para que analisasse, contando que depois o devolvesse, mas não foi isso que ocorreu...


Continua no livro...

Fátima Abreu


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Jardim de Amigos



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Jardim de Amigos

Os anos marcam
Seja na face, corpo, em sua mente...
Seja no contar de cada aniversário
Quando chega uma época que não quer dizer mais a idade.
Eu digo.

O engraçado, é que o inverso também acontece:
Tem gente que se renova, como fênix renascida...
Parece que os anos voltam:
Se sentem mais soltas, felizes como crianças ao ganhar aquilo que almejavam.
Outras tantas, remoçam de verdade.

Essas, tem cheiro de flor.
Asas de anjo.
São doces como mel.
Pois vem à Terra, para deixar um sopro de amor:
Onde passam, renovam também aqueles que estão à sua volta.
Pois cativam com seu carisma deixando quem está do lado, com jeito de flor também.
Pelo menos por algum tempinho...

As amizades assim, são muito bem vindas!
Colorem nossas vidas,
E não nos deixam desanimar.

Obrigada, meus amigos. Todos são pérolas reluzentes na minha vida.

Márcia Ramos
José Seixas
Mary Braga
Edla Dantas
Gabriel Peers
Giovana Villardo
Amanda da Silva
Gina Roman
Alex Ortiz
P C Souza
Fátima Nunes
Mírian Yamamoto
Vânia Cairo
Sandra Incutto
Ana Furtado
Cláudia Santos
Todas as Marias do meu facebook e tantas outras pessoas, doces flores do meu jardim de amigos.


FÁTIMA ABREU

terça-feira, 13 de maio de 2014

AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ...

PEQUENO CONTO DE ROMANCE (reeditado)

* Aqui  sou Dóris e minha filha Thalia Catarina, é Tifany.





"AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ"...

CAP I


Dóris sabia que estava certa. Sua vida mudara da água para o vinho, literalmente quando conhecera Heitor. Muitas pessoas olhavam ‘torto’ para ela depois disso...
Não que ele fosse algum marginal, viciado ou coisa parecida. Era apenas bem diferente das pessoas de seu mundo suburbano...

Heitor gostava de chocar, mostrava logo com uma coisa que hoje em dia, é como se fosse uma verdadeira bomba, jogada sobre as pessoas: Era ateu.
Isso já fazia com que o mundo se virasse contra ele, ainda mais uma família onde todos tinham religião, como a de Dóris:
Alguns eram católicos, outros evangélicos, outros, espíritas.
Já por esse motivo ele desagradava.
Gostava de ROCK PESADO, e quando estava em casa, ouvia altíssimo.

As calças jeans viravam bermudas esfiapadas e frequentemente fazia furos largos, dando um jeito de parecer surrado.
Mas, nem sempre era assim:
Quando saía para outros lugares ele se vestia adequadamente.
Na verdade, Dóris desconfiava que ele tivesse dupla personalidade ou transtorno bipolar.

Ainda assim, ela estava apaixonada por ele.
Já havia se acostumado com o jeito de ser dele, e a mudança brusca de atitude o tempo todo. Tinha momentos que parecia um adolescente roqueiro, em outros, um velho, quando escutava música clássica...
Dóris se sentia viva com ele! Isso era o mais importante para ela. Sua vida com o falecido marido tinha sido muito trabalhosa, embora o tivesse amado muito.
Ele estivera doente por mais de quinze anos. Casara cedo, adolescente ainda, sua vida se resumiu a partir daí, em cuidar de marido, filhos e negócio próprio.
Já com Heitor, era um ritmo de vida diferente agora, novas coisas foram agregadas ao seu cotidiano desde que decidiram ficar juntos.

Heitor e Dóris estavam apaixonados, e com ele Dóris dançava, cantava...
Algumas vezes (no início do relacionamento), em dias de sábado, iam até o centro do Rio.
Depois que as lojas fechavam, saíam cantando e dançando em meio aos prédios e ruas.

Faziam muitas caminhadas também na restinga e pelas praias semi virgens (porque aos poucos estavam sendo descobertas por vários grupos, nos fins de semana)...

Heitor acordava Dóris, com o café na cama, algumas vezes com flores colhidas bem cedinho lá na restinga.
Tinham uma vida sexual ativa, que para ambos era super importante isso, pois constituía 90% do bom relacionamento entre eles. Os outros 10%, cabiam a convivência e tolerância.



CAP II

A vida não andava bem, financeiramente, para Dóris e Heitor.
Ele trabalhava por conta própria porque cursou publicidade, porém, não estava empregado mais, e ali para onde se mudaram, as coisas eram muito mais difíceis do que no Rio. Não havia muita expectativa de melhoria.

Dóris como pensionista do primeiro marido, basicamente punha o dinheiro nas contas... Para piorar a situação o aluguel era bem maior do que na casa anterior, as despesas aumentaram consideravelmente.


No fim do mês era só sufoco, contando os dias para virar o mês e ter seu pagamento no banco...

Dóris adotou uma maneira de viver, de nunca se meter na vida de ninguém, para que não desse o mesmo direito aos outros...
Mesmo com todo esse ‘aperto’, ela era feliz ao lado de Heitor!

Passara tantos anos, cuidando do primeiro marido, das clínicas e hospitais para casa, que merecia agora, vivenciar um romance!


Ele pensou em levá-la para morar com sua família num bairro do Rio, ali não precisariam pagar aluguel, e consequentemente a vida deles voltaria ao normal, como no início...
Mas seria muito ruim para ela e a filha, porque deixariam de ter as suas próprias coisas, para utilizar os outros, pois não poderiam levar seus móveis, teriam de vender tudo e levar apenas o necessário.

Além disso, morar com família de marido, é briga na certa! Sem falar, que elas se sentiriam estranhas, numa casa onde antes, nunca tinham colocado os pés...
Não, essa não era a melhor opção!
Ficariam então onde estavam e continuariam tentando melhorar de vida.
Todos sofrem os efeitos da crise, os dias estão difíceis, repetia Dóris para si mesma.

Mesmo com o aumento dos pensionistas, de nada adiantava para Dóris, devido as suas despesas que aumentaram desde que mudaram para outra casa. Mas teve de ser assim, porque o antigo senhorio pediu a casa.
Eles teriam que se virar em dois meses para achar outra e mudar. Procuraram todos os dias em imobiliárias, por telefone, fazendo longas caminhadas, visitando as que estavam com as placas de aluguel, mas nada servia: Eram bem mais caras, ou tinham vazamentos, ou ainda, estavam em local perigoso, etc.

Apenas essa que optaram, cabia ficar. A construção era semi nova, apenas um inquilino estivera ali antes, por seis meses.
Teoricamente estava tudo bem...
Mal entraram, e uma série de problemas começou.

Sem falar num episódio que ocorreu no dia de Ano Novo:
Dóris e Heitor dormiram cedo, afinal apenas eles estavam na casa:
A filha de Dóris tinha ido passar as férias de dezembro, na casa dos parentes no Rio.

O casal então passou tanto o Natal, quanto o Ano Novo, completamente sozinhos na nova casa.
Lá pelas 02h30 min da madrugada, ainda se escutava fogos aqui e ali.
Entretanto,  isso não atrapalhava o sono deles.

A chateação foi o que veio depois:
Batidas fortes no portão de madeira, que eles imaginaram atordoados pela sonolência, que fossem em outra casa. Ou talvez algum vizinho que veio dar "Feliz Ano Novo".
Se fosse esse o caso, eles manteriam tudo mesmo às escuras, para que percebessem que eles não estavam em casa, ou dormiam...

Mas, alguém continuava a bater e gritar coisas incompreensíveis. Finalmente conseguiram abrir o portão, de tanto empurrar...
Dóris estava nervosa, uma invasão! E se estivessem armados para um assalto?

Eram três homens, visivelmente embriagados. Heitor foi até eles, que já estavam dentro do quintal da casa, e disse:
- Vocês, estão procurando quem? Entraram na casa errada.

Um deles, perguntou se não era a casa do tal dono. Heitor disse que agora essa casa estava alugada para ele.

Eles ficaram sem jeito, porque eram parentes do dono, queriam dormir na casa, mas não sabiam que agora estava alugada, pediram desculpas pelo transtorno  e foram embora.

Dóris e Heitor viram como estavam vulneráveis ali, porque se fossem bandidos mesmo, teriam rendido
aos dois.
E se, por acaso Dóris não tivesse Heitor como marido, ainda estivesse solteira? Imaginou como estaria indefesa, a filha estando no Rio e ela sem um homem ali, para cuidar dela...

Nossa! Era nesses momentos que agradecia por ter conhecido Heitor, ele a fazia se sentir segura e protegida. Mesmo ele sendo temperamental, ela contornava as situações, e se davam bem. 
Era isso que a família dela não gostava nele também, porque ele não media as coisas que dizia, saía assim... Até que no caso dos três homens, ele tinha sido bem calmo, Dóris pensou:
" Deve ter sido o outro lado da personalidade dele, que o manteve calmo"...

Ele era o homem mais educado do mundo quando esse lado aparecia, mas poderia ser o oposto, quando a outra personalidade surgia...
Dóris aprendeu a conviver com isso, todos nós temos nossos segredos da alma, uns mostram, outros guardam dentro de si, e esses que são os piores!
Quando essas pessoas ditas ‘tranquilas’ emergem em fúria, podem se tornar perigosas...
Melhor então ser como Heitor, mostrar quem é! Se gostarem dele, ótimo! Quem não gostar, paciência...


CAP III

Na companhia de Dóris, ainda estava Tifany, a caçula.
Dóris sabia que quando ela se tornasse adulta, sairia de casa. Esse também era um dos motivos para não ficar só. Ainda bem que tinha Heitor!



Ele lhe faria companhia durante os próximos anos...
Mas a adolescência de Tifany não era nada fácil para Dóris.
Já apresentava sinais disso, desde os dez anos de idade.

O pai de Tifany, na época ainda vivo, certo dia disse a Dóris:
- Tenho pena de você. Estou doente tem tempo, qualquer hora já me vou. Mas você vai ficar e conviver com ela desse jeito vai ser bem difícil!
- Eu sei...
Dóris pensou por um momento, como seria bom que se os filhos parassem de crescer aos seis anos, ficassem todos com essa idade. Tifany era um anjinho aos seis anos:
Compreensiva, amiga, carinhosa... Agora, era bem diferente.
A adolescência de Tifany trouxe problemas para Dóris que ela não tivera com os outros filhos: 
Tifany era deprimida, podia ficar dias sem falar com ninguém, dificuldades de se relacionar com as colegas, ao mesmo tempo, poderia ser agressiva com as palavras... 

Desenvolvera também uma tendência para a anorexia, comendo pouco. Isso deixava Dóris mais preocupada ainda!
Se ela ficasse fraca, anêmica, todos que não soubessem o drama que Dóris passava com ela, diriam que ela estava sem querer comer porque a mãe tinha arrumado um marido novo. O que não era a verdade!

Ela estava assim porque a 'moda’ da escola era ser magra. Algumas meninas do colégio já haviam desmaiado por fraqueza.
Dóris estava já pensando em ir até a escola, pedir à diretora que convocasse uma reunião extra, para falar do assunto com as mães.





CAP IV


Heitor em nada acreditava, mas Dóris era muito espiritualizada, em consequência disso, ela tinha premonições, sonhos, e algumas poucas vezes visões tanto das vidas passadas como do futuro.

Quando estava em seu primeiro casamento, ainda no Rio, certa vez foi chamada pela vizinha para fazer encomenda de empadas e pastéis de forno. Ela foi tomar ciência da encomenda.

Ao chegar à casa de sua vizinha, uma senhora dos seus setenta anos, não esperava que fosse uma tarde de revelações:
Elas começaram numa conversa que se tornou longa, pois tanto Dóris com a senhora gostavam muito de falar.



Em dado momento, a senhora que era kardecista, teve uma mensagem espiritual para ser dita a Dóris:
- Filha, você tem sofrido muito, e por tanto tempo, junto com o seu esposo doente.
Saiba que o porquê disso, se deve a ter assumido uma missão, ainda lá no plano astral, de cuidar dele aqui na Terra. Ele tinha débitos a recuperar em relação ao Carma, e você se ofereceu para ajudá-lo a conseguir. Dando-lhe atenção, carinho e cuidados.

- Então eu aceitei essa missão... Bem, tenho por filosofia de vida, aceitar tudo que Deus põe no meu caminho, que seja então! Eu sempre irei continuar a cuidar dele, enquanto ele ainda viver...

- Faz muito bem, Ele não é sua outra metade, mas ainda assim você cuida dele até ele fazer a
passagem...
A sua alma gêmea anda por aí, pode ser que um dia você encontre...

- Quem sabe se ainda há tempo para ser feliz?


Dóris não sabia quem era sua alma gêmea, mas sabia de uma coisa:
Heitor não era!  Porém, tal qual o primeiro marido ela foi levada por forças superiores até ele.

No primeiro momento que soube que ele era ateu, descobriu isso...
"Mais uma missão para mim... Transformar um ateu!"
Sim, era isso que tinha que fazer, com muita paciência, carinho, dedicação, tolerância e amor.

Além disso, trataria de domar o lado oposto da dupla personalidade dele, para que o lado bom fosse o predominante.
Ela o amava assim como amou ao falecido marido. Queria o bem de Heitor. Dóris amava ao próximo.

Entretanto, em uma de suas visões de vidas passadas, ela já estivera com ele antes:
Foi ele quem a esfaqueou no coração, ocasionando sua morte na vida anterior.
Havia além de tudo, um acerto de contas, um perdão da parte de Dóris para com ele.

Mais carmas em situação de resgate.
O coração dela, antes abatido pela faca assassina em outra encarnação, batia cheio de amor pelo seu algoz de outrora.


CAP V

Cada dia para Dóris se transformava em desafio. Havia momentos que tinha vontade de estar em algum lugar que ninguém a conhecesse, recomeçar do zero.
Com seu novo marido, de preferência.
Heitor fazia de tudo para agradar Dóris, no início.
Embora como todo casal, existia dias de desacordo...

Dono de uma vasta cultura sabia reconhecer sinfonias, só de ouvir a introdução.
As nomeava, para que Dóris apreciasse os grandes clássicos com ele. Escutavam juntos um programa de rádio, especializado em concertos.

Agora, quando Heitor escutava o seu rock pesado, Dóris saía de perto. Porque para ela, aquilo era uma barulheira só.

Além disso, na literatura conhecia os grandes autores estrangeiros, pelos incontáveis livros que leu.


Quanto à Dóris, a área mais marcante na sua vida era a da saúde.
Fez curso se especializando em doenças infecto contagiosas e transmitidas por vírus ou bactérias, tinha conhecimento de vários fármacos, pois também teve curso de laboratório.

Com a doença do primeiro marido (falecido), ela vivenciou o seu lado "enfermeira", colocando em prática tudo que aprendeu de doenças e remédios.

Muito embora, Dóris também seja adepta das Artes.
Ela também gostava muito de cozinhar, quando morava no Rio, era conhecida pelas suas empadas, pastéis de forno e outros quitutes para colocar em sua lanchonete.

Sem falar nos fins de semana, quando as pessoas iam até lá para saborear seus deliciosos almoços. 
Quando não queriam comer na lanchonete, ela providenciava as 'quentinhas' para que eles pudessem levar para casa.
Era dessa maneira que ela levava a vida naquela época: Cuidando dos três filhos, do marido doente e da lanchonete.
Pegou quatro estafas.

"Mas tudo isso é passado... E quem vive de passado é museu", pensou Dóris.
Olhava pela janela da casa, percebendo que os vizinhos já começavam com as queimadas de todas as tardes... Isso muito a incomodava.

Ela e Heitor pensavam no momento em endireitar suas vidas, para além da satisfação pessoal, mostrar para os parentes de Dóris, que podiam ser felizes sem nada faltar.
O relacionamento deles era de cumplicidade.



Certa manhã, Dóris pegou a mão de Heitor, deu um beijo suave e disse com olhos marejados:

- Eu te conheço desde os meus seis anos de idade, apenas não havíamos nos encontrados antes do destino fazer o seu trabalho...

Heitor que nada entendia da espiritualidade de Dóris, ficou sem entender como ela poderia conhecê-lo.
Em dada época da infância, Dóris tinha medo do anoitecer.
Sabia que depois que todos da casa estivessem dormindo, aquele homem de cor parda, empunhando uma faca, daria o golpe certeiro em seu coração.

Ela tinha nítida, essa visão:
De outra 'Dóris' que viveu em outra carne, em época diferente, e que era assassinada por esse homem...
Apenas via um rosto desfocado, um borrão, não conseguia distingui-lo bem.

Durante anos, cogitava se um dia iria conhecer o tal homem que aparecia em suas visões de uma de suas vidas passadas...

Um dia, tempos depois que estava com Heitor, ela viu um 'flash' no rosto dele, quando estava sobre si, em um momento de intimidade.
A visão se modificou, indo e vindo...
Aquele foi o momento que ela compreendeu tudo.

Ela tinha visões futuras também. Soube antes da nora, que ela estava esperando um filho:


Um dia, um menininho de cabelos bem negros e olhinhos puxados, estava na beirada da sua cama, dizendo ser o netinho de Dóris, que ainda viria:

- Não fique assustada, eu sou seu neto que ainda vai nascer.
- Então você vem dessa vez? (Dóris disse isso, referindo-se aos dois abortos naturais, que sua nora teve antes)
-Venho sim, meu nome é Alex, mas, vão me dar outro nome.

Dizendo isso, ele sumiu...
Dois meses depois, a nora estava grávida do Gui...

Dóris, lavando a louça, algum tempo depois de Gui ter nascido, se lembrou do fato dele ter se apresentado como Alex...

Deu um sonoro:
'Descobri!'

Alex... Era esse o nome que sua mãe dera ao gêmeo de sua irmã Alexia, quando ela perdeu o feto ainda com três para quatro meses, e apenas Alexia ficou no útero.
Então, Alex vinha agora como seu netinho, não como seu irmão, como teria sido muitos anos antes!



Dóris e Heitor em sua vida juntos tinham seus desentendimentos e alegrias como qualquer casal.
Mas era a união que os guiava, mesmo com todas as suas diferenças...

Dóris achava que envelheceria com Heitor ao seu lado.
Ele sempre dizia entre uma taça de vinho e outra:

- Sabe Dóris, é impossível não te amar! Eu tenho obrigação de te fazer feliz! Você me deu vontade de novo, de viver... Eu já pensava em sumir desse mundo, quando te conheci, e aí você com esse seu jeito de pessoa desprotegida, mudou tudo...

Dóris se sentia bem com essas palavras, porque ele não era de dizer 'EU TE AMO' o tempo todo, como a maioria dos homens diz por aí, só para conquistar uma mulher e talvez algumas vezes, levar para a cama, antes de se entediar dela.

Não ele não era assim! Quando ele dizia isso, era olhando nos olhos de Dóris, em momentos que ela não esperava.

- E sabe de outra coisa, Heitor? Ainda que “o mundo caia” sobre nós, eu sei que você me protegerá sempre que puder. 
Essas palavras foram seladas com um beijo bem apaixonado...


A vida segue.
Muitas dificuldades  como sempre teve:
Falta de dinheiro, problemas emocionais e de saúde.

A filha, Tifany (agora já quase adulta), com suas mudanças de humor e depressão de vez em quando, continua a preocupar.
E com Heitor, também há problemas:
Pois seu temperamento bipolar continua variando o tempo todo.
Entretanto, Dóris é forte, guerreira, e ainda continua a sonhar...

Fátima Abreu





Final Fictício:


A Terra estava em seus últimos dias, totalmente condenada! Ninguém mais envelheceria, tudo se esvaia assim, de um minuto para outro...
As últimas transmissões pelos meios de comunicação chegavam à Terra, ainda alguns satélites  funcionavam.
Mas em breve nada mais funcionaria... As explosões solares estavam quase em sua totalidade...
O fim era iminente.
NAS RUAS DE TODAS AS NAÇÕES, AS PESSOAS SE DESESPERAVAM, OUTRAS AJOELHAVAM E REZAVAM NA ESPERANÇA DE QUE UM MILAGRE ACONTECESSE!
Os cientistas haviam avisado desde setembro de 2012...
Agora chegara o dia fatídico para o planeta.
Dóris telefonara para seus parentes, que trocavam palavras de amor e arrependimento, ao mesmo tempo. Se soubessem que o fim de todos estava tão próximo, teriam estados mais tempo juntos...
MAS AGORA TUDO ISSO ERA PASSADO, FICAVA PARA TRÁS!
Heitor estava ao seu lado abraçado, e a filha Tifany também.

OLHAVAM PELA JANELA, A ONDA SE APROXIMAVA, PODIAM VER O CÉU VERMELHO EM CHAMAS, E
DEPOIS A ÁGUA INVADIU TUDO, O FOGO NO CÉU QUEIMOU O QUE RESTOU DE UM PLANETA, ONDE
TUDO FOI DADO POR DEUS, E O SER HUMANO NÃO TEVE CUIDADO PARA MANTER...


Depois, cada ser que na Terra viveu, foi encaminhado em estado etéreo para sua nova orbe, a casa que ocuparia segundo seu merecimento e progresso espiritual...
O lugar parecia uma cidade da época do apogeu greco-romano:
Pilastras de mármore, jardins...
Dóris viu ao longe uma mão que lhe acenava...
Os olhos se encontraram num reconhecimento de eras!
Encontrara finalmente sua alma gêmea!
Dóris deixou cair uma lágrima de emoção, caminhava a passos largos de encontro ao seu
verdadeiro amor.

AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ, pensou...

Fátima Abreu