domingo, 30 de outubro de 2011

Para as crianças: Um poema que brinca com as idéias e a letra F

NO F DE FILOMENA...OU DE FADA...

A fada não era feia
Feia era a Filomena
Que tinha a fada como madrinha...

Filomena tinha as pernas finas
Coitada da menina!

Com dó da menina, a fada
Fez Filomena se formar
Em linda modelo!
 
Filomena ficou agradecida
À sua fada madrinha
E com seu jeito de menina
Beijou a fada Firmina...
A fada Firmina foi embora
Deixando a menina
Feliz da vida!
Fez casamento com outro modelo
O Fernando, que se tornou fiel escudeiro...
Mas Fernando conheceu a fada Firmina
E se apaixonou pela fada...
Que triste pelo fato,
De novo, foi embora...

Fazendo Fernando se transformar num fauno
Filomena, agora sem seu amor
Chorou e pediu a fada:
_ Me transforma em flor!

Agora, Filomena é flor
Que o fauno arrependido por ter desgostado
Da pobre Filomena, beija e cheira, todos os dias
No jardim da fada Firmina

Que com toda essa confusão
Correu à outro reino
E conheceu o rei Felipe...
 
Dessa feita, teve um filho:
Feio...Nem parecia filho de fada...
E tudo recomeçou na vida de Firmina!
Agora, vai tentar uma menina...

 
 
Fátima Abreu

VENTOS

VENTOS

Se esse vento fosse brisa
Levantaria suavemente as folhas no ar...
Mas esse vento é de tempestade
Levanta a poeira do chão
Sacode as telhas das casas
Faz um acorde, com seu som...

VUUUUUUUUUUUUU, UIVA O VENTO...
Ele carrega as coisas, a todo momento,
Estão em seu caminho...
E sem dó, nem piedade
Faz um estrago enorme
Só pela sua vontade!
 
Ah, queria a brisa!
Suave...
Levantando os cabelos
Deixando-os, em desalinho...
Como se estivesse fazendo carinho!

A brisa me refresca,
Em momentos de intenso calor
A brisa não faz o estrago
Que o vento de tempestade, faz...
Ela é doce, branda
Como o coração de quem ama...
Fátima Abreu

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A FACE E OS DISFARCES...

A face e os disfarces

Suas faces eram um disfarce.
Quando as areias percorrem a ampulheta do tempo
Nada mais se pode fazer, apenas envelhecer...
Temiam a velhice, usavam artifícios para a beleza estética.
Mas a velhice está, em quem não quer a vida vivenciar!
Os espelhos demonstram marcas
A vida é que se faz presente!
Tente!

Não deixemos as areias caírem
Sem partilhar cada instante,
O amargo da vida, pode encontrar mais, que dor sentida...
Os cosméticos são aparência!
Deixem as marcas, os sulcos mostrarem,
Aquilo que fez vocês ficarem assim:
Vida vivida, por vocês, e por mim...

Não uso maquiagens:
Apenas um lápis preto na pálpebra inferior, um pouco de rímel talvez...
E nos lábios, um sutil toque de batom,
Que não é vermelho!
Apenas colorir um pouco a face, não um disfarce!

FÁTIMA  ABREU

Colagens

COLAGENS

Colo teu retrato na mente
Cola o meu também!
Colo momentos bons
Os maus, descolo...
Não fazem bem...
Colo em mim, o teu coração
Em mim, você cola, o beijo de paixão...

Colo meu corpo no teu
Colando o teu, no meu...
Cola o V DA VITÓRIA,
Na vida, no dia a dia
Faz da colagem, nossa alegria...

Cola as imagens que gosta
Descola aquelas que não te agrada
Cola um beijo na minha boca
Cola mais não descola, agora...

Fazendo colagens eu vou
Pela vida a fora, estou
Faça as colagens comigo,
Meu amado amigo...

Faça a colagem do amor
Dentro do coração, com muito carinho...
A colagem do amor,
Tem que ser com muito jeitinho...

Cola tua mente na minha
Cola, com a cola da paixão
Essa, não descola mais...
Porque é feita com a emoção!

Cola, no meu colo, agora...
Sente o colo atraente!
Teu colo, para todo sempre...
Fátima Abreu

HJ O ASSUNTO É VARIAÇÕES DE FRANGO!

PEITO DE FRANGO GRELHADO COM MOLHO DE  MAÇÃ E GENGIBRE

6 PEITOS DE FRANGO ( PARA 3 PESSOAS )
TEMPERE OS PEITOS DE FRANGO, (JÁ LAVADOS COM ÁGUA E LIMÃO  PREVIAMENTE) COM SAL A GOSTO E 2 DENTES DE ALHO GRAÚDOS AMASSADOS
1 COLHER DE SOBREMESA DE ORÉGANO OU COENTRO EM PÓ
1 MAÇÃ CORTADA EM CUBINHOS
1 COLHER DE SOBREMESA DE RASPAS DE GENGIBRE
MEIA LATA DE MOLHO DE TOMATE PRONTO

                              MODO DE FAZER:
PONHA OS PEITOS DE FRANGO PARA GRELHAR, VIRANDO DOS LADOS
POR IGUAL, ATÉ ESTAR PRONTO, E DEPOIS RESERVE.
NUMA PANELA, PONHA A MAÇÃ, O ORÉGANO E AS RASPAS DE GENGIBRE.
MISTURE  COM A MARGARINA E REFOGUE RAPIDAMENTE.
PONHA O MOLHO REFOGADO DE TOMATE E DEIXE FERVER PARA TOMAR SABOR.
APAGUE O FOGO E PONHA SOBRE OS PEITOS DE FRANGO NUMA TRAVESSA  PARA SERVIR.


ENROLADINHO DE FRANGO COM PRESUNTO E MOZZARELLA

8 BIFES DE PEITO DE FRANGO TEMPERADOS COMO  NA RECEITA ANTERIOR
200 g DE PRESUNTO , O MESMO DE MOZZARELLA
MOSTARDA E  MAIONESE MISTURADAS NUMA VASILHA PARA UNTAR OS PEITOS DE FRANGO
PAPEL ALUMÍNIO
PALITINHOS DE DENTE
MARGARINA OU AZEITE PARA UNTAR O REFRATÁRIO
MODO DE FAZER:
NUM REFRATÁRIO, UNTADO COM MARGARINA OU AZEITE, PONHA  OS PEITOS DE FRANGO UNTADOS COM A MISTURA DE MOSTARDA E MAIONESE
EM CIMA DELES, COLOQUE AS FATIAS DE PRESUNTO COM MOZZARELLA ENROLE. FECHE COM PALITINHOS DE DENTES.
 REGUE UM POUCO DE AZEITE E CUBRA COM PAPEL ALUMÍNIO.
LEVE AO FORNO MÉDIO POR UNS 20 MINUTOS. DESCUBRA ENTÃO, E DEIXE DOURAR.

FÁTIMA ABREU

domingo, 23 de outubro de 2011

PARA QUEM QUER FAZER PÃO, VEJA ESSA RECEITA:

PÃO DE SAL CASEIRO( FÔRMA )
15 g de fermento de pão fresco (biológico)
1 xícara e meia de leite morno
1 colher de sobremesa de açúcar
5 xícaras de f. de trigo
½ xícara de margarina
MODO DE FAZER:
Misture os 3 primeiros ingredientes e deixe descansar por uns 15 minutinhos. Junte os demais ingredientes numa vasilha grande e vá misturando tudo muito bem, amasse, sove...
Coloque a massa até a metade das fôrmas (já untadas) Cubra com toalha de papel ou um pano de prato bem limpo. Deixe dobrar de tamanho por 1 hora. Leve ao forno médio, pré aquecido, por 15 minutos. Depois no forno alto por mais 15 minutos.
Se ainda não estiverem corados, deixe mais um pouquinho. Sempre olhando para não passar do ponto!



HJ EU TRAGO MASSAS, PARA VCS:

MASSA PARA TORTAS SALGADAS
Xícara de água (1)
Gemas (2)
Colher de café de sal (1)
150g de gordura hidrogenada
200g de margarina
½ Kg e farinha de trigo
MODO DE FAZER:
Misture tudo e amasse bem com as mãos. Forre a forma e ponha o recheio que quiser. Asse em forno médio.
OUTRAS MASSAS:
ESFIHA
30g de fermento biológico
1 colher ( sopa ) de açúcar
1 de sobremesa de sal
250ml de óleo
Um copo e meio de água
700g de f. de trigo
MODO DE FAZER:
Misture tudo, divida a massa em bolinhas. Deixe descansar por 20 minutos. Polvilhe a mesa com a farinha, passe as bolinhas. Faça discos de massa (abra com o rolo) para por o recheio. Feche. Leve ao forno de 300 graus por + ou 5 minutinhos. Se quiser um brilho, pincele uma gema misturada com um pouco de  óleo de soja.

MASSA BÁSICA PARA FAZER SALGADOS
                       ½ Kg de gordura hidrogenada
½ Kg de f. de trigo, sal a gosto
1 ovo batido e 1 latinha de guaraná
MODO DE FAZER:
Numa vasilha, ponha os ingredientes (menos a farinha).
Vá amassando, junte o trigo aos poucos. Deixe ficar bem homogêneo.
Ponha na geladeira de 30 a 50 minutos.
Depois, abra a massa com as mãos.
(‘Serve para pastéis de forno, tortas abertas ou fechadas, empadões, etc)






Fim da agonia

As flores foram jogadas ao chão.
Lágrimas vertiam daqueles olhos.
O fim de uma longa agonia...

Chegara o tempo dele.
Algo, que ele havia se preparado, por muito tempo!
Doente, e na fase final insano, sem esperança.

Ele só tinha uma certeza:
Fora guerreiro, havia lutado.
E agora, tudo estava acabado...

O sonhos, escorreram pelos dedos...
Com o passar dos anos, de moléstia e angústia.
Não havia mais com que sonhar.

Fechara os olhos, finalmente Deus o chamara...
Para seu alívio, enfim!
A dor passou.

O cortejo fúnebre, voltava aos portões.
O enterro terminou...

Fátima Abreu
**********
NOTA: Em memória de Adir.

sábado, 22 de outubro de 2011

"O MATRIMÔNIO"




O MATRIMÔNIO
A luva esconde a mão
O anel embeleza o dedo
No véu branco
A noiva satisfaz seu desejo

A multidão aguarda do lado de fora
Mocinhas casadoiras aguardam o buquê
Os noivos vem felizes, sorriso no olhar
E os convidados lançam o arroz ao ar

Os sinos da igreja tocam
Numa sinfonia, sem parar...
O beijo, é dado com todo amor
O casal entrelaçado, absorve todo o sabor...


Muitos abrem caminho, para os noivos
Dançam, cantam, aproveitam a festa!

O bolo é cortado, as taças preparadas para o brinde
E todos comemoram
Novo momento começa para eles:
Nova vida!

Cumplicidade, para dar certo,
Amor, para serem felizes...
E a tolerância, para os dias de angústia...

São receitas básicas para o casamento
Para que tudo não passe, apenas desse momento...

Fátima Abreu


"A CASA DAS LEMBRANÇAS"



A casa das lembranças
Abro a porta da casa
Olho todo o interior
Procuro por lembranças
Será que elas ainda estão ali?
Não.


Chego ao quarto
Tantos momentos contidos naquelas paredes...
Tantas estórias e histórias de vida
Quantas dores passadas também...

A casa não deixa saudades
Apenas faz parte desse contexto
Ando de um lado para o outro
Percebo que agora está com nova pintura
Novo dono, ela tem

Mas a casa tem segredos
Desses, ninguém sabe...
Guardo na mente
Não revelo a ninguém!

Olho para o quintal ensolarado
As orquídeas ainda estão lá...
Fazem bem o seu trabalho:
Embelezam o lugar.
Dou um leve aceno,
Como se alguém ali estivesse,
Quando chego ao portão.

Vou embora, agora...
Fica a casa, no seu lugar de sempre...
Em minha vida, ela ocupa
O lugar das lembranças,
Mas que agora, são pigmentos em minha mente...

Fátima Abreu

FÊNIX



Fênix


Cortou o cabelo com uma navalha
Olhava-se no espelho do banheiro
Pouco a pouco, ia se desfazendo dos cabelos
"Cultivados" por tanto tempo...
Era uma decisão radical!
“Teria de ser assim”, pensava...
Os cabelos para a mulher, é o ícone de sua vaidade
Mas demonstrava sua fraqueza também
Ela decidiu então cortá-los,
Dando uma nova guinada em sua vida
“Teria de ser assim”, repetia mais uma vez
Como se quisesse convencer a alguém, ou ela própria...
Cabelos lisos, compridos
Dariam lugar agora, à um corte quase masculino
Rente aquele rosto tão feminino...
Ela estava pronta!
Juntava agora os tufos em quantidade
Que foram "anavalhados"...
Jogava fora na lixeira do banheiro
Tanto quanto sentimentos que nutria por inteiro...
Agora renascia das cinzas
Como Fênix mitológica
Nova vida
Nova mulher
Que viessem as tempestades!
Estava pronta,
Se fortalecia, dia a dia...
Diferente de Sansão,
A sua força não estava nos cabelos
Pelo contrário!
Eles atrapalhavam a sua nova imagem:
Mulher destemida!
Mas a feminilidade continuava
Era a sua marca...
Ninguém ousaria dizer o contrário,
Mulher até embaixo d´água!
Não era um corte de cabelo,
Que isso mudava...

Fátima Abreu

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

OS IRMÃOS E O OVO FRITO

 

 

 

OS IRMÃOS E O OVO FRITO...

A criança tinha apenas sete anos, e cuidava do irmão de nove: Era um menino que havia nascido com doença rara, e não mexia o corpo... vivia eternamente em uma cadeira reclinada, na sala, da pequenina casa...
A mãe, saía para trabalhar e deixava os dois meninos ali...Entregues à DEUS...
Que Ele, cuidasse para que nada acontecesse, em sua ausência...
Certo dia, o gás acabou, e o menino menor não sabia como alimentar o irmão...
O doentinho, era muito inteligente: falava bem, mesmo com toda doença que não deixava o corpo se mover, ele aprendera a ler, e sozinho! Era autodidata...
Ele pensou no problema do irmão, em como faria para alimentá-lo, e disse:
_ Mano, pega o ferro de passar, liga na tomada...
Vira para cima, e põe sobre ele, a frigideira menor que tiver em casa... Depois põe margarina e joga um ovo aí dentro, para fritar...
O IRMÃO MENOR, QUE TINHA A RESPONSABILIDADE DE CUIDAR DO IRMÃO MAIS VELHO DOENTE, FICOU DE BOCA ABERTA, COM A RAPIDEZ DE RACIOCÍNIO DO MENINO!
Mas, seguindo as instruções assim fez o ovo frito, e deu de comer ao doentinho...
Quando a mãe chegou em casa, no fim da tarde, percebeu que não havia gás para fazer o jantar.
Perguntou então, ao filho menor:
_ Meu filho, como fez? Não tinha gás, aqui no botijão...
E o filho de sete anos, respondeu à mãe:
_ Mas tinha a inteligência do meu irmão!

 
Fátima Abreu

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

GUERRA INTERIOR...OU NÃO


 


Jovem criança,
Olhos marejados,
Sem esperança.


Nascida em lugar sem estrutura,
Entre bombardeios de todas as partes,
Tornara-se triste figura.

Via muitas pessoas fugindo,
Mas ela e a família, ficavam por ali...
Não tinham para onde ir.

A comida, cada vez mais escassa.
O sorriso, faltava.
As lágrimas, vastas.

A criança olhava para o chão,
Sem saber o que mais,
Poderia ali, acontecer...

De repente, um barulho ensurdecedor:
Em sua casa, uma bomba explodia...
Dando fim, a tanta dor.

Uma metáfora,
Porque temos cada um,
Nossa guerra interior.

FÁTIMA ABREU



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sábado, 15 de outubro de 2011

AINDA OS PÁSSAROS...


 

Os pássaros são mais felizes, sim!
Voam sem pensar
Chegam a qualquer lugar...

Eu, diferente disso,
Penso, mas não saio do chão...

Os pássaros são livres
Animais alados,
Soltos, alegres...

Cantam, e os males espantam...
Cantam mais, e alegram a quem ouve.

Liberdade para voar, ahhhh!
Como eu queria isso...
Penso, mas não voo.

Os pássaros são mais felizes, sim!
Saem de um ovo, diretamente para o mundo,
Dentro em pouco, estão voando
As mãezinhas, lhes dão comida na boca...

Entre eles, não há competição
Apenas nascem, voam, comem, cantam...
Cada canto de um pássaro, alegra um espaço.

É, os pássaros são mais felizes!
Pelo menos, mais do que eu:
Queria apenas alçar voo, e encontrar o meu verdadeiro lugar...

Fátima Abreu


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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

COZINHA, A BOA VIZINHA...



POESIA PARA AQUELAS Q TIRAM DA CULINÁRIA O SEU SUSTENTO:

"COZINHA, A BOA VIZINHA"



FAZ DELICIOSAS EMPADINHAS
COZINHA, COZINHA...
PASSA O DIA À BEIRA DO FORNO
ASSANDO, E CANTANDO CONTENTE,
PARA ATRAIR MAIS CLIENTES...

COZINHA A BOA VIZINHA,
TEM QUE AUMENTAR A RENDA!
MAS, COZINHA COM O CALOR DO SEU CORAÇÃO
O RESTO É FAZER UMA BOA DIVULGAÇÃO!

ENTRE EMPADAS E PASTÉIS, ELA RECHEIA CARINHO!
TALVEZ FAÇA O SABOR, FICAR MAIS GOSTOSINHO...
COZINHA, COZINHA,
A BOA VIZINHA...

E NO AVENTAL LIMPA AS MÃOS
CANSADA DO DIA TRABALHOSO
TOMA SEU BANHO,
VAI DORMIR...
E SONHA COM UM DIA,
FAZER DA COZINHA
MAIS ALEGRIA:

NO PRAZER DE COZINHAR,
SEM TER QUE
COM DINHEIRO SE PREOCUPAR...

FÁTIMA ABREU


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A MENINA QUE ERA SEREIA ( JUVENIL )

"A MENINA QUE ERA SEREIA"



Em uma noite perto do Natal, batem à porta de Miguel. Ele abre, olha para os lados e nada vê. Um choro de bebê o faz olhar para baixo, e percebe um cestinho no chão.
No cesto, uma linda carinha rosada...
Miguel entra, coloca o cestinho sobre a mesa e chama Dora, sua esposa:
_ Dora, venha ver o que tenho aqui!
A mulher vem afobada. Depara com aquele bebê e se encanta. Diz então ao marido:
_ Mas,como aconteceu isso?
_ Alguém nos deu um lindo presente de Natal, mulher!
Dora pegou o bebê no colo, deu um beijo na testinha e disse:
_ Vamos ver se é menino ou menina. Hum! É uma bela garotinha!
Pensaram em vários nomes para a menina, mas decidiram por Ana Luzia. Afinal ela trouxe luz
àquele lar, que tanto ansiava por uma criança...
Dora tentava há dez anos ter um bebê. Agora seu sonho se realizava!
A menina crescia cada dia mais linda e feliz. Apenas uma coisa lhe preocupava: Queria muito
crescer logo, para conhecer o mar.
Era apaixonada pelo oceano, mesmo sem nunca ter visto antes, apenas pela TV e revistas.
O tempo passou...

Ana Luzia tornou-se uma bela jovem de vinte anos. Era professora do vilarejo, próximo ao sítio de seus pais. Todos a tratavam por Aninha, gostavam muito dela, em particular pela sua bela voz. Cantava nas festas e rodeios da região.
Certo dia, estava fazendo muito calor, quando um forasteiro apareceu à frente da porteira do sítio.
Pediu que lhe dessem um pouco de água, pois a que trazia em sua mochila, havia acabado. Miguel, da varanda gritou que entrasse.
O rapaz caminhou até a varanda onde estavam Miguel, Dora e Aninha. Seu olhar foi direto para os olhos de Ana Luzia. Dora percebeu.
Convidou o moço para se sentar.
Miguel disse à Aninha, que trouxesse suco de caju, para todos. A moça foi buscar enquanto o rapaz se apresentava:
_ Meu nome é Moisés. Obrigado pela acolhida!
Miguel simpatizou muito com o rapaz, e Dora fazia um “interrogatório”, que o moço não se
incomodava em responder. Ana chegou com o suco,serviu à todos e sentou-se para conversar
também. Moisés e Aninha, se entreolhavam todo o tempo. Foi ficando tarde e Miguel convidou o rapaz para pernoitar ali. Ele aceitou.
No dia seguinte, depois do café da manhã, pediu permissão à Miguel para levar Aninha em um passeio de cavalo, até o rio que ficava próximo dali.
O pai de Ana Luzia consentiu.
Os dois foram contentes, conversando muito. Moisés contou toda sua vida para Aninha.
Mas, o que impressionou Aninha, foi quando ele disse que nasceu e cresceu no litoral, em um balneário chamado “Porta do Sol”. Ana Luzia contou seu desejo desde menina, em conhecer o mar. Nunca havia saído daquelas terras, daquele vilarejo.
Conhecer o mar, seria um sonho!
Moisés encostou a sua cabeça, em seu ombro. Perguntou se ela estava sentindo o mesmo que ele, naquele momento. Ela disse que nunca havia ficado tão próximo de alguém assim.
E que estava gostando muito de ficar com ele. Moisés deu-lhe um beijo apaixonado.
Sentiu seu coração pular!
Era a primeira vez que alguém a beijava. Moisés confessou que estava gostando dela, desde o primeiro momento que a vira.
Aninha disse o mesmo, e novo beijo trocaram...
Moisés, de um instante para o outro, pediu-lhe em casamento. Aninha disse que era prematuro.
Seus pais não entenderiam, afinal ele era um forasteiro que acabava de conhecer. Moisés disse para Ana, que o amor é assim mesmo:
Chega de um minuto para o outro. Decidiram falar com os pais da moça.
Subiram nos cavalos, e lá se foram de volta ao sítio. Ana Luzia, desceu afobada e correu para a varanda, junto com Moisés, de mãos dadas.
Disseram para os pais dela, que queriam se casar o mais breve possível.
Os pais da moça, ficaram surpresos! Mas o casal argumentou muito bem e convenceram os pais de Ana, do casamento.

O matrimônio foi realizado na capelinha do vilarejo. Pouco depois, Ana despediu-se de seus pais e agradeceu tudo que fizeram por ela, todos esses anos.
Foi uma choradeira geral!
Aninha e Moisés partiram para sua lua de mel. Depois, foram morar onde Moisés morava, perto de seu trabalho. Passaram-se muitos meses e Ana Luzia não esquecia o desejo de conhecer o mar. Pediu ao marido que a levasse onde ele havia nascido, no litoral. Como estava de férias, Moisés atendeu prontamente ao pedido de sua amada esposa. Ao chegar na praia, Aninha corria na areia de um lado para outro, como verdadeira criança. Depois olhou o mar, a vastidão do oceano e ficou
hipnotizada com tanta beleza! 
O mar a chamava...
Ela seguia entrando no mar, e como em um passe de mágica, suas pernas deram lugar a um lindo rabo de peixe! Ana mergulhou e agora seu destino se concretizava...
Era uma sereia!

Moisés assistia tudo de longe, e triste percebeu que perdera sua esposa para o mar...
Mas, o amor tudo vence, até as proezas do destino...
 Assim, nas noites de lua cheia, Ana Luzia saí do mar, vai para areia e recebe de novo suas pernas, podendo por poucos momentos, ter seu amado de volta, e realizar esse amor que tanto os uniu...

FÁTIMA ABREU

domingo, 9 de outubro de 2011

SONHO DE UMA 'QUASE NOIVA' II

Aquela manhã  parecia diferente das outras para Catarina. Acordara tensa.
Foi para a escola ainda com um aperto no peito. Parecia que ainda vivenciava o sonho daquela madrugada:
Joseph estava nele. Como sempre...
****************************

Estavam os dois, em um lugar que ela sabia dentro de si: Era a Rússia.
Duas encarnações anteriores. Por que a que levou os tiros do policial, havia sido nos anos 80, pela roupa e alguns detalhes, pode sentir durante o sonho, que revelavam essa época.
Essa agora que via através do sonho, era pelo que ela percebia, na Segunda Guerra.
Caminhava por um campo congelado, completamente coberto de neve. Apaixonara-se por ele, ia ao seu encontro, mesmo sabendo o quanto isso era perigoso.
Joseph era um assassino cruel. Ele a havia raptado meses antes. Mas, ela desenvolvera por ele, a 'Síndrome de Estocolmo'. Mesmo depois que ele a libertou, ela continuava a procurá-lo. Seu amor por ele, era além do Bem e do Mal.
Catarina, entrava no galpão onde ele levava suas vítimas, geralmente prisioneiros de guerra, pederasta e pessoas de várias etnias.
Foi quando um avião sobrevoando o lugar, atirou uma bomba, e tudo foi pelos ares...
Ela foi jogada na neve, pelo impacto do deslocamento de ar, e deixou-se ficar. Ele estava morto, juntamente com aquelas pessoas que estavam no galpão!
Não teve forças para lutar, acabou morrendo de hipotermia, sem casar com seu amor...
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Isso tudo a deixava tensa, queria compreender mais sobre esse carma que eles tinham de nunca se casarem...
Quando ela chegou na escola, pela manhã, o professor de Ciências apresentou à classe, o novo aluno que chegara de Niterói: Era ele, Joseph!
Seu coração bateu acelerado... Finalmente pode encontrá-lo nesta vida também!
"Mas então, não foi ele que aparecera em seu quarto dias antes... Quem seria aquele que beijara carinhosamente sua face?" Pensava...

 Eles cruzaram o olhar, tudo parecia voltar ao entendimento deles:
As encarnações, tudo que se dera antes daquela nova vida...
Joseph a reconhecera!
Sentou-se ao seu lado, por baixo da mesa, lhe dera a mão.
Disse baixinho, para que só ela ouvisse:
_ Não tenha medo, Catarina. Dessa vez nosso destino se cumprirá!
Ela o olhou,  deixando um sorriso esperançoso sair dos lábios...

Fátima Abreu

sábado, 8 de outubro de 2011

Sonho de uma 'quase' noiva...




Catarina olhara-se no espelho naquela tarde.
Não foi seu rosto quem viu ali.
Traços de outra pessoa: Adolescente como ela.
Aliás, sabia que era ela mesma, no rosto de outrora. Em uma encarnação anterior.
Sonhou dias antes, viu o momento do desencarne:
Levara  2 tiros  de um detetive da polícia, que investigava se ela estava envolvida na morte do homem, estirado no tapete da sua casa.
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A imagem do espelho a incomodou.
Não queria saber de olhar seu rosto transmutado.
Naquela tarde teve a certeza:
Em várias encarnações anteriores, sempre morria adolescente.
Outras vezes em sonhos, vira ela mesma em outra carne, em situações diferentes...
E também o momento do desencarne, em idade menor aos 18 anos...
Estava ficando traumatizada, achando que nunca seria adulta, em nenhuma encarnação.

Sempre aparecia um rapaz: Joseph.
Talvez fosse ele, sua alma gêmea das infinitas encarnações...
Por enquanto nessa vida, ela ainda não o vira em lugar algum. Pensou então consigo:
" Se tiver a chance de meu tornar adulta nessa vida, finalmente poderemos ficar juntos e casarmos. "

Ela tinha uma completa fascinação pela cerimônia de casamento: Lia revistas, via programas de tv a cabo dedicados a isso, pesquisava na internet os vestidos de noiva, e já até tinha escolhido o seu, salvou o modelo no pc, dizendo que no futuro mandaria fazer aquele. E a festa então? Já imaginara tudo em seus mínimos detalhes!
A mãe disse, para colocar a filha na realidade:
_ Catarina, nem namorado você tem, que dirá noivo! Nem fez 15 anos, ainda! Deixa de pensar em coisas que ainda vão acontecer, na época, você decide tudo... O mundo dá tantas voltas, minha filha!
E ela respondia:
_ Mãe, deixa eu pensar em tudo agora, quando acontecer vai estar mais do que preparado...
A mãe balançava a cabeça, pensando:
" Queira Deus que ela não se machuque... Sabe lá se "o noivo" vai querer o mesmo que ela? "
******************************
Catarina, foi dormir pensando:
"Será que ele também se chama Joseph, nessa encarnação?"
Dessa vez vamos ser felizes!
Sentiu um beijo na face, logo depois que fechou os olhos. Sentou-se, olhou para os lados, e pode ver uma figura de costas, já saindo do quarto.
Se era ele em forma espiritual, ela não sabia. Mas um pensamento lhe perturbou:
Se ele está no mundo astral ainda, não se conheceriam nessa vida, para casar...
Tomou a decisão de não pensar mais nisso. Por enquanto, ficava o vestido 'escolhido', guardado nas imagens do seu HD...

FÁTIMA ABREU

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PÃO DE LÓ- SABOR LARANJA

Ingredientes:

  • 4 Ovos
  • 2 Xicaras de FARINHA DE TRIGO
  • 2 Xicaras de AÇÚCAR
  • 1 Colher de sopa de FERMENTO EM PÓ
  • 1 garrafinha 'caçulinha' de REFRIGERANTE DE LARANJA

Modo de fazer:

NA BATEDEIRA, PONHA AS GEMAS E O REFRIGERANTE DE LARANJA, 
ACRESCENTE O AÇÚCAR E CONTINUE BATENDO.
JUNTE O TRIGO E O FERMENTO PENEIRADOS, CONTINUE BATENDO.
POR ÚLTIMO ACRESCENTE AS CLARAS.
PONHA EM FORMA UNTADA E ENFARINHADA
FORNO PRÉ AQUECIDO.

NOTA:
SE NÃO TIVER REFRIGERANTE DE LARANJA, FAÇA COM ÁGUA, FICA PÃO DE LÓ, DO MESMO JEITO...

FÁTIMA ABREU

TPM: Ô VIDA!

TENSÃO PRÉ MENSTRUAL: Ô VIDA!




NOSSAS BISAVÓS NEM IMAGINAVAM O QUE ERA ISSO.

DO QUE SE TRATAVA...

MAS NA MODERNIDADE, TUDO RECEBE NOME, TÍTULOS, RÓTULOS...



TENSÃO:

VC FICA NERVOSA, IRRITADA COM TUDO E COM TODOS A SUA VOLTA.



NA ÉPOCA DE NOSSAS BISAVÓS, COITADAS, SE FICASSEM ASSIM!

TINHAM QUE TRABALHAR DURO EM CASA:

FOGÃO DE LENHA, GELADEIRA PEQUENA DE MADEIRA, APENAS PARA CONSERVAR POUCA COISA, COLOCANDO GELO COMPRADO, DENTRO...

FILHOS PARA COLOCAR NA ESCOLA, QUE ERAM LÉGUAS DE CASA.

FEIRAS DISTANTES QUE ELAS CRUZAVAM BAIRROS INTEIROS PARA VOLTAR AINDA COM UMA BOLSA ENORME CHEIA DE LEGUMES E FRUTAS, EM CIMA DA CABEÇA!

AI DELAS, SE QUANDO O MARIDO CHEGASSE DE SEU TRABALHO, NÃO TIVESSE COMIDA PRONTA:

O MACHISMO DAQUELA ÉPOCA ERA ENORME, PARA SER UMA BOA ESPOSA, TERIA DE COZINHAR BEM, BORDAR E COSTURAR, ALÉM DE LAVAR AS ROUPAS COM O MAIOR TRABALHO, EM TINAS DE MADEIRA, COLOCAR PARA 'QUARAR'  NO SOL, POR ANIL NAS ROUPAS BRANCAS,  DEPOIS ENXAGUAR TUDINHO COM  ÁGUA DO POÇO (EM LUGARES ONDE A ÁGUA ENCANADA APARECEU MUITO TEMPO DEPOIS)...

AH, O CHÃO DE TÁBUAS CORRIDAS, TERIA DE ESTAR MUITO BEM ENCERADO, E NÃO COM UMA ENCERADEIRA QUE É SÓ LIGAR NA TOMADA:

NAQUELE TEMPO, ERA COM UM ESCOVÃO! ELAS AINDA TINHAM QUE FAZER ISSO AJOELHADAS!

Ô VIDA!



SEM FALAR EM FERVER ÁGUA TODOS OS DIAS PARA BEBER, QUANDO NÃO SE TINHA UM FILTRO DE BARRO EM CASA.

VARRER O QUINTAL, QUE AS FOLHAS DE AMENDOEIRA TEIMAVAM EM CAIR O TEMPO INTEIRO. DEPOIS, COLOCAR PARA QUEIMAR NOS FUNDOS DO TERRENO, DEIXANDO OS CABELOS, CHEIOS DE MAU CHEIRO...



ELAS TINHAM LÁ TEMPO PARA TPM?

QUAL, NADA!

QUANDO A MENSTRUAÇÃO VINHA ( NAQUELES TEMPOS, CHAMAVAM DE 'REGRA' ) AINDA TINHAM QUE USAR AS TAIS 'TOALHINHAS'...

DEPOIS DE SUJAS, ELAS LAVAVAM, COLOCAVAM ALVEJANTE, E TUDO DE NOVO.

PORQUE ABSORVENTES DESCARTÁVEIS, SÓ DÉCADAS E DÉCADAS MAIS TARDE...

Ô VIDA!



E NA HORA DE 'FAZER AMOR', ENTÃO?

LEMBRO DE MINHA AVÓ CONTAR, QUE NA LUA DE MEL DELA, FEZ UM BURACO NA CAMISOLA, PARA CONSUMAR O ATO, PORQUE JAMAIS PERMITIU QUE O MARIDO A VISSE TOTALMENTE NUA...

DE NOVO: Ô VIDA!



AGORA MINHA AMIGA, VC QUE COMO EU, TEM TPM TODOS OS MESES, AGRADEÇA QUE VIVE PELO MENOS EM UM MUNDO, ONDE EXISTE TECNOLOGIA.

E VC PODE 'TRATAR' SUA TPM, SEM PRECISAR PENSAR EM TUDO QUE NOSSAS BISAVÓS TINHAM QUE FAZER ANTES DA MENSTRUAÇÃO CHEGAR...



FÁTIMA ABREU



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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A 'Rádio' De Outra Dimensão



Nota: Dora é a personagem que é citada como esposa de Januário, nas crônicas:
" O Homem Que Via Além Dos Olhos "


Depois da morte de Januário, sua esposa Dora, que também tinha dons paranormais, (herdados pela família de origem portuguesa, remanescente dos druídas que tiveram na Europa, seu berço) passou a ter mais alguns episódios desses mistérios...

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Dora refez a vida com um novo companheiro, ele, ao contrário de Januário, (que tinha sido a vida inteira, uma pessoa ligada ao espiritualismo e suas manifestações) não acreditava em absolutamente nada, era ateu convicto, descrente sobre tudo.
Dois maridos: Totalmente diferentes em relação à crença, mas tão iguais em muitas coisas. Tinha momentos que parecia estar vivendo novamente com Januário, porque Félix, muitas vezes dizia até as mesmas frases, fazia algumas coisas que o falecido também...
Até sua mãe um dia fizera esse comentário:
_ Nossa, Dora! Parece que estou ouvindo o falecido Januário, falar... Como eles se parecem! O mesmo jeito...
_ É mãe, também muitas vezes tenho essa impressão... Só não são mais iguais, porque o falecido era um homem muito espiritualizado, já o Félix é ateu.
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Eles se mudaram de casa, vida nova, casa nova, embora fosse aluguel.
Dora passou a ouvir uma 'rádio' (que não existia no plano físico, pois tinha certeza: ninguém estava com nenhum aparelho ligado),  às vezes dormia escutando aquele som que vinha dessa 'estação de rádio', mas que não conseguia perceber direito do que se tratava, era como se o som estivesse muito longe dela, e ela apenas ouvia o ruído das vozes dos locutores falando entre si e o das músicas, que pode notar, na maioria das vezes se tratar de rock!
Era muito estranho aquilo, mas Dora sabia que sua vida sempre fora coberta de mistérios, mesmo antes de casar com Januário, aos 16 anos...
Isso vinha de berço, da descendência druída, que herdara de sua bisavó.
A filha mais nova de Dora, (a única que ainda morava em sua companhia, porque os outros 2 irmãos já estavam casados, vivendo suas vidas em outros lugares) um dia também escutou a tal 'rádio' de outra dimensão. E pela manhã comentou com a mãe:
_ Mãe, essa noite eu acordei no meio da madrugada e ouvi a 'rádio misteriosa', que a senhora escuta de vez em quando...
_ Foi filha? Viu? Não sou doida! Sei dessas coisas, o plano astral tem de tudo, e apenas estamos captando essa frequência, como se fossem as ondas de rádio 'normais'  que existem no mundo... Somos receptoras.
A conversa acabou aí, porque Félix chegara da rua, e Dora foi resolver umas coisas com ele. "Também se ele escutasse, não acreditaria mesmo", pensaram as duas...

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Passaram-se meses, e Dora ou dormindo com o ruído da rádio, ou acordando no meio da madrugada com isso...
Mas algo ocorreu certa noite: Depois que ela se deitou com Félix, ele disse para surpresa de Dora:
_ Eu hein, estou escutando uma música, umas pessoas falando  junto, parece até programa de rádio! Que doideira, essa! Deve ser algum problema de audição, só pode...
Dora, se virando para o companheiro, respondeu ao comentário:
_ Ora, você também? Eu nunca falei disso com você, por que sabia que nunca iria acreditar em mim! Mas já vi que nem precisava falar, porque agora, você também escutou...
A Catarina também, mas foi uma única vez. Estamos pegando uma frequência da rádio de outro plano astral ou dimensão, se preferir...
_ Nada! Não acredito nisso, é problema de audição mesmo!
_ Está bem, você é descrente, mas te digo uma coisa: Há muitas coisas que mesmo você não admitindo, existem.  Estão aí, para qualquer um experimentar.
INCLUSIVE, QUEM EM NADA ACREDITA...
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Ela se virou de lado e dormiu. Ele também, mesmo dizendo que ainda ouvia a rádio...
No meio da madrugada, Dora acordou, e agora era sua vez de escutar o rock e os locutores ...

Fátima Abreu