quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O MEU BEIJO



DEIXO O MEU BEIJO
SUAVE BRISA ... JOGADO NO AR
PARA VOCÊ, DE ONDE ESTIVER , PODER PEGAR...
E SENTIR TODA A EMOÇÃO
DO BATER, NESSE TIC TAC DO MEU CORAÇÃO...


TE QUERO SIMPLESMENTE
COM TODAS AS DIFICULDADES DO CAMINHO
SÓ O PRAZER DE ESTAR CONTIGO
JÁ É LEVEZA PARA O MEU SER
QUE TANTO TE QUER,
QUE TANTO TE AMA
E DE PAIXÃO, SE DERRAMA...



SEREI A FADA DOS TEUS DESEJOS
TEREI NA MÃO FLORES
EM VEZ DE VARINHA DE CONDÃO
MAS TROCO AS FLORES POR BEIJOS
SE ASSIM VOCÊ QUISER
MEUS BEIJOS SÃO PARA SEMPRE
AS FLORES NÃO...



 
Fátima Abreu

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Eu, o anjo e o meu amor. REEDITADO

Eu, o anjo e o meu amor...

Meu anjo caiu do céu, no meu quintal...
Disse que vinha me cobrir em bençãos
E que me queria ajudar, no que preciso fosse...
Eu, meio que sem saber o que dizer, falei ao anjo:
_ Queres mesmo saber?
Deixa o meu amor, comigo continuar...É isso que eu mais quero!
O anjo perturbado ficou. Meio desiludido...
Não era essa a resposta que ele queria ouvir...
Percebi. 
Assim perguntei-lhe:
_ O que houve, meu anjo? Estás triste?
Ele então me disse, que tinha vindo ali, para declarar seu amor por mim...
Eu, boba que sou, falei de outro amor!
Queria que o outro amor continuasse...E meu anjo aqui, a me querer...
Que faço eu?
Dou as mãos e voo com meu anjo, ou fico com aquele que é minha paixão? 
Ter que decidir, se com meu anjo ir...voar entre as nuvens...

Ou simplesmente aqui, com meu amor, ficar?
Meu anjo tem um coração enorme!
Mas meu bem querer é minha tentação...
Que difícil decisão!
FÁTIMA ABREU
**************

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A ROSA E O CRAVO DISTANTE



A ROSA E O CRAVO DISTANTE... 

REEDITADO

Sou rosa, cercada de cravos vermelhos
Vibrantes
Da cor do desejo
Do pecado
Da maçã

Cravos vermelhos
Que circulam desejosos de mim
No meio da roda estou
Eu, rosa desabrochada
Depois de longos meses em botão
Agora, com todo viço
Chamo a atenção

Cravos vermelhos me procuram, indóceis
Por uma resposta
Mas essa rosa, já tem uma paixão...
Eu, rosa desabrochada
Penso em um certo cravo distante
Mas que tenho esperança
Que chegue logo ao meu jardim

Eu, rosa
Ele, cravo
Falta apenas estar embaixo de uma sacada
E declarar o amor
Que diz sentir por mim

Venha logo, cravo de meus sonhos!
Antes que outro, se aposse de mim
Tantos cravos ao redor
O cerco está sendo fechado
Tenho medo de sufocar
E perder meu amado...

Pela demora da sua chegada,
Me sentir desanimada
E deixar um dos outros cravos
Me fazer de namorada...

A pressão está grande,
Estou ficando sem saída!
Mas, apenas o meu cravo distante
É o que importa na minha vida...

Fátima Abreu

PERCEPÇÃO




MEU OLHAR CAIU SOBRE O HORIZONTE
VIA O MAR,
LINHA CRUZADA COM O CÉU,
DE UM AZUL ÍMPAR!

MEU OLHAR ATINGIA LIMITES,
MAS AO MESMO TEMPO DELINEAVA
UMA REALIDADE INFINITA...

ESCUTAVA SONS QUE NINGUÉM MAIS OUVIA.
SENTIA...
PERCEBIA A ATMOSFERA AO REDOR
ARREPIAVA COM OS SENTIDOS AGUÇADOS
PRESSENTIA...

MEU OLHAR CAIU SOBRE O HORIZONTE
DESCOBRIA MENSAGENS
TRAZIDAS PELO MAR,
VENTOS SE APROXIMAVAM
E EU TINHA  A MAIS NÍTIDA IMPRESSÃO
QUE TUDO MUDARIA, A PARTIR DE ENTÃO...

FÁTIMA ABREU

NOVO LIVRO, CONT DO ANTERIOR

https://www.clubedeautores.com.br/book/137761--A_Fraternidade_Do_Circulo_II
TEMA: Romance erótico/policial

Olá, amigos e leitores. Eu estava fazendo o meu livro de realismo fantástico, mas dei por mim, que o melhor seria contar o antes e o depois, da narrativa do livro anterior:
A FRATERNIDADE DO "CÍRCULO", pois quem não conhece ainda minhas personagens, poderia saber um pouco delas. Fiz então o reagrupamento de tudo que eu tinha em contos, dessas mulheres retratadas por mim, coloquei em novo livro, assim quem leu a 'FRATERNIDADE' antes, poderá tbm comprar esse novo livro, para entender melhor. Espero que os pedidos em e-book venham, principalmente de quem já leu o primeiro... Aqui está a capa.



  ;) QUEM QUISER, É SÓ ENVIAR MENSAGEM AQUI ( COMENTÁRIOS ), NO FACEBOOK,
  • fatimaabreu.fatuquinha@facebook.com
OU PELO MEU E-MAIL QUE FICA DO LADO DIREITO AQUI DO BLOG, BASTANDO APENAS DEPOSITAR 10 REAIS NA MINHA CONTA QUE EU ENVIO O ARQUIVO DE VOLTA ( EM E-BOOK ) PARA O E-MAIL DE ORIGEM. 


*QUEM AINDA NÃO COMPROU O PRIMEIRO LIVRO, COMPRE, QUE EU ENVIO O SEGUNDO COMO CORTESIA.



sábado, 24 de novembro de 2012

O mundo não muda, só troca de século



O burburinho, em toda parte estava:
Uma Grande Guerra, se aproximava...
A população, de jornais na mão
Lia atenta as notícias que vinham de longe,
Um certo receio, tomou conta de todos.
Era a primeira Grande Guerra que chegava!
E uma certeza que traria muitas baixas.
Fora, a escassez de víveres...
Doenças, e por toda parte, a violência...

Não foi  apenas uma enfim, que aconteceu naquele século de mudanças.
Foram duas. Mas o 'ser humano' não abrindo mão do seu orgulho, providenciou ainda as guerras aqui e ali, que vieram depois  no Vietnam, no Golfo, nas Malvinas, no Oriente, outras e outras...

Os tempos mudaram, novo século surgiu.
Entretanto, as 'novas guerras' estão por aí...
Matam todos os dias, civis, militares
E quem mais surgir...

As notícias nos jornais, continuam até hoje.
Mesmo a mídia digital existindo,
Nunca ira substituir o gosto
De ter um jornal, se abrindo...

Fátima Abreu



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Os contos de fadas, não são mais os mesmos...



Os contos de fadas, não são mais os mesmos.
A 'Branca de Neve' tornou-se uma moça bem atual:
Despiu-se dos trajes antigos,
Colocou algo mais sensual...
O que será que a Madrasta malvada acharia?
Agora mais bela do que nunca,  sua enteada estaria...
E o príncipe,
Seria de seu agrado, a princesa singela de antes,
Se tornar musa amante?
Fato é, que ela ficou mais acessível ao universo masculino,
Aqueles meninos de antes, da infância de outrora,
Enxergam a 'Branca de Neve' de hoje,
Com olhos de lobo, 
Como o da 'Chapeuzinho Vermelho'.
Bem, mas isso já é outro conto...
Agora a madrasta da 'Branca', que se entenda, com seu espelho!

FÁTIMA ABREU
*******************************

 Nota: Link dessa imagem:


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

MARIBEL NÃO TINHA OLHOS COR DO CÉU- FINAL



FINAL

Maribel estava numa sessão de fotos, quando Jairo chegou para lhe dar a notícia da ida ao Oriente Médio. Ela se desculpou com os colegas pedindo uma parada por instantes, para falar com seu marido ( nessa época, já haviam casado ).
Tomada de surpresa, ficou abatida, com medo do que poderia acontecer ao amor de sua vida. Parecia adivinhar o desfecho trágico que viria a acontecer...
_ Não fique assim, Maribel. É um trabalho como outro qualquer que eu já tenha feito no exterior.
Disse Jairo, cobrindo de beijos sua face.
_ Mas, amor... Morro de medo só de pensar que te aconteça algo.
_ Tudo vai dar certo, fique calma. Não quero que isso atrapalhe suas fotos, você está tão linda nesse vestido branco, transparente!
Ela sorriu. Jairo lhe deu um abraço apertado e saiu para acertar os detalhes na redação do jornal.

***************

Agora parecia para ela, uma cena de novela, depois de tanto tempo...
Saiu da cafeteria  e foi para sua casa, onde as memórias eram ainda mais vívidas. Tudo na casa, 'respirava' o amor que vivera com Jairo. Ela foi incapaz de se livrar de coisa alguma. Estavam intactas todas as coisas dele, como se ainda vivesse ali.

Depois de 4 dias do encontro entre Maribel, seu amigo Miguel e Horácio Magalhães, ela finalmente assinou a papelada que precisava para colocar seu livro nas livrarias e bancas. Uma tarde de autógrafos  na semana seguinte, encerraria a maratona de eventos que ela precisou estar presente.
Foi nessa tarde, que enfim tudo veio à tona:

Maribel, sentada atrás de uma mesa semi circular, de madeira bruta, dava seus autógrafos forçando sorrisos.
Horácio Magalhães e Miguel, recebiam as pessoas e lhes indicavam onde sentar, para que ao término dos autógrafos, Maribel, lesse o primeiro capítulo do livro para todos ali presentes.

Entrara na sala, um rapaz de seus 15/16 anos. Sentou-se perto do editor.
"Nada estranho", pensou Horácio.
O rapaz até o fazia lembrar alguém, mas não sabia dizer quem, exatamente...

Maribel sorriu abertamente, ao perceber a presença do rapaz ali.
Começou a leitura então. Ao terminar, recebeu aplausos. Em seguida, as pessoas foram dirigidas ao coquetel de praxe. Nesse momento, Horácio que havia se levantado, foi até Maribel cumprimentar o sucesso do evento e a venda segura de muitos livros ainda.

Maribel apertou sua mão e sorriu agradecendo. Chamou então o rapaz, para as devidas apresentações.
_ Este é  Jairo Júnior. J J, fale com seu avô.
Horácio a olhou espantado, com os olhos quase a saltar das órbitas!
_ Mas que brincadeira é essa, Maribel? Não estou entendendo onde quer chegar...
_  Não é uma brincadeira, é a mais pura realidade!
O homem começou a respirar com dificuldade e sentou novamente na cadeira onde estava antes. O rapaz afrouxou a gravata do avô. Isso lhe dera certo alívio.
Maribel continuou:
_ O senhor teve um relacionamento clandestino  muitos anos atrás, com uma certa moça, de nome Amália Torres de Almeida, lembra disso?
_ Sim, sim... Amália era minha assistente de produção na editora, que estava começando ainda.
_ Pois então. Ela soube que era casado. Resolveu se afastar, pediu demissão. Mas já levava no ventre, Jairo, o homem da minha vida e pai de J J. O que lhe faz avô dele... Esse é seu neto, e não poderia deixar ser apresentado por mim, sua mãe.  Prometi para Jairo que se ele não voltasse do Oriente Médio, o senhor um dia saberia da existência do neto e de toda a verdade.
_ E o que aconteceu com Amália?
_ Ela morreu há 8 anos atrás, vítima de uma cirrose, pois passou a beber todos os dias. Nunca lhe esqueceu senhor Horácio, isso a fez  tornar-se 'escrava' do vício.


Horácio levantou com dificuldade, ainda sem ar. Agora, se reconhecia naquele rosto jovem em sua frente.
 O rapaz era sem dúvida alguma, seu neto...
Apoiou o braço no ombro de J J, dizendo:
_ Perdi a vida de um filho sem saber, mas ganho a partir de hoje, um neto e uma nora. Lamento pela desgraça que fiz na vida de Amália, isso não poderei deixar de pensar nunca...
_ Tudo já é passado senhor Horácio. Estaremos rumo ao futuro agora.
Disse Maribel, dando um breve sorriso.
J J, que estivera calado todo o tempo, finalmente falou:
_ O que aconteceu antes não me importa. Poderemos ser amigos, senhor Horácio. Sei que meu pai gostaria que assim fosse.
 Mas as forças do velho decairam, e ele de súbito desmaiou. Chamaram o médico dele, mas teve que ser levado ao hospital mais próximo, e antes de dar o último suspiro, olhou para o neto que acabara de conhecer e disse arfando:
_ Que você J J, nunca cometa os erros de seu avô. Que sua mãe um dia se recupere da perda de seu pai.
E o livro dela, seja um sucesso. Procure minha família, minha esposa já faleceu, mas tenho 2 filhos, você é sobrinho deles J J,  quero que receba parte da herança que lhe caberá, como meu neto.
_ Não se preocupe com isso. O senhor vai melhorar e vai me apresentar para meus tios.
_ Não, sei que não, J J...
Horácio virou a cabeça para o lado, fechou os olhos e morreu.
Maribel subitamente teve um sentimento de culpa. Afinal, se nunca houvesse contado a verdade, ele não teria passado mal...
 J J, como e lesse os pensamentos da mãe, deixou que as palavras dessem o tom certo ao momento:
_ Mãe, a verdade tem que ser dita. Não há como fugir dela. A senhora fez uma promessa ao meu pai e a cumpriu, isso que importa. Não se culpe quanto ao meu avô. Ele já estava doente do pulmão e coração, devido ao cigarro. Fiquei sabendo pelo médico dele, ainda agora, no corredor do hospital.

Maribel abraçou o filho, pensando como apesar de tudo era feliz:
Tinha ao seu lado um jovenzinho esperto, saudável, era tão bonito quanto o pai  um dia fora, que a amava e respeitava muito.
Maribel não tinha olhos cor do céu, mas tinha o céu por testemunha de sua vida.

Fátima Abreu




terça-feira, 20 de novembro de 2012

MARIBEL - CAPT 3


Maribel havia tido uma verdadeira história de amor com Jairo. Digna de um romance escrito.
Fora isso que a levara ao livro que agora estava nas mãos do editor. Ele guardou os originais de Maribel na pasta e foi direto ao assunto:
_ Moça, vamos aos negócios: Vou financiar seu livro, tomar todas as providências necessárias para que chegue as livrarias e bancas. Falaremos do pagamento de direitos autorais e participação nas vendas, etc...
_ Trate tudo com nosso amigo aqui, e eu assinarei os papéis necessários, depois que ele me der o 'ok'.
Feito isso, ela arrumou a roupa que estava amassada de tanto ter dormido encolhida na poltrona, penteou os cabelos frente ao espelho antigo, pegou sua bolsa, e saiu acenando para os 2 homens que ficaram ali. Depois se virou e disse olhando para o editor:
_ Senhor Horácio, faça um favor, sim? Não em chame mais de 'MOÇA', já passei dessa fase há muito tempo.

Ao fechar a porta atrás de si, pensou:
" Agora é tudo ou nada..."
O editor e seu amigo, que estavam na biblioteca  comentavam:
_ Bela mulher ainda, apesar de já passar dos 35 anos. Quantos anos ela tem na verdade, Miguel?
_ Se eu te disser não vai acreditar... Ela tem 10 anos a mais!
_ Sério mesmo?
_ Sim, eu a conheço desde que ela e Jairo começaram seu romance. E lá se vão muitos anos atrás!
Jairo me apresentou dias depois de se conhecerem. Eram dois jovens apaixonados... Pena que o destino acabou com isso...
_ Não acabei de ler o livro ainda... Me diga, como ele morreu?
_ Era jornalista e cobria uma reportagem no Oriente Médio, uma bomba o deixou em frangalhos.
_ É, deve ter sido uma grande perda para a moça...
_ Sim, nunca mais foi a mesma, desde então. A saúde não é boa, toma remédios sempre...
Ficaram ali ainda um pouco, acertando os detalhes do lançamento do livro de Maribel, e depois cada um seguiu seus afazeres de rotina.

Do outro lado da rua, Maribel entrara em uma cafeteria e saboreava o café fumegante, acompanhado de uns sequilhos de nata.
Miguel chegou, sentou ao seu lado. Disse:
_ Está tudo certo, minha querida. Poderá assinar a papelada ainda essa semana.
_ Ele está satisfeito então...
_ Sim.
_ Ele desconfia de algo sobre Jairo?
_ Não faz a mínima ideia de quem tenha sido Jairo, apenas o que sabe, é o que está no conteúdo do seu livro...
_ Melhor assim, por enquanto. Tudo tem seu tempo certo... A verdade um dia virá à tona, e quero estar lá para dizer.

Miguel pediu um café também, sem dizer mais nada. Bebeu, se despediu e saiu. Maribel continuou ali, perdida em seus pensamentos e lembrando do diálogo entre ela e Jairo, no aeroporto, quando ele foi para o Oriente Médio:
_ Estou preocupada com você. Aquilo lá é perigoso demais!
_ Não fique, meu amor. Mas se eu não voltar, faz uma coisinha para mim?
_ Não diga isso, por favor...
_ Quero que fale com Horácio Magalhães. Ele precisa saber da verdade.
_ Está bem. Mas sei que vai voltar, e você mesmo dirá tudo para esse homem.
Eles se beijaram...
Aquele foi o último toque dos lábios de Jairo, nos de Maribel.

( continua )

Fátima Abreu



Obrigada, gente!

 * SÃO DADOS COPIADOS DAS ESTATÍSTICAS DO MEU BLOG 'LAR':

FICO FELIZ COM A PRESENÇA DE TODOS  AQUI.

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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

MARIBEL ( CONT DO CONTO )




Era um livro perdido na estante agora.
Cerca de mais de mil títulos ali estavam.
Um candeeiro comprado na feira de antiguidades, iluminava a mesa tão antiga, quanto ele.
Mapas, canetas, blocos de anotações... Tudo devidamente organizado.
Um toque de séculos passados, cheiro de papel amarelado do tempo...
Devia ser um lugar especial para ele.
Na verdade, não era mais...
Ali, naquela mesma biblioteca particular, ele a encontrara duas semanas atrás...
**********************************************************

Rosto pálido, dos remédios que tomava.
Quilos  devidamente espalhados pelo corpo ainda jovem.
Feições de quem tinha uma boa história de vida para ser contada...
Fora apresentada por um amigo em comum, alguém que gostava de ler tanto quanto ele.
Mostrou seus escritos:  Folhas de papel, onde deixava sua marca no canto direito do final de cada página.
Uma rubrica com as letras MLRD.
Ele a convidou para sentar-se na poltrona ampla, ao lado de sua mesa, forrada em veludo vermelho, braços em cerejeira, com uma almofada muito grande, também em veludo da mesma cor.

Folheara o romance dela, durante 2 horas seguidas, enquanto esta dormia na poltrona, encolhida como criança. O amigo em comum, havia coberto suas pernas porque a saia que usava havia subido e estava com sua intimidade exposta.
Não acordou até o momento em que começou  a ouvir o burburinho das  vozes na biblioteca. Os dois homens comentavam o romance, pelo menos o que já haviam lido até ali.
Ela se espreguiçou sem cerimônia alguma e disse com seu jeito direto de ser:
_ Então, o que acharam?
O primeiro a falar foi seu amigo:
_ Maribel,  seu romance apesar de pequeno, é simplesmente muito bom! Vai vender, com certeza.
As pessoas querem isso, pois estão tão cansadas de violência em toda parte: jornais, tv, internet, filmes...
Natural que queiram ter uma meio de escape de toda essa realidade que incomoda lá fora, isso você dará para elas!
Foi a vez do homem que era o dono da casa, se pronunciar naquele momento:
_ Moça, pode acreditar nas palavras do nosso amigo. Seu romance vai dar certo. Tem o meu apoio total.
Mas me diga: De onde veio essa inspiração?
Ela olhou fixo para um espelho que estava em sua frente, dizendo:
_ Um pouco de mim, do que vivi e do que a vida deixou de me dar.
Nesse instante, imaginou o rosto de Jairo ali.
Tanto tempo havia se passado desde o dia em que se conheceram, mas parecia que fora ontem...

( continua )

Fátima Abreu

MARIBEL NÃO TINHA OLHOS COR DO CÉU





( Conto )

Naquele dia ela parecia contente.
Saiu ainda cedinho pela rua. O dia acabara de nascer.
Não levara documento algum.
Apenas a vontade de caminhar sem rumo certo.
Precisava disso. Era assim que clareava seus pensamentos e tomava decisões.
Maribel não tinha olhos cor do céu, como na canção. Mas 'terrivelmente' expressivos!
Neles, se liam sua alma. Nada escapava...

Maribel conheceu Jairo nesse dia que mal saia da noite: Ele caminhava cabisbaixo, rosto contraído, esbarrou...
E na troca de olhares, fez-se a 'magia'. Dessas que ninguém vê, hoje em dia.

Tão difícil é acreditar nisso!
Amor à primeira vista... Até o termo diria-se hoje, é ultrapassado.
Mas acontecia, naquele dado momento para os dois.

Não interessava passado, nomes, profissão, religião ou qualquer que fosse rotulada pela sociedade.
_ Desculpe-me, moça. Ando tão desastrado ultimamente...
_ Não tem nada. Eu também estava aérea, não prestava atenção.
_ Sendo assim, estamos quites.
Disse, exibindo um largo sorriso para Maribel.
Ela retribuiu prestando bem atenção que o sorriso dele era realmente encantador...

Atrás deles estava um banco de madeira rústico, feito de um corte em tronco de árvore. Ele a convidou para sentar ali e conversar um pouco. Maribel assentiu.

Sem perceberem, uma hora se passou. Somente quando o celular dela tocou, soube disso.
Ela tinha deixado lembrete para seus afazeres.
Jairo deu-lhe seu número para que anotasse na sua agenda do celular e copiou o dela também.
Apertaram as mãos e despediram-se enfim. Mas não sem antes ficar certo que ligariam um ao outro para marcar um passeio juntos.
Esse foi o primeiro dia de um amor que duraria para sempre, mesmo estrelas distantes, se encontram em algum ponto lá no céu...

(continua)

Fátima Abreu




sábado, 17 de novembro de 2012

LEGADO




Se ao edificar uma casa, pensamos sermos donos dela, é ledo engano.
Tudo que é feito, construído, fica para a futura geração e assim sucessivamente...
Apenas usamos por um período de tempo.
Ontem ao assistir um filme, ouvi a frase:
 "SUA CASA É PARA O FUTURO, PARA OUTROS, NÃO PARA VOCÊ"
Isso fez com que eu refletisse a respeito não somente disso, mas de outras coisas... 

Passamos pela vida, compramos, usamos, mas daqui nada levamos.
Apenas o que podemos deixar é o que realmente importa.
Deixe um legado.
Uma marca sua, aquilo que você é bom em fazer. Isso, ninguém jamais esquecerá!
Ficará além de uma edificação, um registro de sua vida, da passagem pelo orbe terrestre.
Se assim não fosse, desde que o mundo é mundo, não teríamos tantas obras maravilhosas que ficaram para a posteridade, eras a fio...
Ora, eu escrevo, atiço as letras à minha frente.
Quero que elas se juntem e formem uma mensagem a ser lida e entendida.
 Esse é o meu legado:
A minha escrita, tudo em mim está nela.
Mesmo as gerações futuras que nunca me virão de verdade, poderão conhecer um pouco de mim, quando ler algum texto meu.
Momentos de angústia, de alegrias, paixões, devaneios...

Assim que seja com você, que me lê.
Deixe a sua lembrança para os que virão depois.
Não seja ocioso, use seu tempo para algo que realmente sirva!

As areias do tempo correm,
Caindo sem trégua!
A ampulheta é a sua vida.
Os grãos, são pedacinhos de você...

Fátima Abreu


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

NOTÍCIAS

LINK PARA DAR UMA OLHADA NA RESENHA DO MEU LIVRO:
 "O ESQUECIMENTO AZUL" ,FEITA PELO MEU AMIGO AUTOR J R VIVIANI:

http://vendedordeilusao.blogspot.com.br/2012/11/divulgando_12.html


* ESTAREI PARTICIPANDO COM O CONTO:
                          "O Bom  Recomeço"

QUE POR ACASO, É O PRIMEIRO CAPT DO NOVO LIVRO...

FÁTIMA ABREU

A SAGA DE FLEURINE E MORGANA




A SAGA DE FLEURINE E MORGANA ( CONT DOS CONTOS ANTERIORES, NO BLOG PARA ADULTOS)...


Fleurine Constance saíra de seu castelo. Aquele que seu cavaleiro lhe dera.
Tomara a decisão enfim! Livraria-se das amarras que a prendiam ali:
O 'dono' de seus sentidos, que Fleurine ainda amava, mas que não queria mais estar perto.
Natural, ela se sentia refém de uma paixão sem limites.
A sua família nobre, nunca aprovara tal relacionamento: Uma condessa e um simples cavaleiro! Mesmo assim, havia um castelo... Isso era fato, que tinham que aceitar, mesmo em desagrado geral...

O que a família não sabia e Fleurine nem desconfiava, é que o castelo estivera abandonado por anos a fio, quando o cavaleiro o encontrou. Fez com que servos o limpasse e deixasse novinho, as custas de algumas poucas sacas de comida.
Havia pertencido a um conde de uma outra região, 50 anos atrás. Mas ele havia sucumbido a uma emboscada:
Tinha muitos inimigos que decidiram se unir e dar ao conde uma boa surra, apanhou tanto, que morreu então...
Como ele não tinha herdeiros, o castelo ficou isolado em meio a floresta espessa... Foi quando o cavaleiro por ali passou rumo à Cruzada, e recuperou-o totalmente, para dar a Fleurine de presente.

Sendo submissa ao seu cavaleiro, perdera um pouco de sua identidade. Mesmo sabendo que gostava de todas aquelas experiências com ele, da paixão ardente, resolveu fugir.
Pegou seu garanhão branco, embrenhou-se pela floresta e seguia sem rumo. Não sabia para onde ir...
Junto, levara Morgana que tornara-se sua dama de companhia. Ambas montadas no mesmo cavalo, seguiam em frente, seguindo o instinto.
Para a casa paterna não voltaria mais, pois a renegaram pelo romance com o cavaleiro. Ela era muito orgulhosa para bater a porta novamente...

Fleurine e Morgana, chegaram a um vilarejo dois dias depois da fuga. Lá não existia nenhum nobre. Fleurine apresentando-se como Condessa, foi rapidamente tratada como uma rainha no lugar.
Conheceu novas pessoas, o que ajudou a achar onde se estabelecer.
A condessa Fleurine levara consigo uma bolsa presa na cintura, com seus pertences valiosos:
Várias jóias e moedas de ouro.
Com isso, ela comprou um casarão, a altura de seu antigo castelo.
Mas depois de toda a mobília no lugar, e de Morgana em tudo lhe ajudar, ainda assim, ela achava que ali faltava alguma coisa.
Em noites de lua cheia, um desejo forte tomava conta de seu corpo. Como um sortilégio que alguém havia lhe jogado, ela se tornava uma mulher felina, e queria amar e amar até a madrugada terminar. Sentia nesses momentos, falta do cavaleiro que alimentava suas fantasias...

* Para continuar de ler esse conto, somente no outro blog "DELÍRIOS" 


Fátima Abreu

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O CAMINHO II



Viviana e André, agora juntos, viviam intensamente o amor.
A sintonia era real, mesmo sendo suas épocas diferentes...
André sabia que a visitando em seus sonhos, despertaria a vontade daquela que estava
predestinada a vir de um futuro distante e ficar com ele o resto de sua existência.
Viviana veio, através de um espelho!

Ele a esperara... Agora estavam vivendo um momento mágico.
Ela teria que aprender a viver naquela nova realidade: Sem celulares, computadores, família, amigos que deixara para trás...
Mas mesmo sem tudo isso, estava imensamente feliz!
Em 1902 era tudo diferente, mas André ensinava cada dia um pouco, para que ela se habituasse com os costumes e o modo de viver daquela época, saida de uma foto em branco e preto.
Quando Viviana lhe falava de 2012, ele mal podia acreditar nos avanços  da Ciência e Tecnologia!
Tudo que para ele ainda estaria por vir: 2 Grandes Guerras do século XX, no homem na Lua, computadores,  aparelhos celulares, submarinos nucleares, cinema em 3D, estações espaciais, robôs no solo de Marte, nas maravilhas da Medicina: Corações artificiais, vacinas, transplantes...

Era como se abrisse um romance de ficção científica, que aliás em 1902, não existia se quer esse nome: Havia sim, autores de realismo fantástico, como as obras publicadas por Júlio Verne.
Para André, o que Viviana descrevia era justamente isso:
Uma obra não inventada ainda, desse escritor.

Viviana estava no campo agora com seu amado André, aquele, do sonho que lembrara... e enfim a trouxera até ali... 
Dançavam sem música.
Apenas com os acordes do coração.

Fátima Abreu


IMAGEM RETIRADA DO FACEBOOK:  





terça-feira, 6 de novembro de 2012

Esse é o amor







Que sentimento contrastante dentro de mim.
Amo, mas o amor vale o que sinto em horas que os problemas aparecem?
Perco as forças para continuar amando...
Será que devemos colocá-lo acima de todas as outras coisas?
Cresci pensando assim. Resignei-me a vida inteira.

Amei e amo, só isso, por anos a fio!
Que poder é esse que supera até as maiores dores?
Não tenho essa compreensão, mas queria ter.
Para julgar se devo continuar colocando isso, acima de qualquer outra coisa.

Negar os próprios sentimentos, pelo amor, sendo que ele é o principal?
Minha cabeça roda... Já não sei o que pensar. Acho que nem Freud explicaria isso.
Por que sou assim, tão intensa? Não queria ser.
Talvez pessoas 'superficiais' sofram menos.

Tudo para mim respira romantismo.
Embora conviva com pessoas que me acham uma tola.
Minha filha diz que amor não existe, que é uma coisa inventada pelos filmes, livros, etc...
Ela ainda não viveu um amor, por isso nem de longe imagina o que seja!
Amor é uma junção de sentimentos: Dor, prazer, tolerância, compreensão, perdão.

Esse é o amor.
Por mais que doa vivê-lo todos os dias de que me lembro, não sei viver sem ele.

Fátima Abreu



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O CHAVEIRO DE CORAÇÃO



 

Ela recebera o chaveiro numa ocasião especial,
Era aniversário do primeiro encontro.
O dia em que se conheceram...
Parecia tão distante agora!

Era em formato de coração,
Adornado em um dourado bem trabalhado,
Tinhas rosas ao centro, com 'sempre vivas' entre elas...
Algo bem diferente dos seus chaveiros anteriores.

Mas agora, em suas pálidas mãos,
Nada tinha de especial...
Apenas lembrança de outros dias,
Quando era feliz.

Fátima Abreu


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Imaginação






No meu recanto encantado, escondia-se a casinha pequenina.
Um lar.
O sótão tendo a janela com vista para toda a floresta.
A casinha feita de madeira, era cercada de verde por todo lado.
Um riacho descendo as pedras...
Águas serenas. 
Paisagem linda de se olhar,
Não fosse apenas, na imaginação estar...

Fátima Abreu