sexta-feira, 16 de maio de 2014

Eu II






Meus 50 anos, não vão ser comemorados com festinha. Não tenho dinheiro para fazer isso.
Vou apenas jantar na casa da minha filhota do meio, Izabel, que me convidou.
Pretendia fazer um passeio em algum lugar que ainda não fui, como Sta Teresa, por exemplo...
Mas nem isso vou fazer.
Imaginem: Sou carioca e não conheço um dos bairros mais artísticos do RJ !
 

Ah, são tantas coisas que queria ter feito nesses 50 anos e não fiz...
 Sabe aquele show (até de graça) que todo adolescente  ou jovem adulto, vai? Eu nunca fui.
Sabe aquele grupinho que sai junto ao shopping? Eu não tive.
Sabe aquela viagem para o lugar que você escolheu para passar um feriadão? Eu nunca escolhi. Sempre foram " os outros". 
Sabe aquela "melhor amiga(o)" que toda pessoa teve durante a vida? Eu nem suspeito quem seja.

A vida da gente, toma rumos que muitas vezes nos levam a isso.
Nunca tive uma festa surpresa também...  Bem, só aquele bolinho com refrigerante que um dia meu companheiro e minha filha Catarina, combinaram escondido de mim. E olha que foi uma alegria só!


Tem gente que teve festinha surpresa em um curso que estava fazendo, no trabalho, vizinhança, ou mesmo organizada por parentes. 
Eu não tenho isso para contar, até porque, minha vida atual, não tem atividade social.

A minha festinha de 15 anos, foi feita contra minha vontade: 
Eu estava muito doente no dia, com muita febre e atacada da sinusite, mas... só por conveniência social ela foi realizada. Eu nada aproveitei.
Depois veio o casamento, quase dois anos depois disso: 
Parecia uma quadrilha de São João: As pessoas que organizavam a igreja, inventaram de entrar todos os casais de braços dados...
Não foi um casamento como uma noiva sonharia, mas, devido às circunstâncias, tinha que ser assim.
 


Vivo quase reclusa dentro de casa, não tenho amizades para sair, (caso tivesse, onde estaria o dinheiro?) então, minha companhia são vocês: 
Leitores, amigos do facebook e dos meus dois blogs.  Quando saio de casa, é para o mercado, farmácia, clínica, banco ou a casa de minha filha do meio, Izabel.

No final do ano,  passo com a minha filha Catarina, uns 10 dias no Rio, na casa dos meus pais e dou uma passadinha rápida em Itaguaí, onde também tenho pessoas da família.
 

Revejo então pessoas do meu passado, parentes, converso, saio um pouco com meu paizão quando estou no Rio (geralmente para supermercados, para ajudá-lo e fazer companhia também) e mais nada.

Não como fora, nem faço passeios, cinema ou qualquer outra diversão... Por alguns motivos, entre eles o principal: Financeiro.

Entretanto, só recebendo o carinho dos amigos, de alguma forma, nesse  19/05/2014, eu ficarei extremamente feliz.

Beijos. 

Fátima Abreu Fatuquinha

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