segunda-feira, 4 de abril de 2016

CONT DO CAPT 3


O sábado correu tranquilo e alegre para ambos, chefe e funcionária.
A conversa deixou de ser sobre assuntos do escritório, como era mesmo o objetivo de Xariar.
Ela, por sua vez, lançou mão da sedução, que lhe dava um toque atrevido na personalidade...
Na piscina do clube, usou um biquíni bem ousado, entretanto, menos que um fio dental.
Era uma estratégia para mostrar partes do corpo que nunca haviam sido vistas.
Pensamento de ambos naquele momento...

Sim, era um jogo. Quem seria vencedor? Só o futuro mostraria.
Sherazade era esperta, mas, não imaginava no que estaria se metendo...
Pessoas escondem coisas peculiares no seu íntimo, que nem em sonho, passa pela cabeça de outras.
Ela fora alertada pelos pais no que dizia respeito a ele tentar seduzi-la.
Estava certa de que ela sim, o seduziria a ponto de fazer com que a pedisse em casamento, antes de levá-la para sua cama.
Nenhum deles poderiam saber o que Xariar seria capaz de fazer, caso estivesse obcecado com alguma coisa.

Afinal, a memória do povo é fraca, mas, fazia apenas três anos que ele havia assassinado duas pessoas...


Anoitecia e ele tentou embriagá-la durante toda tarde, com alguns martínis, para que aceitasse a proposta de dormir por ali mesmo, em um dos bangalôs do clube.
A jovem Sherazade era sedutora, porém uma virgem de muita inteligência para cair nessa artimanha:
Sabia que o intuito dele, era justamente esse.
Então a cada martíni, ela tomava uma colherzinha de azeite, o que não deixava embebedar facilmente.
Dessa forma, pode evitar a embriaguez.

Deu 20:00 hs e ela disse então:
- Bem, chefe, cumpri o prometido, passei o sábado aqui, lhe fazendo companhia.
Agora pode me levar de volta ao sítio?

- Sente-se bem, não está tonta com a bebida? Olhe que para quem não está acostumada... Não gostaria de passar o resto da noite aqui?

- Não chefe. Meus pais são muito preocupados comigo, devem estar achando que já está na hora de voltar.

- Entendo, embora não concorde muito, porque você não é menor de idade. Mas, está certo, outras oportunidades surgirão...

- Quem sabe...?

- Aposto que sim.

Ele pegou as chaves sobre a mesa, tomou mais um gole do suco de laranja ( não tinha bebido quase nada alcoólico, para estar sóbrio, quando e caso chegasse ao seu objetivo), e ofereceu o braço para Sherazade.
Ela aceitou, e saíram assim, achando que isso era uma promessa para um novo encontro.


Um mês se passou desde então, quando Sherazade entrou na sala vip para falar com o chefe, sobre um assunto delicado:

- Com licença, chefe. Gostaria de pedir uma licença do nosso acordo. Terei que ir ao Rio com minha mãe.
Ela terá que fazer uma cirurgia de emergência, está em crise... Sabe, devido aquele outro problema, que foi detectado na última estadia dela  por lá... Preciso ficar no lugar de papai, que dessa vez não poderá ir devido à zika que pegou, está com dores terríveis no corpo, e muita febre. Duniazade vai cuidar dele e dos meus irmãos menores.

- Certo, se é um motivo desses, não teria como não te dar essa licença. Fique o tempo necessário, e me mantenha informado pelo celular.

- Sim, chefe. Farei isso. Será também a oportunidade de conhecer finalmente a capital do estado!
Só rindo para não chorar... Pelo menos os arredores do hospital, o que já é alguma coisa...

- Então vá, apresse-se.

- Obrigada, chefinho, e depois dou um bônus extra no nosso acordo...

Ele balançou a cabeça afirmativamente, e pensou de imediato:
" Conto com isso, pode apostar..."

E foi assim, que ele começou a sentir falta da jovem Sherazade, e pensando por onde andaria...
Estaria mesmo pela SAARA?

Talvez ele tivesse criado um universo paralelo em sua mente, achando que viviam mesmo no tempo das 1001  Noites... A mente humana viaja!

Continua no livro

Fátima Abreu Fatuquinha


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