domingo, 14 de outubro de 2018

Cantigas e brincadeiras da nossa infância




Nossa dinâmica é sobre cantigas de roda e/ou brincadeiras de nossa infância que deixaram saudade...

Quem não teria guardada uma memória dessas? Agora é hora de relembrar.
Coloque uma letra de cantiga de roda, vídeo, imagem, o que quiser; E fale sobre o que te faz sentir quando essa nostalgia vem à tona.




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 Eu, Fátima Abreu:

Nossa, esse tipo de nostalgia é comigo mesmo!
Tenho boas lembranças da minha meninice:
E das cantigas de roda que eu cantava, e dançava, brincava, enfim...
A que eu mais gostava das cantigas infantis era: SE ESSA RUA FOSSE MINHA.
Talvez porque era uma cantiga tão singela, com tom de um desejo a ser dito dessa forma.



E as brincadeiras preferidas, poderia dizer, que eram quase todas!
Roda, Amarelinha, Piques, Pare com a bola, Queimada, Bambolê, Passaraio...
Já os jogos que mais gostava, eram: dominó, ludo, damas, jogo da velha, pontinho, e o preferido em primeiro lugar: ADEDONHA ou ainda ADEDANHA(Jogo do Stop em alguns estados).



E no papel quase sempre ficava tudo torto, assim:



Tempos de Meninice

E quando as lembranças vem na mente, é porque algo de bom significou.
Não era uma menina levada. Hoje em dia, diriam até que eu seria uma NERD.
Mas, mesmo gostando de ler o tempo todo, brincava muito também;
Cantigas de roda, eram as preferidas!
Mesmo sozinha, as cantava...


Brincadeiras de criança, posso dizer que gostava de muitas.
Entretanto, algumas não me serviam, pela minha constituição física: Sempre magrinha, de contar as costelinhas...
Então, eu ficava com aquelas que não causassem nenhum perigo.
Mesmo assim, molequinha, subia em muros e árvores mais baixas.
E nos dias de chuva, em que a energia elétrica sumia, eu não me deixava abater;
Pegava papel e lápis, sugerindo a brincadeira  certa para aquele momento:
Adedonha!
E todos os coleguinhas do prédio em que morava, concordavam comigo.
Assim, passavam-se horas!
Criança não se aperta. Ela tem a vontade e a criatividade a seu dispor.
Pena, hoje em dia, poucas são as que ainda brincam dessa maneira...
Além dos perigos que existem na rua, também há a onda cibernética que invade já duas décadas, o nosso mundo...
E a gente se pega vendo até bebês, de smartphones em punho...

Fátima Abreu FATUQUINHA



*A LINDA ROSA JUVENIL, um das cantigas preferidas também, hoje me dia, com uma versão um pouquinho mudada...


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Regina Gesteira:


Falar da minha infância me remete a tantas lembranças... As brincadeiras estão tão presentes em minha memória que parece que foi ontem!
Amarelinha, bambolê, pega-pega, escode-esconde, baleô, furapé e as cantigas de roda são algumas das brincadeiras que pude desfrutar na minha infância; E sinto saudades desse tempo em que nós, enquanto crianças, podíamos brincar na porta da nossa casa sem medo.
Confesso que ficou difícil destacar uma ciranda, pois eu adoro todas e me pego cantando vez ou outra (rs), mas, eu escolhi "Se essa rua fosse minha":

Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhantes
Para o meu
Para o meu amor passar

Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração

Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
É porque
É porque te quero bem

Ai que  saudades da minha infância querida que os tempos não trazem mais...

Regina Gesteira


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Ângela Nuno:



"As doces lembranças que guardaremos da infância, são as diversões que jamais perderam validade."

Como é bom "voltar" as doces lembranças da minha infância. Criança feliz com bola, boneca e bambolê. O tempo era uma grande brincadeira e a liberdade era um sonho.
Pega-pega, amarelinha, baleado... Tudo era lúdico, pura poesia. Quantos momentos bons!
Tempo doce, saudável e feliz!
 "Como se fora brincadeira de roda..."




Infância, Infância, Infância. A dança das emoções numa ciranda. 
Cresci, amadureci, mas a essência da criança que fui, permanecem comigo. 
O lúdico, o belo, as lembranças, boas lembranças. 
As brincadeiras... Escravos de jó jogavam  cachangá
Tira, põe,
Deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-za
Pedrinhas tão mágicas...
E como um sopro de alegria, pular amarelinha e não errar. 
Ir ao céu com o balanço, voar, voar...
Dar as mãos numa ciranda, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. Criança, criança, criança, jamais cresça dentro do meu coração.
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar 
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar.


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Cida Nuno:


Cida criança era Maria.
Maria dos pais, dos irmãos, da família e dos amiguinhos mais próximos.
Maria da doçura, do para sempre, do riso e da alegria.
Maria, onde o mar era o seu quintal,
Das travessuras de criança,
Subir na mangueira e cair.
Mas o doce sabor da manga, com certeza, valeu a queda.
Maria do pula elástico,
Do atrapalhar o jogo de gude dos meninos e achar, nas bolinhas de vidro, um jeito de enxergar o mundo colorido e belo.
Maria do grande sonho, que era ter uma bicicleta. Mesmo que durante anos, ela tivesse que ficar guardada, pois os pés, não alcançavam os pedais.
Maria que era livre,
De brincar na rua,
Cair de patins,
Aprender a pedalar
E "ganhar o mundo" em duas rodas com sua bicicleta.
Como fui feliz!
Sempre que eu procurar encanto,
Sempre que eu quiser descansar,
Remexo minhas lembranças
E trago Maria de volta,
A brincadeira não pode acabar... 😀😀😀😀😀😀😀😀😀



Escolho, Se Essa Rua Fosse Minha. É poética! engraçado, nunca curti O Sapo Não Lava o Pé...



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Lílian Furtado:

As cantigas de roda são músicas folclóricas cantadas em uma roda. Também conhecidas como cirandas, elas representam os aspectos lúdicos das manifestações socioculturais populares.

Pelo fato de serem cantadas e dançadas nas brincadeiras infantis, são constituídas de textos simples, repetitivos e ritmados. Assim, elas têm o intuito de colaborar com a aprendizagem por meio da fixação.


Essas canções infantis populares não possuem um autor, ou seja, as letras consistem em textos anônimos que se adaptam e se redefinem ao longo do tempo.*

Cantigas de Roda Populares no Brasil


1. Ciranda, Cirandinha
Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O Anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Por isso dona (nome da criança)
Faz favor de entrar na roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá embora...










2. Atirei o Pau no Gato
Atirei o pau no gato, tô
Mas o gato, tô tô
Não morreu, reu, reu
Dona Chica, cá cá
Admirou-se, se se
Do berrô, do berrô, que o gato deu, Miau!

Essa são as duas cantigas que marcaram mais a minha infância; Mas, teria ainda muitas outras para citar. 
Tenho saudade das brincadeiras de rua até tarde, às vezes sem preocupações, e quando as crianças eram de fato inocentes. 
Não que hoje não sejam ainda, contudo, com essa enorme quantidade de informações (facilitada pela internet), dificilmente encontramos crianças que curtam ainda brincar desse jeito.
Lílian Furtado

*Cantigas de Roda
Por: Daniela Diana / Professora licenciada em Letras



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Maria Fernanda (Nandinha):

Sobre as brincadeiras do meu tempo ?
____Eram muitas , a gente não parava quietos, rsrsrs... E de repente chegava um, e nos tocava e saía correndo , já iniciava o pega pega...
Na cidade eu sempre fui comportada , brincava de cama de gato (elástico de mão) cubo mágico e aquelas forcas, também de jogo da velha; Mas, no sítio vivia arranhada , preta de tomar sol e sempre com algum espinho no pé.  O esconde esconde sempre foi o preferido da turma.
Já a cantiga que eu não esqueço, é o clássico Atirei o pau no gato (e ainda quero saber: Por que a Dona Chica fez isso?)
A imagem nostálgica é a Amarelinha !










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