sábado, 27 de outubro de 2018

Arte Moderna & Poesia

 
EU, FÁTIMA ABREU
 
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Pintura de KATHRIN LONGHURST
 
Prosa poética: Cecília

Mais uma vez Cecília superava as expectativas:...
Um baile de máscaras!
O casarão que antes era apenas para alguns, abriu as portas para tantos outros.
Assim, ela poderia selecionar com mais atenção, aqueles que iriam ficar.

Os convidados para aquela noite ali, nada sabiam das intenções daquela rica dama.
Contudo, um ou outro, ouvira algo a respeito do que ali se passava.
Esperando serem selecionados para boas noitadas posteriores...
Mas, o que eles não sabiam, é que Cecília amava a simplicidade dos atos humildes.
Embora, tenha nascido em "berço de ouro", para ela, amizades assim, seriam seu maior tesouro!
Ela sorvia o vinho suave e observava...
De um momento para outro, deu o baile por encerrado, pediu desculpas a todos, subindo os degraus que levavam ao andar de cima.
Sem nada entenderem, saíram quase que em fila...
Antes porém, três pessoas ali foram premiadas:
Fariam parte do Círculo de Cecília.
Ela as aguardava no piso superior, já na embriaguez do vinho, e com a certeza que não tinha errado em sua escolha.
A noite havia sido longa, mas, o resultado era doce.
Seu clã aumentara.
E dali em diante, apresentaria suas regras:
Amor, amizade, sem ciúmes e queixumes...

Fátima Abreu Fatuquinha

Detalhe: Só quem leu os livros: "A Trilogia do Círculo" e "1001 Liberdades", vai entender esse texto.
https://www.clubedeautores.com.br/…/170215--A_TRILOGIA_DO_C…
https://www.clubedeautores.com.br/…/…/208408--11_Liberdades…


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Pintura de Kathrin Longhurst

Prosa poética: Vinho & Sono

Lana deitara-se ali mesmo: Numa cama que não reconhecia ser sua, embora, a convidasse para cair sobre ela......
O vinho servido no baile de Cecília, fez o efeito que ela queria! Sono.
Esse que tanto precisava...
Revigorante sono de horas a fio.
Toda vez que algo não estava bem, ela o perdia.
E o vinho para ela fora o remédio daquela noite.
A taça caiu sobre os lençóis de cetim.
Os olhos fecharam lentamente...
Ela teve o que queria.
E no dia seguinte, renovada pelo sono que lhe fazia falta antes, poderia dar solução ao que a inquietava.
Certas coisas são assim:
Dependem de uma boa noite de sono, para terem uma resposta enfim.


Fátima Fatuquinha Abreu


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PINTURA DE: Kathrin Longhurst

Prosa poética: O Retrato Pintado

Como um quadro ela fora retratada....
Pincéis e tintas fizeram seu trabalho.
Fora imortalizada na moldura em frente à lareira.
Cada momento que ele a quisesse tocar, e saber novamente como eram suas curvas (que a memória que já se esvaia, fazia-lhe esquecer), ela ali estaria.
Fruta doce, flor de uma primavera há muito esquecida...
Coisas boas que viveram juntos.
Ele, ela e momentos íntimos.
A imagem por perto, e o sentimento novamente desperto.


Fátima Fatuquinha Abreu


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Pintura de Kathrin Longhurst.

Prosa poética: A Luz Vermelha

E ela ainda olhava a porta que acabara de ser fechada por ele....
O som emudeceu. A luz era vermelha.
Ela se perguntava até quando levaria sua vida assim...
Uma incerteza, uma relação clandestina.
E o passar das horas com ele, não lhe traziam bem.
Apenas prazer de momentos, que por ele ficariam esquecidos com o tempo.
Ela tinha certeza disso.
Embora, para ela, seria mais uma página no livro de sua vida.
Mais uma história a ser contada, por lábios trêmulos na velhice.
Olhou para o lado da porta novamemente.
Decididiu então, que essa era última vez.
Ser a "outra", não lhe apetecia mais.
Levantou tomou um banho, e apagou a luz vermelha.


 
 
 
 
 

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