sábado, 18 de março de 2017

4 CAPTS DO LIVRO: "CONTRAMÃO" (PARA QUEM AINDA NÃO LEU NO BLOG)

https://www.clubedeautores.com.br/book/186253--Contramao

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Agradecimentos:

Primeiramente ao Criador, porque sem ele ter me dado o dom da escrita, não estaria no meu décimo nono livro.
Segundo, aos meus pais maravilhosos que me colocaram nesse mundo: Lindoval e Abigail Abreu.
E por último, aos amigos virtuais que sempre me incentivaram a continuar escrevendo até aqui...
Sempre grata.






Engano

Nem tudo é o que parece ser:
Apenas os olhos falam a linguagem da alma:
Podem revelar tudo.

O engano diário do ser humano,
É julgar o livro pela capa:
Um livro empoeirado, esquecido no fundo da estante,
Pode nos levar a emoções e lugares bem distantes...
Nem o espelho reflete nosso verdadeiro 'eu'.
A linda moça que por ali passa e olha,
Pode ser fútil, ardilosa e desalmada...
A chuva é bênção para uns,
Desgraça para outros.
Mas sempre será a chuva.
Somente  a Natureza é,
O que parece ser.

Fátima Abreu





Layla

Capítulo 1

Era uma tarde fria de fins de outono e começo de inverno.
A quadra estava lotada de alunos do secundário fazendo sua Educação Física semanal.
O jovem professor não era muito alto, media em torno de 1,70m.
Cabelos muito negros e que eram maiores do que os cortes atuais.
Ele chamava atenção pelo corpo malhado e pelo sorriso largo e espontâneo que tinha, mas, destoava do conjunto, com um nariz aquilino.

O nome dele era Juvenal. Tinha preconceito com o próprio nome.
Claro! Dizia ele: Que ideia dos seus pais, numa época que se tinha vários nomes (até estrangeiros a escolher), colocarem um bem antigo e sem graça como esse!


Quando apresentado a alguém, usava o seu sobrenome italiano que era bem mais charmoso: Rossini.
Entre as alunas ele era o Prof. (gato) Rossini.

Chegava sempre como sua moto, e encantava as adolescentes que estavam com os hormônios explodindo...


Havia uma em especial que ele prestava atenção:


Uma baixinha de cabelos castanho escuros, que cobriam seus ombros e de olhos castanhos tão claros, que beiravam a cor de mel.
O que tinha de bonita tinha de ‘enroladora’:
Não gostava de fazer Educação Física, porque na maioria das vezes, era esporte. O que para uma pessoa baixinha como ela, ficava difícil...


Ela preferia a ginástica e de preferência, a rítmica.
Somente em dias de ginástica ela fazia aula.
O professor percebendo isso, um dia a chamou num canto e disse:

- Mocinha o que você tem contra os esportes? Percebi que responde a chamada e depois vai saindo de mansinho, e fica lá pelo banheiro até terminar a aula de Educação Física. Já em dias de ginástica, você faz a aula inteira e sorridente...
- Professor Rossini, não sei se já percebeu que sou a segunda mais baixinha da turma... Não posso ir bem nos esportes desse jeito. Perco todas as bolas e acabo ouvindo aqueles risinhos por trás... Não quero ser motivo de chacota da turma, ora! Já a ginástica me faz bem, modela o corpo e não passo constrangimentos...
- Seu corpo já é bonito não é a ginástica que o modela. Mas, se sente constrangimento nos esportes vou dar outra tarefa apara que faça:
Em vez da aula prática que tanto detesta, e para não ficar sem fazer nada, fará um trabalho escrito sobre cada modalidade ao fim de cada bimestre.
Só assim posso dar uma nota sem estar encobrindo seu problema.
- Obrigada professor, pela sua ideia. Fico tão aliviada com isso! É muito chato ter que ficar no banheiro esperando a aula terminar, todas as vezes que é um esporte... Garanto que meus trabalhos vão ser bem detalhados, para merecer uma boa nota.
Ele assentiu e voltou para a quadra. A jovem ficou sentada numa parte da arquibancada, tirando um caderno da mochila, para anotar tudo sobre basquete, que era a aula daquele dia.

O professor apitou no fim da aula e pediu que todos fizessem um círculo em volta dele, antes de irem para os banheiros.
Queria anunciar que a jovem Layla, estava como "assistente" em suas aulas de esporte: Assim, faria sempre um relatório sobre cada modalidade para apresentar à turma.
Dessa forma, justificava que ela não fizesse a aula prática, mas, que montasse um trabalho teórico para ser apresentado em sala de aula.
A turma foi dispensada e depois no vestiário do banheiro feminino, a conversa rolou solta...
Uma das moças perguntou para Layla:
- Como conseguiu ser a "assistente" do professor? Enfim, ficou livre dos esportes que tanto detesta!
E ainda vai dar aula teórica para nossa turma. Que sortuda!
- Ah, mas as aulas que vou apresentar serão para ganhar minha nota. Vocês terão as suas, pela prática. Dá no mesmo!

- Não sei não... Estou achando que o professor tem uma 'quedinha' por você. Ele não é tão mais velho assim... Outro dia, ele comentou na aula, que iria fazer 25 anos. Você tem 17 para 18... Logo vai estar maior de idade.

- Nossa, como você imagina coisas que não existem! Agora chega desse assunto, Stella.
Entretanto, a 'pulguinha’ atrás da orelha' de Layla ficou:
"Será que o gato do professor Rossini, estava mesmo prestando atenção nela?"








Rossini e o Ciúme

Capítulo 2:

Os dias corriam tranquilos e o inverno havia chegado.
A amizade do professor com a aluna, já era notada por toda parte: Desde os alunos até professores de outras disciplinas.
Os comentários estavam nos corredores, na quadra, e finalmente chegaram os ouvidos da direção do colégio.

A diretora foi direto ao ponto, quando chamou Juvenal Rossini em seu gabinete:
- Professor Rossini, ouvi falar que está dando atenção demasiada à Layla Fantini. Isso pode ser bem constrangedor: Pois como sabe, ela é menor de idade, além de sua aluna. O que faz fora daqui, não é da minha conta... Mas, não quero mais fofocas sobre isso em meu colégio. Estamos acertados?
- Meu Deus, como esse povo fala! Não tive nada com essa mocinha, apenas nutro um carinho especial. Nunca passou disso. Sei muito bem que faltam ainda dois meses para que ela faça 18 anos...
A diretora interrompeu-o:
- Bem, se sabe ótimo. Se tiver intenção de mais para frente ter alguma coisa com essa mocinha, que seja fora dos olhos das pessoas por aqui. Caso contrário, terei que dispensá-lo.
- Senhora Dorothy, se já acabou, vou me retirar. Entendi muito bem seu recado. Com licença.
- Pode ir.
Ah, mas não há coisa mais interessante que um romance escondido!
E esse diálogo, foi como atiçar doce na frente das formigas: Rossini só ficou mais instigado a partir para a sedução de sua aluna predileta...
Não deu outra: Em dois meses, ele finalmente a levou para a cama. Layla já não era menor de idade.
Mulher dita adulta para a sociedade, poderia se relacionar com quem quisesse.

Entretanto, foram cautelosos para não ativar novamente os comentários dentro de colégio.
Afinal, o professor Rossini não queria ser demitido:
Era seu único emprego e na verdade (mesmo trabalhando dois turnos seguidos), ganhava bem ali.
Colégios de classe média alta, pagam razoavelmente bem.


Também era o professor responsável pela chamada 'Caixa Escolar':
Cuidava do dinheiro arrecadado no colégio, nas festas internas e apresentações exteriores.
Uma espécie de tesoureiro.
Tanto essas festas, como as apresentações de ginástica rítmica fora, (em clubes), era o setor de Educação Física, o responsável.
O ano letivo estava quase no fim, já era fim de primavera e início do verão.
Com isso, as aulas de Ed. Física, eram na piscina do colégio.
Um dia, um rapaz se engraçou com Layla, na aula de natação.
O professor Rossini viu e sentiu o rosto queimar de ciúme...
Não podia agredir um aluno, mas, podia retirá-lo da aula.

Foi o que fez:
- Renato faça o favor de ir à direção, está fora da minha aula.
- Posso saber o por quê?
- Assediando sua colega de turma, na frente de todos.
- Professor Rossini, na verdade está é com ciúmes, da sua "protegida"...
- Fora daqui, direto para a secretaria!
- Dói tocar em assuntos proibidos, professor? Vou, mas, logo estarei de volta...
Rossini lançou um olhar desafiador ao rapaz. Todos os alunos presentes perceberam que ali havia um conflito declarado.
Layla sentiu-se incomodada com tudo aquilo. Entretanto, manteve-se calada pelo restante da aula.
A direção chamou o professor logo em seguida. Ele já sabia do que se tratava, claro!
O aluno Renato Ferraz, estava sentado em uma poltrona lateral da secretaria, quando o professor entrou.
Dorothy disse-lhe:
- Então professor, retirou um aluno da aula mandando-o para mim. Posso saber o real motivo?
- Renato estava importunando uma de minhas alunas, e foi até abusado falando obscenidades ao seu ouvido.
- Essa aluna seria Layla Fantini?
- Exatamente. Não pelo motivo que esteja pensando... Eu o enviaria para cá, fosse qualquer uma delas.
- Bem, isso eu já não sei. Enfim, espero que não mostre mais publicamente, sua defesa em relação a essa aluna. O professor sabe que os comentários poderiam ressurgir... Então, quanto a Renato, já foi avisado para não criar mais problemas com Layla, pois caso contrário, teríamos que dar-lhe uma suspensão.
E o senhor, queira comportar-se de forma normal perante sua classe. É meu último aviso.
-Certo, entendi.
A diretora mandou que Renato Ferraz fosse para sua próxima aula na classe, e pediu que Rossini ficasse ainda por mais um instante na secretaria.
- Fora isso, quero lhe perguntar se já fez a contabilidade de nosso bimestre. Quero saber quanto temos para uma nova obra no colégio durante as férias de fim de ano... Pretendo aumentar a biblioteca e seu mobiliário, também colocar mais notebooks disponíveis para consulta.
- Sim, vou mostrar-lhe amanhã, pode ser? Os dados estão em minha casa. A chave da gaveta do dinheiro, também.
- Certamente. Agora pode ir para sua outra turma, que já o aguarda na piscina.
Ele assentiu e saiu fechando a porta bem devagar...

O Golpe

Capítulo 3:

A formatura do terceiro ano estava chegando.
O dinheiro arrecadado durante o último bimestre do colégio foi dividido em duas partes: Uma para a cerimônia de entrega dos certificados e a outra seria para a melhoria na biblioteca.
Os pais de Layla foram informados do romance da filha com o professor de Educação Física.
Não gostaram desse envolvimento.
Ao primeiro contato com Rossini, seus pais o acharam possessivo e ciumento. Tentando evitar que sua filha futuramente sofresse nas mãos de um neurótico, eles dialogaram para dissuadi-la de levar em frente esse romance. Foi em vão.
E cada vez os encontros eram mais frequentes entre eles.
Quando Rossini soube que os pais de Layla não gostaram dele, sugeriu que fossem embora da cidade juntos.
Eles começariam vida nova como um casal mesmo:


Como professor, encontraria rapidamente emprego em uma escola e ela, poderia continuar os estudos numa faculdade paga.


Expondo isso para Layla, ele disse:
- Vamos Layla. Você é maior de idade, não precisa dar satisfação dos seus atos.
- Mas, deixar tudo para trás, assim... Não sei... Aqui tenho tudo.
- Prometo que nada de faltará, minha querida. Olha, tenho até uma ideia de arranjar dinheiro rápido para nossa viagem. Pensei em ir para outro estado. O que acha?
- Como assim, dinheiro rápido?
- Tenho como pegar o dinheiro da Caixa Escolar, porque sou o tesoureiro. Depois de estabelecidos em algum local, enviarei a quantia na conta do colégio, reembolsando. Seria apenas como um 'empréstimo'...
- Seria perigoso. E se te pegam? Poderá ser preso até! Aí mesmo que meus pais nunca iriam te aceitar!
-Não se preocupe, tenho tudo já na ideia. Só não poderá ficar até o final da formatura, pois será nesse dia que fugiremos juntos.
Vou aproveitar o alvoroço no colégio da cerimônia, e abrirei a gaveta para a retirada do dinheiro que seria para a reforma da biblioteca. Depois nos encontramos num local 'x', e dali pegamos meu carro e vamos embora.
- Você tem carro? Só te vejo com a moto...
- Sim, está na casa dos meus pais. Deixo com eles para uma emergência, sabe como é, são 'coroas'...
- Ah, sim... E vai deixá-los para trás também, por mim? Não acho justo. Poderá se arrepender depois.
- Tenho uma irmã. Ela cuidará deles, caso precisem de algo.
- Você faz tudo parecer muito fácil... Não sei...
- Será fácil, confie em mim.
- Ok, veremos no que dá. Então arrumo uma mochila com minhas coisas mais precisas e deixo com você no próximo encontro, fica logo dentro desse seu carro. Porque no dia da formatura, não poderia estar com uma mochila em mãos... Meus pais desconfiariam disso.
- Sim, bem pensado.


Dezembro: Noite quente, como já era verão...
A formatura foi no salão de festas do colégio.
Mesas e cadeiras decoradas para as famílias dos formandos dispostas harmoniosamente, e no pequeno palco montado, estava um parlatório para a chamada dos alunos, com microfone e uma cesta de flores em cada canto.
Uma pista de dança para os alunos foi decorada na quadra de Educação Física:
Colocaram alto falantes potentes, bolas brilhantes pendiam do teto e muitos balões coloridos com as cores da escola: vermelho e azul.
Layla estava muito bonita em especial naquela noite. Teria de ser assim.
Seria sua última noite perto das pessoas que amava e de amigos de toda uma vida...
O professor Juvenal Rossini foi o paraninfo escolhido pela turma de Layla. Parabenizou os formandos, discursou e foi muito aplaudido, principalmente pelas moças.

Quando a diretora Dorothy, começou a chamar os nomes um a um, para a entrega dos certificados, Layla recebeu um sinal de Rossini.
Assim que recebesse o seu, ela daria uma desculpa para os pais, como ir ao banheiro...
Dali, sairia para encontrar o professor na esquina, que já estaria com o carro estacionado embaixo de uma amendoeira.
E foi assim:
No ínterim que o professor deixou o palco e saiu, ele foi até a secretaria, abriu a gaveta e retirou o dinheiro. Dirigiu-se sem ser abordado por ninguém, (pois todos estavam no salão de festas), até o carro. Entrou e deixou a porta do carona já aberta, para receber Layla.
Ela veio em seguida. Ainda enxugando o rosto das lágrimas que teimavam em cair...
Deu beijos nos pais antes de teoricamente se dirigir ao banheiro, e depois saiu com os olhos marejados.
Layla estava grávida e ainda não sabia...







A Fuga

Capítulo 4:

O sol batia forte no vidro do carro. A manhã já ia pelo meio, quando Layla acordou.
Juvenal Rossini estava cansado:
Havia dirigido a noite inteirinha. Precisava parar agora.
Estacionou o carro embaixo de uma árvore e como de costume, procurou uma amendoeira.
Layla abriu a porta do carro, esticou o corpo se espreguiçando e disse:
- Bem, estou precisando de um café bem forte!
Rossini respondeu apontando:
- Ali mesmo, na loja de conveniências do posto, podemos tomar nosso café da manhã, minha querida.
Ele a abraçou e foram na direção da loja. Estava realmente faminta!
Comeu pão com presunto, tomou café, abriu um iogurte de morango e por último, comprou um saco de rosquinhas de nata, para ir comendo dentro do carro.


Já Rossini tomou um café com leite, comendo um sanduíche de mortadela.
O que ele precisava mesmo, era dormir...
Pagou o que comeram e Layla escolheu uma revista para levar também.
Depois que saíram da loja de conveniências, Juvenal Rossini olhou ao redor e percebeu que tinha um motel desses de passagens rápidas, feito mesmo para viajantes, bem pertinho do posto de gasolina.
Disse então para Layla:
- Preciso descansar princesa. Você dormiu até aqui, eu não... Vamos ficar umas três horas naquele motel. Tiro um sono, você se distraí com a TV, ou usa seu notebook, como quiser...
- Tudo bem. Claro que precisa descansar! Não quero um acidente na estrada...
Foram em direção ao motel e por lá ficaram o tempo necessário para que Rossini tirasse o seu sono.
Enquanto isso, Layla abriu o notebook e verificou as fotos da formatura, postadas pelas amigas de classe, nas redes sociais.
Ficou emocionada. Abriu um dos vídeos compartilhados, e mais choro...


Correu para o banheiro, sentiu uma náusea.
Não era dada a enjoos, estranhou.
"Ah, de certo teria sido pela gula no café da manhã!
Alguma coisa não deveria ter caído bem." Pensou.
Foi tomar um banho. Notou que as auréolas dos seios estavam mais escuras que o normal.
Estranhou novamente...
Estaria com algum problema de saúde?
Quando chegassem ao destino, a cidadezinha que Rossini escolhera em Minas Gerais, procuraria logo um médico. Tinha de saber o que estava errado com ela.
O celular tocou. Antes estivera desligado.
Mas, quando Layla viu as imagens da formatura, deixou ligado novamente, caso os pais tentassem entrar em contato para saber o que havia acontecido.

Sim, era uma chamada de casa.
- Alô, filha cadê você? Responda pelo amor de Deus!
- Mamãe não se preocupe, estou bem viva. Vou me casar com Rossini longe do Rio, só isso...
- Só? Você some na noite da sua formatura, ou melhor, foge com esse homem, e me diz que vai casar? Percebe a loucura que está fazendo?

- Não é nenhuma loucura, sou maior de idade, mãe. Além disso, foi a minha escolha. Não espero que entenda, mas, que me perdoe. Se eu dissesse meus planos, tenho certeza que tentariam impedir...
- Claro que sim! Filha, pelo menos me diga para onde vocês vão. Eu e seu pai queremos manter contato, por favor...
- Sim, mamãe. Vamos para uma cidadezinha do interior de Minas, chama-se Lavras. Assim que estiver acomodada, entro em contato novamente. Deixe que eu ligue, ok?
- Certo, concordo. Então fique com Deus, Layla. E que Ele te abençoe, para que não venha se arrepender do que está fazendo!
- É por minha conta e risco, mamãe. Dê um beijo no papai e diga que me perdoe também. Tchau.
- Tchau, filha.
Layla estava mais sensível do que o normal, e novamente rompeu em lágrimas...


Com o barulho do choro, Rossini acabou acordando. Correu para junto e perguntou angustiado:
- O que houve minha querida? Está arrependida ou sente alguma coisa?
- Não estou arrependida, somente abalada. Acabo de falar com minha mãe. E sim, sinto que estou diferente, estou enjoada, os meus seios estão com os mamilos mais escuros também, isso é muito estranho...
- Ao chegar a Lavras, vou te levar a um médico. Mas, acho melhor evitar falar com seus pais agora, isso pode te deixar muito angustiada... Quando tudo se acertar, você dá notícias. Certo?
- Ok, disse exatamente isso para minha mãe.
Eles se beijaram e logo estavam fazendo amor, como um casal apaixonado em noite de núpcias...

CONTINUA NO LIVRO... 

Fátima Abreu
Fatuquinha 

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