segunda-feira, 16 de junho de 2014

Mundo dos Extremos - CRÔNICA


É esse o mundo de opostos que vivemos:
Dezenas de turistas latinos, acampados em uma área interna da Rodoviária do Rio de Janeiro, por falta de hotéis, pousadas ou albergues baratos.
Somente americanos e europeus estão bem acomodados nos hotéis reservados há um bom tempo.
Quem é pobre, é pobre em qualquer lugar.
Agora me respondam:
Vale tamanha humilhação?
Passam o dia por aí, comem, assistem aos jogos e depois voltam para a rodoviária para pernoitar por lá.
Não sei se o futebol vale tanto assim. Pode ser uma paixão doentia que explique o que leva famílias inteiras a isso!

Bem, nós os pobres do mundo, alimentamos paixões que nos cegam. Os ricos não precisam:
Pois quando tem uma paixão muito forte é fácil de se resolvida.
O dinheiro deles compram tudo de material que quiserem.
Bem, até imaterial: falsas amizades, rostos que lhes sorriem o tempo todo, prazeres de uma noite ou mais...

O que faz uma pessoa se vender, falando nisso?
Eu respondo: O desespero de causa.
Tema até de filme!
Lembram do: "PROPOSTA INDECENTE"?





Muita gente para não passar fome, pagar dívidas, comprar remédio ou pagar tratamento para um membro muito amado da família, doente, faz coisas que nunca pensou fazer.
Mas, esses exemplos, não são das paixões mencionadas acima, no texto.
São atos de desespero ou amor.

Como no filme: UM ATO DE CORAGEM, onde Denzel W. faz de tudo para conseguir dar o tratamento que o filho precisa:



 


Se uma celebridade, seja atriz ou cantora, tira fotos nuas, ela vende bem e não é rotulada de prostituta.
Se uma mulher comum, do povo, pobre, faz isso na hora de um "desespero de causa", certamente se as fotos  caírem nas mídias, ela seria chamada no mínimo de vadia, pelas pessoas que a conhecem, como já houve alguns casos.
Isso é novamente o tal mundo dos rótulos, preconceitos e extremos que eu vivo comentando aqui.

É rico ou celebridade, se pode tudo; se é pobre, vai ser rotulado e humilhado.

Estou dura, mais do que mastro de bandeira, sem 1 Real na conta.
Talvez seja por esse motivo que ando revoltada.
Se fosse pelo menos um pouco melhor de vida, essas coisas passassem sem eu notar e  não ter essa vontade de falar sobre elas...

Fátima Abreu

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