sábado, 21 de maio de 2016

Eu Digo 'NÃO' à Normose! (republicado)


Leia o texto que eu copiei aqui, e depois as minhas considerações sobre o artigo:


Por Que as pessoas querem que você falhe?
 

Um excelente texto do site Emagrecer de Vez, que fala sobre emagrecimento, mas a lição serve para tudo na vida. Quando você inicia, ou planeja iniciar, um novo projeto, uma nova ideia, enfim, mudar sua vida, surgem os "contrários", mostrando o que pode dar errado, os perigos, os riscos, etc., tudo com a melhor das intenções, porque eles se preocupam com você. A verdade porém, é que o seu sucesso incomoda outras pessoas, que talvez desejem fazer o mesmo, mas por razões diversas não fazem. É a tal da "normose" (todos devem ser iguais, "normais"). Quando você sai do padrão, isso quebra o "equilíbrio" da normose coletiva, gera diferença, e eventualmente algum atrito com outras pessoas que se sentem desconfortáveis porque você está fazendo o que elas queriam fazer, ou conseguiu o que elas desejavam conseguir. Neste momento, é preciso muito jogo de cintura, e muita resistência, para não se deixar levar pela onda do mesmismo coletivo que poderá fazer você desistir dos seus sonhos. 
http://emagrecerdevez.com/por-que-as-pessoas-querem-que-voce-falhe




E continuando...

 "Há uma crença bastante enraizada segundo a qual tudo o que a maioria das pessoas sente, acredita ou faz, deve ser considerado normal."

Nas palavras de Pierre Weil, no livro Normose:
"A normose pode ser definida como um conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de pensar ou de agir, que são aprovados por consenso ou pela maioria de uma determinada sociedade e que provocam sofrimento, doença e morte."

Segundo Jean-Yves Leloup, outro autor do livro:
"Estar bem adaptado a uma sociedade doente não é sinal de saúde".

http://nucleosaberser.blogspot.com.br/2011/07/normose-patologia-da-normalidade.html




                                      Agora, minhas considerações:


Você leitor(a), ainda quer se encaixar entre os ditos 'normais'? 
Eles são manipulados por uma sociedade decadente, que tenta impor seus valores sócio econômicos e estéticos, cultuando o capitalismo desenfreado, além do culto ao corpo, acima até da própria saúde: 
Vide uso de anabolizantes para os homens e modeladores de apetite para as mulheres. Quer saber?
Na verdade, em ambos os casos, são verdadeiras drogas que são consumidas e que desenvolvem sérios problemas de saúde, tanto físicos como psicológicos: 
Problemas renais, do coração, fígado, ainda depressão, síndrome do pânico, TOC, etc.

Só porque uma pessoa não usa maquiagem cara, tampouco roupas de grifes, sapatos importados e não está em clínicas de estética pelo menos 3 vezes no mês, ou academias de fitness, deve ser vista como "anormal"?

Mas, essa sociedade acha que sim. 

As mulheres tem que ser magras e bonitas. Os homens, fortes(bombados) e bem vestidos.
Tem que se estar nos lugares da moda. Conhecer um grupo seleto de pessoas influentes...
Dizer que está fazendo 'aquela dieta mirabolante' e que frequenta a academia quase todos os dias da semana.

Pode até ser verdade, mas a  maioria delas, são mentiras que só dizem para se estar encaixado ao grupo emergente.

Continuo batendo na mesma tecla, mesmo que digam:
"Você diz isso, porque é pobre; se fosse rica, faria tudo exatamente igual..."
Aí eu respondo:
"Pelo contrário, se fosse rica, estaria cuidando das obras sociais, ajudando financeiramente orfanatos e asilos. Sempre foi meu sonho fazer isso."

Infelizmente, mesmo no pequeno período que tive uma melhor  condição financeira, estava casada e meu falecido marido, controlava todo o dinheiro (nunca tive dinheiro nas minhas mãos). 


Porém, nunca deixei de ajudar quem batesse na minha porta pedindo algo: 
Dava o que comer ( mesmo escondido do meu marido) e até um enxoval inteirinho para um bebê que apareceu com a mãe, na minha casa, envolto somente em uma fralda eu dei com os olhos marejados, desejando ardentemente que ela pudesse criar aquela criança...
Não gosto de ficar mencionando o tanto que eu ajudei algumas pessoas desconhecidas, pois acho isso muito feio. E se falei sobre isso, foi só por uma lembrança. 
Quem ajuda ao próximo para ficar se gabando, perde toda a intenção e mérito, perante nosso Criador.

Mesmo no pouco tempo que tive uma  vida 'melhorzinha", nunca fui de ficar comprando em lojas de marca,  eu ia mesmo a uma loja de departamentos, dessas bem conhecidas de todo mundo, e comprava o que precisasse ali: Calçados e roupas. 
Maquiagem, comprava um daqueles estojinhos na loja do bairro, ou em um camelô de Madureira. 
Perfume? Era Contouré, ou Sweet Honesty da  AVON.
Almoçar fora? Um vez no mês, numa churrascaria. Jantar fora de casa, se me lembro bem,  foram 2 ou 3 vezes, em 27 anos de casamento.
Cinema, teatro? Nunca, depois que tive minha segunda criança. Em vez disso, meu falecido marido comprou  um vídeo cassete (que era  a sensação da época), e alugava filmes para os fins de semana e feriadões.

Ele sim, gostava de inovações e não dispensava comprar o que de novo aparecesse no mercado de eletrônicos. Para isso, ele não se incomodava de gastar dinheiro...
Sempre pensei diferente dele.
Eu era pelo social, e ele, pelo capital.
Mas, até tentava entender esse lado consumista que ele tinha: Veio de uma família sem recursos e almejava ter o que pudesse, já que ele na infância pobre, comia pipoca como jantar...
Todavia, por esse exato motivo, ele deveria ter mais caridade dentro do coração, em relação aos menos favorecidos. Coisa que só o tempo e as lições da vida, o mudou...

Ao contrário dele, eu tive fartura e nada me faltava na infância.
Graças à Deus, minha família era de classe média, mas tínhamos de tudo: 
Só carro que não, pois meu pai nunca quis ter, e não aprendeu a  dirigir por esse motivo.

Assim mesmo, nada me faltando, sempre pensei em ajudar aos que precisassem de mim. 
Quando casei com o meu falecido marido, meses depois, ele ficou desempregado. 
Eu estava grávida do meu primeiro filho. Depois, quando meu filho estava com quase um ano, ele conseguiu emprego em um supermercado como gerente, enquanto aguardava ser chamado pela RF, pois havia passado no concurso.

Dois anos depois, ele já trabalhava na Alfândega do Aeroporto Internacional do RJ.
Ali, foram os anos da tal vida "melhorzinha" com ele. 
Mas, logo que ele começou a ficar doente em  dezembro de 1991, a vida começou a decair novamente...
Foram anos de provações, (e para mim, ainda é) mas era o que tinha que acontecer. Estava escrito. 
As fiadeiras do Destino, tecem nossa linha da vida.


Bem, tudo isso para dizer que sou uma pessoa "diferente", no jeito que a sociedade atual vê as coisas.
Acredito em coisas que maioria não acredita, ou se quer, tem ciência que exista.

Algumas pessoas me chamariam de esotérica, outras, uma maluquinha que escreve, e algumas poucas (que compartilham de pensamentos como os meus), me chamariam  simplesmente de irmã.
Sou "anormal' para os padrões. 
A alma é mais importante para mim, do que o exterior.
Talvez por esse motivo, fico revoltada com tudo.
Não me encaixo nesse mundo atual.
Digo NÃO à Normose.

Fátima Abreu








Nenhum comentário:

Postar um comentário