sábado, 25 de janeiro de 2014

Sonhos? Acho que não. Apenas minha essência: ESCRITA





Sonhos? Acho que não. Apenas minha essência: ESCRITA

Sonhava, no passado. Já não sonho tanto assim.
Li hoje em uma dessas imagens que postam e compartilham que viver sem sonhar não é viver...
Bem, se é assim já estou em um hospital!
Tanto já passei nessa vida, que não tenho mais esse costume de sonhar.
Somente aqueles que vem de noite, ao adormecer... Isso não conta, pois são outros sonhos.
Queria que permitissem já que me leem, de expor minhas ideias para que compreendam o porque de não mais sonhar:

Nada consegui nessa vida. Como tantos outros! Perdi o restante da minha adolescência cuidando de casa e filhos: Ganhei experiência como dona de casa, porém o que isso me adiantou? Talvez para os modelos antiquados de mulher, isso fosse até louvável! Atualmente não.

Até hoje, me jogam na cara (sem perceberem que isso me magoa profundamente) que não me formei em nada, embora tenha ingressado numa faculdade, que por motivos vários, a deixei para trás, (até porque, fui forçada a entrar numa disciplina que nada tinha com minhas aspirações e talentos... somente para agradar o marido). Mas será que alguém algum dia se pôs no meu lugar? Saber o que eu realmente queria fazer da minha vida? Não podia trabalhar fora de casa com 3 filhos e marido doente por mais de 10 anos. Não podia fazer as coisas com que sonhava...
A minha escolha seria jogar tudo para o alto e sair de casa? Esquecer todas as minhas responsabilidades: filhos e marido doente?
Sair numa aventura pelo mundo sem destino certo?
Não, eu sempre fui muito responsável. Jamais faria da minha felicidade a desgraça de outros.
Entretanto, no decorrer desses anos, vi pelo menos 2 pessoas agirem dessa forma: Chutaram tudo para o alto e foram embora, largando filhos e marido ao "Deus Dará". Não as julgo. Fizeram o que seu coração ou mente mandavam fazer.
Por esse motivo, acho que não deveriam ter me julgado por eu deixar de ter me formado: Tive como disse, inúmeros motivos para não seguir com uma coisa que só me fazia mal: Sim, porque eu não gostei da vida dupla de dona de casa e universitária.
Eu nunca consegui fazer duas coisas ao mesmo tempo na minha vida, fosse o que fosse (nas menores coisas) porque uma ou outra, sairia  errada. Foi isso no que deu.
Ninguém nunca chegou com carinho para me ouvir e saber  a verdade! Só sabia acusar: você não se formou!
Será que um canudo de papel emoldurado, é tão importante para você ser aceito na sociedade? Até no seio da sua família ( e pessoas amigas)que por anos sempre disseram a mesma coisa?
Para mim, o talento é mais importante que se eu tivesse cursado Letras numa faculdade!
Depois que fiquei viúva em 2008, de novo a pergunta:
E agora, você não quer fazer uma faculdade?
Pensei então:
 Ai, meu Deus! Será que nunca vão entender?
Novamente uns 1001 motivos para não fazer, mas ninguém via!
PARECE QUE TUDO QUE IMPORTA É AQUELE MALDITO CANUDO NA PAREDE!
Ninguém se importava comigo e sim com o meu grau de escolaridade: terceiro grau incompleto.

Como o ser humano é falho, meu Deus!
As conveniências de uma sociedade é que importam: Mais do que a saúde da pessoa e seus sentimentos.
Ora, ninguém paga um plano de saúde para mim, nem minhas contas!  Quem são eles para me julgarem?
Sempre tive a saúde fraca. Se dependesse de SUS, estaria morta. Pago cada consulta, cada exame que faço. Além de ter que me deslocar para outro município para isso, porque aqui onde moro, tudo é o dobro do que na cidade vizinha. E as passagens, ninguém lembra disso?
Sim, meu pouco dinheiro de pensão vai nessas coisas, fora as contas do aluguel, luz, internet, TV a cabo (aqui não pega sinal comum, ainda tenho mais essa despesa), crediários, alimentação e farmácia.
Ah, mas  agora você  não tem marido doente, não poderia trabalhar fora?
Ai, meu Deus (de novo)!
Se eu sou uma criatura que vivo a poder de remédio, devido a tudo que eu tenho, além disso, preciso de  alguém que vá comigo a todos os lugares, porque não posso sair sozinha (devido ao lapsos de memória), como poderia trabalhar fora de casa?
Nisso ninguém atina também!
Bem, o que me resta? Trabalhar aqui no meu PC, fazendo aquilo que eu realmente nasci para fazer: Escrever!
Agora chegamos onde eu queria...
Para ser uma autora tem que se ter talento nato! Não adianta uma formanda em Letras escrever um livro com todas as palavras perfeitamente corretas sem ter uma ideia original, um conteúdo que segure o leitor do inicio até o fim.  Lançar um livro, qualquer um pode hoje em dia: Basta pagar para isso e tirar o ISBN da obra. O que mais as editoras querem é receber pedidos de tiragem independentes!

CANSO DE RECEBER ESSAS PROPOSTAS, TODOS OS DIAS EM MEUS E-MAILS...
Não.
A verdadeira essência da escrita  vem de dentro do ser: está na  alma. Não em um diploma lindamente enquadrado em dourado.
Que me perdoem todos os que são formados:
MAS VEJO CADA ERRO GROTESCO DE PORTUGUÊS, TODOS OS DIAS NO FACEBOOK!  PESSOAS QUE COLOCAM EM SUA LINHA DO TEMPO:
FORMAÇÃO EM PEDAGOGIA OU LETRAS...

Sou mais eu, que não tenho esse tipo de formação então!
Bem, claro que não são todos.
Porém, posso  dizer que são muitos.
De qualquer forma, isso foi um grande desabafo!
E que aqueles que lerem, novamente pensem ante de me perguntar qualquer coisa sobre trabalho fora de casa ou universidade. Isso fica para minhas filhas Izabel e Catarina, pois nasceram para tal coisa. Eu não.
E estou bem comigo mesma dessa forma, respeitem isso, por favor.

Não nutro sonhos. Eles se foram quando minhas dores foram aumentando no decorrer desses anos.
Para mim, se existe algum ainda, é que depois de minha morte ( porque no Brasil é assim), ainda relembrem dos meus escritos com carinho. E que minha filha Catarina tenha 'cacife' para publicar em editoras conhecidas, minhas obras que hoje estão em livrarias virtuais...

Ah, mais uma coisinha: Em 19 de maio de 2014, faço 50 anos. Se eu estiver viva e com saúde, gostaria de ganhar um notebook de presente dos meus leitores. Como fazer isso?
BASTA COMPRAR UM E-BOOK MEU, A 10 REAIS! 
Já estarão me ajudando!
Quem quiser algum dos meu livros, entre em contato pelo e-mail:
fatuquinha@gmail.com

Darei os detalhes da conta. Logo que depositem na loteria ou banco, envio pelo mesmo e-mail recebido, os arquivos do livro e capa (caso queiram encadernar para ler em mãos).

Os livros para apreciação e escolha por tema  estão nesse link:

 http://www.bookess.com/profile/fatuquinha/books/

Passem lá, vejam, escolham e enviem um -email pedindo, ok?
Espero que eu consiga vender até lá, o suficiente para ter meu notebook...
Vou falar o principal motivo de estar querendo esse presente:
Aqui no PC, fico com mais dores ainda, devido ao meu problema crônico nos ossos...
Tem dias que para escrever é um sofrimento!
Apenas isso, ainda quero da vida, enquanto eu a tiver:
Continuar a escrever.
A vida é um jogo de cartas: Você pode ganhar ou perder.
Eu muito perdi... Entretanto, ainda tenho um ás:
Essa é a minha verdadeira essência.

Fátima Abreu






2 comentários:

  1. Amiga, li o seu desabafo e sou solidário em suas assertivas. Geralmente fazemos algumas reflexões sobre a visão que temos em relação à maneira como levamos ou deveríamos levar a vida, talvez desejando a melhor compreensão de nós mesmos através do cotejo das diversas situações que enfrentamos à procura incessante pela felicidade.

    Assim sendo, o que realmente podemos considerar importante nessa caminhada? Presumo que as respostas serão as mais variadas possíveis, se levarmos em conta a percepção que cada um tem sobre o assunto e o conceito do que seja, efetivamente, a conquista da verdadeira paz de espírito.

    Alguns dirão que o dinheiro vem em primeiro lugar, em razão de satisfazer as nossas necessidades mais frementes em virtude do fascínio que exerce nas pessoas de um modo geral. Até mesmo um falso amor pode ser comprado com o seu poder de sedução mais do que conhecido, onde o sentimento verdadeiro passaria a segundo plano, pela força que tem de satisfazer aos homens e as mulheres até o limite de suas maiores ambições.

    Outros, que a amizade talvez seja o valor mais precioso, a tal ponto que torne os dias risonhos e mais felizes na companhia de quem nos queira bem, permitindo que essa cumplicidade some tudo de bom que existe de mais significativo na vida.

    Haverá, ainda, quem diga que o amor em suas variadas formas é a emoção mais relevante, por ser um acontecimento memorável que adocicará a nossa existência com a fragrância que inebriará o espírito carente, sempre sedento de afeição e compreensão.

    Um grupo afirmará que o trabalho é a coisa mais significativa para que o indivíduo exerça a plenitude de sua capacidade intelectual, qualificando-o a enfrentar variados desafios com base na experiência adquirida no trato de suas funções profissionais, permitindo que os horizontes sejam sempre promissores.

    Uma significativa parcela da sociedade dirá que a cultura, aprimorada nas universidades, cursos de pós-graduação e doutorado darão ao seu portador o respeito e a admiração para que a sua vida seja um sucesso retumbante.

    Existem aqueles que acham que tudo isso terá apenas uma importância relativa no contexto das ambições humanas, se não se fizer acompanhar do sentimento maior que nos conduza ao encontro do verdadeiro conceito da felicidade, e que está expresso de forma indelével na memória consciente: o amor incondicional ao Criador que nos proporcionará as alegrias e felicidades que a vida ofereça, mesmo nos momento de maior seriedade, pois na adversidade encontramos o ânimo necessário para superar os embates que se apresentem, o que irá nos conferir a confiança, a coragem e a determinação para que alcancemos os nossos melhores ideais.

    Seja qual for a sua opinião a respeito, que ela ao menos a ajude a encontrar esse sentimento tão precioso. Afinal, DEUS não atende as nossas vontades, mas nossas necessidades.

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    1. Não tenho maiores vontades, desejos, sonhos... disso que trata o texto. Apenas as necessidades, como colocou aqui em seu comentário. Minha maior necessidade é escrever, e para isso, mesmo que fique numa cama no futuro, precisarei do notebook...

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