Baseada em uma pergunta que Maria Fernanda Freitas (Nandinha) me fez no pv do whatsapp, gerei nossa dinâmica deste final de semana:
"Ô mãe Fattú, quantas vezes você violou seus ideais, princípios ou filosofia, para agradar alguém na escola, trabalho, clube, relacionamento ou na própria sociedade?"
Isso acaba em desvios do nosso jeito de ser.
Então vão as respostas do membros da IP e do grupo da Luz, e convidado:
Maria Fernanda (Nandinha- grupo da Luz e IP):
Quantas vezes você violou seus ideais, princípios ou filosofia, para agradar alguém na escola, trabalho, clube, relacionamento ou na própria sociedade?
Amor, felicidade, liberdade e Paz, são considerados exemplos de princípios universais.
Numa análise final para esta dinâmica, percebi que: Em se tratando de Amor, não arranhei meus princípios, mas, achava que sim; Por reparar mais na conduta das mulheres, e menos na minha.
Já se falando de felicidade, sempre estive preocupada com a minha; Então violei meu desejo.
A tal liberdade, essa não existe mesmo, se mantivermos presos em nossas tradições, esquecendo o século que estamos.
Mas, a tão doce Paz, essa, todas às vezes que perdi, não foi violando meus princípios: Foi por orgulho, e por querer minha verdade explícita sendo alvo das atenções...
Hoje respeito as verdades de cada um, e seleciono a minha; Pois, procuro saber em que essa minha verdade vai acrescentar.
Mas, ainda mantenho valores que são normas sociais, e geralmente deve ser aceito para não causar uma confusão desnecessária.
Acho que é isso: Valores, princípios, legado e herança, são sentimentos íntimos de cada pessoa.
Lílian Furtado (IP):
Quantas vezes já violei princípios, filosofias e até mesmo sentimentos pelos outros em vários setores da vida?
Várias vezes; E acho que todos os dias para bem vivermos em sociedades, nós nos violamos um pouco, ainda que sem perceber às vezes.
Eu já fiz no trabalho, em família, em relacionamentos incluindo amizades e admito que muitas vezes não vale a pena: Porque em primeiro lugar, quase nunca reconhecem o que se renuncia para agradar esse ou aquele.
Em segundo lugar, temos que ser autênticos conosco, pois não nascemos com o propósito de agradar a quem quer que seja mesmo que sejam os nossos pais.
Infelizmente, a sociedade em que vivemos prega uma coisa mas deseja outra de nós.
Então na medida do possível, vamos tentando ao máximo ser nós mesmos em um mundo que não respeita as diferenças de opinião, crenças e comportamento e que a todos busca padronizar.
Preservar a nossa essência é fundamental e saber dosar as renúncias diárias que temos de fazer sem se anular ou agredir o outro, a não ser que seja imprescindível é fundamental para o bem viver.
Delonir Cavalheiro (grupo da Luz e IP):
Quantas vezes você violou seus ideais, princípios ou filosofia, para agradar alguém na escola, trabalho, clube, relacionamento ou na própria sociedade?
Foram tantas as vezes, que já perdi as contas.
Tudo em nome de uma suposta Paz; Um suposto sossego.
Mas, que ao final senti-me mais oprimido, mais estressado, não consegui a suposta paz...
Consegui anos de resiliência, mas, como todo elástico que estica e um dia encontra sua ruptura. Sinceramente, foi horrível: Pisei em cima de tudo que acreditava, e nada de bom veio disso, ainda lembro de cada dorzinha, cada desespero.
Mas aprendi após romper o elástico, a ser eu mesmo, não tento agradar mais ninguém.
Estou dando bananas pra sociedade e pra quem quer ser agradado.
Até porque, não sobrou muito do elástico a ser esticado.
Mentiria se dissesse ter encontrado a felicidade depois disso.
Porque descobri que eu sou a minha felicidade.
Fiz depois disso uma concessão, e está sabe que o elástico já está bem esticado.
Descobri também, algumas mãos que por vezes diminuem a tensão sobre o elástico, algumas pessoas que escolheram estar comigo, mesmo estando distante: Pessoas que aprendi a amar, pelo prazer de amar.
Enfim é isso.
Já fiz concessões demais na vida, já perdi muito.
Hoje não mais estou disposto.
E isso também tem seu revés.
Afastou de mim pessoas que pensei que jamais se afastariam.
É isso.
Cada um com suas lutas e suas concessões.
Eu, Fátima Abreu Fatuquinha:
"Ô mãe Fattú, quantas vezes você violou seus ideais, princípios ou filosofia, para agradar alguém na escola, trabalho, clube, relacionamento ou na própria sociedade?"
Essa foi a pergunta que Nandinha me fez. E a minha resposta na hora foi:
"Acho, que eu me lembre, umas 3 vezes..."
Entretanto, pensando melhor, foram muitas!
Talvez a vida inteira!
"Engoli sapos", principalmente para estar bem com meu falecido primeiro marido: Pois, a família dele, era muuuito diferente, de hábitos distintos, de manias tremendas, e aquilo tudo era bem novo para mim, que casara adolescente ainda, e de uma família de tradições e hábitos mais formais.
Eles eram digamos de um planeta diferente do meu, e aí, me sentia muito infeliz, tendo que ser quem eu era realmente para agradar a maioria ao meu entorno, só para viver bem, pois no decorrer dos anos tivera 3 filhos. E enfrentar o mundo lá fora, com dedos apontados, dizendo para mim:
"Quem mandou casar cedo? Pensasse antes nisso! Agora aguente!"
Depois com o segundo parceiro. Esse então, era bem problemático, e eu, para não ter danos maiores, aguentei firme, e de forma branda, "engolindo salamandras de fogo"...
Aguentei também anos no meu negócio= >trabalho, quando tinha minha mercearia e lanchonete, pois, para lidar com a freguesia, tem que se ter paciência de Jó...
E assim, se passa a vida, engolindo-se sapos, salamandras...
A gente aguenta da família para manter a paz, porque são nosso sangue, e isso fala mais alto.
E dos amigos, para que não haja desconfortos ao ponto de se desfazer amizades de anos.
Cada dia agindo dessa maneira, passamos a não ser menos nós mesmos...
Só quando alguém surge em nossas vidas, e nos aceita como nós somos, e o que dizemos, sem criar conflitos que não levam a nada, é que podemos dizer: Agora posso ser eu!
JDaviMiguez (convidado):
Muitas vezes mentimos para nós mesmos, e fazendo isso, para não magoar os outros.
E no trabalho se você não age assim, corre o risco de perder o emprego.
Na família da mesma forma, porque não se pode falar a verdade (o que acha honestamente) sempre, pois pode magoar alguém.
Esse tipo de coisa, está sempre acontecendo, todos os dias, porque vivemos numa sociedade que não podemos ser 100% sinceros. Mesmo sabendo que você esteja certo, mas, passa por cima disso, e acaba deixando para lá.
Talvez eu tenha dado uma resposta que embora sincera , ficou parecendo que fujo das minhas responsabilidades , mas quero dizer que nunca fugi de nada mas que de uns tempos para cá , tbm não me torno vítima das minhas escolhas .Não meculpo pelas escolhas erradas e não dou a outro o mérito que a mim pertence !! adoreiii Parabéns , como sempre Parabéns
ResponderExcluirMais uma vez quero deixar registrado que foi um enorme prazer ter feito a dinâmica e compartilhar as minhas opiniões e experiências junto com vocês.
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