quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O Leão, a Carne e a Fêmea - dueto com Delonir Cavalheiro

O Leão, a Carne e a Fêmea

Coma leão, a carne exposta a tua frente...
Não morda com complacência.  Use da selvageria natural, do animal que é...
Depois se farta da fêmea, que é a tua felina companheira...

(FA) Fatuquinha


Jamais antes domado!
Fera selvagem.
Prova da carne crua...
Depois... dá o reparte
A fêmea que espera nua

(DC) Delonir Cavalheiro 


A fêmea não tem nenhuma escapatória,
pois diante de macho tão viril
ela se encolhe toda,
e se torna servil...

Fatuquinha


Da servidão na alcova
Embriagados de amor
O coito aconteceu:
E espada que corta a flor' 
O leão urra seu amor!


Espada e flor,
canções de amor que se fazem juntas...
uma se abre,
a outra ataca...

(FA)

Entre suspiros e gemidos,
O leão ataca,
Ora é atacado...
Urros e suspiros
E o leão
Agora jaz domado...

(DC)

Rende-se então
antes, o rei,
aos encantos da fêmea
nua e bela...
a lua a banha com brilho,
e não há mais o que dizer,
segue-se o êxtase,
num urro grandioso,
tal qual seria na selva...
Eram amantes soltos e nus, deitando-se na macia relva...

(FA)





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