Imagem de Damian
Vestia azul
Um tom entre o marinho e o anil
Azul, como o céu e mar
Como seus olhos
Cecília desnudava-se agora:
Puxou o laço que segurava o vestido.
Ombros de fora,
Costas nuas.
Um olhar perdido no mar à sua frente,
E a certeza, que por mais que estivesse cercada de gente,
A solidão a perseguia...
Não era branda como o azul que antes vestia,
Era cinza, como um fim de madrugada;
Amarga.
Fátima Abreu
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
O Poder de Cecília- REPUBLICADO
Noite fria de Cecília.
Saíra do 'Casarão' para dar sua volta habitual da noite, antes de seus amigos e novos convidados chegarem.
O sobretudo estava guardado na entrada da taverna, onde entrou.
Um garçom veio atender-lhe solícito. Ela olhou-o e pediu apenas um martini, pensou melhor e mandou vir outro.
Ao chegar a bebida, disse ao rapaz:
_ Sente-se e tome o martini.
_ Senhorita estou de serviço, não posso beber.
_ Comigo pode. Ninguém fará nada contra você.
_ Não, senhorita. Serei mandado embora.
_ Sente-se. Sou a dona desse lugar. Não me conhece, porque deixo tudo nas mãos do gerente.
_ Oh, desculpe-me; sendo assim, posso ficar tranquilo.
Ela olhou aqueles profundos olhos castanhos escuros, que à meia luz pareciam negros como a noite...
O rapaz emudeceu ao olhar fixo de Cecília.
De súbito ela perguntou:
_ Como se chama?
_ Adrian Ferris.
_ Então Adrian Ferris, quer sair daqui e ir para minha casa?
_ Como assim, senhorita?
_ Sim ou não? Somente isso.
_ Mas a senhorita há de convir, que mal nos conhecemos...
_ Será meu convidado de hoje, para minha reunião entre amigos que estará começando às 22:00hs. Quer ou não?
_ Bem se é uma reunião entre amigos, irei sim.
_ Arrume suas coisas, vamos já. Falarei com o meu gerente para liberá-lo agora.
_ Ok, vou trocar de roupa no vestiário.
Levantou-se e seguiu para o final do corredor. Cecília o seguiu com os olhos.
Terminou o drinque e foi até o gerente.
Disse altiva:
_ Amanhã você o substituí por outro. Esse é meu, de agora em diante.
O gerente assentiu e nada disse. Sabia o poder nas mãos daquela mulher. O que ela queria na vida, conseguia.
A única coisa que não obtinha, mesmo cercada de gente nas suas empresas, vida social e amores, era escapar da terrível solidão da alma.
Fátima Abreu
* CECÍLIA É A PERSONAGEM PRINCIPAL DO MEU LIVRO:
A Trilogia do "Círculo"
CECÍLIA, A BELA DAMA- republicado
Cecília, a Bela Dama
(reeditado para esse blog, essa prosa poética sensual)
Vestida em trajes discretos,
Mas, insinuantes...
A dama, para encontrar amantes.
Quem diria, quando horas antes estava,
Recepcionando executivos, democratas...
Uma dama de estirpe, nobre!
Mas que entregue aos seus mais febris devaneios,
Transformava-se em meretriz,
E de um instante a outro
Mudava, como se fosse um papel de atriz...
Em seu gingado fogoso
Descia a rua, na sua aventura...
Como 'caçadora de homens', se portava,
E seguia assim, por toda a madrugada...
Um carro abriu a porta,
Convidando-a a entrar
Ela não se fez de rogada
E a saia, começou a levantar...
Postou-se em cima do homem desconhecido,
Sem vergonha alguma!
E beijou-o ardentemente...
Sentou-se sobre ele,
Seguia em frente...
O homem, já não se aguentava,
Ao ápice, chegava...
Ela desceu a saia,
Arrumou-se: passou mais batom nos lábios
Saiu do carro e acenou ao desconhecido...
Sua caçada, por essa madrugada,
Já estava realizada!
Na manhã seguinte,
Tinha que estar bem cedo em seus compromissos!
Nada disso seria mudado,
Apenas, se dentre os homens que estavam em seu escritório,
Algum despertasse a ninfomaníaca que era,
Tendo uma relação clandestina,
Com a mulher que se fazia de 'santa'
Mas daria uma boa 'cafetina'...
Pois nas artes do amor,
Seria a maior mestra!
Deixando as prostitutas em segundo plano,
E fazendo a sua própria festa...
Fátima Abreu
NOTA:
CECÍLIA- A personagem principal da:
A TRILOGIA DO "CÍRCULO"

Nathalie e Diana*- REPUBLICADO
Pintura de Michael G.
http://letras.mus.br/julio-iglesias/1171960/
Republicado
Nathalie recebera esse nome, por sua mãe ser fã de Julio Iglesias e dessa canção em particular.
Teve uma infância boa na Espanha, mas a família mudou para o Brasil, quando entrava na adolescência.
Ela perguntou à mãe:
_ Por que o Brasil e não outro país latino, onde se fala nossa língua?
_ Porque lá temos família. O idioma se aprende rápido e fácil.
_ Ouvi dizer que o português é uma língua complicada, tem palavras em demasiado...
_ Aprende-se! Ademais, seu pai já vai para se empregar por lá, com a recomendação de seu tio.
_ O que há de se fazer? Vou começar a separar minhas coisas.
_ Sim, faça isso; partiremos em uma semana.
Nathalie virou-se e foi na direção de seu quarto. Parou ao entrar, para olhar cada detalhe de onde passara todos os momentos de sua vida até então.
Mudaram-se finalmente: Novo continente, novas esperanças...
Tudo dera errado entretanto...
***********************
Enquanto trabalhava no bar, Nathalie pensava:
O quanto uma decisão precipitada pode levar uma pessoa?
Estava trabalhando ali para ganhar seu sustento, desde que sua mãe ficara viúva e recebia uma pensão diminuta, que mal pagava as contas básicas...
O pai morrera de doença grave, seis anos atrás, logo que mudaram para o Brasil.
A mãe resolvera ficar. Não voltaria para sua pátria derrotada.
Nathalie terminou os estudos do secundário, mas a faculdade ficou para trás.
Precisava ajudar a mãe a se manter no novo país que estavam.
Trabalhava de noite em um Piano's Bar, e fazia um curso técnico de enfermagem durante o dia, para ter uma profissão séria.
Nathalie lembrava da Espanha como se tivesse saído de seu país naquela semana... Eram essas lembranças que a motivavam seguir em frente. Assim que terminasse seu curso, trabalharia duro fazendo plantões em clínicas particulares, porque essas pagavam relativamente melhor que o serviço público, até que depois de juntar um bom dinheiro na caderneta de poupança, viajaria para visitar sua Espanha querida e quem sabe, conseguir um emprego por lá de enfermeira?
Sabia que não seria fácil: Afinal, a Espanha estava em crise como toda a Europa, e seu diploma de enfermagem não valeria por lá, mas ela tentaria fazer um exame que validasse o seu.
Planos! Mas nada disso se dera. A mãe desenvolveu a síndrome do pânico depois de passar por dois assaltos no Rio. Outra vez ficou em meio a um tiroteio entre a polícia e marginais na rua onde passava.
Por último, fora outro tiroteio, em uma passarela da Avenida Brasil.
Mudaram-se de município para outro relativamente mais calmo e ficou tudo mais difícil para Nathalie, que agora estava mais distante do curso e do trabalho. Levava mais tempo para ir e voltar para casa.
A mãe sentia-se solitária...
Nathalie tinha um olhar triste, como dizia aquela música tão bem interpretada pelo seu compatriota...
Resolveu esquecer de vez seus sonhos de voltar à terra natal. A Espanha ficara para trás, além do oceano e seria apenas cultivada em suas memórias dos tempos de meninice.
Nathalie lia uma poesia, enquanto não chegava os primeiros fregueses do bar:
Lágrimas De Outrora
Morremos aos poucos desde o dia que nascemos
O maior desgosto de viver, é a certeza disso acontecer.
Um nó na garganta inseparável do ser humano
Palavra muda.
Há dor, mesmo que se tenha em volta, algum amor.
Não é minha culpa, os desatinos de outros,
Mas, pago por eles...
O nó a que me referi, são lágrimas sentidas
Vindas de uma tristeza, de nada ser mudado em minha vida....
Escrevo então.
Essa é minha única auto ajuda.
Bastava apenas ter um ouvinte aos meus queixumes!
Mas o analista se paga.
O amigo, escuta de coração.
Pena, não ter um ombro que possa chorar minhas mágoas!
Os gritos se calam.
Permanecem mudos na garganta.
O nó só se desata, quando coloco as palavras no papel.
Dizem que faço drama.
Que culpa tenho eu?
A vida escreve nossa novela particular...
Apenas escrevo,
Não posso me revoltar.
Fátima Abreu
**************
Nathalie aproximou-se de Diana.
Notara que a mulher que havia lhe pedido um martini, parecia estar aérea, perdida mesmo...
Pode reparar também que Diana estava muito bem vestida, sinal que tinha uma vida sem problemas financeiros; bem diferente de Nathalie...
_ Olá! Sou Nathalie, a moça que lhe serviu o martini no bar, ainda agora, lembra-se?
_ Ah, olá. Desculpe-me, é que estou um pouco 'avoada' essa noite, zonza... Não sei na verdade, nem por onde andei... Quando vi, já estava entrando aqui no Piano's Bar.
Adoro jazz e blues, e fui atraída para este lugar. Meu nome é Diana, como a deusa do Olimpo, sabe...
_ Quer alguma ajuda Diana? Que lhe chame um táxi, talvez...
Pois acho que não está bem; seria melhor voltar para casa, não?
_ Sim, sim... Acabando meu drink, e depois dessa música que está tocando, voltarei para casa.
_ É melhor. Chamarei um táxi assim que queira, ok? Não sei porquê, mas gostei de seu jeito, parece que já a conhecia antes. Mas sei que é improvável: Afinal, mal tenho amigas, a não ser, as moças do meu curso de enfermagem...
_ Escute, Nathalie: Gostaria de fazer amizades, pelo que vejo. Quer juntar-se ao meu grupo social? Chamamos de "Círculo". Reunimo-nos na casa de minha amiga, Cecília.
_ E como é esse grupo, o que fazem?
_ Bem, temos como via de regra, a amizade acima de tudo. União mútua, em todos os sentidos. Um ajuda o outro, seja no que for. Além de...
_ Além de?
_ Sexo. Fazemos isso também, com quem quisermos do grupo: Tempos novos... relacionamentos abertos, sem culpa. Amamos uns aos outros, sem ciúmes. Mas, se isso é obstáculo para você, esqueça minha proposta...
_ Bem, Diana, na verdade sou virgem ainda, acredita? Em pleno século XXI, uma mulher de vinte anos, que nunca teve intimidade com ninguém, apenas uns namoricos que não deram em nada, além de uns beijos mais quentes e uns 'amassos'... E há gente, que pensa que mulheres como eu, que trabalham em bar, estão à disposição de qualquer um que aparecer... Pode até acontecer com a maioria, mas, comigo não.
_ Nossa! Realmente nunca conheci uma moça dessa idade, ainda virgem. Então, não está mais aqui quem falou. Esqueça tudo.
_ Deixe seu número de telefone comigo, Diana. Se um dia eu mudar de ideia, te ligo, ok?
Diana sorriu levemente e escreveu no guardanapo de papel o número de seu celular. Era mais interessante dessa maneira: Porque se Nathalie, simplesmente colocasse o número ditado em seu telefone, seria apenas mais um, na lista de contatos... Entretanto, faz parte da sedução, um número anotado displicentemente em um guardanapo, isso ela aprendera com Lana, não com Cecília...
Diana retirou o colar de pérolas que emoldurava seu pescoço, e deu-o para Nathalie, como se fosse um presente de amigas, de muitos anos... De início, ela não quis aceitar o presente, achando precipitado tudo aquilo...
Mas, Diana a convenceu, dizendo:
_ Fica lindo em você, Nathalie. Serve para loiras, tanto quanto, para morenas. Não se preocupe, tenho outros em casa.
Passada meia hora de conversa, Nathalie então chamou o táxi, a pedido de Diana.
Nathalie virou-se já na porta, retornando ao bar, para olhar o táxi levando aquela morena tão bonita, mas, visivelmente problemática...
Não tardou muito e Diana recebia a ligação:
Foi no dia em que Nathalie completava 21 anos...
Fátima Abreu
*Ambas personagens estão no meu livro:
A TRILOGIA DO "CÍRCULO"
Peça já o seu:
fatuquinha@gmail.com
http://letras.mus.br/julio-iglesias/1171960/
Republicado
Nathalie recebera esse nome, por sua mãe ser fã de Julio Iglesias e dessa canção em particular.
Teve uma infância boa na Espanha, mas a família mudou para o Brasil, quando entrava na adolescência.
Ela perguntou à mãe:
_ Por que o Brasil e não outro país latino, onde se fala nossa língua?
_ Porque lá temos família. O idioma se aprende rápido e fácil.
_ Ouvi dizer que o português é uma língua complicada, tem palavras em demasiado...
_ Aprende-se! Ademais, seu pai já vai para se empregar por lá, com a recomendação de seu tio.
_ O que há de se fazer? Vou começar a separar minhas coisas.
_ Sim, faça isso; partiremos em uma semana.
Nathalie virou-se e foi na direção de seu quarto. Parou ao entrar, para olhar cada detalhe de onde passara todos os momentos de sua vida até então.
Mudaram-se finalmente: Novo continente, novas esperanças...
Tudo dera errado entretanto...
***********************
Enquanto trabalhava no bar, Nathalie pensava:
O quanto uma decisão precipitada pode levar uma pessoa?
Estava trabalhando ali para ganhar seu sustento, desde que sua mãe ficara viúva e recebia uma pensão diminuta, que mal pagava as contas básicas...
O pai morrera de doença grave, seis anos atrás, logo que mudaram para o Brasil.
A mãe resolvera ficar. Não voltaria para sua pátria derrotada.
Nathalie terminou os estudos do secundário, mas a faculdade ficou para trás.
Precisava ajudar a mãe a se manter no novo país que estavam.
Trabalhava de noite em um Piano's Bar, e fazia um curso técnico de enfermagem durante o dia, para ter uma profissão séria.
Nathalie lembrava da Espanha como se tivesse saído de seu país naquela semana... Eram essas lembranças que a motivavam seguir em frente. Assim que terminasse seu curso, trabalharia duro fazendo plantões em clínicas particulares, porque essas pagavam relativamente melhor que o serviço público, até que depois de juntar um bom dinheiro na caderneta de poupança, viajaria para visitar sua Espanha querida e quem sabe, conseguir um emprego por lá de enfermeira?
Sabia que não seria fácil: Afinal, a Espanha estava em crise como toda a Europa, e seu diploma de enfermagem não valeria por lá, mas ela tentaria fazer um exame que validasse o seu.
Planos! Mas nada disso se dera. A mãe desenvolveu a síndrome do pânico depois de passar por dois assaltos no Rio. Outra vez ficou em meio a um tiroteio entre a polícia e marginais na rua onde passava.
Por último, fora outro tiroteio, em uma passarela da Avenida Brasil.
Mudaram-se de município para outro relativamente mais calmo e ficou tudo mais difícil para Nathalie, que agora estava mais distante do curso e do trabalho. Levava mais tempo para ir e voltar para casa.
A mãe sentia-se solitária...
Nathalie tinha um olhar triste, como dizia aquela música tão bem interpretada pelo seu compatriota...
Resolveu esquecer de vez seus sonhos de voltar à terra natal. A Espanha ficara para trás, além do oceano e seria apenas cultivada em suas memórias dos tempos de meninice.
Nathalie lia uma poesia, enquanto não chegava os primeiros fregueses do bar:
Lágrimas De Outrora
Morremos aos poucos desde o dia que nascemos
O maior desgosto de viver, é a certeza disso acontecer.
Um nó na garganta inseparável do ser humano
Palavra muda.
Há dor, mesmo que se tenha em volta, algum amor.
Não é minha culpa, os desatinos de outros,
Mas, pago por eles...
O nó a que me referi, são lágrimas sentidas
Vindas de uma tristeza, de nada ser mudado em minha vida....
Escrevo então.
Essa é minha única auto ajuda.
Bastava apenas ter um ouvinte aos meus queixumes!
Mas o analista se paga.
O amigo, escuta de coração.
Pena, não ter um ombro que possa chorar minhas mágoas!
Os gritos se calam.
Permanecem mudos na garganta.
O nó só se desata, quando coloco as palavras no papel.
Dizem que faço drama.
Que culpa tenho eu?
A vida escreve nossa novela particular...
Apenas escrevo,
Não posso me revoltar.
Fátima Abreu
**************
Nathalie aproximou-se de Diana.
Notara que a mulher que havia lhe pedido um martini, parecia estar aérea, perdida mesmo...
Pode reparar também que Diana estava muito bem vestida, sinal que tinha uma vida sem problemas financeiros; bem diferente de Nathalie...
_ Olá! Sou Nathalie, a moça que lhe serviu o martini no bar, ainda agora, lembra-se?
_ Ah, olá. Desculpe-me, é que estou um pouco 'avoada' essa noite, zonza... Não sei na verdade, nem por onde andei... Quando vi, já estava entrando aqui no Piano's Bar.
Adoro jazz e blues, e fui atraída para este lugar. Meu nome é Diana, como a deusa do Olimpo, sabe...
_ Quer alguma ajuda Diana? Que lhe chame um táxi, talvez...
Pois acho que não está bem; seria melhor voltar para casa, não?
_ Sim, sim... Acabando meu drink, e depois dessa música que está tocando, voltarei para casa.
_ É melhor. Chamarei um táxi assim que queira, ok? Não sei porquê, mas gostei de seu jeito, parece que já a conhecia antes. Mas sei que é improvável: Afinal, mal tenho amigas, a não ser, as moças do meu curso de enfermagem...
_ Escute, Nathalie: Gostaria de fazer amizades, pelo que vejo. Quer juntar-se ao meu grupo social? Chamamos de "Círculo". Reunimo-nos na casa de minha amiga, Cecília.
_ E como é esse grupo, o que fazem?
_ Bem, temos como via de regra, a amizade acima de tudo. União mútua, em todos os sentidos. Um ajuda o outro, seja no que for. Além de...
_ Além de?
_ Sexo. Fazemos isso também, com quem quisermos do grupo: Tempos novos... relacionamentos abertos, sem culpa. Amamos uns aos outros, sem ciúmes. Mas, se isso é obstáculo para você, esqueça minha proposta...
_ Bem, Diana, na verdade sou virgem ainda, acredita? Em pleno século XXI, uma mulher de vinte anos, que nunca teve intimidade com ninguém, apenas uns namoricos que não deram em nada, além de uns beijos mais quentes e uns 'amassos'... E há gente, que pensa que mulheres como eu, que trabalham em bar, estão à disposição de qualquer um que aparecer... Pode até acontecer com a maioria, mas, comigo não.
_ Nossa! Realmente nunca conheci uma moça dessa idade, ainda virgem. Então, não está mais aqui quem falou. Esqueça tudo.
_ Deixe seu número de telefone comigo, Diana. Se um dia eu mudar de ideia, te ligo, ok?
Diana sorriu levemente e escreveu no guardanapo de papel o número de seu celular. Era mais interessante dessa maneira: Porque se Nathalie, simplesmente colocasse o número ditado em seu telefone, seria apenas mais um, na lista de contatos... Entretanto, faz parte da sedução, um número anotado displicentemente em um guardanapo, isso ela aprendera com Lana, não com Cecília...
Diana retirou o colar de pérolas que emoldurava seu pescoço, e deu-o para Nathalie, como se fosse um presente de amigas, de muitos anos... De início, ela não quis aceitar o presente, achando precipitado tudo aquilo...
Mas, Diana a convenceu, dizendo:
_ Fica lindo em você, Nathalie. Serve para loiras, tanto quanto, para morenas. Não se preocupe, tenho outros em casa.
Passada meia hora de conversa, Nathalie então chamou o táxi, a pedido de Diana.
Nathalie virou-se já na porta, retornando ao bar, para olhar o táxi levando aquela morena tão bonita, mas, visivelmente problemática...
Não tardou muito e Diana recebia a ligação:
Foi no dia em que Nathalie completava 21 anos...
Fátima Abreu
*Ambas personagens estão no meu livro:
A TRILOGIA DO "CÍRCULO"
Peça já o seu:
fatuquinha@gmail.com
DIANA - CONTO SENSUAL- Reeditado- REPUBLICADO
18 ANOS!
DIANA
As estradas eram curvas, os declives abismavam o caminho.
Mas nada disso transformava a vontade de estar lá...
Diana queria encontrar uma nova forma de viver:
Ser diferente do que toda vida foi...
Era essa sua meta agora, ser ela mesma.
Sem ter que agradar à essa ou aquela pessoa.
Os pensamentos eram meio distorcidos, com algumas lembranças do seu passado. Muita coisa ela queria esquecer. E assim, ela dirigia pela estrada, movida em suas memórias, dando força para uma nova história...
Diana ainda tinha o frescor em sua face, embora sua vida não tenha sido nada fácil, ela não criou as rugas, que muitas vezes o sofrimento acarreta.
Os cabelos com raízes brancas, ela disfarçava com uma tintura, afinal eram poucos para os seus 46 anos... Seu corpo estava bem:
Gostava de caminhar pela manhã, embora algumas vezes, fizesse isso também pela tarde. Com uma alimentação sem gorduras e com muitos legumes e verduras, algumas frutas que ela gostava, equilibrava o organismo e mantinha seu corpo dentro do peso e com boa forma.
Uma lágrima desceu, ao escutar no CD do carro, a música que adorava:
Mas, que sempre chorava ao ouvir... Incrivelmente, não guardava o nome da música, mesmo tantos anos ouvindo...
Tocava fundo em sua alma sensível, aquela melodia: Fazendo a pele toda arrepiar.
Diana era forte para muitas coisas, já para outras, era tão "derretida" quanto manteiga no fogo.
A sua maior característica, era falar muito: Até seus amigos e familiares achavam que era uma verdadeira "matraca".
Ela não achava isso, simplesmente sentia necessidade de falar tudo que lhe vinha na cabeça e comentar tudo que observava.
Quando assistia a um filme, gostava de comentar todas as coisas que lhe chamava a atenção, mas, nem todas as pessoas partilhavam do mesmo interesse...
Era uma observadora da natureza, das pessoas que transitavam pelas ruas, da vida em si.
Em alguns momentos era bem dispersa e parecia não se ligar no que estava a sua volta, era como se fosse duas pessoas em uma.
Uma mulher de princípios, como:
Caridade, honestidade, tolerância, paciência...
Ao mesmo tempo, com sua personalidade dúbia, era também sedutora, luxuriante, gostava dos prazeres da carne, muitas pessoas nem imaginavam isso, apenas algumas sabiam da sua voracidade para o amor...
No seu ciclo de amizades, sabiam que ela era uma batalhadora, uma pessoa que havia sofrido muito no passado, com família, muitos problemas de saúde e financeiros...
Apesar do sofrimento e das muitas lágrimas que derramou por anos a fio, ela era bem alegre, expansiva, comunicativa...
Estava sempre disposta a brincar com as crianças, dar um bom conselho a alguém, ajudar seu semelhante.
Assim Diana vivia, e sempre procurava ver o lado bom de cada coisa que lhe acontecia na vida, dizia sempre:
" SEMPRE EXISTE ALGO QUE SE APROVEITE, ATÉ NAS PIORES SITUAÇÕES ENCONTRAMOS ALGUMA LIÇÃO "
Diana tinha muitas amizades em todos os lugares onde já havia residido, mesmo em bairros que passava por algum motivo, sempre tinha a simpatia de alguém:
Pelo fato de ser muito comunicativa, até em filas de banco, supermercado, ela arrumava uma nova amizade.
Diana repensava a vida, a cada segundo que passava ali, dirigindo pela estrada...
Tinha arrependimento de alguns relacionamentos que tivera antes, reais e virtuais.
Pensava em recomeçar do zero absoluto.
Quem sabe nessa nova cidade, para onde seguia agora, encontraria alguém que a amasse de verdade, não apenas desejos carnais passageiros?
Tinha essa esperança dentro do coração, e mais uma lágrima caiu pelo rosto, quando lembrou o quanto já foi infeliz e que agora desejava muito encontrar a felicidade, mesmo que fossem em pequenas doses...
Sabia que ninguém no mundo é feliz em tempo integral, afinal, esse mundo é de expiações, e não foi feito para "tirar férias infinitas".
Diana tinha um lado espiritual bem aguçado, e era mesmo uma pessoa que tirava das próprias tristezas e dissabores, uma nova forma de se redimir de pecados anteriores.
Era sensitiva, e tinha sonhos que revelavam uma mensagem a ser decifrada, outras vezes, premonições...
Ainda presenciou em vários momentos, pelo decorrer dos anos, alguns fenômenos paranormais...
Quando seu lado de fêmea sedutora vinha à tona, sabia que era uma reminiscência de uma outra vida, onde possivelmente fora uma cortesã...
Aliás, outros fatores a faziam pensar assim.
Diana seguia calma e atenta ao trânsito na estrada, mesmo com tantos pensamentos e lembranças na cabeça! O feriado já se aproximava, e o número de veículos era agora bem maior que os dias de costume.
Ela encostou em um posto de gasolina, para abastecer seu carro, antes que parasse por falta de combustível.
Resolveu sair um pouco para a loja de conveniências, para comprar uma garrafinha de água mineral e um saquinho de biscoitos de polvilho que adorava.
Quando saiu do carro para fazer isso, a porta bateu em um homem que vinha na mesma direção da loja, e ela muito sem jeito, pediu desculpas, porque certamente o havia machucado.
O homem tinha mais ou menos a mesma idade dela, dava para perceber... Era muito alto, e ela se sentiu uma "formiguinha", perto dele.
Ele a olhou diretamente nos olhos e disse:
_ Deixa estar, não houve nada.
_ Mas, a porta bateu nas suas pernas... Não está doendo?
_ Nada! Imagine se isso iria machucar, não se preocupe.
Estou indo para a loja ali, você também?
_ Sim, vou comprar umas coisas.
_ Então vamos andando, assim te conheço um pouquinho...
_ Ah, sim, está bem, vamos...
Diana não sabia ainda, mas estava diante do amor de sua vida.
**************************
Diana e o homem que acabara de conhecer dirigiram-se para a loja do posto de gasolina, e adentraram o recinto em uma conversa bem animada, falavam sobre banalidades do dia a dia...
Diana era muito faladeira, mal parava para respirar, e já engrenava em outro assunto. Ficou sabendo que o nome dele era Fernando, e por coincidência, ele também estava se dirigindo para a mesma cidade que ela:
Só que a trabalho, tinha sido transferido da capital para lá.
Diana observou melhor o homem, e reparou como era atraente, másculo, bem diferente desses metro sexuais que existem hoje em dia espalhados por aí, que raspam os pelos do corpo.
Ele não, era visivelmente bem viril!
Conversaram mais um pouco, enquanto Diana chupava um sorvete de coco, que era o seu preferido.
Ela não sabia, mas, o estava excitando, dando aquelas lambidas no sorvete, movendo a língua em golpes para lá e para cá...
Foi quando ele chegou mais perto, quase sentia-se a respiração, e perguntou para Diana:
_ Quanto tempo vai ficar por lá?
Ela respondeu com um olhar distante, fixo em um ponto, como se estivesse em um transe:
_ O tempo que for necessário para a minha felicidade...
Fernando não entendeu bem a resposta:
De que felicidade ela se referia? Decidiu não perguntar, afinal, mulheres tem dessas coisas, são misteriosas às vezes...
Observando a mão de Diana, notou que não havia aliança, e aí sim, resolveu arriscar:
_ Não é casada, não tem aliança... Ou é, e não usa?
_ Sou viúva, por esse motivo não uso, estou "solteirinha da Silva".
Nesse momento, ele olhou para o decote bem ousado que ela usava, e reparou nos seios fartos que ela tinha. Diana percebeu o olhar guloso de Fernando mas fingiu não ter notado...
Sua mente rapidamente fantasiou alguma coisa a respeito, mas, de uma 'balançada' na cabeça, se fez pensar em outra coisa, porque se assim continuasse, certamente ficaria excitada...
Ela era dessas mulheres bem quentes, que ficam excitadas facilmente, e quando percebia estava com a calcinha úmida.
SEMPRE ACONTECIA COM DIANA!
Fernando olhando bem nos olhos de Diana, pediu o número do celular dela e também deu o seu. Queria que retomassem o contato, e pudessem marcar alguma coisa para fazerem juntos, como um cinema e depois um jantar informal. Quem sabe, simplesmente saírem para conhecer os pontos turísticos da pequena cidade que iriam morar...
Com esses argumentos, ela então pegou um guardanapo de papel anotou o número, e em seguida, deu um beijo marcando com seu batom. Entregou à Fernando dizendo:
_ Seria fácil apenas anotar o número no seu celular... Mas, prefiro à moda antiga, deixando a minha marca para você, tome...
Ele pegou o guardanapo de papel e levou ao bolso da jaqueta que vestia, dizendo em resposta:
_ Gostei disso, assim, toda vez que pegar no guardanapo, lembrarei desses seus lindos lábios.
Diana nada falou, apenas dirigiu-se ao caixa para pagar o sorvete, e as outras coisinhas que havia comprado, quando ele passou a mão pelo seu ombro e disse:
_ É por minha conta.
_ Acabei de te conhecer, não precisa fazer isso.
_ Você que pensa que acabamos de nos conhecer, para mim, já somos íntimos há tempos...
**************************
Havia passado uma semana desde que Diana conhecera Fernando.
Ele ainda não havia ligado, deveria estar bem ocupado, se estabelecendo na nova cidade, pensava Diana...
Ela mesma, ainda acabava de arrumar a casinha que havia alugado bem no centro da cidadezinha, perto da praça principal. Lá podia ver o movimento de ir e vir das pessoas, isso a fazia se sentir bem viva!
Diana já tinha seus planos elaborados na cabeça:
Abriria seu negócio com o passar do tempo, por hora, pediria um empréstimo no banco, para poder comprar os produtos que iria revender...
No começo, seria em reuniões nas casas das clientes. Depois, conforme entrasse lucro real, ela alugaria uma loja bem ali no centro mesmo, pertinho de sua casa...
O sonho de ter seu próprio SEX SHOP, seria então realizado. Faria palestras nessas reuniões, divulgando os produtos, seu uso adequado, a higiene, e daria dicas também:
De como as clientes poderiam fazer para agradar seus parceiros, e tirar uma relação desgastada da rotina.
Disso Diana sabia bem, ela seria certamente a pessoa mais indicada para falar de mulher para mulher.
Uma vez, pensou até em fazer um programa de rádio, sobre o tema da sexualidade, sedução, do sexo de maneira geral...
Faltou oportunidade para isso. Quando estava pensando sobre o assunto, se pegou lembrando de Fernando quase que instantaneamente.
Diana tinha ficado louca de vontade de tê-lo em sua cama.
Entretanto, não daria o primeiro passo: Ele teria de procurá-la, afinal, foi quem pediu o número do celular, então ele que ligasse!
Diana não aguentou o calor que passava pelo seu corpo, liberando o desejo que tomava conta de si...
Decidiu que na manhã seguinte, iria ao banco tomar as providências para o seu empréstimo, para se ocupar logo com alguma coisa, do contrário, só pensaria em Fernando e no sexo que gostaria de fazer com ele...
Assim, levantou-se cedo, tomou seu café e foi para o banco.
Lá chegando, não acreditava em que seus olhos viam: Fernando!
Era para lá que havia sido transferido, muita coincidência mesmo.
Logo que ele a viu, foi em sua direção para cumprimentá-la, com um sorriso bem largo nos lábios.
Diana achou aquele sorriso, o mais lindo que já havia visto em alguém!
Ele deu um beijo no rosto dela e Diana retribuiu. Disse então, para satisfazer a curiosidade:
_ O que uma mulher tão linda, veio fazer aqui?
_ Bem, o "linda" é por sua conta, mas, vim até aqui pedir um empréstimo ao banco, para abrir meu negócio. Quero me ocupar com uma coisa de que gosto. E também ter uma renda extra, além da minha pensão.
_ Sim, claro! Venha até a minha mesa, trataremos disso e de outras coisas também...
Diana o seguiu até a mesa, e sentou-se enquanto ele trazia um copinho de café para ambos.
_ Bem, vamos ao que veio: Que tipo de negócio quer abrir e de quanto precisa mais ou menos?
_ Vou abrir um SEX SHOP, no inicio, informalmente, fazendo minha freguesia aos poucos. Depois, em uma loja, aqui no centro da cidade. Precisaria de uns dois mil para começar.
_ Tem coragem? Um SEX SHOP, aqui? É uma cidade pequena Diana, poderia ficar mal vista! Tem gente preconceituosa e puritana, nesses lugares pequenos...
_ Não ligo para isso, quem quiser gostar de mim, que seja do jeito que sou. Só entrará na loja, quem realmente estiver interessado...
_ É realmente uma guerreira! Além de linda, como disse antes. Mas, que seja! Te concedo os dois mil, e só assinar os documentos que vou imprimir, depois de você dar seus dados para o cadastro.
_ Ok, agradeço muito Fernando.
_ Não agradeça, faz parte do meu trabalho. Gostaria sim, de ter um tempinho para poder te conhecer melhor, vamos combinar no fim de semana?
_ Sim, claro! Para mim está ótimo. Pode ser no sábado, que acha?
_ Muito bem, feito então! No sábado eu vou te pegar em casa. Copiarei o endereço do cadastro e vou bater lá...
_ Sim, qualquer dúvida me liga. Você ainda tem o número não tem?
_ Evidente querida Diana! Só não liguei antes, por pura falta de tempo mesmo. Ainda estou cuidando das coisas, colocando tudo nos lugares, na casa que o banco alugou para mim.
_ Sei como é, eu também acabei de arrumar tudo ontem.
_ Não pude deixar de notar que você adora decotes ousados, Diana.
_ É gosto sim... Valoriza o colo.
_ Isso! Você fica linda com esses decotes. Imagino como seria dentro deles...
_ Hummm, assim você me deixa...
_ Louca? Então é como estou: Louco de vontade de ter você, desde que te conheci lá no posto de gasolina.
_ Ah, era tudo que eu queria ouvir de você!
_ Mesmo? Que bom então... Teremos um ao outro, quem sabe, no sábado mesmo? Vamos deixar as coisas acontecerem...
_ Sim, isso mesmo, deixar rolar...
Diana assinou os papéis, deu um beijo suave em Fernando, virou-se e saiu do banco com o sangue quente:
Quanto ainda teria que esperar até sábado?
**************************
Diana e Fernando chegaram à chácara, que era verdadeiramente encantadora, bem ao gosto de Diana:
Com muito verde, ar puro, cascatas, doces tradicionais como de mamão verde com coco, doce de leite caseiro, além de compotas deliciosas de goiaba.
Os doces estavam expostos em prateleiras da lojinha da chácara, tudo bem artesanal, cobertos com paninhos xadrez e atados com fitas.
Até o café, era torrado e moído na hora! O aroma embriagava Diana, que era realmente doida por café! Havia também um alambique para quem gostasse de beber. Com direito à carne seca com mandioca frita, para acompanhar a "caninha".
Nada escapava aos olhos observadores de Diana, que estava encantada com o lugar escolhido por Fernando.
Dirigiram-se à recepção, para pegar a chave do chalé que já estava reservado.
Ao entrar, Fernando fez questão de por Diana no colo, como um noivo em lua de mel. Dessa forma, ele acabara por conquistá-la de vez.
Fernando fez uma pergunta, assim que a colocou no chão novamente:
_ Quer tomar o banho mais inesquecível da sua vida, Diana?
_ Sim, cavalheiro. Como seria esse banho diferente?
Retiraram a roupa um do outro, e foram ao banho, em uma banheira já cheia de sais, com muita espuma.
Ficaram ali, um acariciando o outro, e Fernando lavava os cabelos cor de chocolate de Diana, como se cuidasse de uma criança...
Ela nunca tinha tido em toda a sua vida, tanta "devoção" de um homem:
Nem do falecido marido, nem dos homens que teve depois dele...
Realmente estava se sentindo valorizada por ele. Isso a deixava feliz, com tal atitude.
Tentava retribuir tanta atenção e carinho da mesma forma. Eles estavam se sentindo, como dois adolescentes que acabavam de descobrir o amor.
Depois desse "banho de carinho", colocaram o roupão e foram para a varandinha, saborear os quitutes feitos no fogo à lenha, em panelas de barro.
Comida tipicamente caseira, do jeito informal que tanto Diana gosta: Porque "frescuras" de cardápios que não se sabe nem traduzir o que é, nunca foi o seu forte...
Comiam conversando animados, e de vez em quando, ele lhe dava uma garfada na boca. Diana retribuía, colocando colheradas de doce em compota na boca dele...
A sintonia era surpreendente! Quem visse, diria que era coisa de novelas.
De mãos entrelaçadas, se fitaram por instantes, como se estivessem a sondar um, a alma do outro...
Não sabiam antes, mas, eram almas gêmeas, que finalmente se encontravam nessa existência...
Fernando sugeriu então, como que para "quebrar" o entorpecimento que se encontrava:
_ Diana, querida, vamos dar um passeio de charrete?
_ Mas, é para já! Adoro esses passeios! A última vez que fiz algo assim, foi em Petrópolis, tem tanto tempo, que já nem sei quanto!
_ Então vamos nos vestir e sair, para aproveitar essa nossa lua de mel improvisada.
Ela, com um sorriso respondeu:
_ Sim cavalheiro, vamos...
O passeio foi realmente adorável, por toda a extensão da chácara, e também pelo leito do rio. Ali, pediram para o condutor parar, para que observassem a paisagem local.
Diana jogava pedrinhas no rio, para formar pequenas ondas e Fernando acabara de descobrir mais um lado de Diana: O de menina.
Ficaram por uns 15 minutos, até retomarem o passeio e voltar para a sede.
Ao entrar de novo no chalé, uma surpresa:
A cama estava coberta de rosas vermelhas, um odor de incenso de almíscar selvagem estava no ar. E ao lado da cama, havia uma mesinha com um vinho tinto suave, gelado, e duas taças os aguardava.
Fernando então perguntou:
_ Gostou? Pedi tudo para você... Acertei na essência?
_ Nossa! Não sei o que dizer, está tudo como um dia imaginei que seria o meu encontro perfeito! Adoro vinho, rosas, almíscar! Parece que leu a minha mente...
_ Diana eu sei seus gostos, não pelo que você já me disse, mas, porque sinto isso.
_ Ah, Fernando você em tão pouco tempo, está me fazendo a mulher mais feliz desse mundo!
_ O mesmo para mim... Agora vem, quero beijá-la todinha!
Dizendo isso, colocou-a sobre a cama, e despiu-a muito devagar:
Tirando as peças de roupa uma a uma, com beijos intercalados...
Diana segurava os cabelos de Fernando, mordia suavemente seu pescoço, arranhava suas costas com as pontas das unhas, só para excitar, não para ferir...
Despido também, deitou-se sobre o corpo de Diana, e a beijava desde os cabelos até a ponta dos dedos dos pés.
Ali, sugava os dedinhos, mordiscava o calcanhar, subia até os joelhos dela e beijava, subia mais, e já estava à beira da 'gruta' desnuda, com beijos que passaram para lambidinhas sutis.
Diana gemia baixinho no começo, mas os gemidos foram ficando mais fortes, à medida que sua respiração também ficava ofegante...
Ela segurava a cabeça dele entre suas coxas, puxando os cabelos, pedindo:
_ Quero, quero...Fernando...
Ele aumentou a intensidade, fazendo círculos, como ela instruía, sempre do jeito que ela pedisse.
Com um gemido, todo seu corpo tremeu...
Ela puxou Fernando para cima de si, e disse com a voz mais ofegante ainda:
_ Agora vem! Sou toda tua, faz o que quiser de mim...
Ele viu aqueles olhos brilharem de uma forma mais intensa, quase que pedindo mesmo.
_ Não precisa nem pedir, eu já estou aqui para te servir, querida. Eu sou o teu escravo de corpo e alma...
Ela jamais acreditaria se alguém lhe dissesse que um dia ouviria tais palavras de um homem, porque durante todos esses anos, teve apenas uma certeza:
Os homens sempre mentiam quando era para levar uma mulher para a cama, e quando isso acontecia, muitas vezes eram brutos, se satisfaziam, e depois a relação se transformava apenas em troca de prazeres carnais...
Mas, Fernando parecia mesmo estar sendo sincero, aliás, era isso que ela mais desejava:
Que fosse real tudo aquilo!
Diana o agarrou, fincando a boca no ombro dele, lambendo suas axilas, circulando o peito dele com a língua... Eles se consumiam no corpo um do outro.
Mas o que mais excitava aquela mulher, Fernando descobriu minutos depois:
Ela gostava de fantasias durante o ato sexual, como que ele fingisse que a estava forçando fazer sexo, na frente de outros homens...
Aí a sintonia foi total, porque ele também gostava disso! Dessa forma, ela apertava os próprios seios provocando o desejo dele...
Fizeram amor desvairadamente...
Depois, deitaram-se lado a lado de "conchinha", dessa forma, ele poderia ficar beijando a nuca e as costas de Diana.
Apenas um pensamento corria pela cabeça dos apaixonados:
Se era sonho, que nunca acordassem!
Fernando e Diana passaram um dia maravilhoso ali, resolveram ficar também no domingo.
Pela noite, foram para o lado de fora, estenderam uma colcha na grama bem aparadinha.
Colocaram travesseiros e se deitaram ali.
Queriam aproveitar e observar o céu totalmente estrelado, coisa que só em regiões interioranas ou de litoral se consegue, pois nos grandes centros urbanos, a poluição praticamente não deixa que isso se passe...
Abraçados estavam, e ela com a cabeça sobre o peito dele, deixaram o romantismo tomar seu rumo, e as palavras doces e cobertas de carinho fluíam...
Aliás, nada lembrava a tarde de sexo coberto de volúpia...
Diana estava imensamente feliz, embora pensativa: Não queria se decepcionar outra vez na vida.
E nesse instante, resolveu abrir seu coração para Fernando:
_ Sabe Fernando, queria que você fosse sincero comigo nesse momento: Somos adultos de mais de 40 anos, e não podemos nos fazer sofrer, se esse romance não for continuar...
Quero que me diga: Você será o mesmo de amanhã em diante, ou fui apenas um passatempo de fim de semana? Se for isso, diga, porque assim coloco um fim nos sentimentos. Bloqueio a partir de amanhã, qualquer lembrança do acontecido, para não sofrer por amor...
_ Diana, achei que você tinha percebido o quanto estou apaixonado! Meu amor, não será de apenas um fim de semana que passando juntos: Porque na verdade, quero viver o resto dos meus dias, com você... Aceita?
_ Isso é um pedido para morarmos juntos?
_ É um pedido de casamento!
_ Nossa! Não pensei que quisesse casar, um homem solteiro como você, resolver se casar assim...
_ Diana! Sou um homem que esperou a vida inteira para ter a mulher certa, e essa, é você!
_ Fernando, estou muito feliz... Aceito sim, meu amor...
_ Que maravilha, querida! Amanhã, quando voltarmos, preparamos os papéis necessários, para dar entrada o mais rápido possível.
_ Sim, está bem. Vou te amar sempre, como nunca foi amado antes, por nenhuma outra.
_ Sei disso Diana, já me demonstrou...
Diana deu um beijo bem provocante, que começou pelo canto dos lábios e depois puxava o lábio superior para frente, como se quisesse arrancar de Fernando um pedacinho...
Lambia a língua de Fernando e a sugava também, ele ficou louco com aquele beijo diferente, e não demorou muito já estava excitado.
Diana disse, olhando para o volume que aparecia na bermuda que ele vestia:
_ Amor meu, já está preparadinho de novo, quer mais um pouco dessa mulher aqui, quer?
_ E como não iria querer? Estou diante da mulher mais sensual que já vi até hoje!
_ Vem então amor, vamos lá para dentro, aqui começa a esfriar muito, e quero você bem quente...
Dizendo isso, Diana o puxou pelo braço e foram correndo como duas crianças brincando de pega pega, para dentro do chalé...
Diana colocou um CD que era de músicas bem próprias para momentos íntimos, e começou a dançar lentamente na frente de Fernando, tirando peça por peça de roupa, sensualmente...
Ele colocou o vinho nas taças e serviram-se, Diana empurrou-o devagar para cima da cama, jogando o vinho restante, em cima dele. Em seguida, sorvia do vinho na pele quente e arrepiada.
Fernando ao sentir aquela mulher lambendo seu corpo todo, estava completamente pronto:
Segurou Diana pela cintura, e a colocou por cima dele, para que dessa vez, ela tomasse conta dos movimentos.
As palavras eram bem provocantes... Nesses momentos, todas as coisas que em sociedade devemos não falar, dizemos com a volúpia do momento...
Assim, Diana teve o primeiro orgasmo, cravando as unhas nos ombros de Fernando. Dessa vez, a força foi tanta, que ela quase o machucou de verdade...
Ele agora estava por cima, segurando suas mãos, como se a fosse prender.
Diana já entendia a fantasia...
Ela então disse, entrando no clima:
_ Você me prendeu aqui na sua casa, seu bandido!
_ Calma moça, vou só te dar prazer, isso é alguma coisa má? Sei que a moça gosta, me disseram que você é muito boa de cama...
Com a fantasia tomando conta dos dois, eles chegaram ao clímax.
_ O teu prazer, é o meu maior prazer!
Diana disse gemendo, entre seus braços.
Ela pegou o vinho que ainda tinha na taça dele (porque ele nem havia tomado tudo), colocou na boca e o beijou, passando da sua, para a dele...
Para Fernando, Diana era uma surpresa a cada momento.
Sim, estava decidido a partilhar com aquela mulher, o resto de seus dias...
FIM
Fátima Abreu
NOTA: Diana é uma das minhas personagens do livro: A TRILOGIA DO 'CÍRCULO', meu romance erótico/policial.
REBECA ( MINI ROMANCE ) Republicado
REBECA
A cara estava amassada.
Rosto de quem acabava mesmo de acordar...
Os olhos de pálpebras inchadas.
Demonstravam que teve uma noite bem dormida!
Faziam dias, que não tinha um sono tranquilo...
Era de se esperar, tantos problemas para resolver!
Tinha momentos que se achava maluca, talvez a insanidade estivesse mesmo ocorrendo em si...
Mas rapidamente tirava esses pensamentos da cabeça, era senhora dos seus atos, então estava em pleno uso da razão!
Abriu o chuveiro, esfregava o corpo com o sabonete, que teimava em escorregar de suas pequenas mãos... Queria estar bem limpa, cheirosa, e por que não, apetitosa?
Saiu do box, cabelos lavados, e foi à pia:
Pegou a escova de dentes, e começou a olhar-se no espelho do banheiro, pensou então:
" Nossa! Que cara de quem dormiu uma semana!
Preciso melhorar isso"...
Passou um hidratante no rosto, pegou o lápis preto, para passar em baixo da pálpebra inferior, e realmente ficou satisfeita, porque seu visual agora melhorara bastante...
Sorriu para o espelho, conferindo se os dentes estavam totalmente limpos...
Agora, era só trocar a roupa, e sair..
Rebeca era conhecida pelos pratos deliciosos que fazia:
Ela tinha um pequeno negócio, onde nos fins de semana, ela servia refeições, sobremesas, sorvetes que ela mesma produzia, e também atendia as encomendas que surgiam até mesmo para ceias de Natal.
Onde passava na rua, diziam:
" E aí, Rebeca, que gostosura vai fazer para o fim de semana?"
Ela sorria e sempre respondia a mesma coisa:
" Vai até lá para saber, garanto que vai querer "
E assim Rebeca vivia, procurando os ingredientes aqui e ali, para nada faltar para suas tão famosas refeições de sábado e domingo...
Ela trancou a porta e saiu de casa para o super mercado que vendia por atacado, onde poderia comprar em maior quantidade.
Lá chegando, foi direto para a lanchonete do local, tomar café, porque quando sentiu seu estômago doer, percebeu que saíra de casa sem nada comer!
Como era muito "desligada" nem se preocupou antes com isso. Rebeca na verdade, estava cada vez mais assim, parecia que seus problemas faziam com que ela ficasse mais aérea, avoada mesmo...
Sentou-se em uma das banquetas da lanchonete e pediu seu lanche.
Assim que começava à comer, um senhor perguntou-lhe as horas, pois seu relógio estava parado.
Ela pegou seu celular, e respondeu olhando para o visor. Ele agradeceu, e sentou-se na banqueta ao lado dela.
Sem querer, ela deixou o café com leite cair em sua saia, e por pouco, não pegou na blusa também.
Limpou com uns guardanapos de papel, e continuou seu desjejum...
O senhor de seus 50 anos, virou-se depois de observar a cena, e disse-lhe:
"Se fosse a minha esposa, soltava até um palavrão agora!"
Rebeca, olhou para o tal senhor, e respondeu:
" Se eu fosse perder a paciência por tão pouco, não estaria mais viva, tinha dado um ataque do coração, com tanta coisa que ocorre comigo!"
Ele limitou-se apenas a levantar o polegar, em sinal de aprovação ao que ela tinha dito...
Era o que ele dizia sempre para sua esposa, ter paciência com as coisas...
Rebeca terminou o seu café e saiu dali, para dentro do hipermercado onde procuraria as coisas para fazer o seu menu...
Quando estava para passar no caixa, sentiu um sopro em sua nuca, como se alguém estivesse por trás dela, fazendo isso, e ao olhar para baixo, descobriu uma menina com um cata vento na mão.
Ora afinal não estava doida! Era apenas o ventinho que a menina fazia ao brincar...
Saiu dali apressada, tinha que fazer tantas coisas ainda!
Deparou-se com a mesma menina em frente ao seu carro e lhe perguntou:
_ Onde está sua mãe? Você não pode andar por aí sozinha, tem muita gente má nesse mundo, menininha!
A menina disse que estava perdida da mãe, e Rebeca então pegou-a pela mão e levou até um policial na entrada do estacionamento do hipermercado.
Feito isso, deixando a menina entregue a uma autoridade, arrancou com o carro dali.
Ao chegar em casa, foi retirando as compras de dentro do carro e depositando na varanda da frente.
Um vizinho passou por ela e a cumprimentou. Ela respondeu sem nem olhar quem era. Ele então, falou mais alto:
_ Rebeca, que bom dia, mais sem graça é esse?
_ Ah, oi! Desculpe Marcos, é que hoje estou mais aérea que os outros dias...
_ Olha Rebeca, vê se você se cuida, desse jeito vai acabar se queimando no fogão, quando estiver fazendo as suas refeições de fim de semana... Você anda com muita falta de atenção nas coisas!
_ É verdade, meu amigo... Mas o que fazer, se a minha cabeça não para de pensar um só momento, nos problemas da família? Eles não moram comigo, mas é como se estivessem aqui o tempo todo... Me ligam, e jogam tudo em cima de mim...
Ando assim de tanto queimar os neurônios!
_ O que te falta é uma pessoa para te dar carinho Rebeca, e não para te levar problemas... Ah, se eu não fosse casado e amasse tanto a minha mulher! Certamente eu não pensaria em outra para o lugar dela, além de você!
_ Que é isso, Marcos? Olha que alguém pode escutar e sair fazendo fofoca por aí!
_ Não se preocupe com isso... Agora vou minha amiga, e qualquer coisa, vai lá em casa, eu e Sônia estamos ao seu dispor...
_ Obrigada pelo apoio, Marcos. Mas, se Deus quiser, eu vou melhorar da minha "fase desatenta"!
Ele saiu dando um aceno com a mão. Ela acabou de colocar tudo no lugar e foi ligar a TV para relaxar um pouco. Ligou no noticiário local e viu uma coisa que lhe chamou a atenção:
O senhor que ela havia conhecido na lanchonete, estava dando uma entrevista para o repórter do canal. Ela aumentou o som da TV, para escutar melhor o que ele dizia...
" Foi isso que aconteceu mesmo! Mal eu saí da lanchonete do hipermercado, o incêndio começou, não se sabe bem de onde, mas disseram que uma menininha morreu queimada, ela estava no colo do guarda, à procura da mãe. Bem, foi assim que me disseram..."
Ela ficou atônita! A mesma menininha que ela entregou ao guarda, acabou vindo a falecer, em um incêndio que nem ela sabia que acontecera depois que saiu do estacionamento...
Aquilo a fez pensar o quão pequeninos somos, diante do destino!
Caso ela tivesse se demorado mais ali, poderia ter sido surpreendida pelo tal incêndio também, e essa hora poderia nem mais existir...
Por instantes se sentiu uma sortuda, mas ao lembrar daquela menininha, seus olhos encheram de lágrimas...
Foi até sua caixinha de remédios, e tomou uma colher de água de flor de laranjeira, dissolvida em água com açúcar...
Deitou-se. Resolveu que nada faria mais naquele dia, tiraria apenas para si... Afinal era uma dádiva estar viva! Com o sono, vieram os sonhos...
Sonhou que estava em um harém, em terras longínquas, dançaria para o sheik.
Ela não queria isso, mas era forçada a fazer. Sabia que ele escolheria a dançaria que lhe agradasse mais, para levar aos seus aposentos e fazer dela o que bem quisesse.
Dançava... Tinha que dançar ou a guarda do sheik, a machucaria.
Ela não tinha colocado os olhos nele, mas sabia que ele era bonito, as outras moças tinham lhe dito, antes da entrada no salão.
O sheik a seguia com olhos fitos no corpo de Rebeca, o desejo o inflamava... A dança dos lenços era muito sensual, e Rebeca a tornava mais ainda!
Por um momento Rebeca avistou-o. Era mesmo bonito! Mudava de ideia agora... Talvez fosse bom passar a noite com o sheik, quem sabe se o seduzisse bem, ela não teria a liberdade? Com uma boa lábia e muitos carinhos, talvez conseguisse fazer com que ele cedesse ao seu pedido.
Sim, era isso! Teria de fazer com que ele a quisesse para aquela noite...
Ela chegou mais perto do sheik, e se contorceu toda à sua frente com a dança, mostrando os belos seios para que ele notasse bem...
Ele reparou nisso: Ela realmente tinha seios lindos e fartos.
Não teve dúvidas: Bateu palmas para que a música parasse, e tomou-a pela mão, levando-a para seus aposentos. Foi uma noite prazerosa para ambos, mas Rebeca não soube do desfecho do sonho, porque foi acordada com a campainha tocando.
Levantou-se e foi ao banheiro para lavar o rosto, finalmente abrindo a porta. Ao olhar para a pessoa que estava à sua frente, tomou um susto:
O homem era igualzinho ao sheik do sonho que acabara de ter! Ficou meio engasgada, as palavras não saíam da boca...
Ele adiantou-se e disse:
_ Sou seu novo vizinho, soube pelos outros, que você faz refeições também por encomenda, D. Rebeca. Estou interessado em que cozinhe para mim , mas sendo diário, seu trabalho, o que acha?
_ Nossa! Que susto o senhor me deu! É que acordei agora, estou meio que dormindo ainda, sabe? Pois bem, entre por favor, vamos acertar isso...
Ele entrou e reparou a casa muito limpa, era esse o principal requisito para uma boa cozinheira!
Rebeca disse então, ao mostrar o sofá para que ele se sentasse:
_ Bem, posso fazer refeições diárias sim, não me incomodo com isso, mas seria em minha casa mesmo e levaria em uma 'quentinha', ou prefere que eu cozinhe na sua casa? Para mim, tanto faz... Apenas peço que deixe sempre os ingredientes que eu disser, nos armários e na geladeira, caso a opção seja a sua casa...
_ Sim, claro! Prefiro lá porque almoçarei feito tudinho na hora, e depois sairei para trabalhar. Gostaria de combinar o valor das refeições...
_ Bem, senhor... Ainda não disse seu nome...
_ Meu nome é Rassan. Acabei de chegar na cidade, sou de uma pequena cidade no sul, de descendentes dos turcos que vieram para o Brasil, meus pais imigraram para cá, e eu nasci aqui.
_ Ah.. Então muito prazer Sr. Rassan. Eu sou Rebeca o senhor já sabe, os vizinhos lhe contaram.
Bem, farei para o senhor o mesmo que cobro por refeição, nos fins de semana, sendo que cada dia, contará uma refeição, ou quer pagar por semana?
Ou seja, no fim da semana me paga as refeições que foram feitas, como prefere?
_ Bem, D. Rebeca, pago então no fim da semana, ok?
_ Sim, está bem. Comigo não vai passar sem comida!
E quer também que faça sobremesa todos os dias?
_ Pode ser... Gosto sempre de um doce depois do almoço.
_ Então estamos combinados! E quando começo, amanhã mesmo?
_ Sim, claro! Porque hoje já comi essas refeições congeladas de super mercado, e no micro ondas...
_ Ok, amanhã estarei lá pelas 7:30h da manhã para começar o seu almoço, e certamente 11:00h estará tudo pronto. Leve agora a lista das coisas para comprar, porque sem temperos, eu não faço nada!
E deixe também na geladeira carne, frango, ou o que quiser que prepare durante a semana.
_ Tudo bem! Vou agora mesmo cuidar disso. Um abraço D. Rebeca.
_ Faça um favor? Não me chame de 'Dona'. Fico me sentindo uma velha. Basta apenas Rebeca.
_ Sim, sim tanto melhor! Digo o mesmo, trate-me por Rassan.
_ Ok, então até amanhã!
_ Até!
Ela fechou a porta depois que Rassan saiu, e quase sem fôlego estava, tentou se controlar durante o tempo todo que ele ali estivera. Não queria que ele suspeitasse do seu nervosismo. Como aquele homem poderia ser igual ao de seu sonho? E ainda: Vir das mesmas terras do sheik!
Mistérios do destino, de novo!
Rosto de quem acabava mesmo de acordar...
Os olhos de pálpebras inchadas.
Demonstravam que teve uma noite bem dormida!
Faziam dias, que não tinha um sono tranquilo...
Era de se esperar, tantos problemas para resolver!
Tinha momentos que se achava maluca, talvez a insanidade estivesse mesmo ocorrendo em si...
Mas rapidamente tirava esses pensamentos da cabeça, era senhora dos seus atos, então estava em pleno uso da razão!
Abriu o chuveiro, esfregava o corpo com o sabonete, que teimava em escorregar de suas pequenas mãos... Queria estar bem limpa, cheirosa, e por que não, apetitosa?
Saiu do box, cabelos lavados, e foi à pia:
Pegou a escova de dentes, e começou a olhar-se no espelho do banheiro, pensou então:
" Nossa! Que cara de quem dormiu uma semana!
Preciso melhorar isso"...
Passou um hidratante no rosto, pegou o lápis preto, para passar em baixo da pálpebra inferior, e realmente ficou satisfeita, porque seu visual agora melhorara bastante...
Sorriu para o espelho, conferindo se os dentes estavam totalmente limpos...
Agora, era só trocar a roupa, e sair..
Rebeca era conhecida pelos pratos deliciosos que fazia:
Ela tinha um pequeno negócio, onde nos fins de semana, ela servia refeições, sobremesas, sorvetes que ela mesma produzia, e também atendia as encomendas que surgiam até mesmo para ceias de Natal.
Onde passava na rua, diziam:
" E aí, Rebeca, que gostosura vai fazer para o fim de semana?"
Ela sorria e sempre respondia a mesma coisa:
" Vai até lá para saber, garanto que vai querer "
E assim Rebeca vivia, procurando os ingredientes aqui e ali, para nada faltar para suas tão famosas refeições de sábado e domingo...
Ela trancou a porta e saiu de casa para o super mercado que vendia por atacado, onde poderia comprar em maior quantidade.
Lá chegando, foi direto para a lanchonete do local, tomar café, porque quando sentiu seu estômago doer, percebeu que saíra de casa sem nada comer!
Como era muito "desligada" nem se preocupou antes com isso. Rebeca na verdade, estava cada vez mais assim, parecia que seus problemas faziam com que ela ficasse mais aérea, avoada mesmo...
Sentou-se em uma das banquetas da lanchonete e pediu seu lanche.
Assim que começava à comer, um senhor perguntou-lhe as horas, pois seu relógio estava parado.
Ela pegou seu celular, e respondeu olhando para o visor. Ele agradeceu, e sentou-se na banqueta ao lado dela.
Sem querer, ela deixou o café com leite cair em sua saia, e por pouco, não pegou na blusa também.
Limpou com uns guardanapos de papel, e continuou seu desjejum...
O senhor de seus 50 anos, virou-se depois de observar a cena, e disse-lhe:
"Se fosse a minha esposa, soltava até um palavrão agora!"
Rebeca, olhou para o tal senhor, e respondeu:
" Se eu fosse perder a paciência por tão pouco, não estaria mais viva, tinha dado um ataque do coração, com tanta coisa que ocorre comigo!"
Ele limitou-se apenas a levantar o polegar, em sinal de aprovação ao que ela tinha dito...
Era o que ele dizia sempre para sua esposa, ter paciência com as coisas...
Rebeca terminou o seu café e saiu dali, para dentro do hipermercado onde procuraria as coisas para fazer o seu menu...
Quando estava para passar no caixa, sentiu um sopro em sua nuca, como se alguém estivesse por trás dela, fazendo isso, e ao olhar para baixo, descobriu uma menina com um cata vento na mão.
Ora afinal não estava doida! Era apenas o ventinho que a menina fazia ao brincar...
Saiu dali apressada, tinha que fazer tantas coisas ainda!
Deparou-se com a mesma menina em frente ao seu carro e lhe perguntou:
_ Onde está sua mãe? Você não pode andar por aí sozinha, tem muita gente má nesse mundo, menininha!
A menina disse que estava perdida da mãe, e Rebeca então pegou-a pela mão e levou até um policial na entrada do estacionamento do hipermercado.
Feito isso, deixando a menina entregue a uma autoridade, arrancou com o carro dali.
Ao chegar em casa, foi retirando as compras de dentro do carro e depositando na varanda da frente.
Um vizinho passou por ela e a cumprimentou. Ela respondeu sem nem olhar quem era. Ele então, falou mais alto:
_ Rebeca, que bom dia, mais sem graça é esse?
_ Ah, oi! Desculpe Marcos, é que hoje estou mais aérea que os outros dias...
_ Olha Rebeca, vê se você se cuida, desse jeito vai acabar se queimando no fogão, quando estiver fazendo as suas refeições de fim de semana... Você anda com muita falta de atenção nas coisas!
_ É verdade, meu amigo... Mas o que fazer, se a minha cabeça não para de pensar um só momento, nos problemas da família? Eles não moram comigo, mas é como se estivessem aqui o tempo todo... Me ligam, e jogam tudo em cima de mim...
Ando assim de tanto queimar os neurônios!
_ O que te falta é uma pessoa para te dar carinho Rebeca, e não para te levar problemas... Ah, se eu não fosse casado e amasse tanto a minha mulher! Certamente eu não pensaria em outra para o lugar dela, além de você!
_ Que é isso, Marcos? Olha que alguém pode escutar e sair fazendo fofoca por aí!
_ Não se preocupe com isso... Agora vou minha amiga, e qualquer coisa, vai lá em casa, eu e Sônia estamos ao seu dispor...
_ Obrigada pelo apoio, Marcos. Mas, se Deus quiser, eu vou melhorar da minha "fase desatenta"!
Ele saiu dando um aceno com a mão. Ela acabou de colocar tudo no lugar e foi ligar a TV para relaxar um pouco. Ligou no noticiário local e viu uma coisa que lhe chamou a atenção:
O senhor que ela havia conhecido na lanchonete, estava dando uma entrevista para o repórter do canal. Ela aumentou o som da TV, para escutar melhor o que ele dizia...
" Foi isso que aconteceu mesmo! Mal eu saí da lanchonete do hipermercado, o incêndio começou, não se sabe bem de onde, mas disseram que uma menininha morreu queimada, ela estava no colo do guarda, à procura da mãe. Bem, foi assim que me disseram..."
Ela ficou atônita! A mesma menininha que ela entregou ao guarda, acabou vindo a falecer, em um incêndio que nem ela sabia que acontecera depois que saiu do estacionamento...
Aquilo a fez pensar o quão pequeninos somos, diante do destino!
Caso ela tivesse se demorado mais ali, poderia ter sido surpreendida pelo tal incêndio também, e essa hora poderia nem mais existir...
Por instantes se sentiu uma sortuda, mas ao lembrar daquela menininha, seus olhos encheram de lágrimas...
Foi até sua caixinha de remédios, e tomou uma colher de água de flor de laranjeira, dissolvida em água com açúcar...
Deitou-se. Resolveu que nada faria mais naquele dia, tiraria apenas para si... Afinal era uma dádiva estar viva! Com o sono, vieram os sonhos...
Sonhou que estava em um harém, em terras longínquas, dançaria para o sheik.
Ela não queria isso, mas era forçada a fazer. Sabia que ele escolheria a dançaria que lhe agradasse mais, para levar aos seus aposentos e fazer dela o que bem quisesse.
Dançava... Tinha que dançar ou a guarda do sheik, a machucaria.
Ela não tinha colocado os olhos nele, mas sabia que ele era bonito, as outras moças tinham lhe dito, antes da entrada no salão.
O sheik a seguia com olhos fitos no corpo de Rebeca, o desejo o inflamava... A dança dos lenços era muito sensual, e Rebeca a tornava mais ainda!
Por um momento Rebeca avistou-o. Era mesmo bonito! Mudava de ideia agora... Talvez fosse bom passar a noite com o sheik, quem sabe se o seduzisse bem, ela não teria a liberdade? Com uma boa lábia e muitos carinhos, talvez conseguisse fazer com que ele cedesse ao seu pedido.
Sim, era isso! Teria de fazer com que ele a quisesse para aquela noite...
Ela chegou mais perto do sheik, e se contorceu toda à sua frente com a dança, mostrando os belos seios para que ele notasse bem...
Ele reparou nisso: Ela realmente tinha seios lindos e fartos.
Não teve dúvidas: Bateu palmas para que a música parasse, e tomou-a pela mão, levando-a para seus aposentos. Foi uma noite prazerosa para ambos, mas Rebeca não soube do desfecho do sonho, porque foi acordada com a campainha tocando.
Levantou-se e foi ao banheiro para lavar o rosto, finalmente abrindo a porta. Ao olhar para a pessoa que estava à sua frente, tomou um susto:
O homem era igualzinho ao sheik do sonho que acabara de ter! Ficou meio engasgada, as palavras não saíam da boca...
Ele adiantou-se e disse:
_ Sou seu novo vizinho, soube pelos outros, que você faz refeições também por encomenda, D. Rebeca. Estou interessado em que cozinhe para mim , mas sendo diário, seu trabalho, o que acha?
_ Nossa! Que susto o senhor me deu! É que acordei agora, estou meio que dormindo ainda, sabe? Pois bem, entre por favor, vamos acertar isso...
Ele entrou e reparou a casa muito limpa, era esse o principal requisito para uma boa cozinheira!
Rebeca disse então, ao mostrar o sofá para que ele se sentasse:
_ Bem, posso fazer refeições diárias sim, não me incomodo com isso, mas seria em minha casa mesmo e levaria em uma 'quentinha', ou prefere que eu cozinhe na sua casa? Para mim, tanto faz... Apenas peço que deixe sempre os ingredientes que eu disser, nos armários e na geladeira, caso a opção seja a sua casa...
_ Sim, claro! Prefiro lá porque almoçarei feito tudinho na hora, e depois sairei para trabalhar. Gostaria de combinar o valor das refeições...
_ Bem, senhor... Ainda não disse seu nome...
_ Meu nome é Rassan. Acabei de chegar na cidade, sou de uma pequena cidade no sul, de descendentes dos turcos que vieram para o Brasil, meus pais imigraram para cá, e eu nasci aqui.
_ Ah.. Então muito prazer Sr. Rassan. Eu sou Rebeca o senhor já sabe, os vizinhos lhe contaram.
Bem, farei para o senhor o mesmo que cobro por refeição, nos fins de semana, sendo que cada dia, contará uma refeição, ou quer pagar por semana?
Ou seja, no fim da semana me paga as refeições que foram feitas, como prefere?
_ Bem, D. Rebeca, pago então no fim da semana, ok?
_ Sim, está bem. Comigo não vai passar sem comida!
E quer também que faça sobremesa todos os dias?
_ Pode ser... Gosto sempre de um doce depois do almoço.
_ Então estamos combinados! E quando começo, amanhã mesmo?
_ Sim, claro! Porque hoje já comi essas refeições congeladas de super mercado, e no micro ondas...
_ Ok, amanhã estarei lá pelas 7:30h da manhã para começar o seu almoço, e certamente 11:00h estará tudo pronto. Leve agora a lista das coisas para comprar, porque sem temperos, eu não faço nada!
E deixe também na geladeira carne, frango, ou o que quiser que prepare durante a semana.
_ Tudo bem! Vou agora mesmo cuidar disso. Um abraço D. Rebeca.
_ Faça um favor? Não me chame de 'Dona'. Fico me sentindo uma velha. Basta apenas Rebeca.
_ Sim, sim tanto melhor! Digo o mesmo, trate-me por Rassan.
_ Ok, então até amanhã!
_ Até!
Ela fechou a porta depois que Rassan saiu, e quase sem fôlego estava, tentou se controlar durante o tempo todo que ele ali estivera. Não queria que ele suspeitasse do seu nervosismo. Como aquele homem poderia ser igual ao de seu sonho? E ainda: Vir das mesmas terras do sheik!
Mistérios do destino, de novo!
REBECA ( CONTINUAÇÃO )
No dia seguinte, como combinado, Rebeca estava na casa de Rassan, bem cedinho. Gostava de fazer assim, para que tudo estivesse pronto até 11:30h.
Rassan abriu a porta e deu-lhe um bom dia sonoro. Ela se espantou, com esse bom dia tão alto! Pensou então, que deveria ser assim o seu jeito de começar o dia...
Rebeca entrou e foi logo perguntando onde era a cozinha para começar seu trabalho, ele a levou até lá. Disse então, Rassan:
_ Rebeca, sinta-se completamente à vontade, a cozinha é sua, a partir de agora. Olha, tem tudo que me pediu para comprar na lista que fez. E as carnes também estão aí.
_ E vai querer o quê hoje, carne, frango, ou peixe?
_ Pode ser frango. Mas agora, gostaria que fizesse um café da manhã bem turco. Aceita partilhar comigo esse café da manhã?
_ Sim, mas claro! Sei que na Turquia se come até azeitonas, tomates, pepinos, pela manhã, além de queijo branco e pão. Complementando com o chá turco negro, acertei?
_ Está muito bem informada Rebeca! Tem algum conhecido de descendência turca?
_ Não, é apenas pesquisa que faço na Internet para agradar cada freguês...
_ Ah, muito bem! Então vamos ao nosso café da manhã turco! Mas se você quiser fazer alguma coisa diferente para você, fique tranquila.
_ Sim, o café! Sem ele, eu não fico...
_ Ok, está tudo aí, é só arrumar a mesa e fazer o café.
Rebeca foi colocando tudo separadinho em bandejinhas na mesa, e depois, sentou-se com Rassan para comer.
Conversaram animados, para se conhecerem melhor. Rebeca então olhando o relógio de parede da copa, percebeu que já eram quase 8:15h. Ela levantou-se apressada, e disse para Rassan:
_ Bem, agora já tenho que começar a preparar o almoço, para que esteja pronto no horário.
_ Ok, já ocupei muito seu tempo com minhas estórias.
_ Foi bom Rassan, pudemos descontrair, mas agora, ao trabalho!
Rassan levantou-se, foi para a sala, onde estava seu notebook, para começar a trabalhar em casa, antes de ir para seu escritório. Gostava de aproveitar todo o tempo disponível.
Rebeca de avental, já estava preparando o almoço, cozinhando o frango, cortando os legumes, fazendo uma salada turca: De berinjela com cenoura e iogurte.
Rassan abriu a porta e deu-lhe um bom dia sonoro. Ela se espantou, com esse bom dia tão alto! Pensou então, que deveria ser assim o seu jeito de começar o dia...
Rebeca entrou e foi logo perguntando onde era a cozinha para começar seu trabalho, ele a levou até lá. Disse então, Rassan:
_ Rebeca, sinta-se completamente à vontade, a cozinha é sua, a partir de agora. Olha, tem tudo que me pediu para comprar na lista que fez. E as carnes também estão aí.
_ E vai querer o quê hoje, carne, frango, ou peixe?
_ Pode ser frango. Mas agora, gostaria que fizesse um café da manhã bem turco. Aceita partilhar comigo esse café da manhã?
_ Sim, mas claro! Sei que na Turquia se come até azeitonas, tomates, pepinos, pela manhã, além de queijo branco e pão. Complementando com o chá turco negro, acertei?
_ Está muito bem informada Rebeca! Tem algum conhecido de descendência turca?
_ Não, é apenas pesquisa que faço na Internet para agradar cada freguês...
_ Ah, muito bem! Então vamos ao nosso café da manhã turco! Mas se você quiser fazer alguma coisa diferente para você, fique tranquila.
_ Sim, o café! Sem ele, eu não fico...
_ Ok, está tudo aí, é só arrumar a mesa e fazer o café.
Rebeca foi colocando tudo separadinho em bandejinhas na mesa, e depois, sentou-se com Rassan para comer.
Conversaram animados, para se conhecerem melhor. Rebeca então olhando o relógio de parede da copa, percebeu que já eram quase 8:15h. Ela levantou-se apressada, e disse para Rassan:
_ Bem, agora já tenho que começar a preparar o almoço, para que esteja pronto no horário.
_ Ok, já ocupei muito seu tempo com minhas estórias.
_ Foi bom Rassan, pudemos descontrair, mas agora, ao trabalho!
Rassan levantou-se, foi para a sala, onde estava seu notebook, para começar a trabalhar em casa, antes de ir para seu escritório. Gostava de aproveitar todo o tempo disponível.
Rebeca de avental, já estava preparando o almoço, cozinhando o frango, cortando os legumes, fazendo uma salada turca: De berinjela com cenoura e iogurte.
Não esquecendo de preparar uma sopa de tomate, acompanhada de pão. Para a sobremesa, pudim e arroz doce.
Na hora certa, a mesa já estava posta, e Rassan sentou-se para degustar pela primeira vez, a culinária tão famosa de Rebeca.
Ela ficou ao seu lado, esperando alguma palavra. No entanto, ele só comia e comia... Ela entendeu isso como bom sinal, ele realmente tinha aprovado seu menu.
Ao acabar, Rassan 'limpou' tudo que estava na mesa.
Nada havia sobrado! Rebeca ficou satisfeita com tal resultado. E recolhendo tudo, levava para a pia para ser lavado. Rassan a conteve, segurando-a pela mão. Olhou para Rebeca e disse:
_ Não, você não tem que lavar nada, Rebeca. Seu trabalho é apenas cozinhar! Deixe tudo aí que depois eu lavo quando voltar do escritório.
_ Imagina se eu iria deixar essa louça toda por lavar! Você não me conhece mesmo, ainda... Detesto sair e deixar qualquer coisa suja, ou fora do lugar. Vou deixar essa cozinha brilhando!
_ Então, se isso te faz bem, que seja então!
Ele pegou suas coisas e foi trabalhar, deixando a casa nas mãos de Rebeca, que combinou que ele poderia pegar a chave em sua casa, quando voltasse do trabalho. Ele achou que era ótima ideia, assim poderiam conversar um pouco mais.
E saiu. Rebeca ainda ficou por mais meia hora organizando a cozinha. Trancou a casa de Rassan, voltando para a sua.
À noite, Rassan tocou a campainha da casa de Rebeca. Ela abriu a porta e o convidou para entrar.
Estava assistindo TV, e comentou alguma coisa com Rassan sobre o que estava vendo. Rassan sentou-se no sofá ao lado dela, e conversaram banalidades do dia de cada um. Rebeca então pegou a chave da casa dele, depositando-a em sua mão, dizendo:
_ Aqui está. Deixei tudo limpinho.
_ Ora, mas já está me mandando embora, Rebeca?
_ Não! Só estou te entregando a chave antes que eu me esqueça. Ando esquecida e desatenta ultimamente... Coisas da vida...
_ Quer falar sobre isso? Tenha em mim, um amigo a partir de agora, Rebeca.
_ Não vamos falar de problemas, ok? Olha, me diz: Você não quis se casar, por quê?
_ Sabe Rebeca, cuidei muito de meus pais e irmãos, por ser o mais velho, não tive tempo para viver um romance.
_ Mas nunca se apaixonou? Não teve pelo menos alguém, que lhe deixasse com vontade de tentar uma vida a dois?
_ Não, infelizmente... Mas agora quem sabe? Meus pais já faleceram, meus irmãos são adultos agora, cada um tem sua vida... E eu vim parar aqui nessa cidade, montei meu escritório, comprei uma casa, tenho um carro, só falta a esposa... Mas, quem vai querer um homem de 45 anos, que não sabe o que é o romantismo?
_ Meu amigo, tem sim. Você vai encontrar aquela que mexa com teu corpo e tua alma... Dê tempo, ela vai aparecer. Como dizem por aí:
"Casa nova, vida nova"
_ Tomara, Rebeca, tomara...
_ Olha, que tal sairmos para uma volta? Quem sabe você não se anima um pouco, e consegue desinibir e conhece alguém interessante? Talvez um barzinho com piano ou se preferir uma danceteria...
_ Sabe o que eu queria mesmo? Era te fazer gostar de mim.
Pegando as mãos de Rebeca, Rassan as beijou carinhosamente. Ela ficou emocionada com aquelas palavras e aquele gesto.
Na verdade, ela esperava isso, que ele a notasse de forma diferente, com interesse de homem para mulher...
Na hora certa, a mesa já estava posta, e Rassan sentou-se para degustar pela primeira vez, a culinária tão famosa de Rebeca.
Ela ficou ao seu lado, esperando alguma palavra. No entanto, ele só comia e comia... Ela entendeu isso como bom sinal, ele realmente tinha aprovado seu menu.
Ao acabar, Rassan 'limpou' tudo que estava na mesa.
Nada havia sobrado! Rebeca ficou satisfeita com tal resultado. E recolhendo tudo, levava para a pia para ser lavado. Rassan a conteve, segurando-a pela mão. Olhou para Rebeca e disse:
_ Não, você não tem que lavar nada, Rebeca. Seu trabalho é apenas cozinhar! Deixe tudo aí que depois eu lavo quando voltar do escritório.
_ Imagina se eu iria deixar essa louça toda por lavar! Você não me conhece mesmo, ainda... Detesto sair e deixar qualquer coisa suja, ou fora do lugar. Vou deixar essa cozinha brilhando!
_ Então, se isso te faz bem, que seja então!
Ele pegou suas coisas e foi trabalhar, deixando a casa nas mãos de Rebeca, que combinou que ele poderia pegar a chave em sua casa, quando voltasse do trabalho. Ele achou que era ótima ideia, assim poderiam conversar um pouco mais.
E saiu. Rebeca ainda ficou por mais meia hora organizando a cozinha. Trancou a casa de Rassan, voltando para a sua.
À noite, Rassan tocou a campainha da casa de Rebeca. Ela abriu a porta e o convidou para entrar.
Estava assistindo TV, e comentou alguma coisa com Rassan sobre o que estava vendo. Rassan sentou-se no sofá ao lado dela, e conversaram banalidades do dia de cada um. Rebeca então pegou a chave da casa dele, depositando-a em sua mão, dizendo:
_ Aqui está. Deixei tudo limpinho.
_ Ora, mas já está me mandando embora, Rebeca?
_ Não! Só estou te entregando a chave antes que eu me esqueça. Ando esquecida e desatenta ultimamente... Coisas da vida...
_ Quer falar sobre isso? Tenha em mim, um amigo a partir de agora, Rebeca.
_ Não vamos falar de problemas, ok? Olha, me diz: Você não quis se casar, por quê?
_ Sabe Rebeca, cuidei muito de meus pais e irmãos, por ser o mais velho, não tive tempo para viver um romance.
_ Mas nunca se apaixonou? Não teve pelo menos alguém, que lhe deixasse com vontade de tentar uma vida a dois?
_ Não, infelizmente... Mas agora quem sabe? Meus pais já faleceram, meus irmãos são adultos agora, cada um tem sua vida... E eu vim parar aqui nessa cidade, montei meu escritório, comprei uma casa, tenho um carro, só falta a esposa... Mas, quem vai querer um homem de 45 anos, que não sabe o que é o romantismo?
_ Meu amigo, tem sim. Você vai encontrar aquela que mexa com teu corpo e tua alma... Dê tempo, ela vai aparecer. Como dizem por aí:
"Casa nova, vida nova"
_ Tomara, Rebeca, tomara...
_ Olha, que tal sairmos para uma volta? Quem sabe você não se anima um pouco, e consegue desinibir e conhece alguém interessante? Talvez um barzinho com piano ou se preferir uma danceteria...
_ Sabe o que eu queria mesmo? Era te fazer gostar de mim.
Pegando as mãos de Rebeca, Rassan as beijou carinhosamente. Ela ficou emocionada com aquelas palavras e aquele gesto.
Na verdade, ela esperava isso, que ele a notasse de forma diferente, com interesse de homem para mulher...
A ideia de sair para que ele conhecesse alguém, era só um disfarce da parte dela, para que ele não pensasse "de cara" que ela estava gostando dele...
Todavia, desde seu sonho da noite anterior, não tirava Rassan da cabeça!
Ficou encantada com a possibilidade de ser ele o homem da sua vida.
Rapidamente e antes que ela dissesse qualquer coisa, Rassan a beijou apaixonadamente...
Era o que ela desejava mesmo dentro de si:
O coração acelerou, o rosto esquentou e até rosada, ela ficou!
Ele percebendo, perguntou então:
_ Que acha de ser a mulher da minha vida? Aquela que eu tanto esperei por esses anos todos...
_ Sabe, Rassan, eu gostaria de ser essa mulher sim!
Se tiver paciência comigo, com os meus esquecimentos, desatenção e tudo mais...
_ Para o amor, isso são apenas detalhes, que poderemos superar. Faltava mesmo uma pessoa "atrapalhadinha" na minha vida. Agora vou cuidar de você, e não ficará tão aérea como você diz que fica...
_ Olha, vou dar trabalho, sou assim, mas tem um outro lado meu que você ainda não conhece:
A mulher apaixonada, que quer muitos carinhos, amor, prazer...
_ Pois, esse lado teu, quero conhecer a partir de agora. Porque você é incrivelmente sedutora; percebi isso, desde a primeira vez que aqui cheguei.
_ Já tive alguns homens na minha vida, não vou te enganar, mas foram experiências que nada representaram para mim, porque o que realmente eu queria, eles nunca me deram: AMOR, de verdade.
_ Imagino, minha querida... A maioria dos homens, deixam-se serem guiados apenas pelo instinto animal, e quando realmente se encontram apaixonados, podem até cometer loucuras, devido a isso mexer tanto com a cabeça.
_ Sim, é isso que sempre pensei também.
Eles se entre olharam como se lessem a mente um do outro, e Rassan a abraçou com todo seu carinho, que ela retribuiu com beijos que demonstravam a mulher sedenta de amor que era. Rassan então, continuava com os beijos, que eram agora divididos entre lábios, nuca, pescoço, ombro... Estavam querendo o mesmo naquele instante:
Ter um ao outro, completamente, fazendo desse momento um verdadeiro romance, recheado de amor e prazer.
Rebeca segurou sua mão e o levou até seu quarto. Rassan estava surpreso com a volúpia dos beijos dela. E sabia que seria muito bom estar ao lado de uma mulher tão desejosa assim... Rebeca era despida suavemente, peça a peça, e em cada centímetro de nudez, uma beleza se revelava...
A última peça, ela mesma retirou: O espartilho!
Todavia, desde seu sonho da noite anterior, não tirava Rassan da cabeça!
Ficou encantada com a possibilidade de ser ele o homem da sua vida.
Rapidamente e antes que ela dissesse qualquer coisa, Rassan a beijou apaixonadamente...
Era o que ela desejava mesmo dentro de si:
O coração acelerou, o rosto esquentou e até rosada, ela ficou!
Ele percebendo, perguntou então:
_ Que acha de ser a mulher da minha vida? Aquela que eu tanto esperei por esses anos todos...
_ Sabe, Rassan, eu gostaria de ser essa mulher sim!
Se tiver paciência comigo, com os meus esquecimentos, desatenção e tudo mais...
_ Para o amor, isso são apenas detalhes, que poderemos superar. Faltava mesmo uma pessoa "atrapalhadinha" na minha vida. Agora vou cuidar de você, e não ficará tão aérea como você diz que fica...
_ Olha, vou dar trabalho, sou assim, mas tem um outro lado meu que você ainda não conhece:
A mulher apaixonada, que quer muitos carinhos, amor, prazer...
_ Pois, esse lado teu, quero conhecer a partir de agora. Porque você é incrivelmente sedutora; percebi isso, desde a primeira vez que aqui cheguei.
_ Já tive alguns homens na minha vida, não vou te enganar, mas foram experiências que nada representaram para mim, porque o que realmente eu queria, eles nunca me deram: AMOR, de verdade.
_ Imagino, minha querida... A maioria dos homens, deixam-se serem guiados apenas pelo instinto animal, e quando realmente se encontram apaixonados, podem até cometer loucuras, devido a isso mexer tanto com a cabeça.
_ Sim, é isso que sempre pensei também.
Eles se entre olharam como se lessem a mente um do outro, e Rassan a abraçou com todo seu carinho, que ela retribuiu com beijos que demonstravam a mulher sedenta de amor que era. Rassan então, continuava com os beijos, que eram agora divididos entre lábios, nuca, pescoço, ombro... Estavam querendo o mesmo naquele instante:
Ter um ao outro, completamente, fazendo desse momento um verdadeiro romance, recheado de amor e prazer.
Rebeca segurou sua mão e o levou até seu quarto. Rassan estava surpreso com a volúpia dos beijos dela. E sabia que seria muito bom estar ao lado de uma mulher tão desejosa assim... Rebeca era despida suavemente, peça a peça, e em cada centímetro de nudez, uma beleza se revelava...
A última peça, ela mesma retirou: O espartilho!
Ele parou por segundos, admirando aquele corpo que estava ali, querendo ser saciado em seus desejos mais íntimos...
Rebeca o despiu também, coisa que ele nunca tinha permitido antes a uma mulher, até aquela data.
Na sua virilidade, sempre ele mesmo tirava suas roupas.
Contudo, com ela era diferente, podia sentir isso no ar:
Era uma mulher especial, e isso o fez se deixar levar, pelo que ela quisesse fazer com ele no momento...
Nus, delirantes de desejo e paixão, selaram essa vontade, com a entrega de seus corpos, entre carícias, toques, beijos.
A união das carnes agora era perfeita, e Rebeca tinha dentro de si, não apenas um homem qualquer fazendo sexo, e sim, aquele que seria o amor do resto de sua vida...
Seu sonho estava sendo realizado literalmente, e a noite com seu sheik, agora era real!
Rebeca o despiu também, coisa que ele nunca tinha permitido antes a uma mulher, até aquela data.
Na sua virilidade, sempre ele mesmo tirava suas roupas.
Contudo, com ela era diferente, podia sentir isso no ar:
Era uma mulher especial, e isso o fez se deixar levar, pelo que ela quisesse fazer com ele no momento...
Nus, delirantes de desejo e paixão, selaram essa vontade, com a entrega de seus corpos, entre carícias, toques, beijos.
A união das carnes agora era perfeita, e Rebeca tinha dentro de si, não apenas um homem qualquer fazendo sexo, e sim, aquele que seria o amor do resto de sua vida...
Seu sonho estava sendo realizado literalmente, e a noite com seu sheik, agora era real!
FIM
FÁTIMA ABREU
Fatuquinha
Nota:
Rebeca é mais uma das personagens do meu livro: A TRILOGIA DO 'CÍRCULO' .
Nota:
Rebeca é mais uma das personagens do meu livro: A TRILOGIA DO 'CÍRCULO' .
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