quarta-feira, 31 de agosto de 2016

DIANA - CONTO SENSUAL- Reeditado- REPUBLICADO





 18 ANOS!



DIANA


As estradas eram curvas, os declives abismavam o caminho.

Mas nada disso transformava a vontade de estar lá...

Diana queria encontrar uma nova forma de viver:

Ser diferente do que toda vida foi...

Era essa sua meta agora, ser ela mesma.

Sem ter que agradar à essa ou aquela pessoa.

Os pensamentos eram meio distorcidos, com algumas lembranças do seu passado. Muita coisa ela queria esquecer. E assim, ela dirigia pela estrada, movida em suas memórias, dando força para uma nova história...

Diana ainda tinha o frescor em sua face, embora sua vida não tenha sido nada fácil, ela não criou as rugas, que muitas vezes o sofrimento acarreta.

Os cabelos com raízes brancas, ela disfarçava com uma tintura, afinal eram poucos para os seus 46 anos... Seu corpo estava bem:

Gostava de caminhar pela manhã, embora algumas vezes, fizesse isso também pela tarde. Com uma alimentação sem gorduras e com muitos legumes e verduras, algumas frutas que ela gostava, equilibrava o organismo e mantinha seu corpo dentro do peso e com boa forma.

Uma lágrima desceu, ao escutar no CD do carro, a música que adorava:
Mas, que sempre chorava ao ouvir... Incrivelmente, não guardava o nome da música, mesmo tantos anos ouvindo...

Tocava fundo em sua alma sensível, aquela melodia: Fazendo a pele toda arrepiar.

Diana era forte para muitas coisas, já para outras, era tão "derretida" quanto manteiga no fogo.

A sua maior característica, era falar muito: Até seus amigos e familiares achavam que era uma verdadeira "matraca".

Ela não achava isso, simplesmente sentia necessidade de falar tudo que lhe vinha na cabeça e comentar tudo que observava.

Quando assistia a um filme, gostava de comentar todas as coisas que lhe chamava a atenção, mas, nem todas as pessoas partilhavam do mesmo interesse...

Era uma observadora da natureza, das pessoas que transitavam pelas ruas, da vida em si.

Em alguns momentos era bem dispersa e parecia não se ligar no que estava a sua volta, era como se fosse duas pessoas em uma.
Uma mulher de princípios, como:

Caridade, honestidade, tolerância, paciência...
Ao mesmo tempo, com sua personalidade dúbia, era também sedutora, luxuriante, gostava dos prazeres da carne, muitas pessoas nem imaginavam isso, apenas algumas sabiam da sua voracidade para o amor...

No seu ciclo de amizades, sabiam que ela era uma batalhadora, uma pessoa que havia sofrido muito no passado, com família, muitos problemas de saúde e financeiros...

Apesar do sofrimento e das muitas lágrimas que derramou por anos a fio, ela era bem alegre, expansiva, comunicativa...

Estava sempre disposta a brincar com as crianças, dar um bom conselho a alguém, ajudar seu semelhante.

Assim Diana vivia, e sempre procurava ver o lado bom de cada coisa que lhe acontecia na vida, dizia sempre:

" SEMPRE EXISTE ALGO QUE SE APROVEITE, ATÉ NAS PIORES SITUAÇÕES ENCONTRAMOS ALGUMA LIÇÃO "

Diana tinha muitas amizades em todos os lugares onde já havia residido, mesmo em bairros que passava por algum motivo, sempre tinha a simpatia de alguém:

Pelo fato de ser muito comunicativa, até em filas de banco, supermercado, ela arrumava uma nova amizade.

Diana repensava a vida, a cada segundo que passava ali, dirigindo pela estrada...

Tinha arrependimento de alguns relacionamentos que tivera antes, reais e virtuais.

Pensava em recomeçar do zero absoluto.

Quem sabe nessa nova cidade, para onde seguia agora, encontraria alguém que a amasse de verdade, não apenas desejos carnais passageiros?

Tinha essa esperança dentro do coração, e mais uma lágrima caiu pelo rosto, quando lembrou o quanto já foi infeliz e que agora desejava muito encontrar a felicidade, mesmo que fossem em pequenas doses...

Sabia que ninguém no mundo é feliz em tempo integral, afinal, esse mundo é de expiações, e não foi feito para "tirar férias infinitas".

Diana tinha um lado espiritual bem aguçado, e era mesmo uma pessoa que tirava das próprias tristezas e dissabores, uma nova forma de se redimir de pecados anteriores.

Era sensitiva, e tinha sonhos que revelavam uma mensagem a ser decifrada, outras vezes, premonições...

Ainda presenciou em vários momentos, pelo decorrer dos anos, alguns fenômenos paranormais...

Quando seu lado de fêmea sedutora vinha à tona, sabia que era uma reminiscência de uma outra vida, onde possivelmente fora uma cortesã...

Aliás, outros fatores a faziam pensar assim.

Diana seguia calma e atenta ao trânsito na estrada, mesmo com tantos pensamentos e lembranças na cabeça! O feriado já se aproximava, e o número de veículos era agora bem maior que os dias de costume.

Ela encostou em um posto de gasolina, para abastecer seu carro, antes que parasse por falta de combustível.
Resolveu sair um pouco para a loja de conveniências, para comprar uma garrafinha de água mineral e um saquinho de biscoitos de polvilho que adorava.

Quando saiu do carro para fazer isso, a porta bateu em um homem que vinha na mesma direção da loja, e ela muito sem jeito, pediu desculpas, porque certamente o havia machucado.

O homem tinha mais ou menos a mesma idade dela, dava para perceber... Era muito alto, e ela se sentiu uma "formiguinha", perto dele.

Ele a olhou diretamente nos olhos e disse:

_ Deixa estar, não houve nada.

_ Mas, a porta bateu nas suas pernas... Não está doendo?

_ Nada! Imagine se isso iria machucar, não se preocupe.

Estou indo para a loja ali, você também?

_ Sim, vou comprar umas coisas.

_ Então vamos andando, assim te conheço um pouquinho...

_ Ah, sim, está bem, vamos...

Diana não sabia ainda, mas estava diante do amor de sua vida.

************************************************

Diana e o homem que acabara de conhecer dirigiram-se para a loja do posto de gasolina, e adentraram o recinto em uma conversa bem animada, falavam sobre banalidades do dia a dia...

Diana era muito faladeira, mal parava para respirar, e já engrenava em outro assunto. Ficou sabendo que o nome dele era Fernando, e por coincidência, ele também estava se dirigindo para a mesma cidade que ela:

Só que a trabalho, tinha sido transferido da capital para lá.
Diana observou melhor o homem, e reparou como era atraente, másculo, bem diferente desses metro sexuais que existem hoje em dia espalhados por aí, que raspam os pelos do corpo.

Ele não, era visivelmente bem viril!

Conversaram mais um pouco, enquanto Diana chupava um sorvete de coco, que era o seu preferido.

Ela não sabia, mas, o estava excitando, dando aquelas lambidas no sorvete, movendo a língua em golpes para lá e para cá...

Foi quando ele chegou mais perto, quase sentia-se a respiração, e perguntou para Diana:

_ Quanto tempo vai ficar por lá?

Ela respondeu com um olhar distante, fixo em um ponto, como se estivesse em um transe:

_ O tempo que for necessário para a minha felicidade...

Fernando não entendeu bem a resposta:

De que felicidade ela se referia? Decidiu não perguntar, afinal, mulheres tem dessas coisas, são misteriosas às vezes...

Observando a mão de Diana, notou que não havia aliança, e aí sim, resolveu arriscar:

_ Não é casada, não tem aliança... Ou é, e não usa?

_ Sou viúva, por esse motivo não uso, estou "solteirinha da Silva".

Nesse momento, ele olhou para o decote bem ousado que ela usava, e reparou nos seios fartos que ela tinha. Diana percebeu o olhar guloso de Fernando mas fingiu não ter notado...

Sua mente rapidamente fantasiou alguma coisa a respeito, mas, de uma 'balançada' na cabeça, se fez pensar em outra coisa, porque se assim continuasse, certamente ficaria excitada...

Ela era dessas mulheres bem quentes, que ficam excitadas facilmente, e quando percebia estava com a calcinha úmida.

SEMPRE ACONTECIA COM DIANA!

Fernando olhando bem nos olhos de Diana, pediu o número do celular dela e também deu o seu. Queria que retomassem o contato, e pudessem marcar alguma coisa para fazerem juntos, como um cinema e depois um jantar informal. Quem sabe, simplesmente saírem para conhecer os pontos turísticos da pequena cidade que iriam morar...

Com esses argumentos, ela então pegou um guardanapo de papel anotou o número, e em seguida, deu um beijo marcando com seu batom. Entregou à Fernando dizendo:

_ Seria fácil apenas anotar o número no seu celular... Mas, prefiro à moda antiga, deixando a minha marca para você, tome...

Ele pegou o guardanapo de papel e levou ao bolso da jaqueta que vestia, dizendo em resposta:

_ Gostei disso, assim, toda vez que pegar no guardanapo, lembrarei desses seus lindos lábios.

Diana nada falou, apenas dirigiu-se ao caixa para pagar o sorvete, e as outras coisinhas que havia comprado, quando ele passou a mão pelo seu ombro e disse:

_ É por minha conta.

_ Acabei de te conhecer, não precisa fazer isso.

_ Você que pensa que acabamos de nos conhecer, para mim, já somos íntimos há tempos...

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Havia passado uma semana desde que Diana conhecera Fernando.
Ele ainda não havia ligado, deveria estar bem ocupado, se estabelecendo na nova cidade, pensava Diana...

Ela mesma, ainda acabava de arrumar a casinha que havia alugado bem no centro da cidadezinha, perto da praça principal. Lá podia ver o movimento de ir e vir das pessoas, isso a fazia se sentir bem viva!

Diana já tinha seus planos elaborados na cabeça:

Abriria seu negócio com o passar do tempo, por hora, pediria um empréstimo no banco, para poder comprar os produtos que iria revender...

No começo, seria em reuniões nas casas das clientes. Depois, conforme entrasse lucro real, ela alugaria uma loja bem ali no centro mesmo, pertinho de sua casa...

O sonho de ter seu próprio SEX SHOP, seria então realizado. Faria palestras nessas reuniões, divulgando os produtos, seu uso adequado, a higiene, e daria dicas também:

De como as clientes poderiam fazer para agradar seus parceiros, e tirar uma relação desgastada da rotina.

Disso Diana sabia bem, ela seria certamente a pessoa mais indicada para falar de mulher para mulher.
Uma vez, pensou até em fazer um programa de rádio, sobre o tema da sexualidade, sedução, do sexo de maneira geral...

Faltou oportunidade para isso. Quando estava pensando sobre o assunto, se pegou lembrando de Fernando quase que instantaneamente.

Diana tinha ficado louca de vontade de tê-lo em sua cama.

Entretanto, não daria o primeiro passo: Ele teria de procurá-la, afinal, foi quem pediu o número do celular, então ele que ligasse!

Diana não aguentou o calor que passava pelo seu corpo, liberando o desejo que tomava conta de si...

Decidiu que na manhã seguinte, iria ao banco tomar as providências para o seu empréstimo, para se ocupar logo com alguma coisa, do contrário, só pensaria em Fernando e no sexo que gostaria de fazer com ele...

Assim, levantou-se cedo, tomou seu café e foi para o banco.
Lá chegando, não acreditava em que seus olhos viam: Fernando!

Era para lá que havia sido transferido, muita coincidência mesmo.

Logo que ele a viu, foi em sua direção para cumprimentá-la, com um sorriso bem largo nos lábios.
Diana achou aquele sorriso, o mais lindo que já havia visto em alguém!

Ele deu um beijo no rosto dela e Diana retribuiu. Disse então, para satisfazer a curiosidade:

_ O que uma mulher tão linda, veio fazer aqui?

_ Bem, o "linda" é por sua conta, mas, vim até aqui pedir um empréstimo ao banco, para abrir meu negócio. Quero me ocupar com uma coisa de que gosto. E também ter uma renda extra, além da minha pensão.

_ Sim, claro! Venha até a minha mesa, trataremos disso e de outras coisas também...

Diana o seguiu até a mesa, e sentou-se enquanto ele trazia um copinho de café para ambos.

_ Bem, vamos ao que veio: Que tipo de negócio quer abrir e de quanto precisa mais ou menos?

_ Vou abrir um SEX SHOP, no inicio, informalmente, fazendo minha freguesia aos poucos. Depois, em uma loja, aqui no centro da cidade. Precisaria de uns dois mil para começar.

_ Tem coragem? Um SEX SHOP, aqui? É uma cidade pequena Diana, poderia ficar mal vista! Tem gente preconceituosa e puritana, nesses lugares pequenos...

_ Não ligo para isso, quem quiser gostar de mim, que seja do jeito que sou. Só entrará na loja, quem realmente estiver interessado...

_ É realmente uma guerreira! Além de linda, como disse antes. Mas, que seja! Te concedo os dois mil, e só assinar os documentos que vou imprimir, depois de você dar seus dados para o cadastro.

_ Ok, agradeço muito Fernando.

_ Não agradeça, faz parte do meu trabalho. Gostaria sim, de ter um tempinho para poder te conhecer melhor, vamos combinar no fim de semana?

_ Sim, claro! Para mim está ótimo. Pode ser no sábado, que acha?

_ Muito bem, feito então! No sábado eu vou te pegar em casa. Copiarei o endereço do cadastro e vou bater lá...

_ Sim, qualquer dúvida me liga. Você ainda tem o número não tem?

_ Evidente querida Diana! Só não liguei antes, por pura falta de tempo mesmo. Ainda estou cuidando das coisas, colocando tudo nos lugares, na casa que o banco alugou para mim.

_ Sei como é, eu também acabei de arrumar tudo ontem.

_ Não pude deixar de notar que você adora decotes ousados, Diana.

_ É gosto sim... Valoriza o colo.

_ Isso! Você fica linda com esses decotes. Imagino como seria dentro deles...

_ Hummm, assim você me deixa...

_ Louca? Então é como estou: Louco de vontade de ter você, desde que te conheci lá no posto de gasolina.

_ Ah, era tudo que eu queria ouvir de você!

_ Mesmo? Que bom então... Teremos um ao outro, quem sabe, no sábado mesmo? Vamos deixar as coisas acontecerem...

_ Sim, isso mesmo, deixar rolar...

Diana assinou os papéis, deu um beijo suave em Fernando, virou-se e saiu do banco com o sangue quente:

Quanto ainda teria que esperar até sábado?

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Diana e Fernando chegaram à chácara, que era verdadeiramente encantadora, bem ao gosto de Diana:
Com muito verde, ar puro, cascatas, doces tradicionais como de mamão verde com coco, doce de leite caseiro, além de compotas deliciosas de goiaba.
Os doces estavam expostos em prateleiras da lojinha da chácara, tudo bem artesanal, cobertos com paninhos xadrez e atados com fitas.

Até o café, era torrado e moído na hora! O aroma embriagava Diana, que era realmente doida por café! Havia também um alambique para quem gostasse de beber. Com direito à carne seca com mandioca frita, para acompanhar a "caninha".

Nada escapava aos olhos observadores de Diana, que estava encantada com o lugar escolhido por Fernando.

Dirigiram-se à recepção, para pegar a chave do chalé que já estava reservado.

Ao entrar, Fernando fez questão de por Diana no colo, como um noivo em lua de mel. Dessa forma, ele acabara por conquistá-la de vez.

Fernando fez uma pergunta, assim que a colocou no chão novamente:

_ Quer tomar o banho mais inesquecível da sua vida, Diana?

_ Sim, cavalheiro. Como seria esse banho diferente?

Retiraram a roupa um do outro, e foram ao banho, em uma banheira já cheia de sais, com muita espuma.

Ficaram ali, um acariciando o outro, e Fernando lavava os cabelos cor de chocolate de Diana, como se cuidasse de uma criança...

Ela nunca tinha tido em toda a sua vida, tanta "devoção" de um homem:

Nem do falecido marido, nem dos homens que teve depois dele...

Realmente estava se sentindo valorizada por ele. Isso a deixava feliz, com tal atitude.

Tentava retribuir tanta atenção e carinho da mesma forma. Eles estavam se sentindo, como dois adolescentes que acabavam de descobrir o amor.

Depois desse "banho de carinho", colocaram o roupão e foram para a varandinha, saborear os quitutes feitos no fogo à lenha, em panelas de barro.

Comida tipicamente caseira, do jeito informal que tanto Diana gosta: Porque "frescuras" de cardápios que não se sabe nem traduzir o que é, nunca foi o seu forte...

Comiam conversando animados, e de vez em quando, ele lhe dava uma garfada na boca. Diana retribuía, colocando colheradas de doce em compota na boca dele...

A sintonia era surpreendente! Quem visse, diria que era coisa de novelas.

De mãos entrelaçadas, se fitaram por instantes, como se estivessem a sondar um, a alma do outro...

Não sabiam antes, mas, eram almas gêmeas, que finalmente se encontravam nessa existência...

Fernando sugeriu então, como que para "quebrar" o entorpecimento que se encontrava:

_ Diana, querida, vamos dar um passeio de charrete?

_ Mas, é para já! Adoro esses passeios! A última vez que fiz algo assim, foi em Petrópolis, tem tanto tempo, que já nem sei quanto!

_ Então vamos nos vestir e sair, para aproveitar essa nossa lua de mel improvisada.

Ela, com um sorriso respondeu:

_ Sim cavalheiro, vamos...

O passeio foi realmente adorável, por toda a extensão da chácara, e também pelo leito do rio. Ali, pediram para o condutor parar, para que observassem a paisagem local.

Diana jogava pedrinhas no rio, para formar pequenas ondas e Fernando acabara de descobrir mais um lado de Diana: O de menina.

Ficaram por uns 15 minutos, até retomarem o passeio e voltar para a sede.

Ao entrar de novo no chalé, uma surpresa:

A cama estava coberta de rosas vermelhas, um odor de incenso de almíscar selvagem estava no ar. E ao lado da cama, havia uma mesinha com um vinho tinto suave, gelado, e duas taças os aguardava.

Fernando então perguntou:

_ Gostou? Pedi tudo para você... Acertei na essência?

_ Nossa! Não sei o que dizer, está tudo como um dia imaginei que seria o meu encontro perfeito! Adoro vinho, rosas, almíscar! Parece que leu a minha mente...

_ Diana eu sei seus gostos, não pelo que você já me disse, mas, porque sinto isso.

_ Ah, Fernando você em tão pouco tempo, está me fazendo a mulher mais feliz desse mundo!

_ O mesmo para mim... Agora vem, quero beijá-la todinha!

Dizendo isso, colocou-a sobre a cama, e despiu-a muito devagar:

Tirando as peças de roupa uma a uma, com beijos intercalados...


Diana segurava os cabelos de Fernando, mordia suavemente seu pescoço, arranhava suas costas com as pontas das unhas, só para excitar, não para ferir...
Despido também, deitou-se sobre o corpo de Diana, e a beijava desde os cabelos até a ponta dos dedos dos pés.
Ali, sugava os dedinhos, mordiscava o calcanhar, subia até os joelhos dela e beijava, subia mais, e já estava à beira da  'gruta' desnuda, com beijos que passaram para lambidinhas sutis.
Diana gemia baixinho no começo, mas os gemidos foram ficando mais fortes, à medida que sua respiração também ficava ofegante...
Ela segurava a cabeça dele entre suas coxas, puxando os cabelos, pedindo:

_ Quero, quero...Fernando...

Ele aumentou a intensidade, fazendo círculos, como ela instruía, sempre do jeito que ela pedisse.
Com um gemido, todo seu corpo tremeu...
Ela puxou Fernando para cima de si, e disse com a voz mais ofegante ainda:

_ Agora vem! Sou toda tua, faz o que quiser de mim...

Ele viu aqueles olhos brilharem de uma forma mais intensa, quase que pedindo mesmo.

_ Não precisa nem pedir, eu já estou aqui para te servir, querida. Eu sou o teu escravo de corpo e alma...

Ela jamais acreditaria se alguém lhe dissesse que um dia ouviria tais palavras de um homem, porque durante todos esses anos, teve apenas uma certeza:
Os homens sempre mentiam quando era para levar uma mulher para a cama, e quando isso acontecia, muitas vezes eram brutos, se satisfaziam, e depois a relação se transformava apenas em troca de prazeres carnais...
Mas, Fernando parecia mesmo estar sendo sincero, aliás, era isso que ela mais desejava:
Que fosse real tudo aquilo!

Diana o agarrou, fincando a boca no ombro dele, lambendo suas axilas, circulando o peito dele com a língua... Eles se consumiam no corpo um do outro.
Mas o que mais excitava aquela mulher, Fernando descobriu minutos depois:
Ela gostava de fantasias durante o ato sexual, como que ele fingisse que a estava forçando fazer sexo, na frente de outros homens...
Aí a sintonia foi total, porque ele também gostava disso! Dessa forma, ela apertava os próprios seios provocando o desejo dele...
Fizeram amor desvairadamente...
Depois, deitaram-se lado a lado de "conchinha", dessa forma, ele poderia ficar beijando a nuca e as costas de Diana.
Apenas um pensamento corria pela cabeça dos apaixonados:
Se era sonho, que nunca acordassem!



Fernando e Diana passaram um dia maravilhoso ali, resolveram ficar também no domingo.
Pela noite, foram para o lado de fora, estenderam uma colcha na grama bem aparadinha.
Colocaram travesseiros e se deitaram ali.
Queriam aproveitar e observar o céu totalmente estrelado, coisa que só em regiões interioranas ou de litoral se consegue, pois nos grandes centros urbanos, a poluição praticamente não deixa que isso se passe...

Abraçados estavam, e ela com a cabeça sobre o peito dele, deixaram o romantismo tomar seu rumo, e as palavras doces e cobertas de carinho fluíam...
Aliás, nada lembrava a tarde de sexo coberto de volúpia...

Diana estava imensamente feliz, embora pensativa: Não queria se decepcionar outra vez na vida.
E nesse instante, resolveu abrir seu coração para Fernando:

_ Sabe Fernando, queria que você fosse sincero comigo nesse momento: Somos adultos de mais de 40 anos, e não podemos nos fazer sofrer, se esse romance não for continuar...
Quero que me diga: Você será o mesmo de amanhã em diante, ou fui apenas um passatempo de fim de semana? Se for isso, diga, porque assim coloco um fim nos sentimentos. Bloqueio a partir de amanhã, qualquer lembrança do acontecido, para não sofrer por amor...

_ Diana, achei que você tinha percebido o quanto estou apaixonado! Meu amor, não será de apenas um fim de semana que passando juntos: Porque na verdade, quero viver o resto dos meus dias, com você... Aceita?

_ Isso é um pedido para morarmos juntos?

_ É um pedido de casamento!

_ Nossa! Não pensei que quisesse casar, um homem solteiro como você, resolver se casar assim...

_ Diana! Sou um homem que esperou a vida inteira para ter a mulher certa, e essa, é você!

_ Fernando, estou muito feliz... Aceito sim, meu amor...

_ Que maravilha, querida! Amanhã, quando voltarmos, preparamos os papéis necessários, para dar entrada o mais rápido possível.

_ Sim, está bem. Vou te amar sempre, como nunca foi amado antes, por nenhuma outra.

_ Sei disso Diana, já me demonstrou...


Diana deu um beijo bem provocante, que começou pelo canto dos lábios e depois puxava o lábio superior para frente, como se quisesse arrancar de Fernando um pedacinho...

Lambia a língua de Fernando e a sugava também, ele ficou louco com aquele beijo diferente, e não demorou muito já estava excitado.
Diana disse, olhando para o volume que aparecia na bermuda que ele vestia:

_ Amor meu, já está preparadinho de novo, quer mais um pouco dessa mulher aqui, quer?

_ E como não iria querer? Estou diante da mulher mais sensual que já vi até hoje!

_ Vem então amor, vamos lá para dentro, aqui começa a esfriar muito, e quero você bem quente...


Dizendo isso, Diana o puxou pelo braço e foram correndo como duas crianças brincando de pega pega, para dentro do chalé...
Diana colocou um CD que era de músicas bem próprias para momentos íntimos, e começou a dançar lentamente na frente de Fernando, tirando peça por peça de roupa, sensualmente...

Ele colocou o vinho nas taças e serviram-se, Diana empurrou-o devagar para cima da cama, jogando o vinho restante, em cima dele. Em seguida, sorvia do vinho na pele quente e arrepiada.
Fernando ao sentir aquela mulher lambendo seu corpo todo, estava completamente pronto:
Segurou Diana pela cintura, e a colocou por cima dele, para que dessa vez, ela tomasse conta dos movimentos.


As palavras eram bem provocantes... Nesses momentos, todas as coisas que em sociedade devemos não falar, dizemos com a volúpia do momento...

Assim, Diana teve o primeiro orgasmo, cravando as unhas nos ombros de Fernando. Dessa vez, a força foi tanta, que ela quase o machucou de verdade...

Ele agora estava por cima, segurando suas mãos, como se a fosse prender.
Diana já entendia a fantasia...
Ela então disse, entrando no clima:

_ Você me prendeu aqui na sua casa, seu bandido!

_ Calma moça, vou só te dar prazer, isso é alguma coisa má? Sei que a moça gosta, me disseram que você é muito boa de cama...

Com a fantasia tomando conta dos dois, eles chegaram ao clímax.

_ O teu prazer, é o meu maior prazer!

Diana disse gemendo, entre seus braços.

Ela pegou o vinho que ainda tinha na taça dele (porque ele nem havia tomado tudo), colocou na boca e o beijou, passando da sua, para a dele...

Para Fernando, Diana era uma surpresa a cada momento.
Sim, estava decidido a partilhar com aquela mulher, o resto de seus dias...

FIM

Fátima Abreu


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