quinta-feira, 17 de março de 2011

DESCORTINANDO TUA ALMA





Descortinava sentimentos

abria-se por completo

nunca antes vira tal momento...


Recluso sempre em seu próprio mundo,

fazia de cada dia, sobrevivência particular:

um universo todo seu,

onde ninguém penetrava,

até havia quem tentasse,

mas em nada dava...


Descortinava as máscaras agora:

nada de disfarces,

nada de cores,

apenas o cinza que te cobre a alma

não acreditando na existência dela própria!


Descortinava a lágrima

escondida por décadas a fio,

num canto dos olhos, agora aflorava

e o sentimento contido ali,

nela transbordava...


Descortinava o amor

retraído por longos anos

achava-se incapaz de tal sensação

apenas via no sexo, a sua maior satisfação...


Descortinava a vida crua,

caminha então nesse instante,

na minha estrada nua...

sente todo esse amor que posso te dar

um amor que antes não imaginava encontrar...


FÁTIMA ABREU


2 comentários:

  1. Adorei seu texto, por isso estou depositanto na caixa.
    Um tantinho de carinho.
    Um bocado de amor.
    Goticúlas de paixão.
    E fragmentos de semsualidade.
    Misturar tudo.
    E tomar de uma só vez.
    Muito bom.
    Preparo para estarmos de bem.
    Quando chegar a felicidade.
    Abra essa caixa com cuidado.
    Conteudo fragil.
    Não aceito reclamação.
    E nem devolução.
    JC.

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  2. OBRIGADA POR COMENTAR AQUI, JORGE. UM ABRAÇO E GOSTEI DO CONTEÚDO DA CAIXA!

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