domingo, 6 de setembro de 2015

Iza, a Cadela Belga

O terceiro e último caso, de animais de estimação na família, foi da nossa primeira cadela: Iza






                                     Essa imagem colhida na web, parece muito com da nossa Iza.



Ela chegou vinda de um pet shop, nossa primeira cadela: Iza.
Era da raça de pastores belga negros, mas, ela tinha uma pelagem branca do pescoço para o peito. Iza era muito agitada desde filhote.
Dizem que os animais ficam do jeito do dono, ela era como meu falecido...
Quando Iza estava mais ou menos com uns 6 anos, feriu-se no ferro da própria corrente, porque a ponta penetrou no pescoço, sabe-se lá como
( ficava presa durante o dia, só era solta de noite). Essa ferida ficou muito ruim, mesmo com a medicação do veterinário. Ela deixou de comer ( e antes estava até acima do peso, por comer bem) e mudou seu comportamento, parecia estar esperando a morte...

Todos em casa estávamos muito tristes com aquela situação.
Meu falecido, não queria que nossos dois primeiros filhos, então crianças, soubessem que ela poderia morrer.
Resolveu que iria soltá-la numa praça e se tivesse que morrer seria longe de todos. Eu achei uma péssima ideia.
Mas, com ele, era difícil argumentar qualquer coisa.
Levou-a no banco traseiro do carro. Soltou-a numa praça como tinha dito, sem olhar para trás.
Quando chegou em casa, levou uma bronca dos seus parentes.
Voltou ao local duas horas depois. Ela estava ao lado de um senhor.
Meu marido apresentou-se como dono e levou-a de volta, sem muitas explicações ao homem.

De lá foi novamente ao veterinário, que mudou a medicação e receitou umas vitaminas para colocar na água dela.
Tempos depois, ela se recuperou e voltou a engordar.
Anos se passaram, e Iza já estava com quase 15 anos, bem velha para uma cadela de raça.
Ficou amuada, novamente feriu-se sem sabermos como, dessa vez numa pata.
Não tínhamos dinheiro para nada.
Mal dava para comer e pagar as contas (mesmo assim, sempre uma ficando atrasada).
Pegamos emprestado com uma vizinha e compramos os remédios.
O veterinário não deu muita chance, devido à sua idade avançada.
Uma noite inteira e um dia de agonia, e num lamento agudo, ela se despediu com olhos que pareciam falar conosco.

Fátima Abreu Fatuquinha

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