quarta-feira, 22 de junho de 2011

UM QUADRO A SER PINTADO

UM QUADRO A SER PINTADO
No movimento e ruído das ondas me perdi
Viajei naqueles instantes
Adorando a contemplação do mar e do horizonte...
Haviam três barcos pesqueiros por ali
Outro, já se preparava na areia,
Para partir...

Observava atenta, a empreitada
Mais dois pescadores, chegavam,
Para ajudar com a rede...
Um menino tudo olhava:
Era filho de pescador,
Tinha que aprender o ofício!
E lá estava, rente ao pai,
Meio que por sacrifício...

Não era isso que queria fazer...
Pensava em brincar:
Pular, correr...

Mas o pai queria que aprendesse cedo,
Dava para notar, só de observar...
O barco foi ao mar então...
Empurrado por quatro homens rudes,
Pelo sol bronzeados...
Voltei os olhos para outro lado:

As gaivotas se jogavam em voo reto,
Para dentro do mar, pescando assim
Seu alimento, fonte sem fim...

Fiquei ali vendo o bailar das gaivotas
Em mergulhos, trazendo o peixe, à boca
E pensei no quadro...
Ficaria muito lindo!
Todo aquele azul...
A minha cor favorita!

Em um quadro pintado com amor...
O que meus olhos captavam, eram
Devaneios de uma pessoa romântica:
Que vê em tudo, paixão e Arte.
E que agora escreve essas linhas,
Para serem tuas e minhas...

Fátima Fatuquinha Abreu




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O CANTINHO...


 

O Cantinho

O meu cantinho, é apenas mais um nesse mundo.
Meu mesmo, não é:
Eu alugo.
Nada é nosso, nem mesmo se comprarmos
Some, quando menos se espera:
Tal qual todos os anos, a primavera...
O nosso cantinho verdadeiro, é a mente,
Que nos brinda com sua luz!
Só lá, na imensidão dos pensamentos,
Eletrizados pelos neurônios,
Existe o tal cantinho:
A consciência
O meu cantinho, ainda pode ser o lugar
Onde me recolho para escrever
Bobagens, reflexões, dores, paixões...
Fátima Abreu



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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Desabafo de mãe ( crônica )

DESABAFO DE MÃE

Amanheceu, e fui acordar a filha para ir à escola, ele estava gripada e pediu para ficar em casa,  disse que sim, mas que amanhã ela teria de ir... Nos meus tempos de adolescente não podia ficar em casa por uma simples gripe, mas hoje em dia, os tempo mudaram, e nas escolas em reuniões de pais, eles dizem para que deixemos os filhos quando estão doentes em casa, para não contaminar ninguém da classe, ou no caso de passar muito mal, não interromper a aula para pedir dispensa... Sinal dos tempos atuais...
Lembro-me de meu pai dizer que ele com crise de apêndice, teve  que assistir aula durante 5 horas seguidas, para então correr à procura de um hospital e ser operado, pois meu avô não permitia que se faltasse aula por nada nesse mundo!
Hoje em dia, se alguém faz isso, é chamado atenção pelo conselho tutelar.
Aliás, me encontro numa 'sinuca de bico', porque tendo criado os meus dois primeiros filhos de uma maneira, a caçula fugiu dessa educação, que dei aos irmãos: No tempo deles pequenos, eu chamava a atenção quando estavam errados, para corrigir, até de vez em quando dava umas palmadas quando faziam coisas absurdas de se relevar... E colocava de castigo sem sair para brincar na rua com os coleguinhas.
Agora com a caçula,  se faço isso, a família me rotula de radical, que os tempos são outros, que não se faz como antigamente, e é por isso que ela se tornou uma pessoa mimada, preguiçosa, e até egoísta!
Na época de que criei os outros dois ( um filho e outra filha ), em casa zelávamos pelo coletivo, tudo era partilhado, inclusive nos momentos de "vacas magras", para que não faltasse nada para ninguém.  Mas a a minha caçula não pensa assim, o que é dela, não divide, infelizmente, e o que é para ser partilhado por todos, ela quer só para ela, não consigo mudar a cabeça dela, acho que nem o PAPA  mudaria, ou qualquer outro religioso, aliás, ela não tem religião...
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Os tempos são outros, e nessa sociedade atual, se eu der um simples grito de manhã para ela se levantar (porque já está passando da hora de ir ao colégio), ela se arruma correndo, sai sem me dar atenção, não vai para a  escola, e ainda se enfia na casa da irmã mais velha, para falar de mim, porque simplemente gritei ( não aguentava mais chamar repetidas vezes ) para que ela fosse para escola... Que mundo é esse meu Deus? Não estou certa de querer que ela vá no horário? Mas paciência tem limite, e quando perdi e gritei, foi porque já não suportava mais o descaso dela!
E para quem ela conta o acontecido, da sua maneira, faz com que pensem que a vilã sou eu! Pode isso? Ela faz de um jeito que eu me transformo não em mãe, mas em madrasta malvada de contos de fadas...
Aliás, uma viúva quando arruma um novo companheiro, fica taxada se fizer qualquer coisa: porque está com a cabeça 'virada' pelo novo marido...(!) É assim  que outros vão pensar e alguns familiares também, desde que eu estou com novo companheiro, (e já fazem 2 anos) não posso mais chamar a atenção da filha rebelde, se não ela poderia ficar traumatizada, coitada... E eu? Posso ficar estressada com os mimos dela? E eu, posso ficar com a pressão desregulada? É um absurdo esse tipo de coisa... Agora, se um dia eu levantar a mão para dar um tapa nela, (se me tirar muito do sério), tá arriscado a chamarem o conselho tutelar, me tirando a guarda, e ainda por cima, ser chamada a atenção, ou coisa pior, porque não tive "paciência"...
Sei que ando cheia dessa sociedade atual, tenho saudade dos tempos que os filhos obedeciam os pais, e bastava-se olhar para eles, e o recado já estava dado...
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Nessa rebeldia atual, eles se acham fortes, e nós pais, nos tornamos reféns de uma sociedade que cria direitos para adolescentes e não impõe deveres, como respeitar as ordens dos pais, por exemplo.
Se eu desligo o PC, porque já é meia noite, ela torna a ligar até as tantas,( E NÃO É SÓ ELA, ESSE PROBLEMA ESTÁ NA MAIORIA DOS LARES ATUAIS )é claro que tem preguiça de levantar para ir para escola! E se eu digo que vou tirar a Internet, ela diz:
_ Você é quem sabe, vai te prejudicar também, como que vai postar seus textos?
Isso dizendo, na maior ironia... Ai, que raiva! Se fosse em outra época, eu dava um bom castigo quando ela falasse assim comigo! Mas como sou a viúva que casou de novo, tudo é motivo para dizerem que a 'coitadinha' é mal compreendida pela mãe... Onde nós estamos? Não posso mais chamar atenção dela, nem a corrigir porque ela vai correndo para casa dos parentes me fazendo de má? Não, se isso não mudar e repensarem as leis dos adolescentes, não vai ter pai e mãe que segure mais seus filhos!
Fátima Abreu

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Nota:
Quando fiz o texto estava desabafando, acho q aqui é um espaço para amigos interagirem, mas só quem passa o q eu passo pra saber, aqui não dei pormenores, apenas citei dois episódios: Um, onde eu aceitei q ela ficasse em casa, e o outro, quando não aceitei, e acabei por me desentender com ela, que acabou passando 2 dias na casa da irmã, sem ir a escola... Acho q cada um sabe o 'sapato onde aperta', é fácil julgar, qdo não se está na pele dos outros...

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