domingo, 11 de setembro de 2016

Amores Vãos- Republicado



Não construa amores vãos.
Se quer um assim, que seja na metamorfose de algum elemento:
No mármore ou granito
Ainda que de matéria fria.
Interpretam muito bem, 
Amores que se desfazem com a erosão das eras.
Como uma ruína antiga,
De um templo grego...

Não, amigo, amiga, não construam amores vãos!
Eles saciam de momento,
Como paixão que sôfrega invade o corpo.
Ah, amores verdadeiros são raros!
Renascem das cinzas...
Suportam tudo, e as sinas.

Não comece um romance,
Que por força do instante achou ser verdadeiro...
Amores resistem ao tempo, as rugas, a doença
Amore vãos, não:
Somem como areia entre os dedos,
Como agulha em um palheiro...

Não, novamente... por favor.
Não cometa mais um erro,
Isso não é amor.
Deixo tua a mente em turbilhão:
Seu amor é verdadeiro, 
Capaz de tudo, ou não?

Fátima Abreu


Nenhum comentário:

Postar um comentário