Tempos de escravidão feminina
quando a mulher era um pedaço de carne exposto
aos olhos gulosos de outros...
Ansiosos por provar
do corpo daquela mulher,
faziam seus lances...
Triste e sem salvação,
a moça ficava nua na praça ou ambiente preparado,
para ser comprada
por quem fizesse agrado.
Tantos olhos sobre seu corpo,
como caça recém abatida,
quase um troféu
de quem lhe fez escrava
e a levaria para um bordel...
Temerosa desse destino,
escondia o rosto...
Talvez sem vê-lo, não a quisessem
para meretriz...
Como serva, seria para ela, bem melhor
do que passar de mão em mão,
sem nenhum dó.
Fátima Abreu
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