segunda-feira, 6 de maio de 2013

Capts iniciais do livro: A Fraternidade Do "Círculo" (VOLUME 1)




Para quem não conhece meu romance erótico: A FRATERNIDADE DO "CÍRCULO", estou disponibilizando alguns capts "amenos" para que tenham ideia da trama... As partes 'picantes' ficam nos capts que vem depois dessa mostra...
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Aqui vão os primeiros capts:



CAP I Ítalo conhece Clara

Meses se passaram, desde que Ítalo a tinha visto pela primeira vez. Talvez fosse quase um ano, ele não marcara bem a data...

Bem perto da saída das barcas que levavam passageiros de um lado a outro da baía de Guanabara, ele vislumbrou aquela mulher de longos cabelos negros com nuances em vermelho. Vestia uma dessas blusas de gola branca com um lencinho azul marinho passando por dentro e uma saia de cós alto, também no mesmo azul do lenço, meias finas cor de pele e sapatos fechados de salto quadrado, típico ‘uniforme’ de escritórios.

Sim, ela deveria ser secretária ou algo parecido, uma recepcionista talvez... Mesmo vestida basicamente como qualquer outra que atendesse uma recepção, ela tinha uma sensualidade que transpassava os limites do que vestia... Podia a imaginar sem toda aquela roupa!

Tinha estatura mediana própria dos trópicos, assim como sua pele morena. Linda! Pensou...


Queria lhe adivinhar o perfume, tal qual no filme ‘PERFUME DE MULHER’, ele sabia muito dos aromas que as mulheres usavam e deixavam pelo ar... Estava encantado e resolveu seguir em frente, para saber onde ela trabalhava.

Ela estava misturada ao povo que passava em ‘corrida frenética’ para seus afazeres diários. Mesmo assim, conseguiu acompanhá-la sem perder de vista. A mulher parou na faixa de pedestres porque o sinal estava aberto para os carros, era sua chance de se aproximar, pensou Ítalo... Ele fingiu então esbarrar nela, dado o turbilhão de gente atrás deles:

_ Opa! Desculpe esbarrar em você, é que também fizeram isso comigo agora, e como estava na minha frente...

Ela nada respondeu, apenas olhou por cima do ombro, em gesto altivo de pessoa que não dá conversa a qualquer um que se aproxime...

Ela atravessou quando o sinal abriu e finalmente parou frente à uma agência de turismo. Entrou e sentou em sua mesa.


Ítalo observou pelo vidro de fora da agência. Então era ali que ela trabalhava, justificava a roupa de recepcionista.

Pensou então: Amanhã ou sexta, agora não;
daria muito a notar o seu interesse...

Ele queria mesmo tirar umas férias do seu escritório, estava cansado daquela rotina de engenharia... E seria melhor se fosse com alguém como ela, faria o convite e quem sabe, ela acabaria aceitando? Tudo é possível nesse mundo!

Consultou o relógio e viu que já estava atrasado para dar um visto em uma obra, agora apertava o passo. Mas um sorriso estava estampado em seus lábios...

CAP 2 O contato

Sexta feira havia chegado, e como tinha pensado antes, iria até agência onde sabia encontrar aquela estonteante mulher. Resolveu ir quase no final do expediente, porque aproveitaria para lhe convidar para um barzinho, cafeteria ou ela poderia escolher onde... Tudo planejado, ele saiu do seu escritório de engenharia e seguiu a passos largos. 
Chovia muito desde cedo, e intensificara agora no início da noite, abriu o guarda chuva e continuou, até que de súbito, esbarraram nele, com a confusão as calçada cheia de gente:

_ Perdão. O guarda chuva prendeu no seu.

Foi quando ele voltou o rosto, e ela reparou que era o mesmo homem que havia lhe esbarrado dois dias antes...

_  Bem, eu que deveria pedir, pois já está se tornando um hábito estarmos nos esbarrando por aí!

_  Ah, sim... É verdade, na faixa do sinal, me lembro...

_  Parece que ‘os céus’ estão nos aproximando, não acha?

Ela deu um sorriso, mas respondeu convicta:

_ Bem, eu não o conheço e essas coisas acontecem toda hora por aí... Então tenha um bom começo de noite e se me dá licença, estou indo para casa...

Ele não querendo perder o momento, disse então:


_  Eu estava me dirigindo a uma agência de viagens nessa rua, que um amigo indicou, por acaso você conhece?

_  Sim, trabalho lá, mas o expediente já está finalizando, eu saí minutos antes... Mas se quiser qualquer pacote de viagens, amanhã pela manhã, já estarei trabalhando novamente, pode acertar tudo comigo, assim estará me ajudando com a comissão...

_  Ok, então. Falarei com você amanhã de manhã na agência, com certeza fecharemos um pacote.

_  Aqui está meu cartão.

Disse Clara, entregando nas mãos dele. Ele então leu as letras garrafais:

CLARA MARTINEZ CABALLERO

AGENTE DE TURISMO

TELEFONE COMERCIAL: 21489792

RUA DAS FLORES, 215, sl: 103CENTRO

Ela se despediu, e já se ia na chuva, que aumentara torrencialmente! Ele a seguiu com


os olhos, até notar que a mulher chamou um

táxi entrou e partiu...

Ele ainda com o cartão nas mãos, olhou mais uma vez e repetiu para si: Clara...
“O peixe estava na rede”... 
Pôs no bolso da calça e rumou para o estacionamento onde estava seu carro... 
Lembrou subitamente do livro que há pouco tempo lera:

‘OS LIBERTINOS’, de Harold Robbins, numa citação que não mais saíra da cabeça:

“Via-se uma mulher. Desejava-se aquela mulher. Nada no mundo tinha mais importância enquanto ela não fosse possuída. Podia-se deixar de comer e de dormir. Sofria-se as agonias dos malditos até que elas fossem saciadas na agonia maior da carne.”

CAP 3 O medo

Clara chegara ensopada na entrada do prédio, molhara o táxi e pagando, pediu desculpas sem graça:

_ Senhor me desculpe, molhei seu táxi todo, mas o guarda chuva de nada adiantou com essa chuva pesada!


Ele limitou a balançar a cabeça e disse:

_ Acontece...

Ela subiu de elevador para o oitavo andar, tirou as chaves da bolsa e abriu o apartamento que estava muito abafado, ligou o ar condicionado da sala e dirigiu-se ao banheiro para uma boa ducha... Lembrou subitamente do homem e um calor lhe subiu no corpo naquele instante, ficou na água mais uns minutinhos e depois de trocada de roupa ligou a TV da sala par assistir um filme, mas acabou pegando no sono...

Já era 4:00h da madrugada, quando acordou sobressaltada, o coração disparado...

Outro pesadelo com seu primo Alejandro!

Passou a cena mais uma vez na sua mente:

Alejandro Enrico Caballero era um pervertido. Viera do México em janeiro, e desde que chegara não lhe dera mais sossego! Era filho de sua tia Dolores, e estivera hospedado em seu apartamento por três meses. Sempre lhe dando “cantadas”, até que um dia tentou violentá-la, e isso foi a gota d água...


Ela conseguiu se livrar dos braços dele que a apertava com força... Alejandro então disse debochado:

_  Vai dizer que você não me quer Clara?

_  De jeito nenhum! Vá embora daqui, cuide de arrumar onde ficar, aqui não te quero mais! Se não sair agora, eu chamo a polícia!

Ele pegou suas coisas e já na porta de saída, virou-se e cuspiu no chão...

Era uma guerra declarada, esse gesto. Clara sabia: Sua mãe já havia lhe falado que na pequena cidadezinha do México onde fora criada, era esse o sinal de vingança...

Ela não lembrava muito de lá, apenas tecia imagens que sua mãe quando era viva lhe contava... Vieram quando Clara tinha apenas quatro anos de México para o Brasil: Seus pais, ela e o irmão Pablo.

De qualquer forma, retomou ao raciocínio anterior, ele tentaria se vingar, e ela teria de estar preparada para isso, pensou em ir à polícia, mas sabia que não daria em nada, pois não tinha testemunhas da sua investida, nem ele tinha consumado o ato... 
Mas ficaria atenta! 
Desse dia em diante, Clara mal saía de casa, apenas para o trabalho, compras para abastecer sua cozinha e farmácia. Os amigos estavam ficando preocupados por ela não estar se divertindo, nem nos domingos...

Ela dava uma desculpa qualquer para os convites sempre. Tinha medo de sair e acabar voltando tarde, e o primo aparecer e lhe fazer mal, sua cabeça agora era só temor...

Enquanto isso, instalado num apart hotel, estava Alejandro, arquitetando sua vingança para mais na frente:

“Vingança é um prato que se come frio”.

Ela me paga o absurdo de não me querer: Tive todas as mulheres que quis até hoje, essa metida me esnobou, mas vai ter o que merece!

CAP 4 Cumplicidade

Uma sábado de chuva! Clara olhava pela janela do seu apartamento, já pronta para sair... pelo menos sabia que um pacote turístico venderia naquele dia.

Ítalo entrou na agência dando um ‘Bom dia’ geral para as atendentes. Mas dirigiu-se


diretamente para Clara. Ela sorriu jovialmente, apresentando a cadeira para que se sentasse.

_  Vejo que está bem humorado senhor...

_  Ítalo Truzzi Bartole.

Apertou a mão dela, se apresentando.

_  Então vamos ao detalhes da sua viagem, temos vários pacotes aqui, tem idéia já de para onde quer ir em suas férias?

_  Pretendo fazer um mini ‘tour’ pela Europa. Começando pela Itália, meu país de origem, depois França, Espanha e finalizando em Portugal. Assim também visitarei meus parentes, que há tempos não visito.

_  Hum... Tenho então esse aqui, veja se atende às suas necessidades.

Ele examinou o prospecto e balançou cabeça afirmativamente. Aproveitou e investiu finalmente na sua empreitada:

_ Ficaria feliz se fosse comigo. Pode parecer absurdo isso, mas não há como? A menos que tenha um marido ou namorado... Família para cuidar...


_  Infelizmente não tenho nada disso, senhor Ítalo. Minha mãe morreu faz anos, meu pai está em um sanatório alheio a tudo, e meu irmão desaparecido no mundo... Além disso, nós aqui somos meras atendentes e não fazemos parte do pacote como guia turístico, lá terá quem faça isso...

_  Mas eu queria que fosse você... Lembra quando te disse que ‘os céus’ estavam nos aproximando? Nada é por acaso... Essa é a chance de por isso em prática!

_  Até que seria bom para mim no momento que estou vivendo, sair do país, mas infelizmente minha chefa não deixaria tomar o lugar do guia de lá...

_  Vou pedir pessoalmente se quiser mesmo ir comigo.

_  Esqueça senhor, ela não vai aceitar. Apenas poderia ir se estivesse também de férias por conta própria, mesmo assim, teria que pensar para lhe dar a resposta, porque afinal mal o conheço!

_  Quanto tempo?

_  Para quê?


_  Para me dar a resposta...

_  Se eu pudesse tirar férias agora, eu pediria uns dois dias para pensar, mas sei que não vou poder mesmo... Apesar de elas estarem já vencidas, precisam muito aqui da minha presença para orientar as atendentes, pois sou a supervisora...

_  Pense, e se quiser partir comigo, me diga, que eu converso pessoalmente com sua gerente, sei muito bem ser persuasivo...

_  Ok, então. Espere dois dias para que eu lhe telefone.

Ele pediu que ela colocasse no celular o seu número, para ligar nas próximas 48 horas. Acertaram os trâmites do pacote dele, mas ficou em aberto o dia da saída do país, porque dentro dele, tinha certeza que ela aceitaria o convite... Arcaria com as despesas dela por certo, era isso que um homem cortês faria... A ‘ganharia’ como um sir inglês...

Uma mulher como ela, linda daquele jeito, merecia toda a gentileza do mundo!

A resposta veio antes, exatas 16 horas depois da conversa que tiveram na agência:


Clara ligou para ele chorando, pedindo que a viesse pegar... O motivo, é que nada mais tinha na vida, seu apartamento acabara de explodir em pleno centro da cidade!

Dera em todos os jornais, telejornais, internet...
O mundo todo já sabia da explosão do edifício. 
Ela perdeu tudo, menos os documentos, sempre os carregava em sua bolsa, e nem a vida, porque tinha acabado de sair do local, antes da tragédia: 
Descera para comprar um sorvete, e só escutou o barulho da explosão, minutos depois, já afastada, na rua... 
Deu graças por estar viva, mas quando percebeu o tamanho de sua desgraça, instintivamente ligou para ele, só o seu nome veio na cabeça naquele momento...

Começou a pensar que nada nessa vida é por acaso mesmo!

CAP 5  A viagem

Ele cuidou de Clara naqueles dias de desespero: A levou para casa deu tudo que ela precisava desde roupas e sapatos até produtos de uso pessoal e cosméticos, afinal, ela nada mais tinha, quando a encontrou na praça naquela noite:  apenas a roupa do
corpo e sua bolsa, nada mais!

Até que chegou o dia do embarque para a Europa... Ítalo nem precisou tomar o partido de Clara, para que a gerente lhe desse as férias já vencidas, haja vista a situação em frangalhos de ‘nervos’,que ela se encontrava, tendo pedido seu apartamento e todo o resto...

Quando Alejandro viu tudo na TV, achou-se vingado, pensando ela estar morta, sob os escombros.

Mas Clara estava a salvo, pelo menos por enquanto, tinha alguém que cuidava agora dela: Ítalo, o italiano solteiro e gentil.


_ Daqui de cima parece que o mundo é um formigueiro!

Disse Clara, virando-se para Ítalo.

_ É verdade, tudo se torna pequeno lá embaixo, quando estamos em um avião.

Ela encostou o rosto no ombro dele e tirou um breve cochilo. Ítalo ficara contente com isso,
cada dia estavam mais próximos, cada detalhe era uma conquista para ele... A teria em seus braços, sem pressa...

Quando desembarcaram no aeroporto, já na Itália, Clara estava cansada e com sono ainda. Pegaram um táxi que os levou até um ‘albergo, ou seja, um hotel. Naquela noite ficariam por lá, e no dia seguinte, partiriam para a casa da família de Ítalo, depois do

prima colazione’.

Durante esse café da manhã italiano, ítalo disse para Clara, quase que sorrindo da situação:

_ Se prepare, porque a “mama” vai te fazer engordar, pelo menos uns dois quilos... Lá em casa, só se come massas e tortas, doces compotados... Se faz regime, esqueça-o!

Ela riu. Ele sabia que ela não era adepta às dietas, apenas havia brincado um pouco, para que ela descontraísse, estava tensa podia perceber... 
Talvez por estar na Europa e não falar nenhum dos idiomas dos países que iriam visitar, salvo a Espanha e Portugal, porque esses eram de seu conhecimento desde menina.


Pegaram as malas e rumaram para a pequena vila no sul da Itália, na Sardenha, em que a família dele morava, desde os seus antepassados, do século XIX.

Aprazível! Foi essa a palavra que saiu da boca de Clara, quando ia pela estrada, absorvendo toda a beleza dessa região italiana, que só conhecia pelos prospectos de turismo, que ela tinha em sua mesa, da agência onde trabalhava...

Aliás, essa rota sul, era de pouco interesse dos brasileiros, viajavam mais para o centro daquele país: em Roma, Pisa Toscana, ou para o norte, onde estavam Veneza, Pádua, Bergamo e outras...

Chegaram finalmente à propriedade da família Bartole.

As crianças, sobrinhos de Ítalo, vieram correndo quando ouviram o barulho do carro.

_  Buon Giorno!

_  Buon Giorno! Responderam Clara e Ítalo, em coro.

As crianças foram levando os recém chegados, até o grande salão da casa, onde
todos estavam já aguardando. Foi uma festa! Clara foi recebida já como se fosse parte da família, pois dias antes, Ítalo telefonara contando toda a tragédia para a ‘mama’, que ficou solidária com Clara.

Foram dias maravilhosos, e Clara saiu de lá certamente com os 2 quilos a mais, que Ítalo havia previsto... Levou de presente ainda, um xale de tricô, confeccionado para ela pela ‘nona’ de Ítalo. Ela não deteve as lágrimas, nunca havia participado assim de uma família grande de verdade, a sua era pequena e agora, estava apenas reduzida ao pai no sanatório, o irmão desaparecido e ao primo detestável, Alejandro.

A próxima parada era a França, Paris em primeiro lugar, depois Nice, na Riviera Francesa...

Para Clara, o que chamou sua atenção, foi a enorme quantidade de patrimônios históricos. Mas o que mais Clara havia gostado, não foi a Torre Eifeel nem o Arco de Triunfo, e sim a Disneyland Resort Paris ou Eurodisney.

Lá, ela se divertiu como uma criança! Era tudo que queria, e Ítalo ficou bem satisfeito com a alegria e aproximação cada vez maior de Clara. Foi uma estada de apenas três dias, mas valeu à pena!

Faltavam ainda Espanha e Portugal. Foi numa taberna na Sevilha, que ele finalmente a beijou pela primeira vez, à luz de velas, tomando um delicioso vinho tinto suave, o calor poderia ser notado no rosto de Clara, rosado como estava! 
Ele levou as mãos dela aos seus lábios para beijá-la, em seguida puxou o queixo de Clara para perto e beijou também, até que sem medo de ousar, tomou seus lábios, que pediam por isso...

‘Aquele foi o beijo mais ardente que jamais alguém lhe dera antes!’

 Clara, pensou...depois de corresponder e abraçar com ímpeto a Ítalo, colocando suas mãos ao redor do pescoço dele e suavemente roçava seus lábios em volta de sua orelha, o que provocou um arrepio de desejo...

Daquela noite em diante, não dormiam mais separados. Foi em Portugal, que ele a pediu em casamento: Estavam em Chiado, mas precisamente no Castelo de São Jorge, quando isso se deu:


_  Clara, quer ser minha mulher? Eu estou apaixonado desde o dia que a vi pela primeira vez...

_  Está mesmo apaixonado, Ítalo? Tem certeza que é isso que quer mesmo?

_  Absoluta! Você não me quer para marido?

_  Sim, a resposta é sim! Também estou louca de amor por você, só queria saber se era correspondida mesmo!

_  Ufa! Que susto! Pensei que não me queria...

Ela calou com dois dedos os lábios de Ítalo e em seguida o beijou subindo aquele intenso calor pelos dois...

Já era hora de voltar, mas antes passaram pela Torre de Belém, às margens do Tejo, para umas fotos da viagem.

À noitinha, caminharam pelo bairro de Alfama, onde tinham vários restaurantes com música ambiente: Um bom fado para se ouvir...

A viagem estava no fim, e duraram duas ótimas semanas na vida deles. Umas férias curtas, mas merecidas, ainda mais se Clara soubesse o que ela encontraria no Rio, depois da sua
chegada...

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CAP 6 O retorno

O Aeroporto Internacional Tom Jobim estava repleto, alta temporada, muitos turistas estrangeiros, muita gente indo e vindo...

Clara e Ítalo foram recebidos pelo sócio dele na firma de engenharia, ele teve a gentileza de ir buscá-los.

_ E como foi de férias, Ítalo?

Perguntou assim que deu a mão para cumprimentar.

_ Ótima, não poderia ter sido melhor! Esta é minha noiva, Clara Caballero.

Ele apertou a mão de Clara e balançando a cabeça afirmativamente, lhe disse:

_  Martim Gonçalves, ao seu dispor. Nossa, você conseguiu ‘fisgar’ o solteiro mais cobiçado do nosso ramo!

_  Eu que fui ‘fisgada’, senhor Martim.


Ela deu um breve sorriso... Clara e Ítalo, de braços entrelaçados entraram no carro de Martim, que os levou até o apartamento de Ítalo. Despediram-se e agradecidos, o convidaram para jantar no sábado.

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Foi por puro acaso, que Alejandro soube que Clara estava viva, e bem...

Descia a rua quando viu um carro parar perto do prédio onde estava trabalhando. Olhou distraidamente no início, mas depois prestou bem a atenção: Era ela, Clara estava viva!

Qual fênix renascida das cinzas! Teria que cuidar disso, assim que tivesse chance, pensou... Mas ele ficou mais irado ainda, quando a viu aos beijos com o homem que a acompanhava. Um tremor de ódio lhe invadiu... Sua vingança teria agora de ser mais rápida, não poderia permitir que ela fosse feliz com outro homem! O despeito tomara conta dele.


Os dias passavam rápidos e dentro de quatro meses Clara e Ítalo se casariam. Seu irmão desaparecido Pablo, estava sendo procurado por um detetive particular que Ítalo havia
contratado à pedido de Clara, porque já que o pai era incapacitado, natural que seu único irmão a levasse ao altar...

Mas sem pista alguma, essa tarefa estava sendo bem difícil.

_  Sr Ítalo, nossa agência de detetives está fazendo tudo que pode, mas compreenda, não temos nem por onde começar...

_  Eu entendo isso muito bem, mas que tal dar uma olhada nos passageiros que entraram no México nesses últimos meses? Tendo dupla cidadania, ele poderia ter voltado para sua terra natal.

_  Bem, já é um começo... Vamos verificar todas as entradas junto ao consulado.

Apertando as mãos se despediram. Mas o detetive Enzo, achava no íntimo, que era o mesmo que procurar agulha no palheiro...


CAP 7 Maquinações

Ao mesmo tempo em que Alejandro passou a seguir sua prima, desde que a vira sair do carro com aquele homem outra pessoa queria o fim da relação entre Ítalo e Clara: 
A sua ex amante e dançarina de pole dance, Sofie. Bem ela era conhecida assim, não revelava a ninguém seu verdadeiro nome, por ser muito esquisito.

Sofie nunca conseguiu esquecer o belo italiano, e de todas as mulheres que o engenheiro solteirão teve, ela foi a que mais tempo esteve com ele.

Ao saber no clube, que ele estava noivo e iria se casar em breve, uma raiva se apossou dela instantaneamente... Não, se ele não ficou com ela, não ficaria com ‘essazinha’, pensou...

A companheira de Sofie, Lucy, foi quem fez o comentário sem querer provocar ciúmes, foi apenas para ter o que falar enquanto se maquiavam para a apresentação, até porque, como Sofie não falava em Ítalo em tempo algum, ela dava isso como um caso encerrado na vida da amiga...

_ Dizem que ela é uma morena de cair o queixo! Não seria para menos, Ítalo é bem seleto, nas mulheres que leva para a cama...

Fátima Abreu

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