ANABEL
De olhar perdido nos azuis
não muito claros,
Anabel esperava...
O vestido vermelho de poás,
Escondido por debaixo, de um sobretudo pesado.
Belas curvas escondidas
E um colo que escapava...
A estação estava lotada
Sentara-se por minutos para descansar
Na verdade, recostar-se.
Uma noite e um dia de viagem.
Uma mala na mão.
E a esperança de que tudo mudaria ali:
Nova cidade, novo endereço.
Rumos que ainda não sabia...
Mas de peito aberto,
Ela ali estava...
Guarda chuva, mala e luvas:
Eram esses, seus pertences
Não levava mais nada,
Que lembrasse de onde vinha.
Um passado que queria esquecer,
E um mundo novo, aberto dali em diante,
Para lhe receber...
Fátima Abreu
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