COMO EM UM CONTO DE FADAS,
HELENA TEVE SUA "NOITE ENCANTADA"...
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Ao entrar no salão, já repleto de gente,
Helena estava triste.
Não havia motivos para sorrir...
Descobrira dias atrás,
Que seu amor, já não vivia mais...
Ele fora para a guerra civil de seu país,
Mas sucumbiu as armas fatais de seus inimigos...
Helena não esquecia seu rosto gentil, nem por um momento.
Chorava, desmanchava-se em lágrimas, por dias corridos...
Nada no mundo lhe importava mais,
Do que a saudade que tinha de seu marido...
A festa em que estava, tinha sido por seu pai, anteriormente preparada.
Era seus 21 anos. Mesmo viúva recentemente, seu pai lhe deu isso de presente.
Na tentativa de a alegrar, ainda que soubesse, que nada iria mudar...
Casara-se cedo. Aos 16 anos apenas, e a alegria durara pouco.
Cinco anos!
Não dera tempo para filhos. Ele servia o país constantemente, ia e vinha sempre.
Mas os momentos que juntos ficavam, eram de intensa felicidade!
Agora Helena pensava:
"Que saudade"!
Seu pai a chamou para o centro do salão. Todos a esperavam.
A aniversariante, embora triste, estava linda, deslumbrante!
Vestia um longo vermelho de veludo. Os cabelos presos a moda da época, a boca com leve toque de carmim.
Pó de arroz, dando cor leve às maçãs de seu belo rosto, e deixando a pele como um pêssego macio...
A orquestra iniciou uma valsa, alguns casais a esperavam para começar a dança.
Helena não se manifestava. Seu pai já ia ao seu encontro, para lhe puxar delicadamente, ao centro do salão.
Mas, qual não foi a surpresa, quando ela começou de um momento para outro a dançar! Enebriada, como se em transe...
Rodopiava pelo salão, lindamente!
O sorriso nos lábios. Rosto brilhante de felicidade.
Ninguém entendia aquilo:
Como Helena se propôs a dançar uma valsa sozinha?
Não viam. Só ela via e sentia...
Fernando estava ali com ela, dançando e a tendo novamente em seus braços!
Foi uma noite inteira de pura magia...
Os convidados e seu pai achavam que ela estava louca!
Talvez pela viuvez recente, a tristeza contínua, destruíra sua mente...
Mas ela não ligava para os outros, vivia aquele momento.
De alguma forma mágica, estava em seu particular "Conto de Fadas".
FÁTIMA ABREU
Adorei amiga.. bjos
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