A face e os disfarces
Suas faces eram um disfarce.
Quando as areias percorrem a ampulheta do tempo
Nada mais se pode fazer, apenas envelhecer...
Temiam a velhice, usavam artifícios para a beleza estética.
Mas a velhice está, em quem não quer a vida vivenciar!
Os espelhos demonstram marcas
A vida é que se faz presente!
Tente!
Não deixemos as areias caírem
Sem partilhar cada instante,
O amargo da vida, pode encontrar mais, que dor sentida...
Os cosméticos são aparência!
Deixem as marcas, os sulcos mostrarem,
Aquilo que fez vocês ficarem assim:
Vida vivida, por vocês, e por mim...
Não uso maquiagens:
Apenas um lápis preto na pálpebra inferior, um pouco de rímel talvez...
E nos lábios, um sutil toque de batom,
Que não é vermelho!
Apenas colorir um pouco a face, não um disfarce!
FÁTIMA ABREU
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