domingo, 5 de março de 2017

O DIA DO FIM (2 ou seria 3 ?)

O dia do fim, surgiu num sonho meu. Assim como tantas versões dele, eu tive no decorrer de todos esses anos vividos...
 Esse novo sonho, apenas se difere dos outros, porque foi marcada a data de hoje, e um horário específico:
14:00 horas (ou para os americanos que leem sempre meu blog: 2:00 PM)

 As placas tectônicas se desprendiam causando  maremotos,  as tempestades haviam começado naquele horário. Eu sabia. Alguma coisa havia me dito, talvez um sinal telepático captado por mim, ou apenas o meu sexto sentido que estaria mais aguçado naqueles dias que antecederam aquele momento crítico, mas, decisivo em toda história da Humanidade:
 A tal falada Transição Planetária: Sair dessa realidade em 3 D, e evoluir para a 5 D.
 Deixar de ser carnívoro, para ser vegano, e coabitar com a  Natureza,  deixar o egoísmo e egocentrismo, e tornar-se uma coletividade. Deixar a matéria densa, e tornar-se mais leve, inclusive a ponto de não adoecer mais.
 Um planeta Terra, retirado da expiação e elevado para uma regeneração...
 Sim, eu havia  me conscientizado disso desde 2007, quando comecei a ler a respeito de tudo aquilo...
 Agora acontecia finalmente!

Pessoas ficavam cientes de tudo pelos noticiários em todas as mídias. O hemisfério norte estava indefeso. As catástrofes anunciadas aconteciam, e países inteiros eram tragados pelo oceano.

O Brasil  por estar no hemisfério sul e como foi anunciado pelos canalizadores, seria o berço da Nova Era, seria poupado em vários locais.  Porém, a costa  brasileira, sofria as consequências do que estava acontecendo no Atlântico Norte, e sentia-se o reflexo também: Ondas gigantescas, invadiram cidades litorâneas. As pessoas corriam desesperadas procurando abrigos no mais ato que pudessem estar.
 Outras, nem tão preocupadas em salvar a própria pele, procurava pelos seus familiares, pois, queriam estar juntos nesse momento crucial...
 Gritos eram ouvidos por toda parte, uns de desespero, e outros, chamando pelos parentes.
 Eu estava ali, no meio de todo aquele caos.
 Minha família espalhada em vários locais do Estado do Rio de Janeiro:
Meus pais, irmãos, sobrinhos, meu filho, nora e netos no Rio. Minha filha do meio e neta estavam aqui na Região dos Lagos, na cidade em que moramos mesmo, Maricá.
Já minha outra filha, a caçula, ainda solteira, tinha ido à outra cidade metropolitana: Niterói.


Ela costumava encontrar seu namorado aos sábados, mas, por um motivo que eu desconhecia, eles combinaram para o domingo. E lá estava nesse momento.

Eu estava sozinha. Não tinha ideia por onde estavam a filha do meio, meu genro e neta. Moramos perto, no mesmo bairro, mas, nem sempre nos  víamos.

Mas, como em todo sonho, as coisas parecem bem diferentes da realidade, o bairro  não era o que conhecia. E talvez a casa deles fosse muito longe, porque eu não conseguia chegar até lá, e estar com eles.
Talvez eles também estivessem procurando por mim...
Na tentativa de todos estarem juntos.


O chão se abriu enquanto eu cogitava essas coisas.
Pessoas gritaram mais.
Eu olhei e segui em frente.
Mas, tive uma vontade repentina de urinar... Procurei um local.  Lá era como um edifício garagem, e cada andar tinha um estacionamento.
Depois de me sentir aliviada, continuei minha procura.


O telefone celular não servia. Não tinha sinal. Isso aumentava o descontrole das pessoas, por não poderem saber a localização exata daqueles que mais amavam...

Chorei. Não poderia acreditar que nunca mais os viria, sem ter dado um beijo e um abraço em cada um deles... 
Porém, nutria a esperança de sobrevivermos e passarmos para a 5 D.

Não só a Terra como conhecemos estava sofrendo a mudança: Todas as dimensões, invisíveis a olhos humanos normais (e somente visíveis aos clarividentes), que coabitavam conosco também:
O mundo Deva era uma dessas dimensões. Ele também tinha que sofrer uma evolução, assim como seus habitantes.

Nesse instante as  dimensões se fundiram, e pude notar um elfo de cabelos negros, compridos e lisos, amarrados para trás, na altura da nuca, e de orelhas muito pontudas, saído diretamente daquele referido mundo, a me olhar estranhamente...
Via em seus olhos que me detestava por algum motivo...
Poderia dizer que sentia um olhar de vingança até...
O que eu teria feito  para ele?


Fui puxada dali, porque um outro homem apareceu, e me disse que havíamos passado muitas encarnações juntos. Que éramos almas gêmeas, e que me salvaria do tal elfo.
Perguntei então, se ele sabia o que eu tinha feito para aquele ser de outra dimensão.
Também não sabia, foi a resposta dele.
Tratamos de sair daquele local o mais rápido que podíamos, pois, era evidente que o elfo  viria atrás de mim e de sua vingança, sem eu nem saber o porquê...

E nesse corre corre, o mundo mudou e eu também.
Acordei na manhã de ontem, e contei o sonho para minha filha caçula, a Cathy, para que se eu esquecesse de algum detalhe, ela me lembrasse.
Só que eu lembrei da maioria, e ela, apenas do tal elfo.

Bem, assim termina esse mini conto baseado no sonho.
Havia feito em prosa poética, gravando pelo meu celular, para depois ao ouvir, escrever aqui... Mas, apaguei.
Decidi escrever diretamente de forma discursiva, assim todos entendem de maneira igual.
A prosa poética nem sempre...

Obrigada pela leitura.
                                        Fátima Abreu Fatuquinha





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