domingo, 4 de janeiro de 2015

TARDES- 18 anos!







TARDES

Sempre foi nas tardes.
Uma entrega intensa de sentimentos.
Não foram tantos quanto os dedos das duas mãos.
Mas, quase isso:
Oito.
Tardes de amantes.
Sabores de paixão.
Cada um deles, no seu tempo.

Dedos entrelaçados, línguas que se tocavam...
Unhas cravadas na carne exposta.
E um murmúrio no ouvido...
Doces gemidos.

Tardes clandestinas
Amores vãos.
Alguns valeram, outros não...

Galopes no meio da tarde.
Uma corrida em que macho e fêmea ganhavam.
Alguns eram doces, outros, selvagens.
Mas no final, a satisfação se fazia
E numa outra tarde, tudo se repetia...

Houve época de ela estar com dois, mas, não ao mesmo tempo:
Cada um, em uma tarde diferente.
Entretanto, um deles às vezes conseguia mais:
E da tarde passava-se para noite... Ele conseguia mais tempo que o outro.
Embora ele fosse o 'selvagem', ela considerava o 'outro' preferido:
Por ser romântico, levava vantagem...

Fátima Abreu



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