domingo, 30 de setembro de 2012

A CARTA QUE NÃO FOI ABERTA




Nunca abri aquela carta.
Ela ficou muda, guardada.
Nunca lembrei,
Talvez não fizesse questão.
Teria dor ali.
Ou apenas palavras pedindo perdão.
Sei disso agora,
Quando por outra pessoa
A verdade me foi revelada.
Mas ainda assim, não abri a carta
De certo que sentiria mágoa:
Afinal, foram tantos anos de união!
Para saber depois,
Que para um homem
É normal tal traição.
Eu, como mulher que perdoa
Já não me incomodo mais:
Um amor novo,
Embora tão diferente de mim,
Hoje, me satisfaz...

FÁTIMA ABREU



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