(Prosa poética)
A gota d' água brilhava sobre a folha verde.
Orvalho da manhã. O sol longe ainda... Primeiros sinais da aurora. O galo na casa vizinha já parara de cantar. Mas outros sons deram lugar: A cachorrada nos quintais vizinhos, os passarinhos nos fios de alta tensão, cantavam suas eternas melodias, de todos os dias...
Outras aves em seu voo matutino, estavam enfileiradas em 'V', e davam um colorido especial ao céu da manhã. O padeiro já estava tocando a buzina, avisando a quem se levantava, que o pão quentinho na sua cesta, ali chegava.
Mas não somente isso, ele trazia: O jornal também. E assim, numa sacola presa em sua bicicleta de carga, as notícias do dia, espalhava...
Olhos cansados ainda, pobre padeiro! Sono lhe roubado bem cedo, quando o céu estava coberto de breu. Mas assim ajudava aos seus pais, colocando a pequena renda que conseguia, nas mãos e sua família.
Os primeiros fregueses abriam os portões para comprar o pão e o jornal. Outras pessoas já saíam para trabalho ou escola: O ponto de ônibus estava lotado.
Mas o 'tagarela'r das crianças novinhas, que eram levadas para a creche do bairro, deixava o clima alegre, e podia-se adivinhar um dia feliz, leve...
Dias de alegria, sempre. Era feliz e ainda não sabia!
Com o passar do tempo, temos uma noção disso: Nas pequenas coisas diárias, encontramos a verdadeira felicidade... Aproveitemos então, antes que o nosso mundo se acabe.
Fátima Abreu
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