terça-feira, 26 de junho de 2018

Dinâmica: Transexualidade Infantil

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034765

https://vilamulher.uol.com.br/famosos/celebridades-com-filhos/filha-de-angelina-jolie-processo-de-mudanca-de-sexo-m0617-731471.html





 
 

Nossa dinâmica sobre o tema exposto no link acima.
A pergunta é polêmica, mas, tem que ser posta em evidência para se ter um debate aqui:

Em que idade você acha que uma pessoa que não se sente à vontade com seu próprio sexo, poderia recorrer à uma cirurgia?
Ou seja: Concorda que uma criança queira fazer essa troca com o apoio dos pais, ou acha que deve ter uma idade certa ( < que 18 anos)?


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Pessoalmente, acho que uma criança que vai passar por todas as fases até chegar à idade adulta, terá também inúmeras mudanças em seu pensar:
Hoje ela quer um brinquedo, ganha, e depois perde o interesse... E se fosse assim, quando a pessoa descobrir que não era bem isso que queria para si?
A cirurgia de troca de sexo já fora feita... Nova cirurgia para voltar ao estado anterior?! Meu Deus! Somos seres mutáveis externa e internamente. E essa inconstância dentro da gente, é que nos faz ter escolhas apressadas...
Acho sim, que caso escolha já adulto (a) mudar de sexo, aí sim, será responsável total pelo seu ato.
Enquanto criança, cabe aos pais cuidar sem reprimir, aconselhando e providenciando para que a criança não sofra represálias em locais em que ela precisa estar, como escola, por exemplo...
Pedir que a tratem com respeito e sem preconceitos, que só levam à depressão do indivíduo em questão.
Lembrando que muitas crianças que sofrem em silêncio, acabam desenvolvendo psicoses além da depressão. O diálogo com os pais deve ser incentivado sempre.
No mais, esperar a idade adulta e seguir a sua vida, do jeito que achar que deve ser.

Fátima Abreu Fatuquinha


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Escrever sobre sexualidade é  muito polêmico: Cada um tem sua opinião... Bem, eu digo que se faça o melhor para o indivíduo.
Na questão sobre a troca de sexo, por enquanto, não há que se debater; Pois, segundo a lei, isso só pode ocorrer após a maioridade civil.
No Brasil se é considerado maior aos 21 anos (não confundir com maioridade penal que e aos 18).

Já a identidade de gênero, pode ser obtida após a confirmação, desde que o adolescente passe por psicólogos e psiquiatras, que avaliam o melhor para o indivíduo.
Lembrando, a identidade social é um direito, mas, o juiz somente autoriza após os procedimentos acima. E ainda institui uma avaliação psiquiátrica judicial, antes de deferir a sentença favorável.

Agora respondendo a pergunta:
Não sou favorável à mudança de sexo antes da maioridade civil.
Mas, sou a favor da identidade social. Especialmente, se a criança estiver em sofrimento como no caso da reportagem.
O que a sociedade pensa é o que menos importa! O que importa é cuidar da saúde física e mental da criança.
Sem mais:

Delonir Cavalheiro


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Eu entendo que para uma criança querer mudar de sexo, ela deve ter a exata compreensão do que seja ser daquele gênero. E isso, não só em relação às questões físicas, também biológicas e sexuais.
Entendo que se faz necessário uma maior maturidade e compreensão, de que somos todos seres em constante mutação; E que mesmo com a aprovação dos pais e/ ou autorização da justiça, entenda-se que o corpo humano é muito complexo, e o cérebro que o comanda mais ainda.

Uma criança antes da maturidade não consegue discernir bem as suas impressões da realidade, e de si mesmo. Se é possível esperar, por que acelerar uma transformação com resultados quase irreversíveis?
A não ser, que haja grande sofrimento. Entendo que interferir no gênero antes da exata compreensão do que isso significa, e das exatas mudanças que isso trará a criança, é precoce e perigoso.

Lílian Furtado


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O tema da transexualidade em crianças:

__ Um tema talvez mais assustador que outros, por se falar em crianças!
Mas, no caso Angelina Jolie, por se tratar do Primeiro Mundo, tudo se torna mais claro; E outra:
Nos EUA, com 16 anos, são praticamente adultos. Isso levaria a um tratamento psicológico, hormonal e etc,  coisas que duram mais de 4 anos, até chegar a certeza da mudança sexual; Idade que a filha dela terá (caso a mídia esteja realmente correta em seu artigo).

__ Aqui no Brasil, somos realmente mais lentos; Enxergamos e tratamos nossas crianças, como se fossem bebês... Realmente eles não teriam condições nenhuma para decidir algo tão sério assim.

___ Minha resposta:
Se eu fosse a mãe (e toda mãe conhece bem seus filhos), depois do tema ser bem debatido, eu deixaria sim.

PS: Sou bem puritana, pois fui criada no interior, e vejo toda nossa genética sendo modificada a cada ano que passa,... Penso que já somos transmutados. Beijoo!

Nandinha ( Maria Fernanda Freitas)


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Dinâmica abordando um assunto bastante atual e polêmico. Na minha opinião, tratando-se do exemplo citado, creio que os pais de Joana conduziram o assunto muito bem.
Apoiaram a filha e lutam pelo espaço e aceitação dela na sociedade.
Lógico, o assunto é polêmico e abre várias vertentes.
Eu, Cida, trato com respeito a escolha do outro. Tem um exemplo mundial muito conhecido, que é a filha de Angelina Jolie.
Enfim, existe o questionamento de um ser em formação, uma criança, sem nenhuma experiência e muito menos, noção do quanto o mundo pode ser cruel com quem julgam ser "diferente".
Confesso que não conhecia a História de Joana. Mas, quantas Joanas existem por aí, hein? Vi que abriu um precedente para acompanhamento e a mudança de documentos.
Não conheço o Universo LGBTQ, mas conheço o Universo de amar e aceitar cada um, como é.
Não sei lidar com nenhum tipo de preconceito.
Que Joana e tantas outras crianças que não sentem-se confortáveis com seu corpo e não aceitam, consigam conquistar seu espaço no mundo.
Afinal, independente de ser ou não trans, existe um ser humano convivendo com seus próprios conflitos e desejando ser apenas feliz.

Cida Nuno





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Tema atualíssimo e com um grau de dificuldade em ser abordado.
Bem, inicialmente, não deixa de ser impactante a escolha e não aceitação de uma criança ao seu corpo.
O primeiro pensamento é: Uma criança sabe o que faz? Já tem este poder de discernimento?
Pelo impacto, até pensei que não; Mas, lendo a história de Joana, percebi o quanto ela rejeitava seu corpo ao ponto de tentar  mutilar-se.

O mundo está em constante transformação e quem sou eu, para julgar ou condenar a escolha do outro?
O exemplo de Joana, mostra uma família que apoia e faz de tudo para que ela seja aceita pela sociedade, e principalmente, seja feliz.

No momento, penso quantas crianças não têm o apoio dos pais e crescem infelizes.
Quantos jovens também vivem em constante conflito interno, e cometem o suicídio por falta de apoio, a não aceitação de seus pais, amigos, etc...

De tudo, antes da questão trans, enxergo o amor com o exemplo de Joana.
Aceitar o outro como é, sem julgamentos, em minha concepção, um grande passo para evolução do ser humano.

Ângela Nuno


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Esse assunto é bem polêmico e difícil de discutir, porque é algo pessoal e quem está de fora não tem dimensão de toda a angústia e conflito vivido, tanto pela criança quanto pela família.
A criança a partir dos 3 a 4 anos, já começa a despertar algo diferente e passa a agir de acordo com o gênero que ela se identifica.

Nesse momento, é importante que os pais estejam atentos a essa alteração de comportamento, e busquem  um profissional na área da psicologia para ajudar a criança nesse processo de descoberta do seu próprio corpo.
Toda mudança que não é vista como "convencional", é difícil de lidar porque vivemos numa sociedade preconceituosa; Mas, não podemos deixar de sermos felizes, e isso implica em enfrentar um mundo homofóbico. Então, vamos enfrentar e lutar pelo direito que todos temos, de viver.

Regina Gesteira









3 comentários:

  1. Gostei muito das respostas de todos aqui. Parabéns grupo de mentes abertas e esclarecidas!

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  2. Eu tbm gostei muito !! se me perguntassem isso há uns 3 ou 4 anos minha resposta seria taxativa em um não bem redondo !! que bom que estamos mais preocupados e amando mais nossas crianças !!

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