quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Ventos da Minha Vida




Hoje não escrevo para tentar vender livros, como antes.

Quando as páginas do tempo passam, os interesses mudam.

A escrita em mim, faz o papel da terapia, e acho que para muitas pessoas é desse jeito mesmo.

Tem dias que o corpo sente o passar dessas páginas... Já em outros, sinto a plenitude daquela antiga juventude...

Danço, canto, escrevo. Vou liberando endorfina, ocitocina, dopamina e quantas forem as da alegria ou calmaria.  Ventos de brisa.

Entretanto, o livro se torna amarelo, com o passar do tempo, as páginas simplesmente ficam assim.

É o fator que nos envia cabelos platinados e depois, da cor do algodão.

Eu pinto. 

Brigo com o espelho, pois, ele não reconhece a minha criança/adolescente interior, mas ela está lá: Linda e fagueira, como nos tempos  idos...

Saltitando como pipoca na panela.


Continuo, embora cansada de tanta coisa, a escrever; para ter como jogar para o mundo, as minhas  melancolias ou alegrias.

Afinal poeta que sou, jogo flores onde há pedras no caminho. Contornando cada uma, faço uma trilha de amor, onde existem algumas lágrimas de dor.


E assim termina essa prosa poética, feita num dia de falta de ar. 

Coisa, que há muito eu não tinha, porém, são retalhos cortados, que de vez em quando se juntam; se transformam não em uma colcha, mas, eu diria, num paninho de mesa.

Ventos fortes, que me deixam agitada, como as marés em noites de lua cheia.

Retalhos renovados, não os de outrora, todavia, de uma nova história.

Eu sou Fátima Abreu, Fatuquinha para os íntimos.

A menina que cultivou sonhos, a adolescente da música, a mulher madura: Escritora, terapeuta, mãe e cuidadora dos pais idosos.

Ventos só mudam de rumo.




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