domingo, 29 de outubro de 2017

Violência Doméstica- Dinâmica




Quando a vida conjugal e/ ou familiar, ultrapassa limites?
Quando o amor e o respeito se tornam um nada...
O conflito se transforma em guerra cotidiana, seja por palavras, ações, ou tormento psicológico.
Esse é o tema da nossa dinâmica do grupo IP, e tem convidados especiais.

Seguem as opiniões:

J. DAVI MIGUEZ

Eu não considero “Homens” aqueles que agridem –“Mulheres”- suas companheiras, e sim machistas que se acham, mas, na verdade eles são inseguros; Pois não satisfazem suas companheiras, e ficam com medo de perder sua propriedade – ELES SE CONSIDERAM DONOS – 
Por outro lado, como não tem argumentação, partem para a agressão.
Quando se refere a violência doméstica, eu não aceito que uma pessoa agrida a outra, em vez de conversar, porém, a tal lei da palmada acho ridícula. É fácil defendê-la quando  a pessoa tem uma babá para cuidar do filho.


ANGELA NUNO

Obrigada pelo convite! O vídeo chamou bastante a minha atenção.
Primeiro, achei interessante como um assunto tão delicado foi abordado de um jeito lúdico e de fácil compreensão.
Um tema que está em voga e quanto mais estiver, a sociedade pode combater regras machistas e que afetam diretamente a mulher.
O vídeo mostra o quanto a mulher sofre pressões e que a violência pode ser e na verdade é, também cometida sem marcas físicas, mas com marcas profundas que machucam, humilham e tolhem a mulher.
Que acordemos para a violência contra a mulher. Basta do machismo barato e da sensação que o homem tudo pode e deve. Sou mulher, quero respeito!



NANDINHA

[21:17, 23/10/2017] : Dinâmica sobre Violência:
Seja doméstica, moral, social e /ou controlar financeiramente, expor vida íntima, e forçar atos sexuais desagradáveis são casos previstos pela Lei Maria da Penha entre muitos outros!

__  Analiso da seguinte forma:
Não resolve denunciar apenas , pois a mesma mulher agredida vai retirar a ocorrência na primeira , segunda, e terceira vez; Até que a Delegada (se for sensata) vai orientar para uma ordem judicial que mantenha o agressor afastado por 500 metros , porém. uma arma de fogo, resolve esse problema ...

__ Mas, se for um "Amor" entre um Psicopata e uma Suicida , deve ser até bonito(!)
Ele diz: Sou capaz de matar por você!
Ela responde: Sou capaz de morrer por você!
Numa situação assim, o circulo é vicioso, e ambos, agressor e vítima,  são inocentes!
Observamos situações horríveis por aí e pensamos: "Que mulher boba, fica sofrendo a toa, é só denunciar e ponto final!
Mas infelizmente, o nosso sistema Governamental, ainda não pensou em tratá-los  como vítimas de distúrbio comportamental, cuidar como se fossem crianças que por algum motivo emocional, convivem socialmente como se não sofressem também!

__ Quero finalizar, afirmando que na minha família nunca houve violência, ao menos que tenham sido aquelas que ninguém sabia que se tratava de violência. Pois, sempre respeitamos as atitudes do outro, em especial quando se tratava de algum parente alcóolatra, que falava alto, ou batia nos móveis para chamar atenção! Na verdade, era só para isso.
 Eu mesma por ser muito intensa, ter o gênio forte, e sempre ser direta demais, cometo "Sincericídio" com meu próximo; Preciso de tratamento? Sim! Preciso cuidar mais de mim , vigiar meus atos  e minhas palavras, antes que isso vire hábito, depois um círculo vicioso, e me transforme numa agressora sem nem perceber...
Estaria criando um distúrbio comportamental, que no final, precisaria de ajuda profissional e farmacológica!

__ Um Beijooo  para todos que por aqui passarem, muita paz, luz e serenidade!
(Maria Fernanda )



PAULO DI MIGUEZ

(Enviou em áudio e aqui coloco o que foi dito):

Meu nome é Paulo Di Miguez, sou artista plástico, fotógrafo, poeta, pelo menos digo que sou, ou tento ser.
Eu não acredito em violência doméstica, violência é violência em qualquer lugar:
No trabalho, no meio da rua... Praticou,tem que ser punido, não tem essa coisa de ficar separando!
Sou radicalmente contra a Lei Maria da Penha.  Acho isso um absurdo. O camarada chega em casa bêbado, bate na mulher, tem que ter delegacia especial por  q fez isso... Não tem que estar separando...
Bateu na criança, no vizinho, cachorro, no gay,tem que ir para outras delegacias especializadas? Que palhaçada é essa? Fez qualquer tipo de lesão, tem que ser processado.
A mídia na atual conjuntura, que comanda isso, mandando e desmandando, agora está passando dos limites:
Os exemplos nas tevês da vida, os artistas de opinião formada sobre tudo... Não é nada disso!
Essa opiniãozinha de fulano, sicrano, não! Que seja cumprida a Lei e reajustada.
Agora, levando em consideração que a sacanagem vem de cima, dos Poderes, fica difícil o de baixo ser punido..

Gratidão, Namastê!



EU, FÁTIMA ABREU

Violência é tudo aquilo que agride uma pessoa.
Essa agressão pode ser psicológica, física e verbal. Também com ações indevidas.
Conheci algumas mulheres e filhos que sofreram todos esses tipos de agressões.
Infelizmente, a maioria demorava a tomar uma decisão ou simplesmente não fazia isso...
Acho que o incentivo de quem está de fora é muito importante para a pessoa envolvida resolver essa questão grave.
Há dias atrás parabenizei uma amiga por ter finalmente saído de casa, já que a situação em que vivia com o esposo, estava insustentável. Muitas vezes esperar que ele saia, pode significar uma eternidade...
Melhor se cobrir de coragem, e sair.
Nunca sofri violência física de marido ou companheiro, entretanto, psicológica, sim.
E dei um basta. Porque ninguém merece viver sob tensão o resto da vida.
O gosto da liberdade e da paz de espírito é algo indescritível!
Que libertem-se todas as rosas, e que os cravos repensem suas atitudes!


DELONIR CAVALHEIRO

Como falar da violência  doméstica?
Essa monstruosidade está presente de forma velada em muitos lares.
Que entendam:
Violência doméstica não é apenas agressão física.
Também é a agressão psicológica e moral.
Sendo que as agressões morais e psicológicas as mais difíceis de serem percebidas.
Ocorrem no claustro do chamado lar. A violência doméstica não ocorre apenas entre marido e mulher. Ela acontece também de pais para filhos.
De filhos para pais e de qualquer membro familiar a ser subjugado por outrem.
Violência doméstica. Seja qual for o tipo, é a maior covardia.
Pois, alguém prega sua força e impinge sua vontade, subjugando os mais fracos.
Temos muitas leis para impedir essa abominação.
Quem é vítima de abuso deve denunciar para se proteger.
Utilize o disk 100. A denúncia é anônima. Não seja cúmplice.
Se você conhece casos de abuso e violência doméstica, use esse número denunciando.
Nesse assunto, todos devemos meter a colher sim.


LÍLIAN FURTADO


[15:46, 28/10/2017] : A respeito da violência doméstica, infelizmente convivi bastante com ela durante toda a minha infância e inicio da adolescência.
Vou contar-lhes parte de minha história:

Meu pai e minha mãe viveram várias situações destas dentro de casa. Não sei como começou mas, infelizmente sei onde terminou.
Ele oprimia a minha mãe física e psicologicamente quase que diariamente, pelos motivos mais fúteis possíveis, digamos assim.
E aos poucos, ela foi deixando de lado os afazeres domésticos e se trancou em um mundo só dela. Começou a desencadear manias e toques, até ficar gravemente doente (e nós os filhos, até mesmo por desconhecimento, não conseguimos ajudá-la da forma adequada).

Creio que tudo isso começou quando a cabeça dela começou a absorver as constantes reclamações do meu pai (que cobrava dela o papel de mulher e dona da casa). Todavia foi ele mesmo quem reduziu esse papel na vida dela com a sua dureza e brutalidade!

 Não. Meu pai não é um monstro, e devo dizer que ele hoje é outra pessoa: Bem mais dócil do que era mas, se comportou como se fosse, com a minha mãe.
Eram brigas diárias, desde meras reclamações, até agressões físicas graves; Isso todos os dias, fazendo ela desgostar totalmente de viver.

Faz 24 anos que ela se foi, diagnosticada com esclerose múltipla; Entretanto, o que a matou mesmo e aos pouquinhos, foi sem duvida os maus tratos e os dissabores da vida conjugal.
Meu pai errou e muito, porém, creio que aprendeu com os próprios erros.

O agressor pode mudar sim (se ele quiser), mas, a vitima jamais se livra das sequelas e cicatrizes de uma relação de opressão e humilhação a qual foi submetida.

O que penso é que se fosse hoje, seria muito provável que minha mãe não denunciasse meu pai por medo, vergonha ou amor mesmo (sim, ela o amou ate o fim).

Contudo, certamente ele repensaria seus atos antes de executá-los.
A violência doméstica é bem mais ampla do que a física, pois a dor psíquica provocada pelas constantes humilhações, vai reduzindo a personalidade da mulher: Pois essa, sofre com a violência a tal ponto, que ela mesma acredita ser a culpada pelo próprio sofrimento.

Felizmente, hoje temos o disk denúncia. Sendo que a violência contra o gênero pode e deve ser denunciada por quem dela tomar conhecimento. Denunciem! Não se calem diante de nenhum tipo de violência.
Não a banalize!


CAROLINA MIGUEZ


A violência psicológica deixa  marcas  profundas nas pessoas. E muitas vezes, as que sofrem esse tipo de violência, nem sabem que estão sendo violentadas e acreditam nas palavras ofensivas do agressor,  provocando danos psicológicos graves, e muita das vezes, não conseguem sair dessa situação sem ajuda de outras pessoas.













sábado, 28 de outubro de 2017

Liricamente Falando

 

Era uma vez, ou seria “Agora é a vez?”

Uma mulher sofrida e mesmo assim, alegre.

Não se deixava abater pelas intempéries da vida.

Chorava e ria com a mesma intensidade.

Tinha sentimentos dúbios essa era a verdade...

Gostava de cantar, escrever, dançar, pintar desenhar, e até atuar, era bem teatral até quando lia... Sim, sua vida era uma Arte alternativa, que só os mais próximos conheciam.

Precisou de muitos anos para cada detalhe fosse saboreado, em sua devida época.

O teatro, entrou nesse contexto, na pré adolescência, assim como, a dança entrou sem pedir licença.

Depois veio a pintura em tela, sem moldura.

Seguiu-se a pintura em gesso, de estátuas que lembravam tempos idos:

Da Grécia sua primeira paixão, para depois pintar casais de beduínos do quente deserto que aqui lembra o sertão.

Desenhava no papel, tela ou tecido. Gostava disso.

Era um prazer à parte. Pois, nessa época despertava a libido.

Por último veio a escrita lírica e também em prosa. Falava de guerras internas e rosas.

A cantoria veio bem depois. Não sabia também que podia... Embora, uma nota ou outra desafinasse, era pela asma que tinha.

Mas no geral era boa e doce sua voz. E encantava uma ou outra pessoa, que ouvia suas gravações; Fosse em poesias ou canções.

E assim, vivia fazendo da Arte sua grande válvula de escape...

Sonhos, tinha vários: Um fora realizado, mas, o principal, até aquele momento ainda não havia conseguido.

 

Estava perto e não sabia. Aqui começa o romance.

Eu, eu também, nós e você


 

Por: Fátima Abreu Fatuquinha

Maricá RJ, Outubro de 2017



CONTINUA NO NOVO LIVRO EM PRODUÇÃO...

 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

DECLARAÇÃO

 
Eu declaro o que sinto.
Não pensei que daria nisso.
Algo que brotou nem sei em que momento.
Tampouco torci para isso...
 
Pois, meu coração andava fechado para a paixão.
 Depois de tantas tempestades, natural que fosse assim...
 Mas, é na tua calmaria, bonança, que encontrei outra vez a força desse sentimento.
E é tão bom esse sentir, que me alimenta por dentro.
Fatuquinha
 
 

domingo, 22 de outubro de 2017

Quando o Amor Chega´poesia sensual


Você é o vinho que embriaga e aquece meu corpo e me transporta para um mundo mágico onde só existe nós dois.
E cada vez, essa bebida mansa, fica com sabor melhor...
 
Lembrando brindes em que se falava sobre prazer, eu fecho os olhos e imagino (quando estou sozinha), ficar novamente com você...
Nesses momentos, a única coisa que penso é em o quanto me faz feliz!
Sempre tua Fátima, aquela a quem chama de Imperatriz...
 
FÁTIMA ABREU





sábado, 21 de outubro de 2017

ROSA LIBERTA-republicado



Habito em novo local:
do zero, eu recomeço,
tentando levar uma vida normal.

Não sei se sou mais forte agora...
ainda sensível me encontro,
só sei que a atitude me consola.

Sou uma nau a procura de um cais seguro.
sou o frio, esperando o cobertor.
sou a esperança de um novo futuro...

Alcanço enfim, um voo maior:
a liberdade sonhada,
por tempos almejada.

Sou tristeza contida.
entretanto, rosa liberta!
sem corrente, sem ferida.

Apenas um nó desfeito,
e um olhar de compreensão,
de que tudo nessa vida, tem uma razão.

Fátima Abreu

Rosas Acorrentadas 2-republicado

 


As rosas continuam acorrentadas.
Presas, sem saber quando terão liberdade.
Embrulhadas em papel apertado.
Com laço e tudo! Contra suas vontades.
Já para que não respirem...

Rosas sufocadas pelos cravos.
Antigos parceiros de jardim.
Tornaram-se algozes
Pobres rosas acorrentadas!
Emudeceram suas vozes.

Fátima Abreu


ROSAS ACORRENTADAS 1-republicado



ROSAS PEDINDO LIBERDADE!

O ORVALHO NÃO É MAIS COMPANHEIRO

DESDE QUE FORAM PELA MANHÃ, COLHIDAS

TORNARAM-SE PRESAS


VÍTIMAS DAS CORRENTES


UM DOCE BUQUÊ, NÃO PODE ASSIM SE MANTER...


LIBERDADE PARA AS ROSAS!

E QUE CAÍAM SOBRE ELAS,

O ODOR FORTE

DO CAMPO, 

ONDE FORAM 

TÃO TRISTEMENTE SUBTRAÍDAS...

ROSAS, SÃO MULHERES


QUE QUEREM DAR UM BASTA,


REPRESENTADAS PELA SUAVIDADE

DO BUQUÊ

E QUE DIGAM NÃO, À VIOLÊNCIA! 

QUE AS CORRENTES SE QUEBREM,

DEIXANDO CADA BOTÃO CRESCER...

FÁTIMA ABREU


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

COM TODA FORÇA



Amor não se explica, acontece!
E entramos COM TODA FORÇA por dentro dele...
Amor não se compara. Cada um é do seu jeito.
Amor gruda enquanto durar.
O coração é a ferramenta.
A paixão é o estímulo.
E a libido é fome e sede despertas...

Fátima Abreu

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Dinâmica: Cura Gay?

Dinâmica do fim de semana passado (do meu grupo Ip), mas, que devido ao feriadão, somente eu e Lílian Furtado fizemos.

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Falando sobre o tema...

Eu, Fátima Abreu

A tal "Cura Gay":

Eu não consigo entender que outras pessoas possam decidir se uma coisa é certa ou errada para os demais. Citam livros religiosos. Tudo bem, desde que a pessoa envolvida no problema, siga essa ou aquela religião.
Caso contrário, o que serve para um, pode não servir para outro, essa é a verdadeira questão.

Já pela ótica espiritualista, posso dizer também:
A tendência para a homossexualidade pode estar já no espírito que venha a encarnar.  Isso não é uma doença, pelo amor de Deus! Pode ser apenas uma escolha pessoal ou uma tendência do indivíduo desde jovem.
Doença da alma então? Claro que não! Encarnamos inúmeras vezes, cada vez de um jeito: No sexo, nação, raça, religião, caráter, situação financeira, saudável ou não, etc.
 Muitas vezes até viemos num corpo com o sexo que não queríamos, e é essa talvez, seja a primícia da homossexualidade.
Agora, viver num corpo que se rejeita, aí sim, pode ser algo a tentar um tratamento... Entretanto, somente o individuo pode decidir se quer ou não, algum apoio psicológico!

Acho que cada um segue aquilo que quiser, desde que não faça mal a outrem.

 Isso tudo somente torna-se um dilema, se o restante das pessoas pintar o quadro dessa maneira e então, você achar que precisa de tratamento. 

Ora bolas! Quem é dono do seu corpo e da sua mente? Você ou a sociedade?
 Você se mete nos assuntos alheios? Da mesma forma, quer respeito igual.
 Não deve-se parabenizar este ou aquele comportamento, porém, deve-se respeitar cada ser humano, como indivíduo dentro as sociedade, como gostaríamos que fizessem conosco.
Pôr-se no lugar do outro, ainda é a melhor resposta para questionamentos desse tipo.
Não julgueis!


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Lílian Furtado

Sobre a "Cura Gay":
A minha opinião, é que se trata de um equívoco muito grande, tratar as orientações sexuais diferentes como uma doença. Não é que a pessoa que sofre com a sua condição não possa buscar tratamento médico e psicológico, mas, a sua orientação não pode ser imposta pelo Estado e sociedade.

O que o Estado deve fazer, é possibilitar que todos os que sofrem com essa condição, obtenham apoio psicológico para que possam resistir ao preconceito e a discriminação, sem deixar de serem quem são.

Não deve haver imposição do  Estado / sociedade nas suas escolhas de vida.
Por isso, a intervenção jurídica foi um equívoco e gerou mais polêmica e discordância, entre aqueles que querem seguir a sua orientação sexual, e aqueles que acreditam ser possível com a ajuda psicológica, que isso possa vir a ser modificado, de acordo com a vontade do indivíduo.
Eu particularmente, creio que se trata de uma condição humana. ou mutação genética talvez, menos uma doença a ser diagnosticada.
O que deve ser tratado sem sombra de dúvida, é toda forma de preconceito e intolerância!

Infância

Infância
 
Nos meus tempos de menina, eu era serena.
Ainda via o mundo cor de rosa.
E me deixava ser levada pelos desenhos e filmes que na TV passava...
Olhava as nuvens no céu, querendo achar anjos.
Imaginava poderes fantásticos, em que podia tudo fazer.
Brincava de casinha, pique, professora... Amava ler.
Corria solta pelo quintal dos meus avós, a toda hora.
Quando chovia, eu ficava da janela, só escutando a água caindo e gostava disso.
Hoje, já nem tanto:
São acordes que relembram pranto...
Era feliz, apesar do corpo frágil.
Tinha olhos que brilhavam, contemplando o luar.
Fazia desenhos e bonecas de papel para brincar.
 
Fatuquinha
 
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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

FRANCISCO DE TODA PARTE- republicado




A  jovem era uma rebelde sem causa, acabara de sair da adolescência, fase difícil, quando os hormônios mandam mais no corpo do que a razão...

Caminhava pela estrada encolhida pelo frio e chuva. Não tinha ideia aonde estava naquele momento, tinha sido deixada ali, após um sequestro relâmpago no estacionamento do shopping center.
Horas antes havia se divertido muito com a sua turma do primeiro semestre da faculdade.
Resolveu pegar a moto e ir embora antes que a cerveja a deixasse sem controle da visão ou do equilíbrio...
Despediu-se então da turma e seguia para o estacionamento, quando alguém a abordou pelas costas, e ela conseguiu sentir a lâmina roçando em sua carne...
Ele sussurrou baixinho ao ouvido:
- Quietinha garota! Agora sobe normalmente e vamos embora...
Ela obedeceu sem tentar olhar o rosto do seu agressor.

Virou a chave e ele subiu em seguida, segurando a jovem pela cintura. Ele ainda com a faca ameaçadora apontando para suas costas, por baixo da jaqueta.

Saíram dali sem chamar atenção. Pareciam apenas namorados.

Já em certa altura, ele pediu que ela lhe desse a bolsa para ver se tinha cartão de banco ou dinheiro.
Encontrou apenas dinheiro e um celular de última geração que deveria lhe render um bom dinheiro...
Então ele pegou o que realmente interessava, e enfiou no bolso da calça jeans surrada, e rasgada na altura do joelhos.
Depois disso, pediu que ela parasse e descesse ali, no acostamento da estrada que levava à Vargem Grande.
Ela obedeceu sem abrir a boca para reclamar: Naquele momento,  a rebeldia foi calada...
O delinquente então, tomou seu lugar na moto, e virou-se para a jovem dizendo:
 - Bonitinha como é, logo tem gente te dando carona.
Ela segurou um palavrão, que chegou a vir na ponta da língua... Mas, as poucas aulas de psicologia que recebera, ajudaram naquele momento.

A boca que muitas vezes respondia seus pais em casa, fechou-se num mudo nervosismo...
Ele saiu rindo da cara dela.
A moça "bonitinha" não achava que ali, aquela hora da noite, numa estrada escura, tivesse a chance de alguém socorrê-la...
Colocou a mão na jaqueta, ainda com um impulso involuntário de pegar o celular para ligar para seus pais... Sempre o levava rente ao corpo, por que dessa vez, teve que colocá-lo na bolsa?
Balançou  a cabeça achando-se uma tola, com tal pensamento: Seria óbvio que ele acharia o celular de um jeito ou de outro... Nem que tivesse que apalpá-la para isso.

Seguia de cabeça baixa, olhando o chão molhado, e sem muita esperança de algum carro passar por aquele atalho... 
Era uma estrada pouco usada, só conhecida pelos moradores do local.

Foi assim desanimada, e sem prestar atenção em nada além da imensidão que aparecia em sua frente, que uma pickup apareceu com faróis altos. Ela então saiu daquele quase "transe" em que estava, para bloquear o desespero e a vontade de chorar...

Um homem dos seus 40 anos aproximadamente, parou com o carro e falou abrindo o vidro:
- Menina, o que te aconteceu para estar aqui só, pegando essa chuva, nessa estrada quase sem iluminação?

Ela olhou já com uma lágrima descendo pelo rosto, e respondeu:
- Acabei de passar por um desses "sequestros relâmpagos"... Pode me dar uma carona para sair daqui?
- Venha, entre logo, antes que pegue uma pneumonia! Deixo você em casa ou numa delegacia?
- Em minha casa, tudo que eu quero agora, é um banho morno e minha cama... Pela manhã dou queixa.

 O homem nada disse, e apenas destrancou  a porta para que ela entrasse e a levou para casa. 
Seguia um itinerário que não era o seu realmente, só para poder ajudar aquela jovem: Pensava que poderia ser uma filha, sobrinha, que pudesse estar nessa situação, e agradeceria à Deus ,se alguém tivesse a mesma atitude...
Ao deparar com a porta do edifício onde morava, ela desceu do carro, e disse virando-se para o homem:
- Eu estava tão preocupada comigo mesma, que não perguntei o seu nome...
- Meu nome é Francisco. E o seu?
- Meu nome é Madalena, mas me chamam apenas de Lena... Obrigada pela carona, do fundo do coração! Como posso ajudá-lo, retribuir esse grande favor? Talvez  uma ajuda...
- Não quero nada, Lena, fiz porque se fosse alguém da minha família, na mesma situação, iria agradecer muito se ajudassem da mesma forma. Mas, você pode retribuir um favor a outra pessoa, isso se chama "CORRENTE DO BEM". Já ouviu falar?
- Não, só em filme...
- Então, ponha em prática na vida real a partir de agora, e em breve essa corrente pode chegar até o outro lado do mundo!
- Sim, farei isso! Obrigada mais uma vez... Chico.

Ele sorriu, percebendo que ali começava uma nova perspectiva de vida... Apertou a mão da moça, e disse:
- Diga ao seu pai para lembrar do dia quatro de outubro.

A jovem estranhou, mas, fez que sim com a cabeça. 
"Ah, deveria ser porque hoje era esse dia, e ele teria de lembrar..."
Quando Lena fechou a portaria do prédio, deu mais uma olhada pelo vidro, e não viu mais a pickup.
Chico deveria estar com muita pressa mesmo... Afinal, tinha saído do seu caminho para levá-la até ali.

Ao entrar em casa, ela relatou tudo aos pais. E por último, deu o recado que Chico havia pedido...
O pai imediatamente ficou aturdido. Lena e a mãe notaram a mudança de expressão no rosto do homem.
A mãe dela, então perguntou:
- Mas, o que foi homem?
- Foi exatamente há um ano, que passei por essa mesma estrada, e atropelei um cãozinho que atravessava... Nunca contei por esquecimento talvez, sei lá...  Fato que não me importei, e segui sem parar para ver se ele ainda vivia...
 Lena então disse ao pai:
- Eu estranhei tudo isso... Mas, vou fazer o que ele me pediu, retribuir um favor a outra pessoa.

 A mãe disse:
 - Faz muito bem, minha filha.
 Foram todos deitar, entretanto, Lena mesmo depois do banho morno e relaxante de banheira, e estando em sua cama, não conseguia dormir...
Foi até a janela olhar a rua, e do alto do quinto andar, viu uma figura vestida como um monge. Ele tirou o capuz sobre a cabeça, e acenou exatamente para a janela, como se soubesse que ela estava ali...

Não conseguia identificar quem era, mas, de uma coisa sabia: 
Teria que seguir os sinais.
A Corrente do Bem recomeçava...


Fátima Abreu Fatuquinha






terça-feira, 3 de outubro de 2017

Dinâmica Natureza & Primavera

 
 
A Natureza e a Primavera-
Como separar uma da outra? Não tem como. A estação das flores é inspiradora!
Há beleza em todo lugar, basta saber interpretar...
No sorriso da criança, há natureza...
No jardim de sua casa ou vizinhança.
Na Lua cheia que se destaca no breu da noite...
Nos animais que correm solto nas matas e pradarias...
Na noite que se faz dia!

Fátima Abreu Fatuquinha.


... Do dia que se faz magia, encantado quem é do bom dia.
Mas, para ser do bom dia, é preciso a Natureza respeitar, suas cores apreciar, e acreditar que para tudo, é preciso amar ...

Nandinha
 
 
Ver o dia amanhecer
Num esplêndido alvorecer
A passarada de algazarra
A Primavera, a todo instante, florescer.

Delonir Cavalheiro

.
Não se separa Natureza e Primavera
Se for um dia ensolarado , a diversão é garantida , vamos todos viver a vida!
Mas se for um dia chuvoso , com música suave a envolver , nem pensar em tédio :  
É melhor aceitar que o romance está no ar .
A natureza é mesmo uma mãe , sempre dando um jeito de nossa vida enfeitar ...

Nandinha
 
 
 
 
 
 
A primavera é conhecida como estação das flores, onde tudo parece começar a renascer.
As cores da natureza se intensificam e vão mexendo com os nossos sentidos, tornando tudo mais leve.
Nos despimos das pesadas roupas de inverno, porém, ainda não estamos prontos para o verão, pois a primavera é uma estação de transição entre as duas anteriores.
Tudo nos faz sentir mais dispostos e renascidos para a vida e as atividades cotidianas:
Pois o clima agradável, nos presenteia com as lindas cores da natureza.
Deixemo-nos levar pelo encanto desta estação, e que nossa mente se permita florir de ideias.
Também de pensamentos e ações positivas; Especialmente de amor para com a humanidade.
Que venha a primavera, e que possamos florescer junto com ela.
 
Lilian Furtado 
 
 
 
 
 
E com a Natureza da Primavera, nos cobrimos do colorido da estação:
 Flores muitas, de nuances lindas e aromas doces...
Presente da perfeição do Criador:
 Formosura em forma de flor!
A estação convida a muito mais do que um visual bonito:
 É momento de abrir o coração é se deixar levar...
Além do vento morno e da chuva do fim de tarde.
Brotar o verbo amar...
 
Fátima Abreu Fatuquinha