sábado, 8 de dezembro de 2018

Duetando Com Pablo Neruda Novamente

O TEU RISO



"Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas
não me tires o teu riso.
(...)
ri, porque o teu riso será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
(...)
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando os meus passos se forem,
quando os meus passos voltarem,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas o teu riso nunca
porque sem ele morreria.”

Pablo Neruda

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O meu riso não te negarei, até porque, é porta aberta de minha alma, tanto quanto os olhos...
Tampouco tirarei o prazer da primavera!
Quando flores brilham ao primeiros raios do sol, e pássaros vem ao meu encontro, acordar-me toda manhã.
O que quero para mim, também quero à todos.
Incluindo a ti, obviamente...
O pão então, nem pensaria te tomar da boca. Não sou louca.
Não vejo a vida pelo prisma do interesse ou da ganância!
O que quero na verdade, é ter palavras doces, para meus escritos. Esta é sempre minha ânsia.
A tua luz um dia se apagou, não foi culpa minha, o passado foi quem a levou.
O ar, esse que não pode nos faltar! Não tirei de ti. Faltou-lhe apenas.
E se acaso pensas que sim, só poderei dizer-te que tenho-te alguma pena...
Bem, aqui encerro esses escritos que nunca chegará a ler.
Pois, se tudo para ti, foi poesia, aqui é uma lembrança agora, coisas de teus dias nessa Terra.
Outrora.
Tempos de poesia lírica, e que tocava a alma de toda gente.
Uma planta que renasce com tua boa semente.
A ti, Pablo Neruda.
Fátima Fatuquinha Abreu








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