https://noticias.gospelprime.com.br/novo-governo-sanciona-lei-que-permite-a-aluno-faltar-a-aula-devido-a-religiao/
O tema de nossa primeira dinâmica do ano é sobre o conteúdo do link acima.
Você concorda com isso?
Acha que será motivo para muita gente que não pratica religião alguma, se valer disso, e faltar aulas, inclusive provas?
Foi dito que poderiam ter segunda chamada sem ser cobrada, ou até se fazer um trabalho valendo a nota da prova...
Em tempos de mudanças, acha que isso é válido?
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Lílian Furtado:
DINÂMICA:
A respeito da modificação da lei de diretrizes e bases da educação, modificada pelo então Presidente da República, que permite o aluno faltar a aula por causa da sua religião:
Eu não me oponho e acho válido, porque creio que se deve respeitar as práticas religiosas desde que isso não interfira de modo negativo toda uma classe de estudantes.
Veja bem que o texto fala que o aluno por requerimento prévio, pode pedir para não comparecer a aula no dia que a sua religião determina como o dia de adoração; Que normalmente é o dia de sábado para os adventistas e judeus (inicia no pôr do sol de sexta-feira e vai até o pôr do sol de sábado).
Todavia, não explicita se o aluno deverá comprovar a condição de praticante da sua religião, o que creio eu, deverá ser feito... Sim, com o intuito de que estudantes que não seguem determinada religião, se prevaleçam da lei para simplesmente faltar a aula por qualquer motivo.
Creio que a condição do aluno de praticar sua religião, deve ser comprovada de alguma forma.
Não vejo prejuízo aos demais, desde que aquele aluno em dia alternativo, tenha a mesma exigência escolar atribuída aos demais:
Seja mediante provas ou apresentação de trabalhos escolares, para que se possa tratar a todos com igualdade, mas, respeitada a desigualdade existente entre os desiguais.
Aproveito para destacar que o Estado é laico, de modo a garantir o respeito à todas as religiões! Embora alguns políticos e até mesmo o então Presidente da República, insistam que certos dogmas ou práticas religiosas devem ser adotadas... Esquecendo-se de que não se pode impor conceitos e práticas da sua crença em toda uma sociedade, desrespeitando a liberdade religiosa de cada um, e também daqueles que não professam nenhuma religião.
Mas, voltando ao assunto principal: Não vejo como privilégio ou prejuízo, aos alunos religiosos a alteração legal de algo que na prática, já se configurava.
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Eu, Fátima Abreu:
Nasci na religião católica. Aos meus 11 anos, entrei para o espiritismo. E devido aos preceitos da Umbanda precisei ficar 21 dias de branco, e usando minhas guias no pescoço. Naquela época, não poderia faltar aula por motivo religioso, já que eu teria de ficar exclusa durante esses 21dias...
Estava de "resguardo", e usava lenço branco na cabeça para não usar um turbante, pois, chamaria mais atenção.
Então, para não perder o ano, por faltar naquele mês alguns dias, eu usava a roupa branca por debaixo do uniforme escolar com as guias (que faziam volume)... Os colegas até percebiam, mas, só as meninas mais chegadas, me perguntavam o que era aquilo tudo.
Talvez se tivesse uma lei para isso na época, eu pudesse ter pedido uma dispensa... Mas, não sei se essa lei vai ajudar somente os que professam a religião evangélica ou judaica.
Acho que teria que ser para todas as religiões que existem no país.
Não pode ser favorecido apenas um grupo religioso; Onde ficaria a democracia nisso?
Hoje sou uma pessoa que faço a minha religião:
Sigo algumas coisas do Kardecismo, também do catolicismo (ainda) e sou esotérica. E da Umbanda, me afastei nos últimos anos.
Além do mais, tem o fator comprovação (que acho que os pais ou responsáveis, deveriam tomar a frente, e levar a coordenação do estabelecimento de ensino), porque poderiam fazer disso um caos, com evasão escolar, daqueles que detestam estar estudando...
Foi dito que poderiam ter segunda chamada sem ser cobrada, ou até se fazer um trabalho valendo a nota da prova... Quanto a isso, não aceito diferenças: Se a classe faz prova, o aluno que faltou tem que fazer também, sem regalias...
Tudo deve ser adaptado. Mas, lembremos que o Estado Brasileiro é laico.
E ninguém também tem que ter religião definida. Se isso se transformasse em lei, seria uma ditadura.
Hoje se pode ir à uma igreja, e amanhã, estar em um templo budista, sinagoga, mesquita ou a um centro espírita... Ou ainda ficar em casa e não ir a lugar nenhum.
Ah, os ateus também são filhos de Deus, só não acreditam no Criador...
E nem por isso deixam de ser cidadãos brasileiros.
O ideal seria o respeito ao próximo e às diversidades.
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