quinta-feira, 22 de junho de 2017

Duetando com Neruda 2



 Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
... Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus."

Pablo Neruda

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Adeus... E nunca foi o último na verdade...
Porque levo-te junto a mim em cada instante em que subtraio o ar.
Levo-te também nas canções que os meus ouvidos sorvem.
Lembranças de momentos de nossa completa intimidade conjugal.

Ah, quisera que amar não fosse esse conjunto de querer lembrar e ao mesmo tempo esquecer!
Quisera arrancar do peito toda a agonia do dia da despedida!
E quando, amor meu sei que grita meu nome no breu da noite, se revirando e tentando não pensar em mim...
Eu correspondo cá, de alguma maneira, pois o sono se vai embora, pela noite inteira...

Fátima Abreu Fatuquinha
 
 
 

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