Que ventania a vida traz!
Dias de lágrimas que retornaram a descer pela face.
Dias que o nó volta a garganta.
Dias que a palavra fica sem ser dita.
Não adianta, o diálogo fica só na mente...
Parece que o mundo está sendo carregado nas costas!
Até agora o vaso forte, ainda aguenta.
Balançando aqui e ali, mas, de pé!
A mesa está cheia, encurralando o pobre jarro a um canto...
E a ventania lá fora continua.
Espera!
Ele não vai cair se alguém lembrando dele, o segurar.
Tem momentos que mesmo um jarro forte, precisa ser acariciado como peça rara que é!
Porque ele cai e se quebra, se não tiver ajuda externa.
O vento está lá. Balançando as cortinas, querendo chegar até a mesa, onde o jarro está.
Alguém feche essa janela, ou mude o jarro de lugar!
Ajudar é preciso, mesmo que ele não esteja a reclamar.
Fátima Abreu Fatuquinha ( o jarro )


Nenhum comentário:
Postar um comentário