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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Céu Escuro de Antes, Arco Íris de Hoje- Resetar e Reiniciar- 1



Há Algo De Novo no Ar...

Naquela manhã  Briana Hope estava certa de que algo havia mudado. Não sabia o quê.
Mas, a sensação estava ali, latente...
Penteou os cabelos loiros, olhando no espelho e observando seus olhos diferentes também.
Certo, era porque estava tomando corticoide naquela semana, por conta da asma que a perseguia já uns quatro anos.
A alergista fora categórica: Sem aquilo não teria melhora rápida, e tinha que sair daquela crise.
Os olhos estavam fundos e as olheiras marrons, davam um ar de noites mal dormidas.
De fato, sim, estava também dormindo mal, com a falta de ar constante, e a sensação de cansaço era grande!

Sua alegria nesses dias, era saber que tudo tem começo, meio e fim. Então, a asma iria embora, depois do tratamento, pelo menos por um tempo. Outro fator a mantinha esperançosa:
Talvez uma nova etapa para seu coraçãozinho, dolorido de tantas coisas no passado, fosse começar naquele mesmo mês de abril:

Era fim do mês, e fazia uns dois dias que ela havia recebido um telefonema dele: O conhecido com quem ela se esbarrava o tempo todo pela cidade, onde quer que fosse.

Coisas assim, ela sabia, estavam predestinadas a seguir em frente. Sua intuição não a enganava nunca!
Na verdade, desde criança sabia que era intuitiva, e que seus "dons" eram como um sinal a ser respeitado.
Ela sentia. Isso era o bastante. Sabia que em algum momento, ele falaria sobre isso.
E realmente foi o que aconteceu:
Entre um café e outro, o acerto entre duas pessoas maduras; Eram livres para viver esse relacionamento.

Aquele mês de abril de 2017 estava mesmo sendo atípico:
Primeiro um pé torcido, depois de uma corrida matinal (que levou a um inchaço) a fazia mancar, e mesmo com anti inflamatórios, a dor continuava. Depois uma virose, tipo aquelas que todo mundo fica nessa época de outono, parecendo forte gripe, e depois a crise de asma.
Sim, estava abatida com tudo isso e aquela forte sensação que tudo estava diferente... Pensava que os corticoides poderiam estar mexendo também com seu raciocínio e estivesse ficando meio "pirada".

Entretanto, a boa nova era ele em sua vida. Isso compensava todo aquele mês de molho.
Ela se recuperou e marcaram o primeiro encontro.
Como ela já adivinhara antes, tudo deu certo e a sintonia era total.
Dali em diante, seriam as descobertas de gostos e coisas do cotidiano.


Ela falava da metafísica das coisas, ele apenas escutava. Era cético, mas, respeitava o modo de ser de Briana.
Sabia que nada que argumentasse sobre os assuntos que ela comentava (místicos ou ciência ligada à espiritualidade), mudaria seu modo de pensar.
Ela tinha tudo formado na sua mente, sobre esoterismo e assuntos misteriosos desde adolescente:
Vivia em livrarias, sebos e bibliotecas, fuçando aqui e ali, para encontrar livros com temas como Triângulo das Bermudas, Crânios de cristal e artefatos estranhos da Antiguidade, Viagens no Tempo, Universos Paralelos, extraterrestres e seus OVNIS, intra terrenos de Shamballa e Agharta entre muitos outros que ela gostava de pesquisar...

Era bem diferente das mocinhas da época, que gostavam de discoteca e bla bla blá sobre celebridades da TV e cinema em revistas semanais.
Essas coisas ela considerava futilidades.
Para Briana, havia um Universo de coisas a serem descobertas nos livros! Não tinha tempo para as besteirinhas das colegas de colégio.

Assim ela seguiu por anos, sempre se atualizando nas coisas que lhe causava interesse.
Com o advento da Internet, esse leque de possibilidades estava no toque das teclas e na tela a sua frente.
Ela descobriu mais mistérios:
Lia tudo que podia sobre a Nova Era, a Grande Fraternidade Branca, 5D, a Transição Planetária, a Física Quântica ligada a tudo isso...
Claro, um tema puxando outro, e ela também chegou ao chamado "Efeito Mandela"; Briana só descobriu, depois de perceber em seu próprio dia a dia.
Pois, é uma gama de coisas que se acha, depois de se experimentar o tal efeito...

Briana falou ao namorado sobre isso. Ele, como sempre, ouvia seus "devaneios" sem opinar muito. Embora, aquele homem, com sua mente tendendo para a Lógica, tentasse encontrar explicações plausíveis. Briana imaginou seu pai por instantes, falando da mesma forma.
Eles eram bem parecidos.

Continua...

Fátima Abreu Fatuquinha




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