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terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Dinâmica: “O que a memória ama, fica eterno”
Texto recebido pelo whatsapp:
“O que a memória ama, fica eterno”
Quando eu era pequena, não entendia o choro solto da minha mãe ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro. O que eu não sabia é que minha mãe não chorava pelas coisas visíveis. Ela chorava pela eternidade que vivia dentro dela e que eu, na minha meninice, era incapaz de compreender. O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocada por pequenos milagres do cotidiano.
É que a memória é contrária ao tempo. Enquanto o tempo leva a vida embora como vento, a memória traz de volta o que realmente importa, eternizando momentos. Crianças têm o tempo a seu favor e a memória ainda é muito recente. Para elas, um filme é só um filme; uma melodia, só uma melodia. Ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade.
Diante do tempo envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente parte. Porém, para a memória ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis. Nossos filhos são crianças, nossos amigos estão perto, nossos pais ainda vivem.
A frase do título é de Adélia Prado: "O que a memória ama, fica eterno". Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente. Quando nos damos conta nossos baús secretos – porque a memória é dada a segredos – estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo.
A capacidade de se emocionar vem daí: quando nossos compartimentos são escancarados de alguma maneira. Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você – foi o fundo musical de um amor, ou a trilha sonora de uma fossa – e mesmo que tenham se passado anos, sua memória afetiva não obedece a calendários, não caminha com as estações; alguma parte de você volta no tempo e lembra aquela pessoa, aquele momento, àquela época...
Amigos verdadeiros têm a capacidade de se eternizar dentro da gente. É comum ver amigos da juventude se reencontrando depois de anos – já adultos ou até idosos – e voltando a se comportar como adolescentes bobos e imaturos. Encontros de turma são especiais por isso, resgatam as pessoas que fomos, garotos cheios de alegria, engraçadinhos, capazes de atitudes infantis e debilóides, como éramos há 20 ou 30 anos. Descobrimos que o tempo não passa para a memória. Ela eterniza amigos, brincadeiras, apelidos... mesmo que por fora restem cabelos brancos, artroses e rugas.
A memória não permite que sejamos adultos perto de nossos pais. Nem eles percebem que crescemos. Seremos sempre "as crianças", não importa se já temos 30, 40 ou 50 anos. Pra eles a lembrança da casa cheia, das brigas entre irmãos, das histórias contadas ao cair da noite... ainda são muito recentes, pois a memória amou, e aquilo se eternizou.
Por isso é tão difícil despedir-se de um amor ou alguém especial que por algum motivo deixou de fazer parte de nossas vidas. Dizem que o tempo cura tudo, mas não é simples assim. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band aid na dor. Mas aquilo que amamos tem vocação para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando. Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que amamos pode ser facilmente reativado por novos gatilhos: somos traídos pelo enredo de um filme, uma música antiga, um lugar especial.
Do mesmo modo, somos memórias vivas na vida de nossos filhos, cônjuges, ex amores, amigos, irmãos. E mesmo que o tempo nos leve daqui seremos eternamente lembrados por aqueles que um dia nos amaram.
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A dinâmica: "Que memórias eternas guardamos dentro de nós"?
Lílian Furtado:
[22:24, 29/1/2019] Dinâmica: "Que memórias eternas guardamos dentro de nós?"
As memórias que guardo com carinho são da infância, que apesar de não ter sido muito alegre devido ao contexto vivenciado (em razão da doença da minha mãe), tenho saudade de quando ela estava viva e ainda capaz de interagir conosco.
Lembro de certa vez, ainda criança, deitada em minha cama, me descobria de propósito para "forçar a minha mãe a chegar perto de mim";Com o argumento de que ela tinha de me cobrir com o lençol.
Ela era uma pessoa distante de mim, presa em seu próprio mundo, devido aos diversos problemas que tinha, e não era acostumada a demonstrar afeto.
Então, eu criança, inventei uma forma de trazê-la para mais perto de mim.
Da minha mãe talvez seja a memória mais forte de demonstração de afeto.
Mas, tive vários outros, em especial guardadas até hoje... Como no dia em que conheci meu grande amor na faculdade, em um dia que era véspera do dia das mães.
Daquela noite até o dia de hoje, nos separamos em várias ocasiões, mas, nunca nos deixamos totalmente.
Após 14 anos nos demos conta que o nosso sentimento é para valer, então, reatamos.
Dores, perdas, amores, decepções e muitas memórias da infância são eternas para mim, entretanto, essas duas citadas acima, tem destaque especial.
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Eu, Fátima Abreu:
Guardo memórias da minha meninice, e me pego olhando o céu novamente na intenção de achar Jesus e anjos espalhados por lá, em forma de nuvens...
Dos passeios com meus pais em criança: Do cinema, praia, tudo enfim...
Um marco na lembrança, são os almoços do lado de fora da casa, nos domingos, com todos aqueles que já se foram (tios, avós, padrinhos) e com os poucos que aqui ainda estão (meus pais, irmãos e primo).
Lembro das brincadeiras com meu irmão Paulo, na chácara da vovó...
E os nascimentos dos meus 3 filhos.
Lembro de cada viagem feita!
Dos aniversários de 15 anos de cada um. E da primeira comunhão da minha filha do meio, Izabel.
Lembro da primeira vez que Davi (meu querido)chegou em minha casa, em abril de 2017 para me propor nosso relacionamento, que cuidamos de preservar...
E ASSIM SE TOCA A VIDA, COM MEMÓRIAS QUE ESTÃO NO ARQUIVO.
As boas, vamos lá e reabrimos para sentir tudo aquilo outra vez; Já com as más lembranças, podemos deletar, jogando na lixeira da mente...
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As Memórias Eternas
Doces lembranças da meninice, adolescência e vida adulta.
Coisas que ficaram ali, guardadinhas e etiquetadas pelo Sr. Tempo.
Ficaram eternas, e dessa vida, é o que se leva.
Um almoço aqui, um cineminha ali...
Uma festa, um passeio especial.
Amizades e amores.
E coisas que se contam além dos dedos das mãos.
Esse Sr. Tempo nunca apagará se nossa mente estiver sã.
Com isso, a gente conta!
Mas, se não for assim, quem viveu tudo isso conosco, irá se lembrar tanto quanto nós!
De dias doces, das nuvens supostamente de algodão...
E de palavras e risos nossos, vindos diretamente do coração.
Fátima Abreu Fatuquinha
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