Arquimedes não gostava de seu nome, fora dado pela avó, fã de História Geral, que gostava muito desse grande cientista da Antiguidade Clássica.
Se pudesse trocar de nome, queria mesmo ser chamado de Sherlock, pois admirava o detetive fictício.
Crescera inventando, fantasiando ser como ele. Mesmo na escola, aos 10 anos, ele tentava desvendar coisas complicadas, como 'sumiços' de objetos inexplicavelmente, durante a aula...
Era só para mostrar à sua turma, que ele seria muito bom nessa profissão.
Mas nem tudo é como planejamos na infância e ao se tornar adulto, sua vida tomou outro rumo (já que detetive não lhe daria voos mais altos que os caprichos da sua esposa "perua", pedia)...
Certa tarde, ele estava no aeroporto quando presenciou algo suspeito.
Nada lhe fugia aos olhos atentos, pois isso ele carregara consigo a vida inteira: Sempre achando que aqui e ali, havia algo a ser desvendado, uma conspiração ou algo do tipo.
Percebeu que dois homens trocavam envelopes grandes, mas não eram passageiros de algum voo, não traziam mala ou mochila. Estavam vestidos com roupas pesadas, porque era inverno, mas um deles, usava sobretudo de couro, parecendo esconder mais alguma coisa por dentro.
Pode observar também, que ele usava luvas e o outro não...
O primeiro, certamente não queria deixar suas digitais nos envelopes.
Arquimedes, por detrás de seus óculos escuros, fazia uma cara desconfiada e fechada.
Quem olhasse para ele, naquele momento, acharia que ele estava de mau humor com alguma notícia que acabara de ler no jornal, aberto em suas mãos.
Usando de seu instinto " detetivesco", ele seguiu o homem de sobretudo, pois achava que ele era mais suspeito de tramar algo, do que outro, pelo uso das luvas. Fora do perímetro usual dos passageiros, ele escondia-se atrás de uma carreta cheia de malas, para observar.
Foi quando, pego de surpresa, uma mão pesada sobre seu ombro, bateu em suas costas a seguir.
Arquimedes virou-se e um policial bem sério, disse-lhe:
_ Se quer um conselho amigo, deixe qualquer suspeita com a polícia.
_ Deve estar enganado policial, eu nada sei sobre aquele senhor...
_ Pois o observamos seguindo essa pessoa.
_ Não. Há um equívoco aqui, apenas estava seguindo o mesmo rumo que ele...
_ Para o avião particular dele? Acho que não. Desculpe mas tenho que pedir que volte para dentro do aeroporto ou serei forçado a prendê-lo por estar em área restrita.
Arquimedes baixou a cabeça e voltou para dentro do aeroporto desolado...
Talvez estivesse atrás de algo sensacional: Uma possível conspiração multinacional...
Poderia falar disso no futuro, por horas, com seus filhos...
Quando sua esposa "perua" finalmente deixasse que eles viessem ao mundo!
O seu instinto não falhara, pois de certa forma, era algo "grande":
Aquele homem era um importante cientista, passando dados atualizados para um agente do governo, sobre uma terrível arma biológica!
Fátima Abreu
Moral:
Em toda suspeita, há uma pouco de verdade!
Muito interessante seu conto, cara Futuquinha. Como todos os seus textos o poemas, não poderia ser diferente, todos muito bons.Minhas leituras são rotineiras. Bjs de continue com sucesso.
ResponderExcluirMUITO OBRIGADA PELA LEITURA, FICO MUITO FELIZ QDO DEIXAM AQUI 1 COMENTÁRIO, ACHO A INTERAÇÃO NECESSÁRIA, PARA SE SABER SE A MINHA ESCRITA, AGRADA À TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS, PQ ESCREVO PARA JOVENS E ADULTOS. UM FORTE ABRAÇO DAQUI...
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