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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Poder Feminino III


O grupo das dez mulheres, seguiria para Ofir, guiadas pelas ninfas trigêmeas, que eram as únicas que conheciam a localização do óraculo.
Desconfiadas, as irmãs que vieram da Terra de Melanie, aceitaram a proposta, por estarem sem alternativa para regressarem ao seu próprio mundo.

Teriam que passar pelo rio lodoso: era uma verdadeira armadilha para uma mulher, se fosse do nosso mundo. Mas para as Senhoras, que eram munidas de magia e poder sobre os elementos, isso não seria problema. Entretanto, suas cópias nada tinham de especial. Quando a primeira passou, já sentiu-se isso:
O rio lodoso, tragava-a como areia movediça... Suas irmãs a puxaram com força para retirá-la dali.

Pheobe, ergueu então seu cetro de poder para o rio, transformando-o através do fogo: o lodo tornou-se uma superfície petrificada, onde todas as outras puderam passar, depois do esfriamento da rocha, pela água que Amanda fez surgir de suas mãos.

Depois de 3 horas de caminhada, pararam para comer e procurar alguma fonte de água para Amanda entrar e restaurar suas forças e poder. Já estava esgotando seu prazo de 12 horas: logo suas pernas dariam lugar à uma bela cauda azul cintilante.
Somente 12 horas depois, poderia seguir viagem com o grupo, ao ter suas pernas novamente...
Isso era um grande obstáculo para  a viagem, mas tinha que ser assim, porque todas teriam de estar juntas, quando chegassem à Ofir.

 O segundo obstáculo na viagem veio logo depois de 2 horas que tinham recomeçado a caminhada: uma cadeia de montanhas erguia-se à frente e não havia como passar, teriam que achar outro caminho.
Taís, com sua sabedoria, ergueu sua ave e a enviou para procurar. Os olhos da ave tornavam-se seus: o que ela via era passado para sua dona.
Taís descobriu então, uma gruta. Essa passagem as levaria até o grande vale, que daria já bem perto da cidade de Ofir.

As 3 ninfas as guiavam cantando e dançando tão naturalmente, como era a caminhada para as outras.
De súbito, ouviram um barulho ensurdecedor, era um dragão desgarrado de seus companheiros que habitava as Terras do Oeste, onde Pheobe era a Senhora.
O dragão era fêmea, procurando seu filhote que havia saído do ovo, mas agora estava desaparecido. Certamente alguém o havia levado do local onde estava.
A fêmea agitada, somente parou com o som temeroso, quando a Senhora do Fogo, ergueu seu cetro na direção que vinha.
Telepaticamente domou o dragão fêmea, e soube o porque dela estar fora da sua terra de origem.

As 5 irmãs de Terra da Melanie, tomadas pelo medo do enorme dragão, ficaram escondidas atrás de rochas e moitas.
Mas as ninfas cantaram em volta do dragão fêmea acalmando seus instintos.
Pheobe então, lhe disse através da telepatia, que ajudaria a encontrar o filhote, desde que se comportasse.


Uma promessa que seria cumprida com certeza, pois para a  Senhora do Fogo, seria fácil rastrear o pequeno ser que soltava seu elemento pela boca.



Filipa montada em um de seus cavalos, seguia à frente, pois estava preocupada: logo anoiteceria e os perigos noturnos eram grandes naquela região, além disso, as 5 'cópias', eram muito lentas, resmungavam o tempo todo, visivelmente aborrecidas com a demora.
Finalmente as ninfas apontaram para uma entrada, mostrando que ali era a Terra 'lendária' de Ofir.
Filipa desceu de seu cavalo e disse para todas as outras mulheres que ali estavam:
_ Vou na frente, o 'Coração' deve sempre ser aquele, que abre as portas para o restante.



 As suas quatro irmãs detentoras dos elementos da natureza,  esperaram juntamente com as demais, até que Filipa cruzasse o lago que separava o lugar onde aguardavam, da entrada (um portal) de Ofir.
Ali, Sofia, a sábia, daria a resposta para o que acontecia: o desequilíbrio no Universo gerado pelo encontro de pessoas que não deveriam ter contato em hipótese nenhuma...

continua

Fátima Abreu

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