Páginas

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O AMOR CURA... Republico

REPUBLICANDO (ACONTECEU 3 ANOS ATRÁS)


Vendo um programa na TV, onde retratava o 'corre corre' da vida no aeroporto, as "Chegadas e Partidas", me emocionei com o depoimento de uma família,
( existem poucas, diga-se de passagem, como esta ) sobre o cuidado que tiveram durante 3 meses com uma senhora que não era sua parente, aliás, nem a conheciam antes!
Mas, com muito amor e atenção, cuidaram dela sem lhe deixar faltar nada...

O chefe da família, o pai, motorista aposentado, emocionou-se muito com a situação da senhora ( que por sinal, tinha a mesma idade que ele, mas devido a doença parecia ser sua mãe ) e acolheu no seio de sua família, sem nada mais pensar, apenas e somente, em ajudar ao próximo.
Como sou emotiva ao extremo, ao final da entrevista dada à Astrid Fontenelle, eu já estava com os olhos marejados e minha filha, veio me abraçou e disse:
_ Ah, mãe como você é sensível! Se emociona até com programas da TV...

Ao que eu respondi:
_ Minha filha, eu me emociono porque sei com esse exemplo de caridade cristã, que ainda tem gente de coração muito bom por aí, e isso me conforta: saber que nem tudo está perdido nesse mundo individualista, onde cada um só sabe pensar em seus interesses... Essa família provou sim, que se pode ser caridoso e abrigar mesmo aqueles que não se conhece: porque é muito fácil você ajudar um amigo conhecido, agora, uma completa 'estranha' como era essa senhora, é difícil alguém querer abrir sua casa para receber...

Ela me abraçou mais uma vez, deu um beijinho na minha testa e voltou para o pc, para conversar as banalidades de adolescentes...
Eu fiquei ali parada, olhando para o controle remoto na minha mão, depois desliguei a TV, e voltei aos meus afazeres.
Pela manhã, resolvi escrever esse artigo que fecho com poesia, contando o caso em detalhes, com palavras sentidas pelo meu coração:


O Amor Cura!


Ela não conhecia aquela moça,
Que estava em sua frente.
Sem ter para onde ir, acabara de sofrer 2 cerebrais acidentes:
E estava com um aneurisma também...
Perdera o controle de sua vida,
Precisava da ajuda de alguém...

A cadeira de rodas, agora era sua companheira.
A moça simples, mais faceira,
A olhava com dó...
Teria que fazer algo por ela,
Afinal, era como se fosse agora, sua avó...

Resolveu a levar dali,
Para casa, junto de sua família...
Seria cuidada com amor e atenção
Disso, ela sabia...

Ao chegar em casa, a moça apresentou a senhora aos familiares.
Os pais dela, acolheram a doente, sem nada questionar.
Bastava saber, que nada iria lhe faltar...

Foi se recuperando rapidamente, cercada de carinho.
Contrariando a quem achava que não tinha jeito,
Ela já falava de mansinho...

Ao final de 3 meses, ela já era outra,
Diferente da senhora adoentada, que na casa chegara...
Entraram em contato com sua filha em Rondônia,
Acertaram que ela voltaria para seu estado de origem.
Bastava conseguir levá-la de avião.
Coisa que o pai da família conseguiu então...

Parcelou as passagens de ida,
Mas voltaria de transporte rodoviário,
Deus o agraciou, e sem notar
Uma passagem aérea, de volta conseguiu arranjar...

A família toda foi ao aeroporto se despedir, daquela senhora
Tornara-se a 'vovó emprestada'
De netas, que agora choravam
Com a partida dela, emocionadas...

Mas deixou claro que acompanhava a 'vovó'
Para saber se cuidariam bem dela
Não poderia perder,
Tudo aquilo que sua boa família,
Conseguira em apenas 3 meses, fazer...

Existe muito de Deus em tudo isso!
Mas inegável de sinalizar,
Que sem o contato e acolhida dessa caridosa família,
Nada ela teria, de esperança, nessa vida...

FÁTIMA ABREU

Nenhum comentário:

Postar um comentário