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terça-feira, 13 de maio de 2014

AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ...

PEQUENO CONTO DE ROMANCE (reeditado)

* Aqui  sou Dóris e minha filha Thalia Catarina, é Tifany.





"AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ"...

CAP I


Dóris sabia que estava certa. Sua vida mudara da água para o vinho, literalmente quando conhecera Heitor. Muitas pessoas olhavam ‘torto’ para ela depois disso...
Não que ele fosse algum marginal, viciado ou coisa parecida. Era apenas bem diferente das pessoas de seu mundo suburbano...

Heitor gostava de chocar, mostrava logo com uma coisa que hoje em dia, é como se fosse uma verdadeira bomba, jogada sobre as pessoas: Era ateu.
Isso já fazia com que o mundo se virasse contra ele, ainda mais uma família onde todos tinham religião, como a de Dóris:
Alguns eram católicos, outros evangélicos, outros, espíritas.
Já por esse motivo ele desagradava.
Gostava de ROCK PESADO, e quando estava em casa, ouvia altíssimo.

As calças jeans viravam bermudas esfiapadas e frequentemente fazia furos largos, dando um jeito de parecer surrado.
Mas, nem sempre era assim:
Quando saía para outros lugares ele se vestia adequadamente.
Na verdade, Dóris desconfiava que ele tivesse dupla personalidade ou transtorno bipolar.

Ainda assim, ela estava apaixonada por ele.
Já havia se acostumado com o jeito de ser dele, e a mudança brusca de atitude o tempo todo. Tinha momentos que parecia um adolescente roqueiro, em outros, um velho, quando escutava música clássica...
Dóris se sentia viva com ele! Isso era o mais importante para ela. Sua vida com o falecido marido tinha sido muito trabalhosa, embora o tivesse amado muito.
Ele estivera doente por mais de quinze anos. Casara cedo, adolescente ainda, sua vida se resumiu a partir daí, em cuidar de marido, filhos e negócio próprio.
Já com Heitor, era um ritmo de vida diferente agora, novas coisas foram agregadas ao seu cotidiano desde que decidiram ficar juntos.

Heitor e Dóris estavam apaixonados, e com ele Dóris dançava, cantava...
Algumas vezes (no início do relacionamento), em dias de sábado, iam até o centro do Rio.
Depois que as lojas fechavam, saíam cantando e dançando em meio aos prédios e ruas.

Faziam muitas caminhadas também na restinga e pelas praias semi virgens (porque aos poucos estavam sendo descobertas por vários grupos, nos fins de semana)...

Heitor acordava Dóris, com o café na cama, algumas vezes com flores colhidas bem cedinho lá na restinga.
Tinham uma vida sexual ativa, que para ambos era super importante isso, pois constituía 90% do bom relacionamento entre eles. Os outros 10%, cabiam a convivência e tolerância.



CAP II

A vida não andava bem, financeiramente, para Dóris e Heitor.
Ele trabalhava por conta própria porque cursou publicidade, porém, não estava empregado mais, e ali para onde se mudaram, as coisas eram muito mais difíceis do que no Rio. Não havia muita expectativa de melhoria.

Dóris como pensionista do primeiro marido, basicamente punha o dinheiro nas contas... Para piorar a situação o aluguel era bem maior do que na casa anterior, as despesas aumentaram consideravelmente.


No fim do mês era só sufoco, contando os dias para virar o mês e ter seu pagamento no banco...

Dóris adotou uma maneira de viver, de nunca se meter na vida de ninguém, para que não desse o mesmo direito aos outros...
Mesmo com todo esse ‘aperto’, ela era feliz ao lado de Heitor!

Passara tantos anos, cuidando do primeiro marido, das clínicas e hospitais para casa, que merecia agora, vivenciar um romance!


Ele pensou em levá-la para morar com sua família num bairro do Rio, ali não precisariam pagar aluguel, e consequentemente a vida deles voltaria ao normal, como no início...
Mas seria muito ruim para ela e a filha, porque deixariam de ter as suas próprias coisas, para utilizar os outros, pois não poderiam levar seus móveis, teriam de vender tudo e levar apenas o necessário.

Além disso, morar com família de marido, é briga na certa! Sem falar, que elas se sentiriam estranhas, numa casa onde antes, nunca tinham colocado os pés...
Não, essa não era a melhor opção!
Ficariam então onde estavam e continuariam tentando melhorar de vida.
Todos sofrem os efeitos da crise, os dias estão difíceis, repetia Dóris para si mesma.

Mesmo com o aumento dos pensionistas, de nada adiantava para Dóris, devido as suas despesas que aumentaram desde que mudaram para outra casa. Mas teve de ser assim, porque o antigo senhorio pediu a casa.
Eles teriam que se virar em dois meses para achar outra e mudar. Procuraram todos os dias em imobiliárias, por telefone, fazendo longas caminhadas, visitando as que estavam com as placas de aluguel, mas nada servia: Eram bem mais caras, ou tinham vazamentos, ou ainda, estavam em local perigoso, etc.

Apenas essa que optaram, cabia ficar. A construção era semi nova, apenas um inquilino estivera ali antes, por seis meses.
Teoricamente estava tudo bem...
Mal entraram, e uma série de problemas começou.

Sem falar num episódio que ocorreu no dia de Ano Novo:
Dóris e Heitor dormiram cedo, afinal apenas eles estavam na casa:
A filha de Dóris tinha ido passar as férias de dezembro, na casa dos parentes no Rio.

O casal então passou tanto o Natal, quanto o Ano Novo, completamente sozinhos na nova casa.
Lá pelas 02h30 min da madrugada, ainda se escutava fogos aqui e ali.
Entretanto,  isso não atrapalhava o sono deles.

A chateação foi o que veio depois:
Batidas fortes no portão de madeira, que eles imaginaram atordoados pela sonolência, que fossem em outra casa. Ou talvez algum vizinho que veio dar "Feliz Ano Novo".
Se fosse esse o caso, eles manteriam tudo mesmo às escuras, para que percebessem que eles não estavam em casa, ou dormiam...

Mas, alguém continuava a bater e gritar coisas incompreensíveis. Finalmente conseguiram abrir o portão, de tanto empurrar...
Dóris estava nervosa, uma invasão! E se estivessem armados para um assalto?

Eram três homens, visivelmente embriagados. Heitor foi até eles, que já estavam dentro do quintal da casa, e disse:
- Vocês, estão procurando quem? Entraram na casa errada.

Um deles, perguntou se não era a casa do tal dono. Heitor disse que agora essa casa estava alugada para ele.

Eles ficaram sem jeito, porque eram parentes do dono, queriam dormir na casa, mas não sabiam que agora estava alugada, pediram desculpas pelo transtorno  e foram embora.

Dóris e Heitor viram como estavam vulneráveis ali, porque se fossem bandidos mesmo, teriam rendido
aos dois.
E se, por acaso Dóris não tivesse Heitor como marido, ainda estivesse solteira? Imaginou como estaria indefesa, a filha estando no Rio e ela sem um homem ali, para cuidar dela...

Nossa! Era nesses momentos que agradecia por ter conhecido Heitor, ele a fazia se sentir segura e protegida. Mesmo ele sendo temperamental, ela contornava as situações, e se davam bem. 
Era isso que a família dela não gostava nele também, porque ele não media as coisas que dizia, saía assim... Até que no caso dos três homens, ele tinha sido bem calmo, Dóris pensou:
" Deve ter sido o outro lado da personalidade dele, que o manteve calmo"...

Ele era o homem mais educado do mundo quando esse lado aparecia, mas poderia ser o oposto, quando a outra personalidade surgia...
Dóris aprendeu a conviver com isso, todos nós temos nossos segredos da alma, uns mostram, outros guardam dentro de si, e esses que são os piores!
Quando essas pessoas ditas ‘tranquilas’ emergem em fúria, podem se tornar perigosas...
Melhor então ser como Heitor, mostrar quem é! Se gostarem dele, ótimo! Quem não gostar, paciência...


CAP III

Na companhia de Dóris, ainda estava Tifany, a caçula.
Dóris sabia que quando ela se tornasse adulta, sairia de casa. Esse também era um dos motivos para não ficar só. Ainda bem que tinha Heitor!



Ele lhe faria companhia durante os próximos anos...
Mas a adolescência de Tifany não era nada fácil para Dóris.
Já apresentava sinais disso, desde os dez anos de idade.

O pai de Tifany, na época ainda vivo, certo dia disse a Dóris:
- Tenho pena de você. Estou doente tem tempo, qualquer hora já me vou. Mas você vai ficar e conviver com ela desse jeito vai ser bem difícil!
- Eu sei...
Dóris pensou por um momento, como seria bom que se os filhos parassem de crescer aos seis anos, ficassem todos com essa idade. Tifany era um anjinho aos seis anos:
Compreensiva, amiga, carinhosa... Agora, era bem diferente.
A adolescência de Tifany trouxe problemas para Dóris que ela não tivera com os outros filhos: 
Tifany era deprimida, podia ficar dias sem falar com ninguém, dificuldades de se relacionar com as colegas, ao mesmo tempo, poderia ser agressiva com as palavras... 

Desenvolvera também uma tendência para a anorexia, comendo pouco. Isso deixava Dóris mais preocupada ainda!
Se ela ficasse fraca, anêmica, todos que não soubessem o drama que Dóris passava com ela, diriam que ela estava sem querer comer porque a mãe tinha arrumado um marido novo. O que não era a verdade!

Ela estava assim porque a 'moda’ da escola era ser magra. Algumas meninas do colégio já haviam desmaiado por fraqueza.
Dóris estava já pensando em ir até a escola, pedir à diretora que convocasse uma reunião extra, para falar do assunto com as mães.





CAP IV


Heitor em nada acreditava, mas Dóris era muito espiritualizada, em consequência disso, ela tinha premonições, sonhos, e algumas poucas vezes visões tanto das vidas passadas como do futuro.

Quando estava em seu primeiro casamento, ainda no Rio, certa vez foi chamada pela vizinha para fazer encomenda de empadas e pastéis de forno. Ela foi tomar ciência da encomenda.

Ao chegar à casa de sua vizinha, uma senhora dos seus setenta anos, não esperava que fosse uma tarde de revelações:
Elas começaram numa conversa que se tornou longa, pois tanto Dóris com a senhora gostavam muito de falar.



Em dado momento, a senhora que era kardecista, teve uma mensagem espiritual para ser dita a Dóris:
- Filha, você tem sofrido muito, e por tanto tempo, junto com o seu esposo doente.
Saiba que o porquê disso, se deve a ter assumido uma missão, ainda lá no plano astral, de cuidar dele aqui na Terra. Ele tinha débitos a recuperar em relação ao Carma, e você se ofereceu para ajudá-lo a conseguir. Dando-lhe atenção, carinho e cuidados.

- Então eu aceitei essa missão... Bem, tenho por filosofia de vida, aceitar tudo que Deus põe no meu caminho, que seja então! Eu sempre irei continuar a cuidar dele, enquanto ele ainda viver...

- Faz muito bem, Ele não é sua outra metade, mas ainda assim você cuida dele até ele fazer a
passagem...
A sua alma gêmea anda por aí, pode ser que um dia você encontre...

- Quem sabe se ainda há tempo para ser feliz?


Dóris não sabia quem era sua alma gêmea, mas sabia de uma coisa:
Heitor não era!  Porém, tal qual o primeiro marido ela foi levada por forças superiores até ele.

No primeiro momento que soube que ele era ateu, descobriu isso...
"Mais uma missão para mim... Transformar um ateu!"
Sim, era isso que tinha que fazer, com muita paciência, carinho, dedicação, tolerância e amor.

Além disso, trataria de domar o lado oposto da dupla personalidade dele, para que o lado bom fosse o predominante.
Ela o amava assim como amou ao falecido marido. Queria o bem de Heitor. Dóris amava ao próximo.

Entretanto, em uma de suas visões de vidas passadas, ela já estivera com ele antes:
Foi ele quem a esfaqueou no coração, ocasionando sua morte na vida anterior.
Havia além de tudo, um acerto de contas, um perdão da parte de Dóris para com ele.

Mais carmas em situação de resgate.
O coração dela, antes abatido pela faca assassina em outra encarnação, batia cheio de amor pelo seu algoz de outrora.


CAP V

Cada dia para Dóris se transformava em desafio. Havia momentos que tinha vontade de estar em algum lugar que ninguém a conhecesse, recomeçar do zero.
Com seu novo marido, de preferência.
Heitor fazia de tudo para agradar Dóris, no início.
Embora como todo casal, existia dias de desacordo...

Dono de uma vasta cultura sabia reconhecer sinfonias, só de ouvir a introdução.
As nomeava, para que Dóris apreciasse os grandes clássicos com ele. Escutavam juntos um programa de rádio, especializado em concertos.

Agora, quando Heitor escutava o seu rock pesado, Dóris saía de perto. Porque para ela, aquilo era uma barulheira só.

Além disso, na literatura conhecia os grandes autores estrangeiros, pelos incontáveis livros que leu.


Quanto à Dóris, a área mais marcante na sua vida era a da saúde.
Fez curso se especializando em doenças infecto contagiosas e transmitidas por vírus ou bactérias, tinha conhecimento de vários fármacos, pois também teve curso de laboratório.

Com a doença do primeiro marido (falecido), ela vivenciou o seu lado "enfermeira", colocando em prática tudo que aprendeu de doenças e remédios.

Muito embora, Dóris também seja adepta das Artes.
Ela também gostava muito de cozinhar, quando morava no Rio, era conhecida pelas suas empadas, pastéis de forno e outros quitutes para colocar em sua lanchonete.

Sem falar nos fins de semana, quando as pessoas iam até lá para saborear seus deliciosos almoços. 
Quando não queriam comer na lanchonete, ela providenciava as 'quentinhas' para que eles pudessem levar para casa.
Era dessa maneira que ela levava a vida naquela época: Cuidando dos três filhos, do marido doente e da lanchonete.
Pegou quatro estafas.

"Mas tudo isso é passado... E quem vive de passado é museu", pensou Dóris.
Olhava pela janela da casa, percebendo que os vizinhos já começavam com as queimadas de todas as tardes... Isso muito a incomodava.

Ela e Heitor pensavam no momento em endireitar suas vidas, para além da satisfação pessoal, mostrar para os parentes de Dóris, que podiam ser felizes sem nada faltar.
O relacionamento deles era de cumplicidade.



Certa manhã, Dóris pegou a mão de Heitor, deu um beijo suave e disse com olhos marejados:

- Eu te conheço desde os meus seis anos de idade, apenas não havíamos nos encontrados antes do destino fazer o seu trabalho...

Heitor que nada entendia da espiritualidade de Dóris, ficou sem entender como ela poderia conhecê-lo.
Em dada época da infância, Dóris tinha medo do anoitecer.
Sabia que depois que todos da casa estivessem dormindo, aquele homem de cor parda, empunhando uma faca, daria o golpe certeiro em seu coração.

Ela tinha nítida, essa visão:
De outra 'Dóris' que viveu em outra carne, em época diferente, e que era assassinada por esse homem...
Apenas via um rosto desfocado, um borrão, não conseguia distingui-lo bem.

Durante anos, cogitava se um dia iria conhecer o tal homem que aparecia em suas visões de uma de suas vidas passadas...

Um dia, tempos depois que estava com Heitor, ela viu um 'flash' no rosto dele, quando estava sobre si, em um momento de intimidade.
A visão se modificou, indo e vindo...
Aquele foi o momento que ela compreendeu tudo.

Ela tinha visões futuras também. Soube antes da nora, que ela estava esperando um filho:


Um dia, um menininho de cabelos bem negros e olhinhos puxados, estava na beirada da sua cama, dizendo ser o netinho de Dóris, que ainda viria:

- Não fique assustada, eu sou seu neto que ainda vai nascer.
- Então você vem dessa vez? (Dóris disse isso, referindo-se aos dois abortos naturais, que sua nora teve antes)
-Venho sim, meu nome é Alex, mas, vão me dar outro nome.

Dizendo isso, ele sumiu...
Dois meses depois, a nora estava grávida do Gui...

Dóris, lavando a louça, algum tempo depois de Gui ter nascido, se lembrou do fato dele ter se apresentado como Alex...

Deu um sonoro:
'Descobri!'

Alex... Era esse o nome que sua mãe dera ao gêmeo de sua irmã Alexia, quando ela perdeu o feto ainda com três para quatro meses, e apenas Alexia ficou no útero.
Então, Alex vinha agora como seu netinho, não como seu irmão, como teria sido muitos anos antes!



Dóris e Heitor em sua vida juntos tinham seus desentendimentos e alegrias como qualquer casal.
Mas era a união que os guiava, mesmo com todas as suas diferenças...

Dóris achava que envelheceria com Heitor ao seu lado.
Ele sempre dizia entre uma taça de vinho e outra:

- Sabe Dóris, é impossível não te amar! Eu tenho obrigação de te fazer feliz! Você me deu vontade de novo, de viver... Eu já pensava em sumir desse mundo, quando te conheci, e aí você com esse seu jeito de pessoa desprotegida, mudou tudo...

Dóris se sentia bem com essas palavras, porque ele não era de dizer 'EU TE AMO' o tempo todo, como a maioria dos homens diz por aí, só para conquistar uma mulher e talvez algumas vezes, levar para a cama, antes de se entediar dela.

Não ele não era assim! Quando ele dizia isso, era olhando nos olhos de Dóris, em momentos que ela não esperava.

- E sabe de outra coisa, Heitor? Ainda que “o mundo caia” sobre nós, eu sei que você me protegerá sempre que puder. 
Essas palavras foram seladas com um beijo bem apaixonado...


A vida segue.
Muitas dificuldades  como sempre teve:
Falta de dinheiro, problemas emocionais e de saúde.

A filha, Tifany (agora já quase adulta), com suas mudanças de humor e depressão de vez em quando, continua a preocupar.
E com Heitor, também há problemas:
Pois seu temperamento bipolar continua variando o tempo todo.
Entretanto, Dóris é forte, guerreira, e ainda continua a sonhar...

Fátima Abreu





Final Fictício:


A Terra estava em seus últimos dias, totalmente condenada! Ninguém mais envelheceria, tudo se esvaia assim, de um minuto para outro...
As últimas transmissões pelos meios de comunicação chegavam à Terra, ainda alguns satélites  funcionavam.
Mas em breve nada mais funcionaria... As explosões solares estavam quase em sua totalidade...
O fim era iminente.
NAS RUAS DE TODAS AS NAÇÕES, AS PESSOAS SE DESESPERAVAM, OUTRAS AJOELHAVAM E REZAVAM NA ESPERANÇA DE QUE UM MILAGRE ACONTECESSE!
Os cientistas haviam avisado desde setembro de 2012...
Agora chegara o dia fatídico para o planeta.
Dóris telefonara para seus parentes, que trocavam palavras de amor e arrependimento, ao mesmo tempo. Se soubessem que o fim de todos estava tão próximo, teriam estados mais tempo juntos...
MAS AGORA TUDO ISSO ERA PASSADO, FICAVA PARA TRÁS!
Heitor estava ao seu lado abraçado, e a filha Tifany também.

OLHAVAM PELA JANELA, A ONDA SE APROXIMAVA, PODIAM VER O CÉU VERMELHO EM CHAMAS, E
DEPOIS A ÁGUA INVADIU TUDO, O FOGO NO CÉU QUEIMOU O QUE RESTOU DE UM PLANETA, ONDE
TUDO FOI DADO POR DEUS, E O SER HUMANO NÃO TEVE CUIDADO PARA MANTER...


Depois, cada ser que na Terra viveu, foi encaminhado em estado etéreo para sua nova orbe, a casa que ocuparia segundo seu merecimento e progresso espiritual...
O lugar parecia uma cidade da época do apogeu greco-romano:
Pilastras de mármore, jardins...
Dóris viu ao longe uma mão que lhe acenava...
Os olhos se encontraram num reconhecimento de eras!
Encontrara finalmente sua alma gêmea!
Dóris deixou cair uma lágrima de emoção, caminhava a passos largos de encontro ao seu
verdadeiro amor.

AINDA HÁ TEMPO PARA SER FELIZ, pensou...

Fátima Abreu

4 comentários:

  1. eu acredito em uma nova vida e que nada vem sem uma razão de ser
    estamos aqui para um propozito de deus seja ele bom ou mal mas estamos no lugar certo determinado por ele
    a lei do carma cauza e efeito
    tudo que fazemos de bom ou ruim prestamos conta de nossos atos
    vijiar e orar são palavras santas
    para mim é ficar alerta saber o caminho melhor a seguir e orar para que DEUS nois conduza e nois mostre o camiho do bem
    se DORIS CONVIVEU EM HARMONIA MESMO COM SUAS DIFERENÇAS SUAS DUALIDADE DE PERSONALIDADE E SOUBE DOMINAR TUDO ISSO PROVA QUE ELE FOI PERDUADO POR UM ATO DE FURIA QUE TIROU SUA VIDA PASADA
    E NO MEIO DESTA DUALIDADE DE PERSONALIDADE E DE SUA DISCRENÇA O AMOR ENTRE ELES 2 SUPEROU AS DIFICUDADE TRAZENDO UMA VIDA NOVA PARA ELE E UMA ESPERANÇA DE FELICIDADE PARA ELA
    MUITO BOM

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    1. Sim, Edla vc está certíssima! Eu, aqui como a personagem Dóris, vivenciei tudo isso, sei o quando é importante o PERDÃO. Espero que o meu final fictício (pq não houve a destruição da Terra), seja pelo menos bom, quando eu achar minha alma gêmea...Obrigada pela leitura, mais uma vez aqui no meu blog. PAZ, LUZ NO TEU CAMINHO, AMIGA. Vc é uma pessoa abençoada. Beijinhos.

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  2. PAZ, LUZ NO TEU CAMINHO, AMIGA.
    AMIGA BOA TARDE

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