( UM POEMA ÉPICO: BELLE ÉPOQUE )
O porto nunca estava vazio,
Sempre com barcos, navios...
A tristeza do olhar dela, comovia:
Ela apenas observava quando as naus chegavam,
Ou os barquinhos pesqueiros descarregando.
Nada ali mudava, todos os dias era o mesmo,
Desde a madrugada...
Perdia-se em seus pensamentos,
Dúvidas, lamentos...
Amores esquecidos,
Poemas ditados ao pé do ouvido...
Não era fácil esquecer,
Tudo que ali, ela passou a viver...
As dores das perdas,
A própria delicadeza!
Tornara-se estranhamente grosseira,
Devido ao 'baques' da vida...
E não era difícil encontrá-la a brigar,
Com 'esse' ou 'aquele',
Que quisesse dela, abusar...
Dentro dela, havia esperança ainda!
Dias iriam levar,
E seu tormento interior, certamente iria passar...
Observava atenta, as damas que passavam
Com seu chapéus e vestidos que varriam o chão,
Sombrinhas de babados e um ou outro bordado...
Nada disso era para ela!
Apenas o cheiro dos peixes, no cais do porto
Onde ali, pelo mar,
Jazia, do seu amor, o corpo...
Fátima Abreu
Sempre com barcos, navios...
A tristeza do olhar dela, comovia:
Ela apenas observava quando as naus chegavam,
Ou os barquinhos pesqueiros descarregando.
Nada ali mudava, todos os dias era o mesmo,
Desde a madrugada...
Perdia-se em seus pensamentos,
Dúvidas, lamentos...
Amores esquecidos,
Poemas ditados ao pé do ouvido...
Não era fácil esquecer,
Tudo que ali, ela passou a viver...
As dores das perdas,
A própria delicadeza!
Tornara-se estranhamente grosseira,
Devido ao 'baques' da vida...
E não era difícil encontrá-la a brigar,
Com 'esse' ou 'aquele',
Que quisesse dela, abusar...
Dentro dela, havia esperança ainda!
Dias iriam levar,
E seu tormento interior, certamente iria passar...
Observava atenta, as damas que passavam
Com seu chapéus e vestidos que varriam o chão,
Sombrinhas de babados e um ou outro bordado...
Nada disso era para ela!
Apenas o cheiro dos peixes, no cais do porto
Onde ali, pelo mar,
Jazia, do seu amor, o corpo...
Fátima Abreu
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