Páginas
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
Conto de Fadas Inverso- REPUBLICADO
Conto
Heloísa Helena não era uma moça muito romântica. Lia livros tal qual como se bebesse água. Precisava disso.
Era no mundo do 'Faz de Conta", que ela podia fugir da sua realidade.
Não, ela não era a pobrezinha sofredora dos contos de fadas, que se tornava princesa e casava-se com o lindo e perfeitinho 'Príncipe Encantado'...
Seu enredo de vida era diferente: Ela simplesmente não gostava de nada a sua volta e criava seu mundinho particular.
Os livros, eram fonte de sua inspiração para moldar esse mundo:
Poderia ser uma princesa solitária que continha muitos poderes!
Voar sobre os mares, comer do que ela imaginasse e... Puft! Lá estaria o alimento desejado em suas mãos.
Heloísa Helena, não tinha sobrenome.
Naqueles tempos, as mocinhas só o obtinham com um casamento: Herdando assim, naquele mundo machista, o sobrenome do esposo e não, o do pai.
Seu pai que a criava, quis arrumar-lhe um marido, pois já estava na idade de casar-se: Tinha 17 anos!
Para os padrões da época em que vivia, Heloísa estava ficando para 'Titia', pois suas primas estavam todas casadas, desde os 14/15 anos...
Heloísa não cogitava casar-se com alguém que não pudesse amar.
Aliás, ela não apreciava os homens, achando todos, uns brutos!
Sentia falta de presença feminina em sua vida:
A mãe havia morrido quando ela nasceu, no parto.
As primas casadas, eram uma chateação, pois só falavam de seus maridos e afazeres domésticos...
Não sendo compreendida, ela viajava nos livros...
Considerava o mais fiel dos maridos que alguém poderia ter:
Não reclamava, mostrava-lhe mundo diferentes, ensinava lições preciosas, dizia-lhe poesias doces e além do mais, dormia ao seu lado sem roncar...
Numa dessas leituras que fazia ao ar livre, percebeu a presença de uma pomba ou seria pombo? Não sabia dizer. Ela apenas notou que o pássaro estava lhe prestando atenção.
Assim foi durante uma semana inteirinha.
Heloísa Helena não entendia o porquê daquela bichinho vir todos os dias, apreciar-lhe a leitura.
Certa manhã, o pássaro trouxe no bico, um talismã todo em ouro e nele havia o desenho de um pássaro com inscrições embaixo. Heloísa leu, e ao pronunciar as palavras que ali estavam, o pássaro transformou-se em um bonito rapaz de seus 22/23 anos.
Ao contemplar aquela cena, digna de um dos livros que lia, ficou boquiaberta.
O rapaz aproximou-se, beijou suas mãos e disse olhando bem dentro dos olhos de Heloísa:
_ Tenho a observado todos esses dias. Tinha que conhecer bem, a pessoa que poderia desfazer o encanto que estava sobre mim... Essa, com certeza, teria de ser a senhorita. Peça-me o que quiser, pois sou um mago.
_ Ah, estou ainda absorvendo isso tudo! Nossa, é mesmo um mago?
_ Sim, mas, como não quis casar-me com a rainha das Terras de Melanie, ela lançou um feitiço sobre minha pessoa, transformando-me em ave.
_ Bem, quero apenas um sobrenome, de resto tenho tudo que preciso.
_ Para ter um sobrenome tem que se casar, senhorita...
_ Sei disso. Mas, como mago, não teria de inventar outro jeito?
_ Case-se comigo, Heloísa Helena, e lhe darei meu sobrenome.
_ Casar-me com o rapaz? Eu acabei de conhecê-lo! Precisaria amar para me casar...
_ Já sei então! Peça-me para que a faça me amar. Então, lançarei um encantamento e tudo será resolvido!
_ Bem, até que não é má ideia! Assim calo a boca das minhas primas fofoqueiras e de meu pai...
_ Concorda então?
_ Sim, faça o encantamento.
Combinaram um encontro para o dia seguinte, pois o mago traria uma poção para que a mocinha tomasse e ficasse apaixonada por ele, para enfim ser realizado o casamento.
Durante o trajeto, o mago parou para tomar água numa fonte, mas deixou cair a poção quase inteiramente quando se abaixou. Levou o pouco que tinha, para dar à Heloísa Helena.
A moça já esperava ansiosa no local.
O mago que tinha o nome de Ciro Leão da Esperança, deu-lhe de beber do frasco e recitou palavras mágicas, enquanto ela tomava a pouca poção que sobrara.
Heloísa Helena disse então, olhando-o de modo diferente:
_ Esse pouco que me trouxe foi o necessário para apenas gostar de si. Ainda não o amo. Entretanto, quem sabe se o senhor ao casar-se comigo, for me conquistando dia após dia? De uma forma que depois lhe revelarei...
_ Esperava que dissesse isso. Pois o amor, muitas vezes se conquista dessa forma: Melhor do que poções mágicas, é o sentimento verdadeiro que pode ser semeado e cultivado.
Assim, Heloísa Helena tornara-se senhora Leão da Esperança.
Mas, nas horas de intimidade matrimonial, seu esposo tinha que se transformar em uma bela jovem como ela, pois só dessa maneira, ela conseguia amá-lo com toda intensidade.
Fátima Abreu
sábado, 21 de setembro de 2024
4 ESTAÇÕES- POESIA
4 ESTAÇÕES
Que eu seja o teu dia ensolarado, e no final da tarde possa dizer:
" Amo você!"
Que eu seja teu verão, para te esquentar...
Também tua primavera, e te fazer enamorar-se de mim...
E depois diga que encontrou o amor, enfim!
Que no inverno seja o teu "café quente", na cama ardente...
Quando o outono chegar, e as frutas estiverem repletas no pomar,
poderá então colher da maçã que te dou:
A sedução, tal qual Eva a Adão...
Fátima Fatuquinha Abreu
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
O Sonho
Foi naquela noite, de não sei qual dia, a única vez, que sonhei com você.
E quantas sonhou comigo?
Pelo que me disse, algumas, anteriormente...
Em meu sonho, você vinha me conhecer pessoalmente.
Eu, sem esperar, me assustei!
Quando o vi de costas, em minha casa, ao entrar.
E indaguei sobre o fato de vir de surpresa, sem me avisar...
A sua resposta era a que eu já tinha em mente:
Veio para me conhecer finalmente!
Foram tantos anos assim, entre uma poesia, um conto ou um livro meu, que você lia...
Mas, o contato frente a frente, nunca aconteceu antes.
E eu me tornei a sua "Deusa" de noite ou de dia.
Bastava ler meus livros e a coisa toda acontecia...
E no sonho, você queria ficar na casa; passar uns dias comigo!
Na insensatez daquele momento, você se esqueceu que existe na minha vida, alguém que amo.
Como um vento que passa, e leva as folhas do chão, seu pensamento se clareou, então...
E o celular tocou com o alarme de todos os dias, me acordando e deixando a lembrança do sonho.
Esse, que eu te contei na mesma manhã, e que prometi escrever em poesia.
Cumpri aqui.
De: Fátima Abreu Fatuquinha.
Para: SC, meu leitor e fã número 1 (segundo ele).
terça-feira, 3 de setembro de 2024
SOBRE CONTOS DE FADAS- REPUBLICADO
Há muitos anos atrás, alguém deu sua versão para alguns contos passados de boca em boca, para distrair pessoas, em noite de lua cheia. Geralmente, eram contos para deixar as crianças alertas aos perigos que poderiam encontrar pelo mundo, alguns davam uma lição de moral ao final, outros ensinavam a desconfiança. Foi dado um nome para eles: Conto De Fadas ( e fada, praticamente não se tinha na maioria dos contos, essa era a verdade )
Eram tempos difíceis, onde quase ninguém passava dos 27 anos. Os poucos velhos, eram considerados sábios, talvez por isso: Terem vivenciados mais coisas do mundo que os demais...
Fato é, que as crianças e jovens, tinham de ter uma educação em que envolvessem o temor, porque nesses casos, estando alertas, poderiam defender-se.
Aproveitando-se desses contos, os pais passavam tudo que queriam aos filhos. Mas, quem conta um conto, aumenta um ponto... Sendo assim, eles tiveram versões diferentes em cada povo, adaptados para a realidade de cada um.
Com o passar dos séculos, esses contos foram ganhando um formato novo, mais humanizado, menos apavorante que no início.
A Chapeuzinho Vermelho, tinha 2 versões terríveis, em que numa ela era também comida pelo lobo e na outra, ela unia-se a ele e tornava-se tão má quanto ele, comendo a própria avó! Qual seria a lição disso?
Eu realmente não sei ao certo. Mas, acredito que seja para mostrar que mesmo pessoas inocentes, possam ser corrompidas por más influências...
Na primeira versão, o ato do lobo, comer tanto a avó quanto a neta, tem 2 sentidos para mostrar aos jovens daqueles tempos sombrios: Que o homem retratado como lobo, é capaz de atos extremos, até canibalismo se estiver com fome, e da outra forma, ele poderia ser um cruel estuprador ( o "comer" seria metafórico ) de mulheres de qualquer idade.
Na versão atual, "Chapeuzinho" conta com a ajuda do caçador que chega e acaba dando fim ao lobo. Conveniente, para mostrar ao mundo contemporâneo, que o Bem pode sempre vencer o Mal. E que as crianças não precisam ter tanto medo das coisas como antes.
Mas nem tanto, nem tão pouco: Se antes se aterrorizava para manter o alerta, era drástica essa atitude, não se pode também pintar um mundo maravilhoso cor de rosa para os filhos, havemos de prepará-los para tudo: Momentos bons e maus. O meio termo é a melhor proposta.
A vida é isso:
Nem sempre o céu estará azul e bonito tampouco nublado o tempo inteiro. Existem espinhos nas rosas, mas, ainda assim elas tem sua beleza. Assim é tudo no mundo.
Fátima Abreu
domingo, 1 de setembro de 2024
Mix: Um Nome & Um Destino- REPUBLICADO
FATUQUINHA
http://www.clubedeautores.com.br/book/165464--Fatuquinha
CONTO DE FADAS ALTERNATIVO
(MINHA VERSÃO )
Mix recebera esse nome, perguntava-se porque.
Ninguém tinha um nome assim...
Um dia, um mago disse aos seus pais quando ela ainda estava no ventre de sua mãe, que teria que ser esse o nome da criança que nasceria.
Era o destino quem assim queria, pois, era seu futuro...
Os pais nada entenderam da premonição do mago. Mas mesmo assim, esse nome colocaram.
Quanto Mix estava com 13 anos sua avó fez uma capinha vermelha combinando com o laço de mesma cor, que carregava sempre amarrando seus cabelos.
Soube-se que uma feiticeira má e muito bela, andava pela floresta, levando as criancinhas para sua casa e dando de comer ao seu esposo, um lobisomem.
A família de Mix, alertou para que ela e sua irmãzinha, ficassem longe da floresta e nunca voltassem para casa à noite, pois o lobisomem em noites de lua cheia, ficava mais poderoso do que nunca!
Mix fora colher maçãs naquela tarde. Haviam muitas propriedades abertas e os donos não se importavam, era comum na região: Pois se não retirassem, cairiam mesmo, estragando no chão.
Estava distraída com sua cestinha, quando uma velhinha aproximou-se e puxou conversa.
_ Boa tarde, mocinha. Gosta de maçãs?
_ Meus pais dizem para não falar com quem eu não conheço, desculpe. Já estou de saída...
_ Calma, calma... que mal uma velha como eu poderia lhe fazer?
_ Não sei. O mundo anda tão estranho. Mas estou indo mesmo.
Virou-se e quando menos esperou, a velha já estava em sua frente novamente... Disse então:
_ Bem, já que se vai, coma dessa maçã: É a mais suculenta do meu pomar.
_ Agradeço, mas comerei depois, pois já comi outras antes. Vou levá-la.
_ Que seja!
A velha seguiu para dentro da floresta, onde estava sua casa: Um chalé quase todo coberto de Heras e musgo na cerca.
Mix voltou para casa e contou tudo para sua mãe.
Que achou muito estranha a atitude da velha, oferecendo uma maçã, já que Mix tinha ido até lá justamente para colher maçãs e o cestinho já estava cheio...
Pegou então a maçã que a velha ofereceu para a filha, e a separou num pote.
Disse então:
_ Mix, se essa dona aparecer de novo, ofereça essa maçã para ela, vamos ver o que acontece...
Mas, na tarde do dia seguinte, Mix saíra novamente para colher várias frutas, e também novamente maçãs, porque sua mãe havia feito uma torta de manhã, com as que havia colhido na tarde anterior.
Um homem muito bonito e de cabelos negros de um tom azulado, peito peludo e voz bem grave, aproximou-se de Mix e disse-lhe:
_ Boa tarde, mocinha.
A resposta foi a mesma que dera para a velha. E já saindo, Mix sentiu a mão do homem bonito sobre seu ombro, que a impediu de se mover mais.
_ Não tenha medo, nada vou lhe fazer. Quero apenas conversar. Viu uma velha estranha por aqui?
_ Ontem vi uma sim. Por que pergunta?
_ É minha mãe, sabe. Parece que anda meio louca ultimamente. Diz que tem um espelho que a torna jovem e bela quando se olha nele. Agora deu de andar por esses lados, a estou procurando.
_ Sim, entendo. Ela até me deu uma maçã ontem...
_ Deu? Onde está essa maçã?
_ Em casa... em um pote. Minha mãe guardou-a.
_ Mocinha, tome cuidado para que ninguém a coma, pode estar envenenada! Minha mãe, como disse anda louca por aí...
_ Bem, nesse caso, deixe que me vá rápido... Antes que alguém sem saber, a coma: Tenho uma irmã mais nova e desavisada...
_ Vá então, se quiser falar comigo novamente, amanhã estarei por aqui.
Mix não respondeu e saiu em disparada para casa.
Encontrou seus pais sentados em volta da mesa da cozinha e a irmã também. Agradeceu aos céus, por ela não ter comido da maçã.
Relatou toda a conversa que teve com aquele homem para sua família. A mãe de Mix, dela disse então:
_ Vou fazer uma compota dessa maçã, e quando a velha aparecer, você a oferece como retribuição.
_ Sim, mamãe.
A velha realmente tornou a aparecer e surpresa ficou quando viu Mix sã e salva. Esperava que ela estivesse morta já...
Perguntou-lhe então:
_ Tudo bem, mocinha? Comeu da maçã?
_ Não meu cachorrinho a comeu, estou procurando por ele agora, está desaparecido desde aquele dia...
_ Ah, sim...
A velha compreendera tudo: O cão deveria estar morto em algum lugar a essas horas.
_ Bem, senhora... Minha mãe preparou uma compota para eu lanchar, mas como a senhora foi tão boa para comigo noutro dia, quero lhe presentar com ela... tome, aqui está.
_ Obrigada, mocinha. Vou levá-la para comer em casa.
_ Sim, até outra hora, senhora.
A velha fez um aceno, mas visivelmente chateada. Queria levar aquela menina de comida para seu lobisomem.
Foi para seu chalé, enquanto ao longe escutava Mix cantando:
" EU VOU, EU VOU PARA CASA AGORA EU VOU"...
Quando abriu a porta, deu de cara com seu espelho mágico. Assim que levantou a capa que o encobria, tornou-se a bela feiticeira à espera da chegada do seu esposo.
O lobisomem voltava de uma caçada quando viu o pote com a compota sobre a mesa.
Disse então:
_ Temos doce para a sobremesa, mulher?
_ Sim, uma compota. Provemos agora.
Eles provaram no pote mesmo e caíram por terra.
Mix lembrara-se de que o homem bonito disse que a velha era sua mãe.
De súbito, correu até o chalé porque não queria que nada acontecesse ao homem que lhe avisara do perigo!
Ao abrir a porta que ficara encostada, ela viu o casal no chão. Em vez de uma velha, encontrara sim, uma bela mulher ali ao lado do homem que conhecera. Foi até ele e viu seus lábios com um tom roxo e uma vontade louca apossou-se dela: Beijá-lo!
Sim, ele poderia estar morto, mas ainda era muito bonito...
Não conteve o desejo: Beijou suavemente os lábios daquele homem, que incrivelmente retornara do mundo dos mortos, para sorrir novamente...
Ela, abismada com aquilo, arregalou os olhos com espanto. O homem levantou-se ainda cambaleante e disse-lhe:
_ Somente um carinho ou beijo sincero poderia fazer tal coisa! Acaba de libertar-me dessa maldição que a feiticeira me impôs por séculos!
Mix disse gaguejando:
_ E- ela na não é sua mãe?
_ Não, nada disso. Era uma feiticeira que apenas se transformava em bela e jovem quando se olhava naquele espelho mágico. Sou um caçador. Vi um lobo na floresta e o matei. Era seu esposo, um lobisomem! Ela pegou os dentes dele, cravando na minha carne e dizendo umas palavras de bruxa, fez com que me tornasse um lobisomem também. Fiquei amaldiçoado com isso durante séculos, mas uma fada disse-me que se eu fosse beijado sinceramente por uma donzela, sem que ela não tivesse medo de mim, estaria salvo!
_ Bem, então lhe fiz um grande favor sem saber... A propósito: Me chamo Mix.
_ Sim, e agora quero desposá-la, Mix, aceita? Sou Feliciano.
_ Ainda sou muito nova, Feliciano...Meus pais não me deixariam casar agora, falta pelo menos uns 3 anos a mais... Sabe, aqui no lugarejo, as moças casam com dezesseis...
_ Podemos dar um jeito nisso... Vá até o espelho mágico, e imagine como queria estar com essa idade.
Mix foi até o espelho e imaginou-se uma jovem de 16 anos, pronta para casar.
E vupt! Lá estava seu corpo e semblante de moça mudados.
Rumaram para a casa paterna.
Quando chegaram, seus pais levaram um susto com a filha mudada. Entretanto, ao contarem toda a história, ficou certo de que o destino havia se cumprido e que eles havia nascido um para o outro.
O casamento foi realizado. Mix sabia agora, a razão de seu nome:
Ela representava uma 'mistura' de 'BRANCA DE NEVE' com 'CHAPEUZINHO VERMELHO'.
FÁTIMA ABREU
******************
Para completar, recoloquei aqui o meu poema:
NÃO COMEREI DA MAÇÃ
Não insista, não comerei da maçã!
Sei os truques que nela há
E o mal que consequentemente me fará.
Não, tramas assim já vi antes,
E por isso mesmo, caí por terra...
A maçã? Coma-a você!
Prove de seu próprio veneno,
Bruxa malvada!
E saiba o que é sofrer:
Ação e reação, essa é a lei!
Pense nisso, antes de oferecer.
Fátima Abreu