Nossa dinâmica do mês de junho é sobre o vídeo acima.
Comentar o tema.
Qual sua opinião? O que poderia ser feito para isso se reverter e nossas crianças serem novamente alegres, brincalhonas, respeitosas e participativas?
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JDavi Miguez:
Dinâmica de Junho
Eu concordo em parte com o vídeo, pois, para mim a prisão eletrônica não é causa, e sim, consequência de vários fatores:
O primeiro fator e o mais grave, é a violência; Eu pergunto:
Qual foi a última vez que você sentou em um banco de praça para escutar os pássaros cantando, e ter um momento de contato com o seu interior relaxando do cotidiano? Ou simplesmente para ler um livro?
Conversar amenidade com um amigo? E namorar?
A crianças dos bairros suburbanos, por que não brincam mais nas ruas? Por que não fazemos mais estas coisas?
Porque as praças se transformaram em reduto de prostituição, traficantes de drogas, mendicância e trombadinhas, assim como as ruas.
O segundo fator: Os condomínios com suas regras que não permitem que as crianças brinquem, para não incomodar os outros moradores.
O terceiro fator foi a chegada dos Shoppings, lojas de departamentos e supermercados, que tirou os comércios dos bairros; Com isso, os moradores passaram a não ter contato com as pessoas de seus bairros.
Levando esses trabalhadores para longe de suas residências, dificultando a interação com a família.
E tempo de viajem longa e cansativa.
Sem falar na chamada Indústria dos Pets... Quantas pessoas deixam de ficar mais tempo num passeio, por ter seu pet para cuidar em casa?
Alguém conhece caso parecido?
Em uma casa ou em um apartamento, o que sobrou para as crianças? Veio primeiro a TV, depois o vídeo cassete, CD, DVD e depois os computadores (para quem tinha poder financeiro), com internet discada, as crianças ficavam nos joguinhos que vinham na memória.
Com a chegada da internet banda larga e sua expansão, tecnologia 4G, e com a facilidade de comprar um smartphone, as classes menos afortunadas passaram também a se conectar.
Os adultos ficaram viciados nas redes, para trabalho ou simplesmente nas redes e grupos de bate papo; E para não serem incomodados pelas crianças, simplesmente liberaram os eletrônicos (tablet ou smart) para os filhos sem restrição, como na época da TV.
Foi assim que a cela se fechou.
Hoje nós quase não temos mais contato com ninguém do mundo real, pois, qualquer mercadoria que precisamos, e só pedir pela internet que elas serão entregues em nossas casas.
Cada um vive em seu mundo virtual, com os amigos também virtuais.
Tem grupos (pequenos) de amigos virtuais, que um apoia o outro, na hora de necessidade.
Grupos com um tema/afinidades em comum, geralmente fazem isso.
A situação está tão caótica, que as pessoas se reúnem, mas, em vez de conversarem, cada uma fica em seu smart navegando; De vez em quando, uma pessoa compartilha com a outra que está ao seu lado, uma noticia.
Será muito difícil mudar essa situação, pois, já chegamos ao estado de vício.
Infelizmente, não soubemos aproveitar o melhor dessa tecnologia, que seria para aproximar as pessoas que estão longe; E acabou afastando as que estão perto, seria também uma ferramenta para estudo e conhecimento, e nós a transformamos em nosso algoz.
Outro aspecto dessa temática é a depressão de crianças que entram na adolescência:
Uma criança que ainda não tem seu psicológico formado, e passa o dia todo recebendo energias negativas dos filmes, jogos, notícias e brincadeiras de mau gosto, essa criança não tendo uma válvula de escape, já que os pais não estão dando a devida atenção, passa a não ter com quem conversar. E como essa criança não tem um amigo real, a tendência é a melancolia, que pode evoluir para a depressão.
Em alguns casos, até o extremo do suicídio.
Quando finalmente os pais percebem algo diferente nos filhos, simplesmente jogam essa situação para o profissional adequado: Um psicólogo, e pronto! Seu trabalho foi feito, e o devido apoio foi dado.
As crianças que não tem o acesso ao psicólogo, fica então sofrendo.
Hoje as crianças/adolescentes tem receio de falar de sua intimidade com algum (a) colega mais chegado (a), e essa conversa, escapar para uma rede social. Já que a necessidade de postar tudo hoje em dia, é muito grande.
O que você faria para modificar essa situação?
A primeira providência é devolver os logradouros públicos para as crianças; Como?
Prostituição: Ter local adequado, com higiene e segurança.
Traficantes de drogas: Aumentar as penas, tirar os direitos, e acabar com o dinheiro das quadrilhas.
Os viciados são questão de saúde.
Mendicância: Dar emprego e tirar o direito de morar nas ruas: Isso é anti higiênico, tanto para a pessoa, quanto para o local.
Trombadinhas: Alterar o Estatuto da Criança e Adolescente, dando menos direito e mais obrigações.
Respeitar as pessoas é o principal.
Acabar com o trabalho aos domingos, para que a família possa volta a se reunir.
Embora, uma parte desses pais não aproveitam essa oportunidade de ficar com os filhos.
Quem sabe, sem a empregada aos domingos, eles se encontrem pelo menos na cozinha...
A partir desse sonho, incentivar os pais a levar os filhos para ruas e praças e com segurança; Paulatinamente, as crianças possam voltar a frequentar as praças e lugares de lazer, com seus colegas da vida real.
Não será fácil, mas, existe uma pequena possibilidade!
Obs: Baseei-me no Estado do Rio de Janeiro.
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Eu, Fátima Abreu:
Obs: Sobre o vídeo de nossa dinâmica, eu já não teria muito o que dizer pois, JDMiguez, disse tudo e perfeitamente, na minha opinião.
Mas, como vou dar o meu parecer aqui vai:
O mundo (principalmente o infanto juvenil) ficou dividido entre antes da era digital e depois dela.
As crianças de antes brincavam mais: Inventavam até seus brinquedos e diversão.
Eu mesma, inventava muito: Bonecas de papel feitas em cartolina desenhava-as e pintava suas roupinhas.
E tantas outras coisas...
Interagia com amigos do condomínio: Criávamos jogos e competições de todo tipo, só para nos divertimos.
Outra época e geração! Da amarelinha na rua, a pipa no céu...
Enfim, veio a era da informática e tudo isso mudou.
Além dos fatores já mostrados no texto acima, que deixaram as crianças reféns da sociedade violenta.
O cerco se fechou, e passaram somente ir da casa para a escola, curso, ou atividade extra (como natação, balé, artes marciais, etc).
A vida deles, fora isso, somente com um responsável por perto (o que também ficou difícil com a vida corrida de hoje).
Então, o que mudar nesse quadro?
* Fazer um detox de tudo isso, assim que der, viajando, passeando mais...
* Esquecer celulares em casa quando saírem com os filhos (eles também deixarem os seus em casa)
* Determinar horários para games, redes sociais, etc.
* Fazer um clube do livro em família, pelo menos uma vez na semana, incentivando a leitura fora da tela.
* Almoços ou jantares em família. Adquirindo o hábito de falar sobre o dia corrido.
* Dar atenção aos detalhes e sinais.
Talvez tudo melhore a partir daí...
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Lílian Furtado:
Sobre a dinâmica de junho:
Eu entendo que as crianças de hoje são o reflexo da sua geração.
A geração informatizada que obtém acesso imediato a todo tipo de influência: Seja ela boa ou má, sem filtro com apenas um toque de tela.
Mas, por que se por um lado vemos crianças tão inteligentes e sabendo a respeito de tantas coisas (muitas vezes de compreensão equivocada) simultaneamente percebe-se crianças deprimidas e tristes?
Ora, as crianças de hoje, obtém todo tipo de facilidade! Embora, parecem carecer do básico de seus pais.
A atenção e a imposição de limites.
Os pais em meio a tantas exigências, acabam deixando os seus filhos de lado; Não se preocupam mais em educar como antes faziam os nossos pais conosco:
Delegando muitas vezes, essa tarefa à escola e até a própria mídia.
Triste ver o que estamos fazendo com os nossos filhos, pois, entendemos muitas vezes que a nossa presença é substituível por uma tela de computador ou de celular.
As nossas ações se refletem nas ações de nossos filhos:
Quando estamos em família e preferimos passar o tempo no celular, do que conversar e acompanhar o que nossos filhos estão fazendo.
Querer saber o que estão pensando, ou mesmo querem fazer das suas vidas.
Famílias separadas por uma ou várias telas de celular, sem trocarem uma palavra como se fossem estranhos. Nossas crianças de hoje serão os adultos de amanhã, e que pessoas se tornarão?
Certamente que a única forma de torná-las adultos melhores e bem resolvidos, é sendo pais presentes que impõe responsabilidades e exigem resultados.
Que se preocupam em educar e ensinam os filhos que devem respeitar a todos os seres humanos.
Promover momentos de lazer sem a interferência do celular.
Ensiná-los que a vida é muito maior do que uma tela, e que precisamos interagir uns com os outros, para crescermos e amadurecermos para um mundo melhor.
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