CONTO SURREAL
Luzes de Saturno
Carmem Lúcia era amiga e vizinha de Maria, até suas vidas seguirem rumos distintos...
Se conheceram desde os nove anos de idade: Só variavam em meses, pois Carmem era de dezembro de 1963 e Maria, de maio de 1964.
Carmem era filha única, sua mãe enfermeira, pouco ficava em casa, pegava um plantão atrás do outro, para não deixar faltar nada em casa. Carmem crescia quase sozinha...
A não ser pela companhia de Maria e de sua família, que tomara como sua também.
Quando Carmem Lúcia estava com quinze anos, foi mãe pela primeira vez: Nascia Tayane.
Sem experiência pela pouca idade, e por não ter tido irmãos menores também para ajudar a criar, Carmem criava Tayane ao seu modo.
Mas, contava com ajuda sempre de Maria e de sua família.
Até quando a bebezinha se acidentava, era para casa de Maria, que Carmem corria com a menina; E isso aconteceu algumas vezes...
Carmem casou-se com o pai de sua filha e depois tiveram mais dois filhos: Victório e José Pedro.
Tempos depois se separou.
Maria, no decorrer do tempo, também casara-se cedo e tivera três filhos como Carmem.
Cada uma morando em local diferente, viam-se cada vez menos, mas não perdiam o contato.
Entretanto, com o passar dos anos moravam cada vez mais longe e viam-se raríssimas vezes.
Quando Tayane estava para casar, Carmem telefonou para Maria, convidando-a para o "Chá de Panela" de sua filha. Maria de certo, confirmou presença: Afinal, Tayane era como se fosse mesmo uma sobrinha.
Chegou o dia marcado. Maria entrou na sala da casa que Carmem morava, que segundo ela, seria realizada a reunião das amigas de Tayane.
Ficou surpresa por não ter chegado ninguém além dela. Viu somente Carmem abrindo presentes, pacotes e caixas. Carmem disse então:
_ Sente aí, Maria. Tayane já vem. Foi pegar as crianças no quintal.
_ Crianças?
_ Sim, meus novos filhos, não falei deles para você? De qualquer jeito, vai conhecê-los já...
Com meus filhos adultos, senti falta de crianças em casa. Resolvi adotar algumas.
Maria sentia que havia uma coisa estranha com sua amiga. Não sabia dizer o que seria.
Foi quando olhou que Carmem abria mais uma caixa, contendo dez xícaras de café, mas, em vez de todas serem iguais, percebeu que a cada duas xícaras, as estampas e formatos eram diferentes.
Notou também, que uma delas havia sido usada e apresentava restos de café no fundo.
" Nossa, que coisa estranha"! Pensou Maria. Nada comentou.
Resolveu que apenas observaria as coisas para depois entender o que acontecia ali.
Tayane entrou na sala, com três crianças: Duas meninas loirinhas e um menino de cabelos bem escuros com franjinha. Carmem disse para os pequenos:
_ Cumprimentem a "tia Maria".
Eles obedeceram dizendo em coro e sorrindo: "Oi, tia Maria!"
Tayane percebendo o olhar curioso de Maria, chegou bem perto e disse-lhe quase murmurando:
_ Não sei como ela consegue adotar essas crianças. Que juiz daria a guarda para ela, sem ter condições financeiras de criar? Simplesmente elas aparecem "do nada "e minha mãe diz que adotou...
_ E os seus irmãos o que acham disso, não estranham?
_ Eles não entendem, mas não se manifestam. Cada um vive sua vida... Tia, a senhora sabe que eles trabalham em hospital como a vovó?
_ Não, de nada sabia, só que sua avó faleceu... Sua mãe quase não tem contato comigo. Ainda mais, morando em cidades diferentes. Tudo bem, de vez em quando nos falamos no celular, mas são coisas do cotidiano, na maioria das vezes sobre saúde. Nem a minha, nem a dela é boa, você sabe, Tayane... Tenho ela adicionada numa rede social, mas nem por lá, ela me manda um simples "oi"...
_ Pois é, muito estranho como da noite para o dia, as coisas mudam... E essas lindas crianças que aparecem aqui, sem nenhuma explicação, me deixa com certo medo... Será que minha mãe as sequestra?
_ Não acho que seja isso... Carmem nunca foi uma doida desse tipo. Talvez haja outra explicação.
Distraída, Carmem não prestava atenção na conversa de Maria e Tayane. Minutos depois, foi para a cozinha preparar um lanche para todos. Nada mais normal se ela não tivesse tirado a blusa e mostrado que estava sem o seios!
Maria ficara transtornada com aquilo! Tayane chamou as crianças para brincar com as caixas que estavam já abertas, para não olharem aquela cena. Quando Maria virou-se notou qua as caixas que as crianças brincavam, eram só de papelão, não tinham papel de presente por cima ou alguma fita, nem um só colorido para enfeitar...
Tudo estava desequilibrado ali.
Um homem entrando pela janela da cozinha, tirou Maria dos seus pensamentos. Assustou-se pensando se tratar de um ladrão.
Carmem disse então:
_ Não se assuste, Maria. Ele é meu novo namorado.
O homem balançou a cabeça negativamente e disse:
_ Saia daqui o mais rápido possível, senhora. Essa dona é doida!
Feito isso, pulou de volta, saindo da casa.
Maria estava cada vez mais assustada. Tentou olhar em volta, para pegar uma revista para ler, algo para distrair... Foi quando percebeu uma boneca de pano, ainda sem terminar, em uma prateleira.
Pegou -a e viu que não tinha olhos, boca, nariz, tampouco cabelos.
Carmem que colocava o lanche sobre a mesa da cozinha, viu que Maria segurava a boneca inacabada e disse tranquilamente:
_ Ah, vejo que já conheceu a Sofia. Ela é a minha nova bebezinha, vai parecer-se com o irmão.
Maria, olhou novamente para a boneca e quase deu um grito quando esta, foi criando vida e transformando-se numa linda bebezinha, cabelos negros e cacheados.
A menininha "recém nascida", sorria para Maria, ainda em suas mãos. Maria olhou incrédula para Carmem e esta lhe disse sem mostrar qualquer mudança:
_ "Vão-se os anéis, ficam os dedos"! Meus filhos naturais vão embora e crio outros. São meus Anéis de Saturno: Estão a minha volta.
Maria abriu os olhos e acordou.
Fátima Abreu
************************************
Obs: Esse foi um sonho que tive dois dias atrás. Acordei com o título do conto na cabeça. Alguém do Astral deve ter inspirado esse sonho. Não sei o motivo, mas, desconfio que seja para estimular as adoções de crianças.
Mostrando o quanto uma mãe precisa de filhos ao redor, como Saturno, de seu anéis.
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sábado, 30 de abril de 2016
AURORA
Assim ela terminava cada noite: com um livro aberto a meia luz do abajur.
Sorvia letras, frases, poesias...
Cada rima, lhe servia.
Passava o tempo...
Solidão que não a deixava
Seguia lendo, por toda a madrugada
Envolvida em seu contos, romances e poemas,
Buscava imaginar cada detalhe:
Cenários, momentos, paisagens...
Ao romper do dia, ela pegava no sono.
A vida recomeçava lá fora...
E era hora de dormir, para Aurora...
Fátima Abreu
AO ENTARDECER- RECOMENDO!
Assisti bem cedinho no canal Megapix, a esse lindo filme: Ao Entardecer.
Gente, como chorei no final!
Entre os anos 50 e a atualidade, o filme vai sendo contado...
Sem falar no elenco maravilhoso e na bela voz da protagonista.
Quem tiver a oportunidade de assistir estará garantindo muita emoção.
Pessoalmente, adoro filmes ambientados nos anos 50/60. E se forem românticos então...
Bem, aqui nesse vídeo vão pequenos trechos do filme:
E eu que não consigo deixar a emoção de lado, pois sou uma pessoa muito mais emocional do que racional, acabei fazendo então uma poesia sobre a trama:
AO ENTARDECER
Quatro pessoas: Cada uma tomou seu destino.
Porém uma coisa os unia: A paixão!
Três pessoas apaixonadas por apenas um.
Esse 'um', amou a todos.
De maneiras diferentes
Harris... Que magia esse médico poderia ter?
Lindo e sério.
Vai se saber...
Na hora da morte da protagonista, todo passado passou-lhe pela mente.
Relembrando os momentos vividos entre todos eles.
Imaginando coisas.
Luzes, borboletas
E uma certeza:
Amou apenas aquele: Harris.
Embora tendo casado com outros dois homens.
Cada filha sua, com um marido.
Entretanto, quisera que fossem dele.
Sua única e verdadeira paixão.
E apenas se tiveram uma única vez:
Era um dia de festa, mas teve trágica noite também...
Quando sua melhor amiga se casou.
Porém, a mesma noite em que também perdera seu melhor amigo.
Outro que 'morria' pelo seu amor.
Deixou-lhe marcas sutis, aquele dia.
E na música, ela soltava sua angústia e talvez alguma culpa...
Durante boa parte de sua vida, cantou para viver.
Foi-se embora desse mundo, ao entardecer...
Fátima Abreu
sexta-feira, 29 de abril de 2016
CARÊNCIAS II- EM VÍDEO- republicado
LINDA MONTAGEM COM MINHA POESIA (sensual): CARÊNCIAS II.
FEITA PELA MINHA QUERIDA AMIGA, Edla Dantas. CONFIRA COMO FICOU.
Carência II
Careço de dizer, ainda que seus ouvidos não queiram
escutar
De beijar, na hora que mais eu quiser
Careço do toque da suas mãos, pelo corpo que 'grita' pelo carinho...
E de palavras que façam 'brotar' desejos
Careço também, de uma língua atrevida
A passar pela extensão do meu corpo.
No fim de tudo, careço de dizer-te que foi bom,
E que quero um pouco mais...
Essa é minha eterna carência.
Fátima Abreu
TRECHINHO DO NOVO ROMANCE
TRECHO INÉDITO DE "LIBERTA-ME!" ( TÍTULO PROVISÓRIO ) BASEADO NAS 1001 NOITES:
Flores ornavam toda suíte. O aroma de incenso indiano estava no ambiente. Meia luz, trazidas apenas por abajures. Tudo ao gosto de Sherazade, e que Xariar havia pedido na recepção do hotel, uma semana antes do casamento.
Na cama big size, estavam lençóis vermelhos de seda, com muitas almofadas, e no chão, pétalas de rosas de vários tons...
Ao lado da cama, numa mesinha, estavam recipientes de vidro muito bonitos, contendo óleos aromáticos.
Sherazade entrou ali, como toda noiva tradicional: No colo do esposo, que a colocou sobre a cama, levemente, como uma rosa sobre papel.
A nudez de seus corpos fora exposta finalmente.
O óleo de almíscar fora usado sobre o corpo da noiva, passado levemente desde o pescoço até os dedinhos de seus pés.
E a noiva da mesma forma, repetiu o processo sobre a pele do noivo...
Os beijos cada vez mais quentes, explorando cada centímetro de seus corpos delirantes, eram entrecortados pelas carícias, que aguçavam o sentidos.
O membro do macho, procurava a entrada, precisava saciar a sede e a fome, que se apossavam da fêmea à sua frente...
Sabia que ali encontraria a resistência de uma película, que indicava a pureza de sua jovem esposa. Entretanto, era esse único obstáculo, que o levara com firmeza, a ficar interessado desde o primeiro beijo...
Na entrega de seus corpos loucos de desejo, ele forçou a entrada, depois a beijou calorosamente. Enquanto a sua mão esquerda, trabalhava no suave botão, entre os lábios rosados da carne vaginal, para que ela relaxasse, assim, ele conseguia terminar a tarefa.
Um filete de sangue surgiu, quando ela se contraía em uma leve dor...
Com um dos seios tomados por uma das mãos, e o outro, pelos lábios de Xariar, ela murmurou ao seu ouvido:
- Obrigada... O hímen era a prisão...
(continua no livro)
Flores ornavam toda suíte. O aroma de incenso indiano estava no ambiente. Meia luz, trazidas apenas por abajures. Tudo ao gosto de Sherazade, e que Xariar havia pedido na recepção do hotel, uma semana antes do casamento.
Na cama big size, estavam lençóis vermelhos de seda, com muitas almofadas, e no chão, pétalas de rosas de vários tons...
Ao lado da cama, numa mesinha, estavam recipientes de vidro muito bonitos, contendo óleos aromáticos.
Sherazade entrou ali, como toda noiva tradicional: No colo do esposo, que a colocou sobre a cama, levemente, como uma rosa sobre papel.
A nudez de seus corpos fora exposta finalmente.
O óleo de almíscar fora usado sobre o corpo da noiva, passado levemente desde o pescoço até os dedinhos de seus pés.
E a noiva da mesma forma, repetiu o processo sobre a pele do noivo...
Os beijos cada vez mais quentes, explorando cada centímetro de seus corpos delirantes, eram entrecortados pelas carícias, que aguçavam o sentidos.
O membro do macho, procurava a entrada, precisava saciar a sede e a fome, que se apossavam da fêmea à sua frente...
Sabia que ali encontraria a resistência de uma película, que indicava a pureza de sua jovem esposa. Entretanto, era esse único obstáculo, que o levara com firmeza, a ficar interessado desde o primeiro beijo...
Na entrega de seus corpos loucos de desejo, ele forçou a entrada, depois a beijou calorosamente. Enquanto a sua mão esquerda, trabalhava no suave botão, entre os lábios rosados da carne vaginal, para que ela relaxasse, assim, ele conseguia terminar a tarefa.
Um filete de sangue surgiu, quando ela se contraía em uma leve dor...
Com um dos seios tomados por uma das mãos, e o outro, pelos lábios de Xariar, ela murmurou ao seu ouvido:
- Obrigada... O hímen era a prisão...
(continua no livro)
quinta-feira, 28 de abril de 2016
LEMBRANÇAS DE PRAZER- 18 anos!
Passo os lábios pelo teu ombro,
os dedos percorrem tua face
sorrio...
As "fisgadas" são mais fortes agora:
O corpo queima, implora...
Quero mais de você:
Deixo-o de novo, disposto.
Arranco gemidos
Fortes, desatinados...
Bem ao meu agrado!
Gosto sempre assim:
Gemendo por mim.
Realizando minhas fantasias,
você consegue me fazer escrava e dona
cada dia...
Desfaleço porque o prazer
já se fez acontecer...
A pele está quente ainda.
O sangue está fervendo nas veias...
A boca pede mais beijos,
sente ainda o pulsar da gruta:
Lateja, querendo mais...
Sabe o bem que isso me faz!
Fátima Abreu
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quarta-feira, 27 de abril de 2016
Essa Poesia
Para ouvir na minha voz:
http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/69707
ESSA POESIA
Essa poesia que me invade
Sua pelos poros
Exala odores de almíscar selvagem
Corrompe os mais recatados
E extravasa aqueles mais excitados
Essa poesia se faz presente e assim, toma conta de mim...
Essa poesia
Tão minha quanto sua...
Amantes das letras, almas nuas
Fatuquinha
terça-feira, 26 de abril de 2016
Doces Corsets
Uma outra época. Fotos em preto e branco ou sépia.
Doces criaturas vestidas em seus corsets de trabalho, estavam em um piquenique perto de um lago.
Sentaram-se na grama ainda fresquinha do orvalho da manhã, estirando um tapete que mal dava para as duas amigas.
O carro estacionado, era a única coisa que lembrava civilização.
Um bom vinho, que trouxeram do cabaré. Queijo e frutas fechavam a refeição.
No campo, respiravam a vida livre que queriam:
Longe de homens assanhados que queriam beijos por todo lado...
Ali, naquele recanto da natureza, podiam ser apenas a "loira e a morena", sem pseudônimos escolhidos para esconder a identidade. As vedetes Mirna e Melissa, ganhavam boas gorjetas, entretanto, se sentiam presas... Eram muito assediadas quando saíam do cabaré. O campo era o único refúgio.
Sim, pelo bom pagamento, gostavam da profissão, afinal eram também conhecidas como estrelas de primeira linha! Só que sabiam: Tudo perde o viço e a gravidade é extremamente má com o passar dos anos!
Com a idade avançando, seriam substituídas por moçoilas novatas. O máximo que poderiam fazer, era o chamado "pé de meia", para quando esse momento chegasse...
Poderiam montar um negócio, uma loja, talvez... Ou ir ao banco e fazer uma aplicação, que rendesse bem durante o mês.
A única certeza que tinham, era de que fosse qual fosse o futuro, estariam juntas:
A amizade seria para sempre: Como nos finais felizes de contos de fada...
Fátima Abreu
DOCES FORMAS
REPUBLICADO
DOCES FORMAS
NO CONTORNO DE SUAS FORMAS, EU ME CONTIVE;
ALGO BRANDO E AO MESMO TEMPO SEDUTOR, ACALENTAVA MEUS OLHOS.
UMA VISÃO DO PARAÍSO.
SEIOS E INTIMIDADES À MOSTRA, ME FIZERAM SONHAR...
UMA MUSA OU UMA DEUSA?
ALGO INATINGÍVEL PARA MIM...
ESTAVA PRESA A UM PASSADO QUE NÃO MAIS EXISTIA.
E NO MEU PRESENTE, ESTARRECIDO DE TANTA PAIXÃO,
DEIXEI-ME LEVAR E SONHEI NESSA ÉPOCA, FINALMENTE TE ENCONTRAR...
FÁTIMA ABREU
DOCES FORMAS
NO CONTORNO DE SUAS FORMAS, EU ME CONTIVE;
ALGO BRANDO E AO MESMO TEMPO SEDUTOR, ACALENTAVA MEUS OLHOS.
UMA VISÃO DO PARAÍSO.
SEIOS E INTIMIDADES À MOSTRA, ME FIZERAM SONHAR...
UMA MUSA OU UMA DEUSA?
ALGO INATINGÍVEL PARA MIM...
ESTAVA PRESA A UM PASSADO QUE NÃO MAIS EXISTIA.
E NO MEU PRESENTE, ESTARRECIDO DE TANTA PAIXÃO,
DEIXEI-ME LEVAR E SONHEI NESSA ÉPOCA, FINALMENTE TE ENCONTRAR...
FÁTIMA ABREU
Considerações
A escrita é bem diferente em cada época que vivo. Não sei se com outros autores ocorre o mesmo.
Porém, comigo existe essa metamorfose em todos os aspectos da minha vida, tanto na aparência, na escrita, no meu modo de enxergar as pessoas, como no meu próprio jeito de ser. Só percebe quem já me conheceu tempos atrás e me vê hoje em dia...
As pessoas em seu cotidiano, estão sempre tão ocupadas com suas coisas, que não percebem os detalhes em volta, isso é normal.
Acho que sou mais observadora do que me cerca, pois é fonte de inspiração para meus textos, sejam poesias, contos, crônicas ou artigos.
O engraçado é que no meu mundinho diário, sou extremamente 'avoada', tenho déficit de atenção:
Já perdi as contas de quantas vezes passei por perigos, principalmente de atropelamentos, exatamente por esse motivo...
De qualquer jeito, ainda estou por aqui... Amo a vida, graças à Deus!
Seja pela ajuda do meu bom Anjo da Guarda, seja por alguma missão que ainda tenha que cumprir (pois as anteriores, eu já cumpri), sigo trilhando meu caminho.
Agradeço seu tempo por ler meus textos, sejam em prosa ou verso.
Fátima Abreu
domingo, 24 de abril de 2016
Poesia Coletiva do grupo no zap, IMAGINAÇÃO POÉTICA: Olhos/ Olhar
Olhos
Ah os olhos!
Olhos claros ou escuros
Gosto de me afundar em um olhar puro.
Olhos verdes me fazem sofrer.
Já os pretos são profanos.
Os castanhos me fazem tremer.
E os azuis me fazem mergulhar no oceano.
Olhos que me buscam...
Entre outros que me ofuscam.
Que me faz acreditar
Um grande amor encontrar.
Quando pouso em seu olhar,
Sinto no Céu estar...
Seus olhos tem poder que me acalma.
Pois são os espelhos da Alma
Olhos
Ah, os olhos!
Olhos que fazem sonhar.
Olhos que podem enfeitiçar.
E o feitiço é traiçoeiro.
Pode virar contra o feiticeiro.
O Amor começa com um olhar.
Olhar que pode encantar.
Arranca suspiro do peito.
Porém, nem todo Amor é perfeito.
Às vezes pode até ser desfeito.
Porque afinal ninguém é perfeito.
Mas se há Amor pode ser refeito.
Ai a alegria explode no peito.
Os olhos às vezes espantam.
Mas, muitas vezes encantam.
Um olhar é uma maneira de falar.
E em outras apenas um silenciar...
Olhos
Ah, os olhos!
Olhos me dão admiração!
Olhos me causam inspiração.
Se começo falar do olhar,
não consigo parar...
Um olhar vem seguido de um abraço.
Que pode causar embaraço.
E de repente, no ensejo...
Num ímpeto vem o beijo.
Assim surge uma conquista.
Cujo olhar não quer perder de vista.
E os olhos, seja qual for a cor.
Estarão sempre cheios de Amor.
Olhos
Ah, os olhos!
Olhos cheios de Amor.
Olhos que demonstram dor.
Podem expressar medo,
ou testemunhar um segredo.
Seja lá o que for feito.
Se você é ou não o par perfeito.
Não importa o dono do olhar.
O que importa é o quanto possa sonhar.
Os olhos de uma dama,
é olhar que pode lançar chamas.
E pode ter um doce olhar
Pela sua capacidade de amar.
Já os olhos de um cavalheiro,
é olhar cheio de anseios...
Na busca de uma mulher
que o faça feliz por inteiro.
Joana Franco
********************
Olhar
"No olhar...espelha-se o estado da alma; refletimos o estado mais íntimo residente no cerne, sentimentos codificados, sendo somente decodificados, através do outro olhar".
JLuiz Maia
********************
OLHOS
Alma espelhada, em lágrima salgada.
Olhos de alegria, brilhantes!
De amor, encabulados no semblante...
Olhos de sedução: carregados de fogo que aquece o corpo tornando-se paixão...
Olhos, pares perfeitos na face humana!
Olhos que mostram o que sentem...
Pois nesses olhos que a alma se esconde, e por eles, brilha como espelhos d´água...
Olhos meus, teus, nossos: Obra serena, que o sentimento se expõe, e não há como alguém se enganar, quando os olhos teimam em nos denunciar...
Fátima Abreu Fatuquinha
********************
Olhar
Ah ... Que olhar é esse!
Que interpreta o que diz o coração:
Basta olhá-lo profundamente
E terá toda a explicação.
Olhar firme, penetrante, de uma segurança extrema
Que acende a chama Trina do Coração!
Olhar que fascina, encanta ... É pura paixão.
Dra Kátia (psicóloga clínica)
*********************
Quando olhei nos teus olhos não vi que neles não se refletiam a verdade do teu caráter.
Foi então que me deixei levar pela ilusão criada pelo meu coração e mergulhei no azul céu estrelado da paixão que em mim despertaste.
Porém, com o passar do tempo, o azul escureceu e as estrelas caíram do firmamento.
E eu finalmente enxerguei a verdade sobre você.
Aquela que os teus olhos não me transmitiram porque eu estava buscando enxergar somente o teu coração.
(Lilian Furtado)
*********************
OLHOS ... Que mexem comigo, que me tiram do castigo que vivi na solidão.
OLHOS ... De brilho intenso que irradiam meu pensamento, me fixando o sentimento dentro do coração.
Eliza Silva
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Meus Livros (Impressos pelo CDA)
REPUBLICADO
QUER COMPRAR TAMBÉM?
Minha amiga (e também poeta), Márcia Ramos, fez um pacote com 6 dos meus livros:
2 de romance de época
2 espiritualistas
2 eróticos
AQUI COPIO O COMENTÁRIO NA POSTAGEM DO FB, QUANDO ELA ENVIOU A FOTO DA CHEGADA DOS LIVROS EM SUA CASA:
Boa tarde, querida amiga e escritora, Fátima Fatuquinha Abreu!
Enfim... Estou com sua coleção em minhas mãos!
Os livros são lindos e bem confeccionados!
Parabéns pelo magnífico trabalho!
O problema é achar um tempo para a leitura... (risos)
Beijos e muito sucesso!
** Se alguém quiser os livros, basta deixar uma mensagem no perfil da minha amiga!**
Márcia Ramos.
— com Fátima Fatuquinha Abreu.
Márcia Ramos.
— com Fátima Fatuquinha Abreu.
domingo, 17 de abril de 2016
Situações da Vida- republicado
Um pessoa que só conheço pelos sites literários, deixou-me uma mensagem e no meio dela, uma revelação:
O tamanho de sua enfermidade.
Ai, como doeu-me o coração!
Nunca imaginei que aquela pessoa tão atuante, estaria daquele jeito...
Esperando apenas o sopro da morte.
Seria um alívio ou uma tormenta?
Não sei. Não deu-me detalhes.
Apenas disse que os médicos não sabiam porque ainda vivia...
São os mistérios que só o Criador sabe o porquê.
Somos grãos de areia, mas, parte dessa Divina Centelha.
Para lá voltamos. E que esse retorno seja feliz.
Soube nesse momento, o quanto podemos gostar uns dos outros sem que tenham feito absolutamente nada juntos nessa vida.
Basta o coração estar aberto em amor ao próximo.
Nunca nos vimos, nunca nos falamos ao telefone, mas, ele brincando disse:
"Com certeza ainda resta algo para eu fazer por aqui antes de ir, pois os médicos não entendem como é que eu ainda não fui.
Talvez falte ainda eu te conhecer pessoalmente e vivermos uma amizade fraterna...
Só Deus é o meu refúgio."
Fiquei tão sensibilizada, que decidi fazer esse texto.
Tudo se explicará um dia. Quem sabe somos amigos caminhando juntos por muitas eras? Aqui nessa existência, podemos nunca ter nos encontrado, entretanto, quem sabe em outra vida passada...
Só continue a ler o artigo, se não tem preconceito com outras religiões que não sejam a sua. Pois sei que para muitos, nada disso é aceito. Respeito a opinião de cada um, mas, nem sempre respeitam a nossa, portanto, deixo o aviso.
Sendo assim, a inspiração que me acompanha, diz para que eu continue o assunto que comecei de uma forma poética, e que trate agora de forma lúdica:
Sei que o leitor (a) que tem suas crenças como forma de vida a ser seguida, pode não acreditar em nada disso... VIDAS PASSADAS!
Mas, acreditamos todos em uma força maior: O nosso Criador, Deus! E nunca o vimos.
Nem tudo que não compreendemos deixa de existir.
Apenas uns estão preparados para entender, estudar mais, se aprimorar mais no conhecimento e não deixar que livros e pessoas que repetem as mesmas coisas há centenas de anos, sejam os donos de seus pensamentos para sempre...
Devemos questionar porque em cada época, era preciso certo tipo de domínio sobre as pessoas:
Fossem pelos nobres e/ou religiosos. O medo fazia a obediência.
Pensar numa condenação eterna, (Inferno) fazia tudo ficar pequeno e aceitavam condições impostas pela sociedade e cultura da época, e pelos que estavam no poder.... Queriam ir para o Céu, sem passagem pelo Purgatório.
Pense: Se tudo fosse como os homens (que são falhos) escreveram, seríamos meros fantoches nas mãos daqueles que um dia tentaram guiar nossas vidas. O leitor pergunta:
"Então não temos que pagar pelos erros?"
Sim, claro que temos! Deus é justo. Só que "EXISTEM MUITAS MORADAS NA CASA DE MEU PAI" , disse Jesus!
Então, não se divide somente em 3: Paraíso, Purgatório e Inferno, como foi ensinado por muito tempo e até hoje nas religiões que seguem somente as Escrituras.
Não! Há muito mais que palavras decoradas em aulas de religião. Não se deixe ficar preso por dogmas: Até no próprio espiritismo, muitas amarras do passado, estão sendo mudadas.
Veja bem: No tempo que Kardec recebeu a Doutrina Espírita era uma outra época, outros costumes, outras formas de se enxergar as coisas.
Mas era um início. Tinha que acontecer. Estava escrito dessa forma.
Outros vieram... E aos poucos, mais conhecimentos sobre o plano astral foi sendo divulgado.
Hoje, os espíritas mais resistentes, (aqueles que seguem a risca o Kardecismo) ainda acham que isso seja fantasioso, (vide Aruanda) porém as mentes mais abertas que querem saber se há algo mais, estão dispostas a tentar entender o leque de coisas que está sendo aberto...
Para outros, de religiões radicais e ditas tradicionais, isso seria inconcebível! Tal o grau que foram influenciados por toda vida.
Mas, está na hora de pensar por si mesmo e saber que:"Quem conta um conto, aumenta um ponto", já diz o ditado popular... Ou seja: homens escrevem ou fantasiam as coisas de suas maneiras desde que o mundo é mundo. Aí o leitor (a) me diz:
E como saber se o que você diz, é verdadeiro? Afinal, leu aqui e ali, para estar escrevendo sobre essas coisas agora...
Resposta: Eu vivi experiências desse tipo, eu presenciei fenômenos ditos 'paranormais', eu sei que o mundo espiritual está a nossa volta e que alguns se comunicam conosco, sejam por visão, por audição, por sonhos premonitórios, etc.
Para ilustrar, um caso dos muitos que presenciei e fiz parte:
Certa vez, estava eu com meus recentes 16 anos, e sairia para a rua com meu namorado (que veio a ser meu esposo menos de um ano depois). Mas, antes de sairmos para dar uma volta na vizinhança, o telefone tocou. Minha mãe atendeu, reconheceu a voz de meu tio dizendo que queria falar comigo.
Eu estranhei: afinal, meu tio não era dessas pessoas que ligam para falar com a sobrinha num sábado à noite...
Peguei o telefone e disse:
'Alô, tio? O que foi, algum problema?'
Do outro lado da linha, a voz que parecia nitidamente com do meu tio, respondeu:
" Fátima, não saia de casa agora. Fique aí mesmo. "
Achei mais estranho ainda, meu tio saber que eu estava de saída para a rua!
Entretanto, como estava acostumada a ter esses momentos paranormais na minha vida, desde que me entendo por gente, disse então que ficasse tranquilo, não iria sair mais naquela noite.
Depois de algum tempo, intrigada queria algumas respostas. Então liguei para casa dele.
Falei:
'Alô tio? É a Fátima. Olha queria que me dissesse como sabia que eu iria sair de casa? E por que não poderia? Isso o senhor não me disse...'
Sem entender nada, ele respondeu:
" Mas, eu não liguei para sua casa! Estava aqui lendo meus livros de bolso e dando uma olhada na TV".
Então foi minha vez:
' Como? Não foi o senhor que ligou ainda há pouco? Era sua voz, e até mamãe atendeu achando que era o senhor."
Meu tio concluiu:
"Não era, Fátima. Vai ver era algum amigo invisível ( espírito) se fazendo passar por mim, talvez para evitar algum assalto ou coisa parecida..."
Limitei-me a dizer:
" Hum hum"...
Desejando uma boa noite, desliguei o telefone.
Até hoje não sei o que me esperava pela frente.
Sei que escapei (pelo primeiro telefonema), de alguma coisa, que um amigo invisível imitando a voz perfeitamente do meu tio Ormil, evitou de acontecer...
Fátima Abreu
sábado, 16 de abril de 2016
Beijo- DUETO
UM BEIJO
Um beijo, eu te daria agora,
inesquecível, como nos tempos de outrora!
Um beijo, eu te daria sim,
em nome do passado, que ainda habita em mim...
Um beijo, eu te daria, amor meu:
Daqueles de tirar o fôlego, no ápice do desejo!
Rolar na cama, em delírios mansos de paixão insana...
Um beijo, só mais um...
E nada no mundo mais importa:
Porque ainda com lágrimas nos olhos,
sai pela soleira da porta...
Fátima Abreu
Fatuquinha
***********************************
VIA ZAP:
[18:41, 16/4/2016] Naninha:
Aquele Beijo
Aquele beijo inesquecível que você me deu.
Logo depois, olhando em meus olhos, você me disse adeus.
Ahhh, se eu soubesse que aquele beijo, seria o último beijo teu...!
Naná Aziati
sexta-feira, 15 de abril de 2016
O Branco, as Rosas & o Olhar
REPUBLICADO
Uma tinta branca no móvel desgastado pelo tempo.
Um espelho sem moldura, encostado na parede.
Um bule de cerâmica barata, servindo de vaso de flores:
Rosas indicando na casa, possíveis amores...
Porém, pode ser mera ilusão:
Muitas vezes as rosas fazem papel contrário:
Para alimentar falsa alegria, de quem vive uma fantasia.
Há ainda, os lençóis também brancos, com bordados da cor das rosas do bule...
Quase imperceptíveis esses lindos desenhos:
Linhas finíssimas, que nas mãos hábeis e dedicadas de alguém, se tornou Arte.
Paredes brancas para encerrar o 'quadro' do quarto.
Parece-me que ali, o branco constante para todos os lados, representa certa tristeza encoberta.
Talvez, esteja enganada...
Porém, percebo coisas que muitos não notam.
Basta olhar e saber o sentimento que aquilo expressa...
Olhos meus, que mudam de cor segundo minhas sensações,
São capazes dessas, e de outras percepções....
Fátima Abreu
quinta-feira, 14 de abril de 2016
O Himen, A Prisão... ( sensual ) REPUBLICADO
O DESEJO E A PAIXÃO,
FAZIAM DA DONZELA,
FOGO!
MAS, NO CORPO, UMA PRISÃO...
NADA A FAZER!
QUERIA MESMO, ERA PODER...
REALIZANDO O QUE SEU CORPO PEDIA,
O SEU AMADO, ERA O QUE MAIS QUERIA...
O ROMANTISMO DAQUELA ÉPOCA,
NÃO DAVA ASAS À SUA SEDUÇÃO.
TERIA QUE ESPERAR PELO CASAMENTO,
ERA TRISTE, ESSA DEDUÇÃO...
MAS, O DESEJO LHE COBRIA OS POROS!
RESPIRAÇÃO AGONIADA:
QUERIA ARDENTEMENTE
SER DESVIRGINADA!
LOUCA ESTAVA, POR ESSA SENSAÇÃO...
A VIRGEM, LIVRE DO HÍMEN,
QUE TANTO LHE APRISIONAVA,
NUM CORPO QUE PELO PRAZER, CLAMAVA!
SEU AMADO TERIA DE LHE LEVAR DALI...
EM ALGUM LUGAR,
A FARIA SORRIR...
O SORRISO LARGO, DA SATISFAÇÃO:
QUE ENTRE GEMIDOS,
A LIBERTAVA DESSA PRISÃO...
A LIBERTAVA DESSA PRISÃO...
FÁTIMA ABREU
FATUQUINHA
FATUQUINHA
terça-feira, 12 de abril de 2016
A Camisola das Núpcias - REPUBLICADO
(Mini conto surreal)
Sabrina Tompson escolhera a camisola cor de rosa para sua noite de núpcias.
Anos nostálgicos de outrora...
Pérolas, bordados e laços faziam o conjunto da bela relíquia.
A camisola sobreviveu à sua primeira dona.
Parou esquecida uns tempos numa mala baú.
A obra da casa onde viveu (a filha e os netos continuavam ali), estava quase no fim.
Faltava apenas limpar e organizar o sótão.
A poeira tomava conta do lugar...
Ao deparar-se com o baú antigo, a neta de Sabrina disse à mãe:
- Esse baú era de vovó Sabrina... Posso ficar com seu conteúdo, mãe? Deve ter coisas lindas aqui dentro...
- Sim, pode Monique. Faça o que quiser com ele. Mas, limpe muito bem antes de levá-lo para baixo!
- Claro! Não vou levar para o meu quarto, sujo desse jeito!
Depois disso, limparam tudo no sótão, e logo tinha outra aparência.
Lá seria a Oficina de Arte de Monique, para suas criações artesanais.
Naquele espaço tinha muito material que poderia ser reciclado, e que se tornaria outra peça, nas mãos habilidosas daquela moça.
Ao abrir a mala baú, já em seu quarto, Monique ficou extasiada ao olhar a camisola de núpcias da avó.
Era de fato, um belíssimo achado!
Tudo encantava naquela peça de vestuário: Era especial para um momento íntimo, com toda certeza!
Balançou a cabeça em desaprovação ao pensar em sua avó na lua de mel com seu avô...
Resolveu lavá-la com o maior carinho, para não soltar nenhuma daquelas lindas pérolas que ornava a camisola. Depois de seca, colocou-a num expositor e levou novamente para o sótão.
Seria a peça de decoração, mais bonita para sua oficina de Arte!
Como a camisola era cor de rosa, colocou cortinas brancas com um leve tom rosa bebê, e um tapete felpudo, fazendo o conjunto da decoração.
Surtiu efeito: Cada vez que alguém ali entrava, sua primeira visão era para aquela peça.
As criações foram se sucedendo rapidamente, e Monique ganhava bastante dinheiro com seu trabalho.
Um dia ela conheceu um rapaz, namorou, noivou e casou.
Foi embora da casa em que vivera até ali. Levou a camisola consigo.
Mas, ao sair daquela casa onde esteve sempre, a camisola por encanto, amarelou e suas pérolas soltaram. Somente quando Monique abriu a mala baú, dias depois, pode perceber o que havia acontecido.
Sem entender como aquilo aconteceu, sentou-se na cama pensativa.
O marido entrou na suíte do casal, e ao olhar para Monique, não a reconheceu:
Estava velha...
Algumas coisas nunca deveriam sair de seus lugares...
Fátima Abreu
segunda-feira, 11 de abril de 2016
FRASES, PENSAMENTOS E POEMAS (DINÂMICA DOS GRUPOS NO ZAP)
Pode não ser na primeira esquina que você realiza seus sonhos, porque a estrada longa, atrapalha...
Mas, numa curva mais ousada, você consegue!
Moramos numa casa, mas, LAR chamamos o lugar que queremos ficar.
O ser humano não foi criado para viver só, e sim, para compartilhar momentos, ações, gostos e tudo que implica viver, com a coletividade: Que no nosso caso, chama-se humanidade!
Fátima Abreu Fatuquinha
Vida, Vida bela.
Vida vivida, seja curta
Ou seja longa.
Viva bem pois não é eterna.
Joana Franco
Se imaginássemos a falta que certas pessoas fariam na nossa vida, com certeza investiríamos mais tempo com elas...
Gosto de gente que me ganha aos poucos... Que chega de mansinho... E como que sem querer, marca o seu lugar.
Patricia Herpich de Oliveira
Às vezes há situações que nos obrigam a dilacerar o coração de dor e lágrimas!
Como uma andorinha voando sozinha não faz verão,como um barco à deriva à mercê de um vendaval...Assim sou eu longe de você!
Que as noites negras e tumultuosas da vida, não impeçam o sussurrar dos teus lábios me dizerem que me amas! Adoro esse mundo de sonhos, onde você existe pra que eu possa te amar.
Eliza Silva
Eliza Silva
Medo
Medo de perder tempo
E lançar sua vida ao vento.
Medo de contratempos
Ou confundir seus pensamentos.
Medo que corrói
E que a paz destrói.
Medo que dói na Alma
Mas um carinho acalma.
Medo que faz sofrer
A quem nada tem a oferecer.
Medo que faz tremer
A quem por ele padecer.
Medo de solidão
E perder a emoção.
Enfim o medo é traiçoeiro
E não é bom companheiro.
Joana Franco
Medo de perder tempo
E lançar sua vida ao vento.
Medo de contratempos
Ou confundir seus pensamentos.
Medo que corrói
E que a paz destrói.
Medo que dói na Alma
Mas um carinho acalma.
Medo que faz sofrer
A quem nada tem a oferecer.
Medo que faz tremer
A quem por ele padecer.
Medo de solidão
E perder a emoção.
Enfim o medo é traiçoeiro
E não é bom companheiro.
Joana Franco
sábado, 9 de abril de 2016
Filmes, Livros, Séries... Até Onde Levaria? MINI CONTO
Filmes, Livros, Séries... Até Onde Levaria?
Ela corria desvairada tentando sair daquela mata fechada. Segurava firme a mãozinha do menino. Fugia das ameaças: Animais perigosos, pessoas malvadas e dos insetos que ali se via em nuvens, que poderiam atacar a qualquer momento...
Ah, que tristeza! Dias antes, era como se fosse um passado longínquo...
A cidade ainda estava de pé, e de um dia para outro, era só destroços.
A família ainda existia, agora, quem sabe?
As pessoas viviam normalmente suas rotinas, e atualmente, era lutar para sobreviver ao caos.
Ela viu muitos filmes de temas pós apocalípticos com o namorado, mas, nunca pensou que isso poderia se quer, passar perto dela ou que chegaria nos dias contemporâneos!
A criança que ela segurava, estava órfã, assim como tantas outras estavam por todo globo...
Sim, ela havia conhecido alguns jovens que formavam um grupo procurando um abrigo, longe dos ataques. Porém, para salvar o menino de 3 anos das garras de um homem que estava visivelmente transtornado, e que poderia até fazer sabe-se lá o quê com a criança, ela se desgarrou desse grupo.
Tentava agora achá-lo novamente, e juntar-se mais uma vez.
Teria que acontecer isso bem rápido, pois tanto o menino quanto ela, estavam já com muita fome.
O grupo tinha provisões, eles haviam levado o que podiam dos supermercados da cidade, quando os saques começaram.
Muito se perdeu pela correria, tiveram que diminuir o peso que cada um carregava. Mesmo assim, ainda tinha alimentos para pelo menos 15 dias.
Depois, era saquear outro mercado, quitanda, padaria, o que desse...
Fugir sem ter para onde ir exatamente, nunca passou pela sua cabeça. Outra coisa que precisava urgentemente saber, era a localização de sua mãe, eterna companheira...
Estavam cada uma em um município, quando tudo começou. Mal deu tempo de falar pelo celular, o sinal de todas as operadoras, fora cortado ao mesmo tempo...
Aquele momento, era como viver dentro de um seriado de TV ou em um filme de ficção científica, tal o surrealismo da coisa toda!
Quando a mãe lhe falava nas teorias de conspiração que lia na web, ela ria e não acreditava.
Agora, lembrava do efeito das ondas eletromagnéticas na ionosfera, das vacinas que mascaravam outro objetivo: Esterilizar as mulheres, para a diminuição da população mundial, da contaminação feita através dos agentes químicos jogados pelos aviões e na alimentação com produtos transgênicos e cheia de agrotóxicos e da radiação em excesso que as mulheres recebiam nas mamografias, ultrassom e raio X, que tantos médicos passavam como recurso para diagnóstico, sem saber que todos esses exames unidos a ressonâncias, tomografias etc e tal, foram criados com falso intuito.
Os médicos também haviam sido vítimas e ao mesmo tempo, objeto, dos verdadeiros vilões, aqueles que tinham ideias obscuras de diminuir a quantidade de pessoas no planeta.
Até que o pior do pior surgiu: A Inteligência Artificial.
Essa, que alguns filmes usaram como tema, vide Transcendence, O Exterminador do Futuro, Eva, e outros...
Esse foi o começo do fim, tal qual na série Os 100, que tantas vezes ela passou tardes assistindo, pelo celular mesmo...
De um minuto para outro, aquilo tudo virar verdade! Como? Ninguém sabia dizer ao certo.
Mas, segundo sua mãe, mulher que nunca aceitou que tudo viesse "mastigadinho", lia, pesquisava, questionava, tudo seria parte de uma guerra não travada exatamente na Terra, mas, em outras dimensões, onde o bem e o mal sempre lutaram.
Seres de outros mundos estavam interessados em ter o controle de tudo, e com uma população reduzida, seria bem mais fácil. A inteligência artificial fora criada por eles e lançada ao mundo, por um grande empresário, que tinha exatamente os mesmos objetivos que essas entidades interdimensionais...
E num piscar de olhos, essa inteligência driblou todos, inclusive quem a pôs em ação...
Era a velha história do livro O MÉDICO E O MONSTRO, se repetindo.
A Humanidade no meio de tudo, entretanto, a ajuda vinha a passos lentos, como se diria antigamente:
À cavalo.
Ela não poderia esperar tanto, estava com fome, o menino também, e talvez sua mãezinha, que tanto lhe alertara, muito mais, dependendo do lugar que estivesse...
A porta do quarto rangeu abrindo, e ela acordou. A mãe entrou para dar o "Bom Dia" de sempre, com direito a beijo na testa.
Ela suspirou de alívio: Tinha tido um sonho, mas, serviu de lição:
Ficaria mais atenta agora aos sinais, esses que tanto a mãe menciona, e ela sempre ria...
Fátima Abreu
Fatuquinha
Veja os perigos dessa tal IA, tornar-se real:
http://hypescience.com/avancos-na-inteligencia-artificial/
ROBÔS JÁ EVOLUÍRAM DESSE ESTÁGIO ACIMA, PARA ESSE:
O MAIS NOVO ROBÔ É A CÓPIA DE SCARLETT JOHANSSON
IMAGINEM SE CRIAM MESMO SENTIMENTOS, COMO ALGUNS CIENTISTAS ESTÃO TENTANDO COLOCAR NO CHIP DE MEMÓRIA DELES?
VÃO ACHAR QUE SÃO MELHORES E SUPERIORES AOS HUMANOS E AÍ, TUDO QUE ATÉ ENTÃO FOI APENAS IMAGINADO NOS FILMES, LIVROS E SÉRIES, SE TORNA UMA REALIDADE ATERRORIZANTE!
PENSEM NISSO!
Ela corria desvairada tentando sair daquela mata fechada. Segurava firme a mãozinha do menino. Fugia das ameaças: Animais perigosos, pessoas malvadas e dos insetos que ali se via em nuvens, que poderiam atacar a qualquer momento...
Ah, que tristeza! Dias antes, era como se fosse um passado longínquo...
A cidade ainda estava de pé, e de um dia para outro, era só destroços.
A família ainda existia, agora, quem sabe?
As pessoas viviam normalmente suas rotinas, e atualmente, era lutar para sobreviver ao caos.
Ela viu muitos filmes de temas pós apocalípticos com o namorado, mas, nunca pensou que isso poderia se quer, passar perto dela ou que chegaria nos dias contemporâneos!
A criança que ela segurava, estava órfã, assim como tantas outras estavam por todo globo...
Sim, ela havia conhecido alguns jovens que formavam um grupo procurando um abrigo, longe dos ataques. Porém, para salvar o menino de 3 anos das garras de um homem que estava visivelmente transtornado, e que poderia até fazer sabe-se lá o quê com a criança, ela se desgarrou desse grupo.
Tentava agora achá-lo novamente, e juntar-se mais uma vez.
Teria que acontecer isso bem rápido, pois tanto o menino quanto ela, estavam já com muita fome.
O grupo tinha provisões, eles haviam levado o que podiam dos supermercados da cidade, quando os saques começaram.
Muito se perdeu pela correria, tiveram que diminuir o peso que cada um carregava. Mesmo assim, ainda tinha alimentos para pelo menos 15 dias.
Depois, era saquear outro mercado, quitanda, padaria, o que desse...
Fugir sem ter para onde ir exatamente, nunca passou pela sua cabeça. Outra coisa que precisava urgentemente saber, era a localização de sua mãe, eterna companheira...
Estavam cada uma em um município, quando tudo começou. Mal deu tempo de falar pelo celular, o sinal de todas as operadoras, fora cortado ao mesmo tempo...
Aquele momento, era como viver dentro de um seriado de TV ou em um filme de ficção científica, tal o surrealismo da coisa toda!
Quando a mãe lhe falava nas teorias de conspiração que lia na web, ela ria e não acreditava.
Agora, lembrava do efeito das ondas eletromagnéticas na ionosfera, das vacinas que mascaravam outro objetivo: Esterilizar as mulheres, para a diminuição da população mundial, da contaminação feita através dos agentes químicos jogados pelos aviões e na alimentação com produtos transgênicos e cheia de agrotóxicos e da radiação em excesso que as mulheres recebiam nas mamografias, ultrassom e raio X, que tantos médicos passavam como recurso para diagnóstico, sem saber que todos esses exames unidos a ressonâncias, tomografias etc e tal, foram criados com falso intuito.
Os médicos também haviam sido vítimas e ao mesmo tempo, objeto, dos verdadeiros vilões, aqueles que tinham ideias obscuras de diminuir a quantidade de pessoas no planeta.
Até que o pior do pior surgiu: A Inteligência Artificial.
Essa, que alguns filmes usaram como tema, vide Transcendence, O Exterminador do Futuro, Eva, e outros...
Esse foi o começo do fim, tal qual na série Os 100, que tantas vezes ela passou tardes assistindo, pelo celular mesmo...
De um minuto para outro, aquilo tudo virar verdade! Como? Ninguém sabia dizer ao certo.
Mas, segundo sua mãe, mulher que nunca aceitou que tudo viesse "mastigadinho", lia, pesquisava, questionava, tudo seria parte de uma guerra não travada exatamente na Terra, mas, em outras dimensões, onde o bem e o mal sempre lutaram.
Seres de outros mundos estavam interessados em ter o controle de tudo, e com uma população reduzida, seria bem mais fácil. A inteligência artificial fora criada por eles e lançada ao mundo, por um grande empresário, que tinha exatamente os mesmos objetivos que essas entidades interdimensionais...
E num piscar de olhos, essa inteligência driblou todos, inclusive quem a pôs em ação...
Era a velha história do livro O MÉDICO E O MONSTRO, se repetindo.
A Humanidade no meio de tudo, entretanto, a ajuda vinha a passos lentos, como se diria antigamente:
À cavalo.
Ela não poderia esperar tanto, estava com fome, o menino também, e talvez sua mãezinha, que tanto lhe alertara, muito mais, dependendo do lugar que estivesse...
A porta do quarto rangeu abrindo, e ela acordou. A mãe entrou para dar o "Bom Dia" de sempre, com direito a beijo na testa.
Ela suspirou de alívio: Tinha tido um sonho, mas, serviu de lição:
Ficaria mais atenta agora aos sinais, esses que tanto a mãe menciona, e ela sempre ria...
Fátima Abreu
Fatuquinha
Veja os perigos dessa tal IA, tornar-se real:
http://hypescience.com/avancos-na-inteligencia-artificial/
ROBÔS JÁ EVOLUÍRAM DESSE ESTÁGIO ACIMA, PARA ESSE:
O MAIS NOVO ROBÔ É A CÓPIA DE SCARLETT JOHANSSON
IMAGINEM SE CRIAM MESMO SENTIMENTOS, COMO ALGUNS CIENTISTAS ESTÃO TENTANDO COLOCAR NO CHIP DE MEMÓRIA DELES?
VÃO ACHAR QUE SÃO MELHORES E SUPERIORES AOS HUMANOS E AÍ, TUDO QUE ATÉ ENTÃO FOI APENAS IMAGINADO NOS FILMES, LIVROS E SÉRIES, SE TORNA UMA REALIDADE ATERRORIZANTE!
PENSEM NISSO!
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Atitude!
ATITUDE
Momento de decisão rápida.
De escolhas difíceis...
Atitude, momento que te leva longe!
Que pode ser começo e fim.
Atitude, nunca é o meio de nada...
Porque na metade, sua alma indecisa, vaga...
Fátima Abreu Fatuquinha
CONT DO CAPT 3
O sábado correu tranquilo e alegre para ambos, chefe e funcionária.
A conversa deixou de ser sobre assuntos do escritório, como era mesmo o objetivo de Xariar.
Ela, por sua vez, lançou mão da sedução, que lhe dava um toque atrevido na personalidade...
Na piscina do clube, usou um biquíni bem ousado, entretanto, menos que um fio dental.
Era uma estratégia para mostrar partes do corpo que nunca haviam sido vistas.
Pensamento de ambos naquele momento...
Sim, era um jogo. Quem seria vencedor? Só o futuro mostraria.
Sherazade era esperta, mas, não imaginava no que estaria se metendo...
Pessoas escondem coisas peculiares no seu íntimo, que nem em sonho, passa pela cabeça de outras.
Ela fora alertada pelos pais no que dizia respeito a ele tentar seduzi-la.
Estava certa de que ela sim, o seduziria a ponto de fazer com que a pedisse em casamento, antes de levá-la para sua cama.
Nenhum deles poderiam saber o que Xariar seria capaz de fazer, caso estivesse obcecado com alguma coisa.
Afinal, a memória do povo é fraca, mas, fazia apenas três anos que ele havia assassinado duas pessoas...
Anoitecia e ele tentou embriagá-la durante toda tarde, com alguns martínis, para que aceitasse a proposta de dormir por ali mesmo, em um dos bangalôs do clube.
A jovem Sherazade era sedutora, porém uma virgem de muita inteligência para cair nessa artimanha:
Sabia que o intuito dele, era justamente esse.
Então a cada martíni, ela tomava uma colherzinha de azeite, o que não deixava embebedar facilmente.
Dessa forma, pode evitar a embriaguez.
Deu 20:00 hs e ela disse então:
- Bem, chefe, cumpri o prometido, passei o sábado aqui, lhe fazendo companhia.
Agora pode me levar de volta ao sítio?
- Sente-se bem, não está tonta com a bebida? Olhe que para quem não está acostumada... Não gostaria de passar o resto da noite aqui?
- Não chefe. Meus pais são muito preocupados comigo, devem estar achando que já está na hora de voltar.
- Entendo, embora não concorde muito, porque você não é menor de idade. Mas, está certo, outras oportunidades surgirão...
- Quem sabe...?
- Aposto que sim.
Ele pegou as chaves sobre a mesa, tomou mais um gole do suco de laranja ( não tinha bebido quase nada alcoólico, para estar sóbrio, quando e caso chegasse ao seu objetivo), e ofereceu o braço para Sherazade.
Ela aceitou, e saíram assim, achando que isso era uma promessa para um novo encontro.
Um mês se passou desde então, quando Sherazade entrou na sala vip para falar com o chefe, sobre um assunto delicado:
- Com licença, chefe. Gostaria de pedir uma licença do nosso acordo. Terei que ir ao Rio com minha mãe.
Ela terá que fazer uma cirurgia de emergência, está em crise... Sabe, devido aquele outro problema, que foi detectado na última estadia dela por lá... Preciso ficar no lugar de papai, que dessa vez não poderá ir devido à zika que pegou, está com dores terríveis no corpo, e muita febre. Duniazade vai cuidar dele e dos meus irmãos menores.
- Certo, se é um motivo desses, não teria como não te dar essa licença. Fique o tempo necessário, e me mantenha informado pelo celular.
- Sim, chefe. Farei isso. Será também a oportunidade de conhecer finalmente a capital do estado!
Só rindo para não chorar... Pelo menos os arredores do hospital, o que já é alguma coisa...
- Então vá, apresse-se.
- Obrigada, chefinho, e depois dou um bônus extra no nosso acordo...
Ele balançou a cabeça afirmativamente, e pensou de imediato:
" Conto com isso, pode apostar..."
E foi assim, que ele começou a sentir falta da jovem Sherazade, e pensando por onde andaria...
Estaria mesmo pela SAARA?
Talvez ele tivesse criado um universo paralelo em sua mente, achando que viviam mesmo no tempo das 1001 Noites... A mente humana viaja!
Continua no livro
Fátima Abreu Fatuquinha
sábado, 2 de abril de 2016
CAPT 3 DO NOVO LIVRO
CAPT 3
O dinheiro que era preciso, foi entregue nas mãos de seu Augusto, no dia seguinte, ao final do expediente de trabalho de Sherazade, na forma de um cheque.
Xariar não pestanejou, quando a jovem morena entrara em sua sala naquele começo de manhã:
- Com licença, chefe. Gostaria de lhe falar.
- Pois não, sente-se. Do que se trata?
- Sobre meus pais, estão novamente precisando de dinheiro... Teria como emprestar essa quantia aqui?
Mostrou o cálculo feito pelo pai na noite anterior, e Xariar, suspirando falou:
- Problemas com a saúde de sua mãe, novamente?
- Sim, o problema é maior do que se supunha... Terá que começar novo tratamento no Rio.
- Considere feito.
Pegou o talão de cheque do bolso interno do blazer, e rapidamente fez o cheque, entregando a jovem.
Ela segurou e foi direta quando perguntou:
- E o que vai ser em troca? Sabe que nem tão cedo teríamos esse dinheiro para lhe devolver...
- Um sábado comigo no clube, que tal? Esqueceu que isso havia ficado no ar?
- Ah, sim, claro que lembro! Certo, irei. Bem, a que horas passo aqui para irmos?
- Não se preocupe, eu te pego no sítio, lá pelas 7: 30hs, pode ser?
- Ok.
Sherazade fechou a porta da sala vip, atrás de si, e já contava com o sucesso de sua empreitada.
Do outro lado da porta, Xariar sorria sozinho, era no sábado que "enlaçaria" aquela odaliscazinha...
Quando entregou o cheque para que o pai descontasse na manhã seguinte, Dona Aracy desconfiada, perguntou para a filha, o que seria o "acerto" dessa vez.
Sherazade disse-lhe então, o que fora realmente combinado, sobre o clube...
Seus pais acharam tão estranho aquilo, quanto ele ter aceitado a primeira proposta. Deveria ter algo no ar...
Vindo de Xariar um mulherengo, não seria de admirar que tentasse algo com Sherazade.
Alertaram a filha quanto a isso. E a resposta seguinte surpreendeu mais ainda seus pais:
- Não se preocupem com isso, ele me terá sim, mas, só depois que nos casarmos. Antes, ele vai ficar somente na imaginação...
D. Aracy e seu Augusto se entreolharam surpresos. De onde a filha tirou a ideia que Xariar iria casar-se com ela?
Para encerrar aquele assunto a jovem disse:
- Será um casamento de princesa! Fiquem sabendo que a vida de vocês e de meus irmãos, vão mudar por completo! Agora vou tomar um banho, comer e dormir, porque amanhã será um dia longo...
Saiu da sala deixando os pais ainda boquiabertos, com tanta segurança numa coisa, que no mínimo era difícil, para não dizer quase impossível...
Na quinta feira, os pais de Sherazade seguiram para o Rio.
Na sexta, deixou tudo muito explicadinho à noite, em um papel colocado abaixo do ímã de geladeira, como sua irmã teria de cuidar da casa e dos outros seis irmãos, durante todo sábado, quando estaria fora.
Foi dormir se preparando para estar de pé as 6:00hs, e tomar um banho bem relaxante, escolher a roupa que iria usar quando ele chegasse às 7:30hs.
E quando isso aconteceu, com a buzina do carro na porteira do sítio, a jovem, saiu recomendando mais uma vez à Duniazade, que seguisse rigorosamente o que ela havia escrito no papel.
A irmã ficou da varanda, acenando, enquanto via o carro de Xariar, em disparada, levantando poeira do chão.
O clube era exatamente como ele havia descrito.
Era a primeira vez na vida, que Sherazade colocava os pés em um lugar assim. Seus passeios resumiam-se a cinema no centro de sua cidade, circo e parque de diversões (quando vinham na cidade) e também piqueniques na beira do lago, com algumas amigas de vez em quando... Um domingo sim, outro não, assistia uma missa.
Encantada com o lugar, não deixou isso se tornar visível.
Não queria parecer uma roceira, mesmo sabendo que era, pois sua vida toda fora do sítio para a escola, e depois, para os cursos que fez, e novamente para casa.
A cidade vizinha era bem maior, sem dúvida alguma!
Ficou imaginando como seria o Rio de Janeiro, a capital do estado, que só conhecia pela TV.
Seus pais sabiam, ela e os irmãos não.
Seria então uma de suas metas:
Casar-se no Rio.
continua...
Fátima Abreu Fatuquinha
sexta-feira, 1 de abril de 2016
CONT DO CAPT 2
Dizem por aí, que quando uma mãe está grávida, deve escolher bem o nome para sua criança, pois ela assimila de imediato as características desse nome.
Sherazade, do árabe, significa: Filha da noite.
E nesse caso do livro, era mostrado isso, porque ela passou 1001 noites contando suas histórias...
Agora, uma pessoa que recebe nome de uma personagem, de um livro qualquer, assimilar características dela, seria no mínimo inusitado!
Porém, não se sabe porque, mas, algumas vezes isso acontece...
Sherazade já desde menina gostava de contar histórias:
Era para os três peões do sítio onde cresceu, outra hora para as coleguinhas da escola, criava mundos diferentes em sua cabeça, heróis e heroínas, fábulas, etc...
Era isso que encantara (e de certa forma, não teria como não compará-la a personagem) à Xariar.
Desde o primeiro dia no escritório, ela foi contando suas histórias na hora do almoço, ao pessoal no refeitório.
A fama de boa contista, chegou ao chefe. Ficou espreitando um dia, para poder ouvi-la sem ser percebido no local do almoço de seus funcionários...
E se ela fosse tão sedutora quanto a personagem também? Lembrou-se do dia em que ela se apresentou, com a blusa levemente molhada, revelando os mamilos...
Sim, ela poderia ser muito sensual, ainda mais se vestisse um dos trajes típicos das Arábias, ou da dança do ventre.
Já passava pela cabeça, comprar algo assim, para que usasse quando finalmente conseguisse levá-la para sua cobertura.
Fechou os olhos e até imaginou uma das cenas descritas no livro...
A noite de outono estava bem fresquinha e Sherazade chegou a janela que dava para a varanda, para apreciar os vagalumes.
Nos sítios do interior são bem comuns, e ela já imaginava qual seria sua próxima fábula...
Sua irmã Duniazade pôs a mão sobre seu ombro, despertando-a das suas viagens:
- Maninha, venha, mamãe chama a todos lá na cozinha.
- Por que será? Acabamos de jantar e ela não disse nada...
- Também não sei, vamos...
A cozinha era típica de sítios: fogão a lenha, panelas de barro, réstias de cebolas penduradas, caçarolas e utensílios também pendurados, uma mesa de tronco, para servir de apoio ao lado do fogão a lenha e uma mesa muito grande, com doze cadeiras:
Oito para os filhos, duas para o casal, e mais duas para quem chegasse de visita.
Todos sentados, D. Aracy revelou:
- Meus amores, a doença que estou, não é a que o médico pensou no início, é algo um pouquinho mais complicado... Talvez tenha que ficar até internada por um tempo. Teremos que recorrer a um empréstimo novamente com o sr Xariar, para garantir meus dias fora de casa, alimentação, estadia, passagens, exames, remédios...
Foi a vez de seu Augusto falar:
- Não queríamos falar durante o jantar, para que não comessem direito... Mas, o caso é que teremos mesmo que recorrer ao seu chefe novamente Sherazade...
Com o olhar dos pais e irmãos voltados para si, ela percebeu tudo:
O pedido de empréstimo cabia a ela fazer.
Sherazade, se levantou e disse:
- Não se preocupem, papai e mamãe, em breve terão uma surpresa... Tenham o cálculo certo do que vão precisar, e me deem amanhã, antes que eu saia para trabalhar. Considerem o dinheiro na mão.
A luz da cozinha foi apagada, as crianças ainda assistiram um pouco de TV, depois foram dormir, apenas a jovem criativa, demorou a fechar os olhos e dormir naquela noite:
Sua mente estava em turbilhão, teria que apressar seu plano agora...
continua no próximo capt
Fátima Abreu Fatuquinha
*Imagem de Elisabeth Alba