ALMAS PEREGRINAS ( CRÔNICA )

DESDE QUE O MUNDO FORA CRIADO, AS ALMAS TEM SUA PARALELA, UMA QUE SE UNE A OUTRA POR TOTAL SINTONIA, COMPLEMENTAM-SE COMO FAGULHAS DO COSMOS DE ONDE FORAM TIRADAS...

ALMAS PEREGRINAS, QUE ESTÃO NA TERRA, TRAÇANDO O PERCURSO DA PURIFICAÇÃO DO SER, ATRAVÉS DAS MUITAS ENCARNAÇÕES...

DUAS ALMAS QUE ESTAVAM DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS, SEMPRE SE ENCONTRANDO, E MUITAS VEZES, SE PERDENDO TAMBÉM...
ALMAS QUE SÃO GÊMEAS NA ESSÊNCIA.
VIVERAM EM VÁRIAS ROUPAGENS DA CARNE:
MUITAS VEZES ERAM DO MESMO SEXO, EM OUTRAS DE SEXO OPOSTO, NOUTRAS ERAM PARENTES, PODIAM SER NOBRES OU PLEBEUS, DIFERENTES EM RAÇA OU RELIGIÃO, MAS AMANTES EM SEU CORAÇÃO...

E EM DEZENAS DE VIDAS, ESTAVAM TOTALMENTE DISTANTES... PAÍSES, CIDADES, DESERTOS OU PRADARIAS OS SEPARAVAM:
NÃO SE ENCONTRAVAM, PASSAVAM A VIDA INTEIRA, NESSA PROCURA CONSTANTE, DA CARA METADE...

MUITAS VEZES SE CRUZARAM NUMA ESTAÇÃO DE TREM, OU MESMO NUMA CARAVANA, SENTIAM UM 'ARREPIO' BOM, PELO CORPO... RECONHECIAM MESMO INCONSCIENTEMENTE, O SEU PARCEIRO (A) DE VÁRIAS ERAS...

AS ALMAS PEREGRINAS, SE RECONHECEM SIM!
MESMO QUE NÃO SEJAM 'APRESENTADAS', SURGE UMA SENSAÇÃO DE QUE JÁ HAVIAM VISTO AQUELE 'ALGUÉM' EM ALGUM LUGAR, DE QUE NÃO SE LEMBRAVAM, NO MOMENTO...

E QUANDO OS MISTÉRIOS DO DIVINO FAZEM COM QUE SE ENCONTREM, A INTEGRAÇÃO É IMEDIATA, E PASSAM A NÃO CONSEGUIR VIVER UMA SEM A OUTRA: SEJA NA FORMA DE AMOR HOMEM/MULHER, DE (MÃE/PAI)/FILHO,
OU ATÉ MESMO AVÓS COM SEU NETO (A) QUE DIZ SER O PREFERIDO ENTRE TODOS, NÃO QUE ELE NÃO GOSTE DOS OUTROS, MAS AQUELE A) É SUA ALMA GÊMEA...

ISSO NOS PARÂMETROS FAMILIARES, MAS HÁ CENTENAS DE SITUAÇÕES EM QUE AS ALMAS PEREGRINAS SE ENCONTRAM AQUI NA TERRA, UM PROFESSOR(A), UM AMIGO(A), COLEGA DE TRABALHO, OU NADA DISSO...
UMA PESSOA NO MEIO DA MULTIDÃO, SIMPLESMENTE.

ESSAS ALMAS DARIAM A PRÓPRIA VIDA PARA SALVAR A OUTRA, OU DOAR UM ÓRGÃO...
NADA É MAIOR DO QUE O AMOR INCONDICIONAL QUE SENTEM, E NEM VENTO OU TEMPESTADE, FARIAM SE SEPARAR NOVAMENTE...

UM DIA, QUANDO ACABAREM DE TRILHAR AS ENCARNAÇÕES CONTÍNUAS, PODERÃO DESFRUTAR DE UM DESCANSO DA CARNE, E JUNTAS, BRILHAREM COMO ENERGIA AZUL, NO CÉU DAS ALMAS ENAMORADAS.

FÁTIMA ABREU

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=195704#ixzz1VIV0JQef
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DIVÃ VIRTUAL 2

Eu e minha filha Catarina, temos diálogos que podem durar uma tarde inteira sobre as coisas da vida. Filosofamos, discutimos nossas opiniões...
Bem, quase nunca compactuamos dos mesmos pensamentos ou posições frente aos temas:
Alguns pontos de vista são opostos e somente outros, podemos dizer que concordamos.
Será o tal conflito de gerações ou divergência mesmo?

De qualquer jeito, há o diálogo entre nós.
Acho isso super importante entre pais e filhos:
SABER O QUE O 'OUTRO' PENSA.

Ela diz que sou mais do que mãe: Amiga.
Aquela que pode falar sobre tudo, a qualquer hora.
Revelar sentimentos, opiniões, compartilhar, enfim.
De vez em quando, ficamos brigadas por breves momentos. Claro, porque somos amigas!
Isso ocorre entre as amizades.


Um dos assuntos que discutimos: Ela acha que eu deveria fazer do blog, uma fonte de renda.
Como ela vê muitos e muitos por aí...Com postagens do YOUTUBE, que por muitas visualizações acabam por receber patrocínio.
Ora, o meu blog é minha casa na web! Não um comércio de qualquer coisa, com portas abertas.
Ele é exclusivamente para liberar meus sentimentos, dizer o que eu acho sobre temas que mexem comigo,  publicar minhas poesias, contos, crônicas, artigos, e finalmente divulgar meus livros.
Não é um blog que interesse as marcas e afins...

A única expressão monetária que eu teria, vejam bem: TERIA,  seria se as pessoas clicassem nos anúncios que o GOOGLE mantém no meu blog.
Mas, como isso não acontece... Não ganho nada. Nunca recebi um Real se quer!

Fico dura. Vivo assim... Sobrevivendo apenas.
Hoje mesmo tudo está faltando:
Minha conta no banco só tem R$ 0,18!
Quem me lê agora, deve pensar:
"Fátima! Você não deveria se expor assim!"

Eu sou mais translúcida do que clara de ovo.
Nunca vou dizer aquilo que não seria verdadeiro aqui.
Pois sendo minha casa (na web) e também meu divã virtual, falo tudo que penso.


Se pessoas na maioria fossem assim, bateria palmas!
Eu não consigo fingir, vivendo de aparência...
Sou pobre mesmo. Quem gostar de mim, não vai me recriminar por falar a verdade.
(Excluindo meus 3 filhos, que mesmo gostando de mim, me censurariam por dizer minha real situação)
Mas, eles sabem que tem uma mãe maluquinha.

Fátima Abreu

* Nota:
Quem tiver interesse de comprar em ebook algum ou alguns de meus livros, envie email:
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Os ebooks podem ser escolhidos na vitrine virtual:
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* Eu ainda não coloquei o novo romance nessa vitrine, mas está no Clube de Autores:
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Se quiser em ebook, faça do mesmo jeito: Peça pelo email.
Grata desde já.

Estrelas Distantes

Uma rosa vermelha deixada sobre  a mesa.

 O rosto da foto, exposta no livro

Um olhar triste

A certeza da incerteza...

Cada dia uma incógnita a ser vivida...

Apenas de uma coisa sabia:

Da vontade de estarem juntos sempre.

Já estava provado isso,

A total dependência um do outro

Mas, faziam uma batalha renovada,

Cheia de conflitos internos e externos.

Entretanto, as estrelas não se apagam no céu

Sinal que devem ficar ali.

Com seu brilho de anos luz

Uma explosão de outrora

Que não precisamos saber detalhes,

A importância é de estarem lá,

Mesmo sendo tão distantes uma da outra...

Fátima Abreu

As Faces do Carnaval- Reeditado

 


 As Faces do Carnaval


Carnaval é algo mais do que se imagina:
Mais rebeldia, sexo, acidentes
Mais bebedeira e confusão também.
Entretanto, há  os que gostam de tudo isso!
Correm então os riscos...
Fugindo do lado do Bem.

Se fosse como os Carnavais de antes, seria um pouco melhor:
Marchinhas, matinês nos clubes, confete e serpentina, diversão na rua:
Blocos animados ...
Não, a violência dos mascarados!





Infelizmente, tudo de ruim acontece nessa época.
São coisas inevitáveis atualmente...
Mas se cada um, fizesse sua parte para melhorar esse quadro,
Com certeza, muita coisa melhoraria...
Em vez de uma estatística alta de mortes nas estradas,
(Por bebida),  se evitaria...







Camisinha também é bem vinda nessa época, mocinhas!
Ainda que o parceiro não queira usar,
"Bata o pé", e diga que sem ela, não dá!
Cuidado com as orgias!
Muitos se aproveitam, lhes dão um "Boa Noite Cinderela",
E aí, acaba  a folia...






Mas se ainda assim forem pular o Carnaval,
Tomem todo cuidado!
Não façam disso, sua última lembrança na vida:
Nunca dirijam consumindo bebida.

Fátima Abreu

Vintage

Os selos antigos ainda estavam guardados. 
Não em um álbum específico para isso.
Colados uns sobre outros, fazendo um mosaico de cores.
Foram postados em partes diferentes do globo.
Lugares de desejos.
Sonhos de viagens...
Datas diferentes, anos que ficaram na memória.
Selos pagos com moedas distintas...
Donos de segredos, mantidos em cartas feitas à pena e tinteiro.
Amores vãos. 
Olhares esquecidos no tempo.
Tristezas e alegrias.
Nostalgia sobre a mesa:
Vintage.

Fátima Abreu

MARESIA

Areia & Mar.
Tempo & Areia.
Dois momentos importantes para mim:
O primeiro livro, e sua continuação.
Duas prosas com poesia integrada ao enredo.
E se um dia eu quiser juntar as obras numa só, como fiz com A TRILOGIA DO "CÍRCULO", terei que fazer mais um volume.
Então vem a pergunta: Que nome daria?
Se as obras se fundem na praia...
Acho que seria Maresia.

Maresia

Cheiro de mar.
Ondas.
Grãos de areia,
Fazendo dunas.
E deixando a ampulheta revelar a cronologia...
Sim, Maresia!
A minha mais pura poesia.

Fátima Abreu


TRECHO DO VOLUME 2:

... Sabia que era aquele o dia. 

Tinha percepção suficiente para entender isso. 

Queria olhar a areia e mar, mais uma vez.

Durante anos fizera aquilo rotineiramente: 

Levantava-se, tomava o café e vinha olhar o encontro do mar e horizonte, antes de qualquer outra tarefa.

Seus olhos lacrimejaram. Tantas memórias! 

E tudo ficaria contado pelo tempo vivido, e pelas pessoas que fizeram parte de sua vida...

Na sua reflexão, era o tempo, a areia e o mar, seus aliados...

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Olha que facilidade: Pode depositar até na casa lotérica mais próxima de sua casa ou emprego! 
Depois que entrar na minha conta eu envio os arquivos pelo mesmo email de contato.
Aguardo seu pedido.
Um beijo com jeito de brisa marinha...
Fátima Abreu Fatuquinha

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Enviarei o arquivo em pdf + capa,  logo que acusar pagamento.
Grata desde já!

Fátima Abreu

Um capt do novo romance de época: UM CONTO DE TEMPO & AREIA

Copiei para cá um capt pequeno, embora inteiro, do meu novo livro.
Isso só para terem uma ideia, meus queridos leitores:

                                                      14

As crianças souberam por Irina, no fim daquela tarde ensolarada de verão europeu: 

(Lídia não tinha como dizer, pois só fazia chorar sem parar)

- Amores da vovó: 

Amanhã o papai vai ter que viajar e pode ser que demore muito... 

Vocês vão ter que ajudar sua mãe a não pensar nisso. 

Vão ser ainda mais carinhosos com ela, 

para que ela se distraia e não fique com muitas  saudades. 

Posso contar com isso?

Lanete, respondeu por ela e pelos menorzinhos:

- Claro vovó! 

Então era por esse motivo que papai chorava noutro dia?

- Seu pai chorou querida?

- Sim, vovó. Achei que ele estava com alguma dor, 

e quando perguntei, disse então que resolvia tudo...

- Ah, sim... Ele vai resolver. 

Fique tranquila.

Deus há de ajudar seu pai com essa viagem 

e lhe trazendo logo para casa.

- Vovó você é sempre tão calma para falar dos assuntos! 

A mamãe chora logo...

- Cada um é de um jeito, Lanete. 

Com o tempo, irá entender isso. 

Temos que respeitar sempre o jeito de ser das pessoas: 

Umas são mais frágeis e choram. 

Outras tentam ser mais calmas nas situações de crise. 

E há ainda um terceiro grupo: 

Esse se revolta contra tudo e todos,

como se as pessoas tivessem culpa... 

Manter a mente branda ajuda muito a não agir assim. 

A menina fez que sim com a cabecinha, 

e tomando os irmãos pelas pequenas mãos, 

os levou para brincar no parquinho novamente.

Antes, porém, ao passar por Lídia, lhe disse:

- Ah, mãezinha não chore mais, faça como a vovó e pense coisas boas...

 Vai dar tudo certo!

Lídia enxugou o rosto e tentou sorrir. 

Ali estava uma criança que não saíra de seu ventre, 

mas que ela amava com todas as suas forças.

Decidiu daquele momento em diante, 

que teria de ser como Irina, e dar o exemplo para seus filhos...

Irina interrompeu o pensamento de Lídia, ao chegar perto:

- Não, você não tem que ser como eu... 

Basta que seja você mesma, mas, 

com atitudes e pensamentos positivos para passar aos pequenos. 

Por eles querida, tem que ser mais forte, só isso...

- Minha sogra lê pensamentos? 

Sim, queria ser forte como a senhora...

Há algo em mim, muito frágil ainda... 

Como consegue?

- A vida levou meus pais quando ainda era adolescente.

Eu tive que enterrá-los aos 17 anos, 

e depois peguei minha carroça viajando sozinha, 

do interior para o litoral.

Depois, me empreguei na casa de Gaston Verne, 

 pai de Gerard, como arrumadeira. 

Ele foi o melhor amigo que alguém poderia ter: 

Deu-me mais estudos em Letras 

e nunca deixou faltar nada que eu precisasse.

Ainda me apresentou a Julio Verne, Alexandre Dumas e Victor Hugo. 

Coisa que poucas pessoas podem dizer que fizeram em suas vidas!

Ele estava apaixonado. Pena que eu não. 

Tinha por Gaston, muita gratidão, 

companheirismo e uma grande e linda amizade.

Cuidei dele com muito carinho, quando teve a encefalite... 

Depois disso, ele passou de apaixonado a totalmente louco por mim...

Em dado momento romântico, 

tivemos nossa intimidade dividida, e então, engravidei. 

Ainda não sabia disso, quando decidi voltar para Nantes.

Gaston atordoado com minha partida, enlouqueceu literalmente. 

Porque já era uma pessoa psicologicamente desequilibrada. 

Acabou por culpar seu tio pela minha partida, 

por não ter financiado a publicação dos meus livros. 

Deu-lhe então dois tiros, e um deles, 

deixou Julio Verne coxo até o dia de sua morte. 

Gaston foi chamado de louco, 

e condenado a viver em um sanatório para sempre.

Criei Gerard, totalmente sem ajuda de ninguém. 

Mantendo-nos apenas com meu trabalho no atelier de costura. 

Com toda essa bagagem de vida, 

tinha de  ser forte, querida Lídia...

- Eu sabia vagamente de alguns trechos de seu relato. 

Gerard sempre falou pouco do passado... 

Se já a admirava, agora, muito mais: 

Minha sogra, és uma verdadeira guerreira!

- Nem tanto, minha querida... 

Também tive meus momentos de choro, todos tem... 

Já você, dá para entender porque é mais frágil: 

Nunca teve mãe presente, pois ela morreu.

Michel por não saber cuidar sozinho de uma menina, 

teve que levá-la para uma instituição. 

Só saindo para esse mundo, com 18 anos! 

Natural que não estivesse preparada para a vida fora 

dos portões onde cresceu...

Depois, já em Nantes, ainda sofreu aquele estupro... 

Então não se culpe: 

É compreensível seu jeito de ser. 

- Ainda assim, me sinto como cristal. 

Quero ser madeira forte, daquele tipo de ‘dar em doido’...

Acabaram rindo desse comentário.

Fátima Abreu