Pequenas Coisas

 

Mais um lindo vídeo montado pela minha doce amiga, Edla Dantas, com meu poema e fotos retirados do facebook. Confira já!

Fátima Abreu

EXAGERO, TEU NOME É "PERUA"...

 REEDITADO ( TEXTO DE FATO ACONTECIDO EM 2012)


Vivo incógnita na multidão das poucas vezes que saio de casa.
Ninguém sabe quem sou, nem de onde venho, ou o que faço.
Presto atenção ao meu redor: detalhes, situações, coisas que posso desenvolver, na minha escrita.
Gosto de observar, para ter o que aqui contar...

Ninguém imaginaria na rua, a escritora por detrás da mulher 'mignon', que passa em meio ao burburinho de pessoas, andando de um lado a outro, procurando a fonte de mais um poema, crônica, artigo ou conto.

Cá estou eu, voltando de uma caminhada, no sol de outono (ainda quente), já bronzeando a pele, quando paro com a minha filha em certa loja, daquelas que vendem de tudo um pouco: desde roupas, biquínis, brinquedos, artigos para presente, até acessórios e maquiagem.

Nada para mim, paro por ela, que queria saber o preço de um delineador. Mas dentro da loja estavam duas mulheres na casa dos 40 (assim como eu, na época).
Cada qual  inapropriadamente vestida...

Quem tem espelho em casa, não sairia daquela forma, ou se é jovem, ou não!
Certo, a juventude está na mente.
Mas, vamos ter que saber o limite que há em usar uma roupa com 20 anos, e estar passando dos 40, usando o mesmo tipo...

Não gosto de julgar quem quer que seja, porque não quero que me julguem. Mas a situação era constrangedora tanto para a balconista e a dona da loja que as atendia, quanto para mim que acabara de chegar. Uma coisa realmente chocante!

A loira oxigenada, de cabelos médios, parecia ser 'assistente' da outra, ou 'amiga servil', não sei bem...
Já a morena de cabelos negros, bem curtos, geometricamente cortados, tinha um 'ar' altivo, e dizia para a dona da loja quando entrei:

_ Tenho que voltar logo, meu filho chega hoje, de Boston...

O exibicionismo em pessoa.
Fazia gestos para chamar atenção, não bastava o vestido verde alface, curtíssimo, que deixava de fora as coxas, grossas, pelo excesso de peso, e o tamanco alto, de salto acrílico, além é claro, dos inúmeros apetrechos que ela chamaria de acessórios... Já eu não: chamaria aquilo, de badulaques mesmo.
Uma maquiagem exagerada, assim como a figura em si.

A loira não ficava para trás:
Usava um vestido amarelo 'tomara que caia", drapeado, curtíssimo também, deixando de fora as coxas cheias de celulite, pois ainda era mais 'acima do peso', que a morena. Ela rapidamente foi abrir a traseira do "carrão" vermelho fogo, para colocar as 'comprinhas' que fizeram ali, depois se encarregou de abrira as portas do carro enquanto a 'morena de cabelo futurista', se despedia de D. Rosa, a dona da loja.

Mal deram as costas, D. Rosa virou para mim e disse:
_ Como é que as pessoas saem por aí, vestidas assim? Nossa, precisa de coragem pra isso!

Eu nada disse, apenas pensei:
Tem gente que gosta de passar e deixar sua presença, ainda de forma escandalosa...
É mais ou menos assim:
"FALEM BEM OU MAL , MAS FALEM DE MIM!"

Eu jamais andaria por aí assim, tenho espelho em casa... ainda que fosse apenas o do banheiro.

Fátima Abreu

Agora, o mesmo enredo, de forma poética:

 EXAGERO, TEU NOME É "PERUA"..

Vivo incógnita na multidão,
Ninguém sabe de onde venho, para onde vou, o que faço, e quem sou...

Ninguém imagina a escritora, por detrás da figura pequena e frágil,
Mas meus olhos procuram ágeis, e me ponho a observar,
Para ter o que aqui, dizer, contar...

Vejo duas 'emergentes' colocando objetos no carro, fúteis demais.
Saltos altíssimos, vestidos curtíssimos.
Mulheres que adquiriram dinheiro, sabe se lá como...
Classe não tinham, em "berço de ouro", não nasceram.
Na minha concepção, 'peruas', elas são...

Acho que não se olham no espelho.
Talvez, por não aceitarem sua situação.
A  loira oxigenada, com o vestido drapeado, curto, parecia ser assistente da morena, que mais parecia sair de um filme de ficção:
Pois o cabelo negro e curto, tinha um corte futurista,
Geometricamente cortado, tal qual modelo de revista...

Vestiam-se nada de acordo com as idades,
Acessórios demais, coloridas demais, badulaques demais...
Tudo ali, tinha um nome: Exagero!
Pareciam saídas de um bordel...
Embora pudessem ser cafetinas:
Pois num carro daqueles,
Não entrava, nem se tinha, uma simples menina...

Fátima Abreu

O ANCIÃO DO ÔNIBUS

CRÔNICA:


Bem, é nos transportes públicos que tenho chance de conhecer e conversar com pessoas que tem uma história de vida para contar.
Já fiz uma crônica chamada A SENHORA DO ÔNIBUS, e está aqui entre meus textos.

Tempos atrás, voltando de uma péssima experiência no dentista, conheci um senhor que era uma pérola!
Ele era de pele negra, alto, sorriso aberto (embora faltasse alguns dentes), vestido muito melhor que muita gente por aí, mineirinho, que eu reconheci imediatamente pelo "UAI", mas o que mais era surpreendente era sua idade: 102 anos!
Havia nascido no começo do século XX, em 1910.
Conhecia a Cidade Maravilhosa toda, mas morava há anos, em Maricá.
Sua esposa também era anciã: 90 anos.

Revelou-me em pouco menos de 20 minutos de trajeto do centro de Maricá, até São José, onde moro, muito de si:
Contou-me que nunca traíra a esposa em tantos anos de casamento e que achava os homens de uma maneira geral muito burros,  porque muitos  traíam as mulheres, a vida inteira.
Perguntei (mesmo com a boca toda anestesiada, mas como a minha vontade de interagir com as pessoas, é imensa), o segredo da sua longevidade:

_  Mas qual é o segredo de  tanta vitalidade? O senhor está muito melhor que esses jovens por aí! Pensei que tinha no máximo uns 75 anos!

O que ele me respondeu:

_  O SEGREDO É NÃO ESQUENTAR A CABEÇA COM NADA!
Eu e minha velha, termos nossa plantaçãozinha no terreno, levantamos cedo e cuidamos, saio para todos os lados, falo com todo mundo, todos me conhecem em todo lugar que vou. É isso... PARA SE VIVER MUITO, TEM QUE SABER VIVER.

Bem, eu pensei, se depender disso metade da população do planeta vai sucumbir, pela vida agitada, corrida de todos,  e a falta de compreensão e tolerância existente por aí ...

De qualquer forma, ele foi uma lição de vida... Mais um personagem real, para meus textos.
Falamos mais um pouco das coisas do mundo e da vida, de maneira geral e a essa altura uma mulher de 28 anos, se juntou à nossa conversa, pois estava sentada ao lado dele, no último banco do ônibus.

Como era de se esperar ele já a conhecia de 'vista', de outro bairro, e ao marido dela (que era 30 anos mais velho que ela).
Ela não acreditava que ele tivesse essa idade toda. O senhor pôs a mão no casaco impermeável que vestia, à procura de sua identidade... Mas lembrou ao notar a falta, que tinha deixado em casa.
 Eu lhe disse:

_ Não precisa mostrar nada, nós acreditamos! E mais uma coisa: O senhor está de parabéns, considere-se uma pessoa abençoada! Viver até hoje, e assim bem disposto,  é de dar exemplo nesses jovens que não querem nada e por tudo ficam deprimidos!

Percebi que chegava meu ponto. Despedi-me dele e da tal moça que sentava ao seu lado.
Antes porém, fiquei sabendo que ela também era do Rio, como eu, e do mesmo bairro de lá: Irajá. A frase veio a seguir, inevitável:

_ Como esse mundo é pequeno!

Eles acenaram com as mãos, quando eu já descia os degraus do ônibus.
Guardei tudo na memória, para aqui deixar mais essa passagem de vida, como exemplo:

FAÇA VALER SEU TEMPO, VIVA E DEIXE VIVER, A LONGEVIDADE ESTARÁ GARANTIDA!

Fátima Abreu

A SENHORA DO ÔNIBUS

 

 

A SENHORA DO ÔNIBUS

Reeditado

QUANDO VOLTAVA DO CENTRO DE MARICÁ, PEGUEI UM ÔNIBUS, SENTEI JÁ BEM PERTO DA PORTA DE TRÁS, PARA FICAR PERTO DA SAÍDA...
FIQUEI NO ASSENTO QUE DAVA PARA O CORREDOR, DEIXANDO O DE PERTO DA JANELA, LIVRE, PARA QUEM QUISESSE ALI SE SENTAR...

UMA SENHORA BEM ARRUMADINHA, CABELOS PRATEADOS, BEM CURTOS (COMO OS DE UM HOMEM), PEDIU PARA QUE EU CHEGASSE PARA O CANTO, PARA QUE ELA SE SENTASSE ALI, ONDE EU ESTAVA.

ISSO, DEVIDO À DIFICULDADE DELA COM AS PERNAS:
POIS ESTAVA SE RECUPERANDO DE SÉRIO PROBLEMA QUE TEVE BEM POUCO TEMPO ATRÁS...
IMEDIATAMENTE DEI-LHE MEU LUGAR...
CONVERSAMOS MUITAS COISAS A PARTIR DALI.
ELA CONTOU SUA VIDA EM MINUTOS, PARA MIM...

MAS, UMA VIDA QUE ANTES FOI DE REGALOS, SEMPRE PROTEGIDA PELO PAI, QUE LHE DAVA DE TUDO, NA JUVENTUDE, ATÉ UMA TRISTE SINA...
A SENHORA FEZ FACULDADE DE LITERATURA, MAS NUNCA UTILIZOU DE SEU DIPLOMA, APENAS FEZ...

TRABALHOU DURANTE CERTO TEMPO, COMO ANALISTA DE SISTEMAS, E DEPOIS, EM UMA CONHECIDA EMPRESA AÉREA, QUE VEIO À FALIR.
DEIXANDO SEUS EMPREGADOS EM SÉRIOS PROBLEMAS.
QUEM VIVE NO BRASIL DEVE SABER MUITO BEM, DE QUE EMPRESA EU FALO... ATÉ MESMO MEU COMPADRE, TRABALHOU NESSA EMPRESA... BEM, MAS ISSO NÃO VEM AO CASO...
DURANTE ESSE TEMPO, ELA VIAJOU MUNDO À FORA:
CONHECEU TODA A EUROPA, E MUITOS OUTROS PAÍSES DE DIFERENTES CONTINENTES...
MAS, AOS 40 ANOS, AINDA ERA VIRGEM!
O PAI, TINHA LHE INCUTIDO NA CABEÇA DESDE MOCINHA, CASAR E SE ENTREGAR A UM HOMEM, SÓ POR AMOR...
E ELA, QUE NÃO ENCONTRAVA, ESSE TAL AMOR!
FOI FICANDO "VITALINA", COMO DIZEM NO NORDESTE BRASILEIRO...

ATÉ QUE, QUANDO CHEGOU NESSA IDADE, ELA CONHECEU FINALMENTE UM HOMEM, POR QUEM FICOU APAIXONADA...
E SOMENTE QUATRO ANOS DEPOIS, ELA DEIXOU DE SER VIRGEM... AOS 44 ANOS!!!

O PAI NÃO QUERIA QUE ELA SE CASASSE COM O FULANO, PORQUE DIZIA QUE ELE ERA UM "PÉ RAPADO", E ELA, UMA MULHER MUITO BEM POSTA E PREPARADA, NA VIDA...
MESMO ASSIM, FORAM MORAR JUNTOS, COM DIREITO À LUA DE MEL...

O DESTINO FOI CRUEL, PARA ESSA MULHER:
AOS 50 ANOS, ESTAVA TENDO SUA PRIMEIRA FILHA, UMA GRAVIDEZ BEM ACOMPANHADA, MAS QUE LHE FALTOU LÍQUIDO SUFICIENTE NA BOLSA, E O PARTO SERIA SECO...

ELA, JÁ ALERTADA PELO MÉDICO, PEDIU AO SEU COMPANHEIRO QUE NÃO FOSSE VIAJAR, PORQUE ELA ESTAVA PARA TER, A QUALQUER MOMENTO, O BEBÊ...
ELE NÃO LIGOU PARA SEU PEDIDO, E SE FOI...
ELA PASSOU MAL, E BATEU NA PAREDE DO QUARTO DA VIZINHA DE APARTAMENTO...
ASSIM, FORAM OS SEUS VIZINHOS QUE SOCORRERAM, E LEVARAM PARA O HOSPITAL...

LÁ A MENINA QUE NASCEU, FICOU APENAS CINCO MINUTOS SOBRE O COLO DA MÃE, E VEIO A FALECER...
MAS, ELA NÃO DESISTIU E ENGRAVIDOU OUTRA VEZ...

DESSA FEITA, EM DIAS DE TER O NOVO BEBÊ, ANDAVA PELA RUA, QUANDO FOI ABORDADA POR MARGINAIS...
QUE AMEAÇARAM COM UMA ARMA...
ELA DEU TODAS AS JOIAS,( ELA SÓ USAVA OURO ) E PEDIU QUE NÃO FIZESSEM NENHUM MAL À ELA, POIS ESTAVA PARA TER O BEBÊ, E JÁ HAVIA PERDIDO OUTRO...

UM DELES, MUITO DESPROVIDO DE FRATERNIDADE E BENEVOLÊNCIA, DISSE:

_ AH, É, MINHA TIA? ENTÃO NEM COM ESSE, VOCÊ VAI FICAR!

E COMEÇOU A CHUTAR A BARRIGA DELA, COM TOTAL SELVAGERIA E VIOLÊNCIA, ELA CAIU AO CHÃO, E FICOU ALI ESTIRADA, PERDENDO SEU BEBÊ...
QUASE MORREU!!!
NÃO FOSSE TEREM-NA ACHADO ALI, ESTENDIDA NO CHÃO A SANGRAR.
FOI LEVADA AO HOSPITAL ÀS PRESSAS.

MAIS OUTRA DECEPÇÃO! E PARA FECHAR TUDO O "MARIDO" SE SEPAROU DELA.
DEIXANDO-A SÓ, NO MOMENTO QUE ELA MAIS PRECISAVA DE APOIO...

DEPOIS DISSO, OUTRO "BAQUE":
FICOU SEM EMPREGO, E PELA IDADE, AÍ JÁ AVANÇADA, NÃO CONSEGUIA MAIS, EM LUGAR ALGUM...
TEM GENTE QUE PENSA QUE QUANDO SE ENVELHECE, TEM QUE SER JOGADO NO LIXO...

ENFIM, E PARA FECHAR ESSE CONTO:

HOJE, ELA VIVE COMPLETAMENTE SÓ, QUASE SEM PODER ANDAR, DEVIDO AO PROBLEMA DAS PERNAS, EM UM APARTAMENTO, QUE SÓ TEM AS LEMBRANÇAS...
VIVENDO COM SEU POUCO DINHEIRINHO, PARA PAGAR AS CONTAS.
E NÃO DÁ PARA MAIS NADA...

A ALIMENTAÇÃO DELA, FICA POR CONTA DOS AMIGOS QUE ELA SOUBE CULTIVAR DURANTE SUA VIDA...
LEVAM CESTAS BÁSICAS PARA AJUDÁ-LA.

COMO SE DIZ O DITADO POPULAR:
"NÃO SE DEVE JULGAR O LIVRO, PELA CAPA"

QUEM DIRIA, QUE AQUELA SENHORA ARRUMADINHA, DE TERNINHO XADREZ, MAQUIADA E TUDO, ESTAVA AINDA VIVA, AOS CUIDADOS DAS AMIZADES QUE POSSUÍA...

FÁTIMA ABREU

Dança Sob a Chuva

O encanto acontecia...

O casal abandonara seus convidados para trás, na festa de noivado.

Correram para o lado de fora, nas areias da praia.

Chovia.

Isso só aumentava o clima que entre eles havia...

A empregada e o motorista vieram cada qual, com  um guarda chuva na mão:

 Trazendo para amparo do patrão e da futura esposa.

Descalça, a recém noiva de vermelho, bailava com pés explorando a areia molhada.

O noivo, não se importava.

Gostava dos rompantes de sua bela noiva:

Tão dócil  e sedutora na chuva!

Sua amada.

 

Cabelos negros erguidos em um coque.

Revelavam a nuca aveludada...

 Receberia o beijo enamorado, do seu bem amado.

Ainda que estivessem presentes, os serviçais da casa de praia:

Testemunhas da ação romântica, de uma casal feliz.

Sob a chuva dançavam em um ritmo só deles:

Uma música inaudível para os outros ali.

Entretanto, vinha do coração descompassado

do casal, em acordes insanos de amor.

Fátima Abreu

Família: Ontem, Hoje e Sempre

A Família de Antes


Antes, todos que faziam parte dela, tinham papéis bem distintos.
Avós, pais, filhos, netos... Na sequência os parentes: Tios, sobrinhos, primos.
Os avós aconselhavam e ajudavam na criação dos netos.
Pai: sustentava com o trabalho.
Mãe, criava os filhos e era a 'Rainha do Lar': mantinha tudo em ordem e aguardava  a volta do marido pela noite com um bom jantar.
Filhos: além de brincar que era o normal  para toda criança, tinham que estudar e obedecer as ordens dos adultos.

Essa era a família de antes...
Ordem e respeito mútuo.
Entretanto, tanto quanto sólida, a família era carente de diálogos profundos e filosóficos. 
Uma relação social automática: 
Nascia ali e adaptava-se ao modo de vida que lhe era passado ano a ano, isso que somente se conhecia. 
Não havia espaço para cogitar mudanças: Era assim e pronto!

*Abaixo nas figuras, exemplos de famílias das décadas de 40, 50 e 60:


A família como instituição primeira

A segunda instituição: A RELIGIÃO
   A obrigação de se ir com a família na igreja católica ou protestante (aos domingos), ao templo budista, à sinagoga, à mesquita, ao centro espírita, etc. Fosse qual fosse o credo, nascia-se ali, teria que segui-lo.



Férias ou fins de semana prolongados: Hora de lazer em família. 
O momento que o pai interagia com os filhos; já que em dias úteis saía cedo e chegava de noite, cansado, querendo apenas comer e dormir.
A família de antes, tinha uma rotina que nunca mudava...



Com o 'Baby Boom' (aumento da taxa de natalidade) dos anos 50, pós Segunda Guerra, a família aumentou de dois filhos em média por casal, para três, quatro...

 
As crianças saíam para sua terceira instituição: A ESCOLA.
O pai  para o trabalho, e a mãe ficava o resto do dia entre os serviços domésticos, cozinha e manuais de 
"Como Seu Uma Boa esposa". 
Foi o chamado "MODO DE VIDA AMERICANO", copiado em todo o Bloco Capitalista existente no mundo daquela época.
A família norte americana expandia sua concepção em todo lugar. E seus reflexos chegaram até aqui.
 
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 A Família de Hoje

Difere das anteriores em alguns pontos:
Embora o sentimento de união continue, as chamadas "posições" pré estabelecidas de antes, é que sofreram mudanças.

O pai já não é o único a sustentar. Estando mais presente no convívio familiar, não limitando-se apenas  às férias e fins de semana.
A mãe também faz isso e compartilha a responsabilidade da educação e criação dos filhos com o esposo.
Os avós continuam a ajudar porém, sem ter essa obrigação; fazem por amor.
Agora também dividem seu tempo com outras atividades, que os avós de antes não tinham:
Bailes da terceira idade, hidroginástica, passeios em excursões para essa faixa etária, artesanato, grupos de leitura  e muito mais... 
 
 A religião ainda é preservada na maioria das famílias.
Porém mais flexível nas famílias ocidentais: Há liberdade de escolha, depois que se passa da infância.

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A família de Sempre


FAMÍLIA

Intituição primeira.
Veio, seio, 
Berço.
Laço, corrente do bem.
Não há mais o que dizer...
A família em qualquer tempo,
É nossa motivação para viver.

Fátima Abreu

O PASSEIO DE DONA CAROCHINHA

Dona Carochinha estava cansada de ficar horas contando suas fábulas  e historinhas apenas para seu gato Ferdinando.
Resolveu dar uma volta pelo quarteirão do seu bairro, para arrumar novas inspirações.
As crianças de hoje não são como as de ontem, ela refletiu...

Em certo momento dessa breve caminhada, pensou ao passar pelas calçadas:
" Ah, que saudades dos tempos que andava de triciclo por aqui o meu netinho... Certa vez,  fugi de um cachorrinho da vizinhança, pois queria meus novelos de lã colorida. Ele quem me deu carona.
Foi bem rápido e forte o Rodriguinho,  pois eu, ainda pesava na parte de trás do triciclo!
Os vizinhos ficaram boquiabertos com a cena..."


Emília, a sua pretensa namoradinha, observava tudo, acenando do outro lado da rua.
Estava pensando sozinha:
" Como é robusto, meu Rodriguinho! Aguentar o peso da avó e ainda colocar força para correr no pequeno velocípede!" Ai, ai, só ele, ninguém, mais... "

Adrenalina!
Era essa a resposta para tal façanha.

D.Carochinha tinha essa nostalgia ao relembrar tais momentos do passado.
Agora Rodriguinho e Emília formavam um casal. Em pouco tempo teriam um bebê...

"Ah, como estou ficando mais velha a cada ano!
Serei bisavó! Ainda teimando em contar histórias que o mundo não quer mais saber. "

Tecnologia demais fez isso:
As crianças de hoje, com seus tablets e celulares nas mãos, não ligam muito para os contos da Dona Carochinha.
Uma pena!
O encanto de contar e ter quem escutar, é melhor do que um simples toque na tela fria...

Fátima Abreu

ALEGRIA

Não se explica, sentem-se!
Alegria.
Uma vontade de sorrir.
De pular, dançar, cantar...
Dizer o seu momento para alguém.
Sem medo da inveja alheia.
Sem derrotas, a alegria, já é a vitória!



E a alegria compartilhada, é elevada ao quadrado.
Vontade de nunca acabar,
O sorriso dobrado.
Aquele breve instante que fala com os olhos,
E move a alma...



Pequeno grande instante.
Brincadeira de criança.
Alegria ao cubo.
Um gosto de se estar junto.

 



Comemorar!
Saltando por aí...
A alegria de estar simplesmente vivo.
E poder sorrir...

FÁTIMA ABREU

Artigo Sobre O Folclore

 

O FOLCLORE BRASILEIRO: SUAS SUPERSTIÇÕES

Do folclore brasileiro se fala muito em danças (como carimbó e chula) festas e pratos típicos de cada região,lendas (Saci, Iara, Curupira, Boto cor de rosa, etc)  cantigas infantis e de ninar, brincadeiras como amarelinha e de roda, parlendas, quadrinhas, e por aí vai...
Fiz esse artigo sobre as superstições brasileiras, que também fazem parte da cultura folclórica do país:
 (independe da religião)

Para seu filho (a) ter acesso a mais um item, em seus trabalhos escolares sobre esse tema.

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PRINCIPAIS SUPERSTIÇÕES BRASILEIRAS

* Noivos não devem batizar a mesma criança, significa o fim do relacionamento deles.
* Nunca ficar com espelho ou qualquer objeto quebrado dentro de casa, dá má sorte,(até os relógios) porque relógio parado significa vida sem progresso...
* Não dormir com os pés voltados para a porta, dá pesadelos e não é bom.
* Não deixar sapato virado
* Não ficar no meio de uma porta, faz mal.
* Não deixar tesoura aberta, dá briga, assim como duas facas cruzadas também
* Mas se o bebê não dorme direito de noite, deixar uma tesoura aberta ao lado de um copo com água e açúcar, embaixo do berço
* Virar as roupinhas do bebê e pendurar na porta também é bom para o sono dele
* Não deixar as roupinhas do bebê no sereno, porque dá cólica
* Cortar as unhas do bebê a primeira vez, e colocar dentro de um livro, trará inteligência e será estudioso
* PARA QUE UMA VISITA INDESEJADA VÁ EMBORA, VIRE UMA VASSOURA ATRÁS DA PORTA
* Não cruzar os braços atrás da cabeça, faz mal para a mãe
* Não andar para trás, também faz mal para a mãe
* Nunca atender quando escutar alguém chamar seu nome por 3 vezes
* Bater na madeira 3 vezes para espantar o mau agouro
* Quando perder alguma coisa, pedir para São Longuinho:
" São Longuinho, se eu achar (tal coisa), vou dar 3 pulinhos"... Geralmente dá certo!
* Quando passar perto de um cão desconhecido dizer:
"São Roque", 3 vezes, ele não estranhará e não morderá
* Quando passar com uma pessoa de mãos dadas por um poste ou árvore, dizer:
"Pão com manteiga", a amizade ou o amor não será separada.
* Abrace uma árvore em jejum sem falar com ninguém, ao acordar, te trará sorte no dia
* Quando comprar uma casa, entre com pão, um copo de água e farinha numa bandeja, trará sorte
* Não apontar para a lua cheia, porque dará verrugas
* Para não faltar comida em casa, na lua cheia ou crescente dizer a quadrinha olhando para ela:

"BÊNÇÃO MAMÃE LUA,
DÁ-ME PÃO E FARINHA.
PARA DAR À MINHA GALINHA,

QUE FICOU PRESA NA COZINHA"

*  Não se olhe muito no espelho, apenas para se arrumar, não é bom para a saúde. TAMBÉM NÃO SE OLHE JUNTO COM OUTRA PESSOA.
* Colocar um copo com 3 pedras de carvão e um pouco de sal grosso atrás da porta da sala, espanta mau olhado, agouro, e inveja!
* Não dormir de barriga para cima, dá pesadelo!
* Quando cair sal, jogue açúcar por cima, evita brigas em família

Essas são algumas, das muitas superstições passadas desde o tempo de nossos bisavós...
Independente de religião, devem ser conhecidas como parte de nossa cultura, que vem na mistura de nossas raças.
Isso é o nosso folclore!


Fátima Abreu

Código do texto: T3175199
Classificação de conteúdo: seguro

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Uma Mistura, Uma Ruptura- REEDITADO

Um vazio perdido no sonho.

Um sonho, que não é verdadeiro

Ora, se fosse, não seria sonho!

Deveria ser pensado antes assim,

Então, não se perdia em esperanças 

De amor sem fim...

Laço que aperta a garganta:

Um café com leite, na hora da mistura,

Mas que é óleo e água, na finda ruptura...

Os móveis, trocamos de lugar 

Quando não estamos satisfeitos com a posição.

Mas, os sentimentos são muito diferentes, nessa questão...

Variam em cada ser humano:

Cada um tem seu entendimento do mundo.

Não se pode julgar, o porque,

Da inércia de nada se fazer...

Fátima Abreu

Y solo se me ocurre amarte (Unplugged) - video

Vídeos da Webcam- POESIAS

                     

         ALGUNS POEMAS GRAVADOS PARA O YOUTUBE, NA MINHA PÁGINA:

 

UMA DANÇA, POR FAVOR

**************

                                
                                                              
                                                               A GOTA D' ÁGUA

          (MEU PRIMO FALECIDO QUE MENCIONO NO FINAL DO VÍDEO)

                                                       *************
                        

                                                         
                                                      2 POESIAS REFLEXIVAS

                                                IMAGEM NO ESPELHO ( SENSUAL )

                                                              
                                                                 PEDAÇOS DE MIM

                                   

                                                    UMA MISTURA, UMA RUPTURA

REVOLTA

Revolta

Um espinho de rosa na mão.
Café sem açúcar.
Um meio pedaço de pão.
Bile, boldo verde.
Isso é revolta.
Quando o amargo supera outra coisa.

Fazer e não darem valor.
Querer e não poder.
Sentir dor.
Chorar.
Amargo queixume.
Ah, revolta...
Por que te apossas de mim?
Já não tenho tantos cacos a juntar?
Como deve ser bom, um anjo, querubim...
E no Céu não ter mais que se importar.
Com o que está do lado de cá.

Fátima Abreu

CIBEREROTISMO

Semana passada escutei em um programa de TV, sobre uma pesquisa no exterior.
A pergunta era:
Em um futuro próximo, você faria sexo com um robô?
Várias suposições para o SIM, tantos para mulheres como para os homens:

" É mais seguro, não traria doenças"
" Sim, evitaria decepções"
"Nunca diria EU TE AMO, caso não fosse verdade"
"Para quem fosse solteiro seria boa opção: Melhor do que pagar prostitutas que fingem o tempo todo"

Diante das respostas, podemos tirar algumas conclusões:
           * O calor humano tende a ser colocado em segundo plano no futuro.
           * A maioria das pessoas não acredita que os relacionamentos durem:
Um robô seria um bem comprado e duraria por um tempo  maior do que a vida humana (se tivesse algum problema, iria para a assistência técnica).

Existem filmes de ficção científica onde isso faz parte da rotina das pessoas.
Vi alguns, não lembro os títulos.
Mas não vou procurar no GOOGLE agora os nomes, porque não é essa a finalidade desse artigo.
O que me impulsionou a escrever sobre isso, foi o já conhecido cibererotismo encontrado em jogos eletrônicos. Os solitários gostam.

Antes, haviam os filmes eróticos.
Para os homens, as bonecas infláveis também socorriam em momentos de extrema necessidade.
Já para as mulheres, eram os consolos...
Enfim, acho que no futuro poderá se encontrar nas vitrines das lojas, homens e mulheres cibernéticos, com tudo se assemelhando ao ser humano.
Apenas uma coisa faltará nesse objeto de prazer:
Uma alma para sentir.

Fátima Abreu

O TRIO- Já prontinho!

Para quem acompanhou aqui alguns capts de Manuela, Alejandro & Esmeralda, agora pode terminar de ler no livro:

Versão impressa:

http://www.clubedeautores.com.br/book/171333--O_Trio?topic=relacionamentos#.U_DmGKMmUos

Ou pedir por e-mail em e-book diretamente comigo:

fatuquinha@gmail.com


Aqui vai um trecho inédito:

... Alejandro pegou Manuela no colo e Esmeralda a bolsa de gestante com tudo que precisava para Manuela, caso ficasse internada para ter a criança.

Saíram no final daquela tarde e chegando uma hora depois na outra cidade, já estava noite.

Alejandro perguntou na recepção pelo seu amigo obstetra  e apresentou-se também como médico.

A atendente fez o registro de entrada e indicou  a sala de emergência que o enfermeiro já seguia com Manuela na maca. O doutor Fontes Galdéz já viria para analisar o caso.

Esmeralda e Alejandro seguiam o enfermeiro.

O Dr. Galdéz chegou cinco minutos depois, vindo de outra emergência na ala Neo Natal.

Apertou a mão de Alejandro e soube então o que havia acontecido.

Manuela foi examinada.

Como ela não tinha reação nenhuma e a dilatação continuava, o obstetra achou melhor recorrer a uma cesariana de emergência.

Visto que não poderia fazer força por causa de seu estado, era essa a melhor solução.

Alejandro concordou. Mas Esmeralda estava muito apreensiva e com isso, passou mal. A pressão subiu e teve que receber medicação. Dessa forma, foi levada para uma salinha e ficou sob observação.

Manuela foi preparada e levada ao centro cirúrgico.

Alejandro foi junto como médico, e acompanhou toda a cesariana.

Depois de 45 minutos, a bebezinha nascia.

Tudo estava bem com a criança, que fora levada para uma incubadora logo após ser retirada.

Entretanto, o maior problema era com Manuela.

Quanto tempo já estava sem sentidos?

Cerca de duas horas e vinte minutos, informava Esmeralda ao médico.

Ela tinha tido o cuidado de olhar o relógio quando Manuela desmaiou. Isso foi logo após receber um telefonema...

Alejandro e o colega achavam que ela e então estava em choque por algum motivo. O tempo se passava e ela não recobrava os sentidos. Todos estavam preocupados.

 Foi atestado o coma.

Um mês se passou, o bebê  estava bem, ganhou um pouco mais de peso e finalmente foi liberado.

A pergunta era:

E agora? Levar o bebê para a  fazenda e não levar Manuela?

Isso era terrível!

Esmeralda pediu que ele desse um jeito nisso.

Alejandro então, como médico, assinou toda a papelada para que ela recebesse alta.

Garantiu à equipe médica que cuidava do caso, que permaneceria usando os mesmos tratamentos com Manuela em sua cidade.

Como a mãe não acordava, e a criança tinha que ser registrada no nome do casal, Alejandro e Esmeralda deram o nome que Manuela queria: Cassandra.

 
 Fátima Abreu

 + 2 Trechos no blog "Delírios" http://fatuquinha.blogspot.com.br/2014/08/dois-trechos-do-novo-livro-somente-para.html
( partes que contém erotismo).

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